Sebo - Antologia - por Maria Beatriz Silva (Flor de Esperança)lfredo Santos Mendes

01 -

MARIA APARECIDA RIOS

Maria Aparecida Rios é natural de Azurita, município de Mateus Leme, - MG.
Exerce com muito carinho e dedicação a função de professora há 19 anos na Rede municipal de Mateus Leme. É formada em Pedagogia. Tem um grande fascínio pela literatura e pela arte. Além de escritora ela também é atriz, criou há mais de dez anos a personagem "Vovó Dora", para incentivar as crianças à leitura. Lançou dois livros sendo o primeiro livro "As raízes profundas do Horto da Liberdade", livro de contos e "causos". O segundo livro chama-se "Desa"bafos" de um cão apaixonado" e, já trabalha no terceiro.Outra de suas grandes paixões é o teatro,sempre que tem oportunidade improvisa uma pecinha aqui, outra acolá. Procurando resgatar os valores perdidos para renascer nas crianças e jovens as maravilhas da dramaturgia deste mundo mágico de sonhos. Encontrei este espaço maravilhoso, onde escrevo amenidades e tenho tido oportunidades maravilhosas, pois aqui tenho feito muitos amigos. Atualmente escrevo no Recanto das Letras. Deixo o meu carinho a todos.
 

AS ONDAS



Refletindo na praia deserta
podia ver teu lindo rosto
tua imagem, ora incerta,
trazia-me certo desgosto.

O vento frio rolava as folhas
no horizonte meu olhar perdido,
observavam nas pedras as bolhas,
talvez um amor escondido...

No recôndito d’alma,
no suspiro profundo
a água cristalina que acalma...

Na imensidão deste mar aberto 
posso crer por certo,
que o amor governa o mundo...

Cida Rios
Recanto das Letras
http://www.recantodasletras.com.br/autores/cidarios

02 -

MARIA MAGALI MIGUEL OLIVEIRA

Maria Magali Miguel Oliveira, filha de Wilson Dias de Oliveira e Maria Miguel de Oliveira. Natural de Santo Antônio de Pádua-RJ. Professora cursou Faculdade de Controladoria Empresarial pela FIC – Fortaleza-CE. Acadêmica da AFELCE – Academia Feminina de Letras do Ceará e Membro Correspondente da ACLAC – Academia de Ciências e Letras de Arraial do Cabo – RJ. Cônsul dos Poetas Del Mundo Pádua –RJ. Empresária no ramo cultural, com o Jornal Palavras ao Vento, Estrela Poética Editora e Organizadora de Congressos e lançamentos de livros. Trabalhou no INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial – Brasília – DF, Em Salvador-BA no Jornal o Correio da Bahia, atuando como Artista Plástica  com exposição de seus quadros, cerâmicas e virtuais. Em Recife trabalhou na IOB, depois proprietária da “Look Fashion” e “Restaurante Terraço Bar”. Foi Redatora responsável pelo boletim informativo do Lions Clube Mulher Rendeira – Fortaleza – CE. Em Setembro de 2000, lançou seu primeiro livro solo, “A Procura da Paz Perdida”. Foi jurada da FAMP – Festival Aperibense de música – Aperibé – RJ. Criou o registro do Projeto de Antologia dos Poetas Virtuais em 2006, lançando o 1º, 2º e 3º volumes no período de 2007 a 2009. Em 2010 criou o I Congresso Nacional dos Poetas Virtuais (agregando os poetas de sua antologia e de todo Brasil). Participou de vários congressos, vários seminários, vários lançamentos literários. Refúgio dos Falcões em Friburgo-RJ, Agito Cultural em São Paulo-SP, Sarau em Escola – Búzios, Encontro Cultural Sobre Consciência Negra em Aperibé-RJ, Encontro dosa Poetas Del Mundo em Búzios-RJ, Recebeu em 2010 o prêmio Sua Majestade Qualidade 2010 – Ativista Cultural. 

O TEMPO QUE CONSTRÓI, DESTRÓI...

 


Construí meu mundo a espera...
Hoje, acredito que na saudade .
O alicerce para viver...

