  
Antologia
Virtual
- XI -
Outubro
2012
ORGANIZADORA:
Maria Beatriz
Silva (Flor de Esperança)
Pág.
5 de 13 Págs.

TEMPOS
QUE
NÃO
VOLTAM
MAIS...
Nos
meus
tempos
de
criança
era
assim:
brincávamos
de
roda,
de
carrinho
de
rolimã,
de
pique
-
esconde,
de
amarelinha,
e de
estatua.
O
dia
parecia
mais
longo
e as
tardes
mais
fagueiras,
as
noites
eram
mais
enluaradas,
e o
céu
pontilhados
de
estrelas.
Nos
meus
tempos
de
criança
ganhei
brinquedos
que
se
tornaram
inesquecíveis
e as
mãos
dos
doadores
nunca
esqueci.
Os
pais
eram
mais
rígidos,
mamãe,
por
exemplo:
não
teve
amigos
na
infância,
e
nem
brincar
podia,
já
nos
meus,
os
dias
eram
mais
festivos,
roupas
novas
aos
domingos,
a
páscoa
era
comemorada
de
forma
religiosa,
a
família
toda
reunida,
sem
tecnologia,
o
calor
humano
nos
unia,
não
sabia
que
existia
coelhinho,
muito
menos
chocolate
na
páscoa.
Meio
do
ano,
banquete
de
festas
juninas,
me
recordo
da
imensa
fogueira
no
pátio
da
casa
grande,
vovô
ateiava
fogo
nela,
queimava
por
três
dias
sem
parar,
o
rojão
não
podia
faltar,
e
nem
o
som
da
velha
vitrola.
No
fim
de
ano,
Natal,
essa
data
memorável,
inesquecível,
o
grande
banquete;
peru,
pernil,
e
muito
biscoito
de
polvilho,
a
família
toda
em
volta
da
mesa,
o
vinho
tinto,
as
iguarias
de
vovó,
eram
deliciosas.
Confesso
que
recordo
com
saudade,
porque
eles
foram
assim:
Felizes.
Elizaete
Ribeiro |
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Biografia do Autor
em:
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_e/Elizaete_Ribeiro.htm

SOU
Sou
brisa
mansa,
após
dia
escaldante.
Sou
chuva
fina,
que
molha
e
refresca
a'lma.
Sou
o
antes
e o
depois
Sou
o
certo,o
errado
Sou
o
branco,
o
negro
Sou
a
vida,
e a
morte
Sou
a
verdade
e a
mentira
Sou
quem
dá,
mas
quem
tira
Sou
verbo,substantivo
Sou
a
rosa,
sou
espinho
Sou
o
sim
, o
não
Sou
o
verso
e o
reverso
Sou
o
côncavo
e o
convexo
Sou
certeza
e
incerteza
sou...sou...sou
sou
...tantas...sou
Mas
quem
é
mesmo
que
sou?
e
nesse
emaranhado
de
ser
con
tantas
incertezas
eu
apenas
sou.
Fátima
Mello(fofinha) |
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Biografia do Autor
em:
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_f/Fatima_Mello.htm

NÃO
CULTIVO
A
LÍNGUA
EM
PORMENORES
Não
cultivo
a
língua
em
pormenores
nas
vírgulas
e
acentos
graves
mas
não
são
dela
donos,
os
senhores
que
aos
meus
versos
põem
entraves.
a
vagar
estão
qual
rapinas
aves
em
busca
de
carnicentos
odores
e
qual
Pilatos
que
nas
águas
lavem
a
boca
dos
comentários
zombadores.
se
prevalecer
a
força,
morre
o
diálogo
e
sendo
o
verso
metafórico
e
análogo
se
postará
de
forma
sempre
enfática,
mas
jamais,
em
nenhum
momento,
haverá
de
se
sobrepor
ao
sentimento
ou
ao
meu
lirismo
a
matemática.
Fernandes
Oliveira |
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Biografia do Autor
em:
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_f/Fernandes_de_Oliveira_Cerqueira.htm

DESFECHO
Sei
que
é
preciso,
deste
amor
suspeito,
esperar
dias
hibernais,
tristonhos,
e
estar
consciente
de
cruciais,
medonhos
e
atros
suplícios
a
ferir-me
o
peito!
Sim,
é
preciso
que
eu,
a
teu
respeito,
não
borde
anseios
por
demais
risonhos,
nem
ponha
em
altos
pedestais
meus
sonhos,
nem
sonhe
o
Éden
no
teu
níveo
leito!
Se
houver
o
adeus
final
de
um
sonho
ardente,
que
eu
me
acostume
a
não
te
ver
jamais
e
viva
apenas
de
um
idílio
ausente...
Fins
de
romance...Tão
comuns
e
iguais...
a
flor-mulher
que
amamos
loucamente,
que
um
dia
nos
deixa...
E
que
não
volta
mais!
Humberto
Rodrigues
Neto |
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Biografia do Autor
em:
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_h/Humberto_Rodrigues_Neto.htm

MEMÓRIAS
Ah,
pensamento
vil!
Ah,
coração
maldoso!
Por
que
me
atormentar
com
inúteis
memórias,
Se
lá
se
vão
tão
longe
as
minhas
histórias
E o
prazer
pueril
de
um
tempo
saudoso...
Por
que
esta
nostalgia
chegou
de
repente
E
sem
pedir
licença
acabou
por
ficar?
Quem
foi
que
permitiu
que
adentrasses
meu
lar
E
espalhasses
no
ar o
olor
reminiscente?
Ah!...
cada
cena
passada
no
olhar
se
projeta;
Fico
aquii
sem
estar
e lá
não
estou
também!
Como
se o
ontem
e o
hoje
morassem
no
além
E a
minh’alma
ansiosa
vagasse,
inquieta,
A
abrir
porta
a
porta,
num
longo
corredor,
Tentando
descobrir
para
onde
foi
o
Amor!
Helenita
Scherma |
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Biografia do Autor
em:
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_h/Helenita_Scherma.htm

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