Antologia - por ILDA BRASIL-POESIA,ARTE E REALIDADE - MAR2012


 

Antologia Virtual POÉTICA

-III-
“POESIA, ARTE E REALIDADE!”

Mar 2012

PÁG. 4

 ~ * ~

11 -

MARILZA LEMOS MARTINI

MARILZA LEMOS MARTINI é, carinhosamente, conhecida como Nina Martini. Nasceu em 10 de fevereiro de 1965, em Restinga Sêca/RS. Filha de Ilza de Lima Lemos e Heitor da Silva Lemos. Jornalista, Graduada em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo pela Universidade Luterana do Brasil - ULBRA, de Cachoeira do Sul/RS; Pós-Graduada em Jornalismo Digital pela Faculdade Internacional de Curitiba/PR – FACINTER. Em 2011, conquistou o 2º Lugar, Categoria Cuento Adultos, no XXIII Concurso Bilingüe do "Centro Hispanoamericano de Artes y Letras - CHADAYL" de Cuento corto y Poesía "Antonio Apa Lucas" (Categoria Adultos – Poesia), em Montevideo/Uruguay. Membro Acadêmico Efetivo e Secretária da Academia Regional de Artes e Letras Condorcet Aranha, de Restinga Sêca/RS. Tem trabalhos e poemas publicados nos jornais de sua cidade natal.

 

SOLIDÃO
Marilza Lemos Martini - Nina Martini


Solidão habita em mim
Medo, tristeza, mentiras, decepção
Arrependimento pelo que vivi
E deixei para trás.
Estou só, triste, perdida
Confusa demais para saber
Para onde ir
Igual barco a deriva no mar
Balanço de um lado para outro
Sem saber em que porto atracar.
Solidão castiga, machuca.
Coração dói
Tristeza infinita...
Na maré da vida
Luto sozinha para não me afogar.
Estendo a mão, não encontro a tua
Solidão devora, afoga, consome.
Grito teu nome, mas você não responde.
Solidão...

~ * ~
VOCÊ
 Marilza Lemos Martini - Nina Martini


Você entrou na minha vida de mansinho
Tímido, cara de garoto
Com um jeitinho que era só seu.
Eu, com o coração já tão machucado
Não sabia o que fazer com sua atenção.
Aos pouquinhos, entre pizza e cerveja
Bate papos e brincadeiras
Minhas feridas foram cicatrizando
E quando dei por mim
Meu coração já batia em sintonia com o seu.
E de repente você que era brisa suave
Virou ventania, levou para longe
Minhas tristezas e desamores
Encheu meu mundo de cores
Trouxe de volta minha alegria.


12 -

Nice Maria BotomÉ Cousen

Nice Maria BotomÉ Cousen é graduada em Letras: Português e Literatura, Licenciatura Plena, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; e, Pós-graduada em Linguística, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Nasceu em Porto Alegre/RS, em 31 de março de 1956. Escritora, Poetisa e Professora de Língua Portuguesa e Redação nos Colégios de Ensino Médio “Inácio Montanha” e “Júlio de Castilhos - Julinho", de Porto Alegre/RS. Detentora de vários prêmios literários, dentre eles, em 2009, o 1º Lugar no XX Concurso Chadayl de Cuento corto y Poesía “Antonio Apa Lucas” (Categoria - Contos), em Montevideo/Uruguay; e, em 2010, 3º Lugar no Concurso Literário da ALPAS XXI, de Cruz Alta/RS (Categoria – Contos). Tem participações em diversas Antologias e Coletâneas Cooperativadas Nacionais e Internacionais. Parecerista e Prefaciadora de obras literárias

 

ADOLESCER...
Nice Maria Botomé Cousen


Quisera adolescer novamente
para rever teu jeito,
teu sorriso,
teu olhar...
Quisera adolescer novamente
para pegar na tua mão
e sentir-te
a emoção...
Quisera adolescer novamente
para falar-te segredos
e sentir
teu coração...
Quisera adolescer novamente
para seguir teus passos
e falar-te
de amor...
Quisera, eu quisera..
mas o tempo não volta,
só o meu querer...