As ilusões criaram barreiras 
E estes muros cairiam aos meus pés
Diante de uma solidão avassaladora
Reinou o padecer...

Da adolescência, da maturidade e da inquietação.
Hoje, só por hoje resiste mais um dia...
Amanhã só o amanhã dirá! 

Horas a fio, onde andou a esperança!
Trazendo vida, resplandecendo o passado.
A juventude mostrou seu tempo.

Corrido através das rugas 
Deixadas pelo presente
Em que o futuro seria ausente!

Hoje se vive a vida, 
Sofrida, mas vivida.
Sobreviveu a saudade...

Magali Oliveira
30-01-2012
Recanto das Letras
http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=19932

 

03 –

VANDA FERREIRA

Vanda Ferreira, cujo apelido é Bugra Sarará, nasceu em 04 de fevereiro de 1959, em Campo grande, Mato Grosso do Sul, Brasil, onde reside. Produtora de literatura e artes visuais. É autora de diversos projetos culturais e ambientais. Participação em antologias regionais, nacionais e internacional. Vanda Ferreira é ecologista e desenvolve ativismo ambiental em um recanto rural em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Membro da Academia de Letras do Brasil. Membro da Academia Feminina de Letras de Mato Grosso do Sul. Membro de Honra da Academia de Letras, Artes e Ciências de Rio das Ostras. Cônsul de Poetas del Mundo. Diretora Internacional de Meio Ambiente pela Associação Internacional de Poetas del Mundo. Em janeiro de 2012: Publicação: Nove obras individuais e dezessete em co-autoria. Premiações: 1º lugar na VI noite Nacional de Poesia de Campo Grande / MS – 1991.1º lugar no Salão de Artes de Corumbá/MS – 1990. Medalhas, Diplomas de honra, Moção honrosa entre outras condecorações. 

ESPIAÇÕES
Vanda Ferreira


Conchas escutam vento,
tempo de pomares maduros,
história sibilada em língua de anjos.

Céu condensado,
sarado sorvete vegetal
saciamento dos olhos;

Copo de pedra,
tempo de hoje,
larga brecha entre o ontem e o amanhã.

Mangas sorriem.
Curtas ou longas,
florais ou azuis,
chuvas grossas ou finas.

Quebram botões,
poeira, ilusões.
Semente germina.

Blog
http://prosaesegredo.blogspot.com

 

04 -

LUIZABET INACIO PEREIRA 

Luizabet Inacio Pereira, nascida em Alto Rio Doce - MG, em 08 de junho de 1969. Amante de Literatura em geral e apreciadora ímpar de Poesias, sempre escrevo uma coisinha aqui e outra ali. Ultimamente, senti uma enorme vontade de trazer isto a público. Não tenho a pretensão de ser Poeta ou escritora, longe disso. Até tenho mais facilidade com dissertações livres, mas venho contando com a ajuda de quem entende do riscado, como nossa poeta FLOR DE ESPERANÇA, por exemplo, e até posso dizer com orgulho uma frase que aprecio sobremaneira: “Eu avistei mais longe que muitos porque fiquei de pé em ombros de gigantes!”

FLORES NA JANELA


Em noites tranquilas de luar
Sob a claridade suave que vem do céu
Deixo-me ficar recostada na varanda,
Enquanto minha alma parte
em doces e infindáveis devaneios...
Há uma suavidade infinita que enche
o espaço estrelado.
O céu , em seu esplendor,
derrama silêncio sobre a terra.
Pálida harmonia!
Há uma flor que abre
Somente uma vez no ano, por um dia...
Espalha tamanha beleza
Que insisto em cuidar dela,
É chamada flor do baile
E me enche de magia!
Olho a flor
Olho a janela
E admiro, também,
As flores
que coloquei nela!

LUIZABET
Recanto das Letras
http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=71086

 

05 –

TCHELLO D'BARROS

 Tchello d'Barros (Brunópolis/SC 1967) é escritor e artista visual. Residiu em 12 cidades, percorreu 20 países em constantes pesquisas na área cultural. Atualmente circula entre as cidades de Maceió (AL), Belém (PA) e Blumenau (SC), realizando projetos culturais diversos.

Na Literatura, publicou 5 livros de poesia e vários cordéis. Também publicou contos, crônicas e artigos em mais de 40 coletâneas e antologias. Foi sócio-fundador e presidente da Sociedade Escritores de Blumenau. Foi ainda idealizador e um dos coordenadores do Fórum Brasileiro de Literatura. A mostra retrospectiva e itinerante de poemas visuais “Convergências”, circula por capitais brasileiras, divulgando o gênero da Poesia Visual. Publica textos regularmente em jornais, revistas, sites e eventualmente ministra palestras, oficinas literárias.  

Nas Artes Visuais, participou de mais de 70 exposições, entre individuais e coletivas, com obras em desenho, pintura, infogravura, fotografia, instalação e poesia visual. Como designer, desenvolveu criações gráficas para agências de publicidade, desenhos para a indústria têxtil e ilustrações para o meio editorial.

"A FACE FACEIRA"   

Não vou dizer que ela é bonita. Prefiro dizer que era bonita, como se fosse no passado ou como se ela já não estivesse entre nós, tanto faz. Vez em quando mudava o corte de seus cabelos louros, muito finos, cheirosos, cor de corda crua. Rapunzel pós-moderna. Gostava de vê-los ao sol do fim de tarde, quando adquiriam uma tonalidade de ouro. Mas a lisura de sua face eu preferia ver pela manhã, cuja luminosidade denunciava um cálido brilho de mármore, textura de porcelana, tez de areia clara. Nas maçãs do rosto, nuas nuances de pêssego. Gostava de passear o olhar demoradamente pela pele de seu rosto, sobrevoar aquele semblante sublime, que ora revelava uma pequena pinta, aqui ou ali, ora apresentava relevos e declives, como sua testa levemente arredondada, quase sempre escondida pelas douradas madeixas, testa que descia para um nariz equilibrado, elegante. Um pouco mais ao sul, aquele par de lábios naturalmente rubros, duas pétalas úmidas de tulipas escarlates, cujos breves sorrisos tímidos, revelavam um colar de pérolas e acentuavam o raro róseo das bochechas. Pousava minha atenção sobre aqueles lábios túmidos, tépidos, que mesmo silentes pareciam sussurrar segredos. Vistos de lado, um morango orvalhado. De frente, um coração dobrado. Um pouco mais ao sul, o queixo de curva suave, cujas linhas de contorno se prolongavam até encontrar as pequenas orelhas, vigiadas por brincos discretos, que se escondiam entre aqueles cabelos que emolduravam sua face de esfinge. Mas é preciso falar de como eu acompanhava o desenho de suas sombrancelhas, de tons castanhos, simetricamente arqueadas, afinando nas pontas, com os fios perfilados como jardins próximos ao oásis de seus olhos. Deles, vou revelar apenas que aquele par de mandalas fugazes eram guarnecidos por um conjunto de cílios arredondados, que ao piscar das pálpebras pareciam duas pequenas folhas de palmeira a cobrir aqueles olhos inocentes, indecentes, incandescentes. Conforme a luz do ambiente, era possível notar pequenas mudanças na cor da íris, cujos detalhes mínimos mais pareciam tintas na paleta de um pintor que misturasse tons entre o jade e o esmeralda, com breves pinceladas de azul e prata. Quando menstruava, as pupilas diminuíam e eles ficavam ainda mais claros, mais luminosos. Duas certezas me confidenciou: sua inabalável crença no amor e seu amor somente por mulheres.
Tchello d'Barros