~ * ~
IMPOSSÍVEL...
Nice Maria Botomé Cousen


Chove lá fora
e alegras a manhã fria
no meu pensamento
que voa...
Teus gestos
sempre se repetem,
como num sonho
que, embora antigo,
é presente
todos os dias
no meu coração adolescente...
Meu pensamento,
confuso e inquieto,
foge,
corre,
dispara,
suspira
até encontrar o teu.
Sonho acordada
o impossível...

 

13 –

ODONE ANTÔNIO SILVEIRA NEVES

ODONE ANTÔNIO SILVEIRA NEVES é Graduado em Letras Português-Francês e Respectivas Literaturas; Pós-Graduado em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Mestre em Teoria da Literatura, Pesquisa em Erico Verissimo, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Professor de Francês e Literatura Brasileira na Escola Municipal de Ensino Médio Emílio Meyer e Escolas Municipais Nossa Senhora de Fátima e Marcírio Goulart Loureiro. Membro da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves, Porto Alegre/RS; Casa do Poeta Rio-Grandense; Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, fundada por Efigênia Coutinho, de Balneário de Camboriú/SC; e Liga dos Amigos do Portal CEN, de Portugal. Em 2010, publicou o livro “A representação do Escritor em O resto é silêncio, de Erico Verissimo”, pela Editora Alcance, de Porto Alegre/RS.

 

PERDA DE IDENTIDADE
Odone Antônio Silveira Neves


A destruição da gênese
e a perda de sua identidade.
dá-se quando um fato
é contado com outra finalidade
como é o caso de textos não-literários
e para agir diretamente sobre o real,
alheio a qualquer finalidade simbólica.
Há literatos preocupados
em unir a pessoa à obra.
Todavia, escrever é, através de
uma impessoalidade anterior,
atingir o ponto que só a escritura
age, e não o “eu”.
Com o passar do tempo,
o autor passou a ser visto
como o passado de seu livro,
colocando autor e livro
numa posição diferente.


~ * ~
CAMPO E CIDADE
Odone Antônio Silveira Neves


Campo e cidade,
nos seus múltiplos desdobramentos,
não se excluem, muito pelo contrário,
complementam-se.
Campo: paz, tranqulidade,
aconchego, harmonia, virtudes,
harmonia, bem estar, saúde,
meditação, honestidade, tolerância
e, sobretudo, solidariedade;
lugar sagrado por natureza.
Cidade: centro do conhecimento,
das comunicações, do desenvolvimento,
de significados e ilações.
Todavia, campo e cidade,
apesar das diferenças,
apresentam imagens associativas
que contribuem para o desenvolvimento
cultural e social da população.

 

14 -

SHIRLEY AMÉLIA PIRES TEIXEIRA

SHIRLEY AMÉLIA PIRES TEIXEIRA nasceu em 12 de maio de 1941, São Sepé/RS. Filha de Áurea Fernandes Pires e Inocêncio Pires. Poetisa, Cronista e Professora, Graduada em Matemática, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Imaculada Conceição, de Santa Maria/RS; agregada à Universidade Federal de Santa Maria/RS. Sócia e Tesoureira da Associação Literária Sepeense, de São Sepé/RS; Membro Fundador Efetivo e Diretora Social e Cultural da Academia Regional de Artes e Letras Condorcet Aranha, de Restinga Sêca/RS. É colaboradora dos jornais de sua cidade natal e publicou quatro livros infantis: ”Um casamento Feliz”, “O encontrão”, “Pelotão Mirim” e “Os Animais Contra as Drogas”. Em 2011, recebeu Menção Honrosa no 2º Concurso Literário promovido pela Associação Literária Sepeense, de São Sepé/RS, com o poema “Cuidar da Vida”.

 


AS NOITES
Shirley Amélia Pires Teixeira


As noites de inverno são longas
Repletas de frio e escuridão.
Só quando a lua é cheia
E o céu está limpo, então,
Podemos ver as estrelas.

As noites de primavera são lindas
Os aromas é que encantam
São noites cálidas e serenas.
As estrelas no céu salpicam,
A via láctea em tom multicor.

As noites de verão são curtas.
As horas são escassas e o tempo travesso.
São noites de insones e de calor.
O dia passou longo em excesso,
E o céu a noite cheio de esplendor.

As noites de outono são amenas
Regadas de tranqüilidade e paz.
São noites calmas e pálidas,
O céu em completa nitidez,
Sossego e repouso, traz-nos.

~ * ~
SAUDADE
Shirley Amélia Pires Teixeira


Saudade do meu tempo de criança
Quando eu era livre para sonhar,
Quando eu podia com liberdade
Dizer o que pensar.

Saudade do meu tempo de juventude
Quando eu era livre para cantar,
Quando eu podia com amigos
Ir a festas e bailes para dançar.

Saudade do meu tempo de adulta
Quando eu livre pude casar,
Quando tive meus filhos
E a todos eles eu pude educar.

Saudade do meu tempo atual
Que sei está começando acabar.
A cada dia que passa
Sei que a vida vai encurtar.

15 -  

TÂNIA REGINA DA SILVA GUIMARÃES

TÂNIA REGINA DA SILVA GUIMARÃES nasceu em 19 de dezembro de 1963, em Porto Alegre/RS. Graduada em Física, Licenciatura Plena, e Pós-Graduada em Metodologia do Ensino Superior, pela PUC-RS. Membro Efetivo da Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, fundada por Efigênia Coutinho, de Balneário de Camboriú/SC; e da Academia de Artes, Ciências e Artes Castro Alves, de Porto Alegre/RS; Casa do Poeta Rio-Grandense; Associação Gaúcha dos Escritores Independentes, de Porto Alegre/RS; Poetas del Mundo Brasil; e, Liga dos Amigos do Portal CEN, de Portugal. Em 2009, 2º Lugar no XX Concurso Chadayl de Cuento corto y Poesía “Antonio Apa Lucas”, Montevideo/Uruguay e Destaque Literário no XIV Concurso de Crônicas, Contos e Poesias, promovido pela Associação Artística, Literária, Científica e Tecnológica “A Palavra do Século XXI”, de Cruz Alta/RS.

 

LEMBRANÇAS
Tânia Regina da Silva Guimarães


Cérebro, que guardas de tão precioso?
– Lembranças da infância.
São dez horas;
hora de brincar de balanço.
Balanço esperado, aguardado, do qual participamos da construção.
Quem vai ser o primeiro?
Já passou o almoço,
a louça foi limpa,
as panelas areadas e secas ao sol.
À tarde, a diversão é construir estradas
no pátio com direito a ponte,
lago,
árvores,
galhos
e castelos vermelhos.
E, assim, vamos construindo a nossa estrada!
Enquanto isto, na varanda, elas conversam,
costuram,
tricotam, bordam...
E, mais uma semana se passou. Fim de semana!
Domingo, hoje, é dia de missa, vestido novo, com fitas
e rendas de broderi.
Doces lembranças!


~ * ~
CAMINHO
Tânia Regina da Silva Guimarães


Caminho pela vida,
em silêncio absoluto.

Enquanto ele,
observa tudo e todos,
à procura de algo ou
alguém que possa
preencher o seu vazio...

Incapaz de ser espontâneo, de
Gestos e carinhos,
fica inerte.

Andar ao seu lado é
caminhar no deserto...
mergulhar nas profundezas do mar...
ver o céu sem estrelas...
falar sozinha na montanha...
percorrer o obscuro da caverna...

Andar ao seu lado é
andar com a sua ausência...

 

 
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