06 -

MAIA DE MELO LOPO

Nascida a 25 de Janeiro de 1954 é natural de Lisboa. Artista Plástica Curso Artes Gráficas-Escola de Artes Decorativas António Arroio 1969-1974. Curso pintura mestra alemã Maria Luíza Pertl Heberhardt. Participou em exposições Individuais e Colectivas e está representada em vários Museus Nacionais como Internacionais. Medalhas de honra Portugal. Menções honrosas Brasil. Direito de Autor: Melopo.
Maia de Melo Lopo. Como poetisa iniciou-se em Coletânea de Poesia na Antologia Delicatta IV e Reflexões Para Bem Viver, livros editados pela Editorial Scortecci na Bienal Internacional do Livro 2010/S. Paulo Brasil.
Participou também da Antologia Alimento da Alma Vol. IV edição da Editora All Print e recebeu das mãos da Comendadora e poetisa Jane Rossi diploma de participação e medalha de Poetisa Destaque.
Autora e artista executiva da capa e contra- capa da Antologia Alimento da Alma Vol. V Bienal Internacional Rio Janeiro 2011. / Mil poemas a Pablo Neruda-Chile. / Melhores Poetas Brasil 2011. São Paulo. Brasil. / Mil poemas a Cézar Vallejo- Perú. / Mil poemas a António Guimarães Dias- Caxias- Brasil. / Mil poemas a Miguel Hernandéz- Espanha./Brasil. Poetisa Movimento Internacional Poetas del Mundo. 
Membro da Academia de Letras Teófilo Otoni- Minas Gerais./Brasil. Embaixadora Universal da Paz Cercle Universel Ambassadeurs la Paix- Orange- France & Genève / Suiss.
Medalha de Mérito Pero Vaz de Caminha, Medalha Palmas Académicas França Brasil. Comenda criada por Napoleão Bonaparte e condecorada pelo Presidente e poeta Thiago de Meneses FALASP. São Paulo/ Brasil e Academia de Ciências de Lisboa.
Registo e Direito de Autor- Maia de Melo Lopo.
LISBOA-PT.
 

PAIXÃO

Maia de Melo Lopo



Um piano, suave música, verdade, velocidade da loucura, morde a angústia,
o impulso, a bicicleta, o sonho do encontro, a corrida, avista as ruínas, o monte,
arde no mundo o horizonte, o mundo ardente se envolve em ardor,
ai, a febre na aragem do vento, oh, tanta saudade, queima o entardecer,
nada é igual na ponte do amor, lembrar do porto do amor… ai, acende o amor.

O riacho, ao longe a paixão me avista, espera, acena a distância do destino,
a cerca, a vedação, a pressa do abraço, corpos da alma se dão, unem em hora doida,
tempo das quatro mãos, quatro estações, oh, louco espaço, ser feliz por te ver,
o suor, o cansaço, o degrau da ternura, dança nua a piedosa tempestade da cintura,
forte dança requebrada, doce aroma, num beijo boémio o sonho rouco flutua.

Ardente violeta, a vida atinge acidez, roçam plumas, na penumbra voam sós,
 bebe a alegria da pele, teu peito secreto, sombras bordadas em corações,
o punhal de um sultão corta a noite em dourado de mel, riem nossas bocas de nós,
na arena fechada do prazer, cavalga dentro um só coração, perde o caminho não vê,
porquê o deserto da solidão, e o amor perfeito, imaculado, perdido no chão? Porquê?
.
Rumor quebrado, no céu uivos de pumas, teu corpo rouba a paixão da cegueira,
carícia da tecla musical, dor, esconde no palácio o pavor das estrelas sem sorte,
a lua passa no silêncio, no zinco das alturas cheira a cipreste e verbena,
penetra o drama, rasga o último som, o piano estilhaçou, solidão, fria morte,
sangra a paixão na púrpura do amor, sangue do amor… que pena... que pena.

 

07 -

PENÉLOPE LSTEAK

Adoto o pseudônimo de Penélope Lsteak, por opção e, assim, assino todas as minhas obras poéticas. Nasci em 13 de maio, como Creusa Negris, na cidade de São João da Boa Vista, no Estado de São Paulo. Sou mãe de quatro filhos, sendo três moças e um rapaz. Fui bancária, graduada em Administração de Empresas pela FAE, hoje aposentada. Autora do livro EXPLOSÃO POÉTICA, que será publicado dia 11 de agosto de 2012 na Bienal em São Paulo – SP/Brasil. Coordeno cinco comunidades de poesias, entre outras atividades virtuais em web site tais como:Revista da poesia, Blogs, Comunidades no Faceboock, Recanto das Letras, Comunidade Café Com Verso, Metamorfose Poética, A magia do Amor, Divulgadores Culturais, Anexo da Revista da Poesia, entre outras Procuro dentro o possível divulgar trabalhos de poetas novos, bem como expor os trabalhos de escritores já consagrados. Um trabalho feito com muito carinho por apreciar a Literatura.

VIRTUAL
Penélope Lsteak



Mundo de magia, ilusão e sonhos.
Onde através de nossa interação
conhecemos amigos com um único objetivo:
Amizade Incondicional.

Por vezes um amor, mesmo que fique distante dos
olhos, estará sempre em nosso querer.
Trazendo grandes inspirações ao nosso
desditoso coração.

Inspiramo-nos mutuamente.
Entre tantas impossibilidades,
criamos belas realidades.
Mais real do que imaginávamos.

Essa é a mágica do virtual.

Penélope Lsteak
 Blog
http://penelopelsteak.blogspot.com/
Blog
http://penelopi-charmosa.blogspot.com
Blog
http://orebate-martaperes.blogspot.com/2011/04/cafe-com-versos-apresenta.html
Revista de Poesia
http://revista-de-poesias2.blogspot.com

08 -  

PAULO DOS PASSOS

Paulo dos Passos é poeta e escritor, tendo 40 livros engavetados, procura patrocínio e amizades, sou mineiro de Coronel Fabriciano, 57 anos, divorciado,escrevo de tudo poesias ,contos ,romance literatura infantil e outros.

POR VOCÊ


Embriagados em pensamentos
Tão
completos e regados de você
Viajei em tempo e espaço
Sempre com seu rosto na mente.

Nesta viagem fantástica
Depositei o meu coração
Que agradece esta paz
Mostrando a ternura deste amor.

Noites e mais noites
Sempre feliz a sonhar
Curtindo total amor
Que faz meu coração sorrir e cantar.

Por te querer tanto assim
Armazenei tesouros
Tão lindos e valiosos
Que vale castelos e reinados,

Por você sempre por você
Me dedico de corpo e alma
Sendo este o segredo
Do tesouro declarado.

Paulo dos Passos
Poeta e Escritor
Arquiteto do Amor

 

09 -

CEZAR UBALDO

CEZAR UBALDO (de Oliveira Araujo), nascido em 2 de outubro de 1950 em Feira de Santana-Bahia, é educador, poeta, com dois livros publicados:Das Liberdades e Convicções do Homem, e Poemas de Bem Querer e Outros Quereres; participa dos sites literários Portal Literal. Poetas del Mundo,Overmundo, Poesia Baiana, Autores.com.br; administra o blog Prato Raso; participou de três edições da Revista Stitientibus, da Universidade Estadual de Feira de Santana; Autor e diretor Teatral; coordenou por vários anos a Página Literária do centenário Jornal Folha do Norte; colunista dos jornais eletrônicos Vivafeira, Infocultural, Acontecebahia, Jornaldapovo. Membro efetivo da Academia de Cultura da Bahia.

CRUZADA FINAL


Fiz do verso, estandarte,
como rei, armei cruzadas,
Cavaleiros,já é hora:
empunhai vossas espadas,
descei dos cavalos brancos
defendei vossas moradas
que mais cruéis são os lobos
em suas casas veladas.
Por sangue de Jesus Cristo
pondes voz nas bocas seladas,
curai feridas ao vento
que ao vosso lado batalha,
defendei os vossos nomes
vossas mulheres e filhos,
derrubai os muros da força
não temais os vossos destinos.
Por sangue de Jesus Cristo
Cavaleiros,abrí,agora, a bandeira,
espalhai-a sobre este chão,
uní vossas mãos agora
para que vossos corações
cantem como as armas que gritam
por vossos nomes e entes
por sangue de Jesus Cristo...

Cezar Ubaldo

10 – 

OLYMPIO DA CRUZ SIMÕES COUTINHO

Olympio da Cruz Simões Coutinho é filho de Olympio da Cruz Coutinho e de Maria Luiza Simões Coutinho. Nasceu em Ubá, na zona da Mata mineira, em 9 de outubro de 1940. Deixou sua cidade natal em 1962 e foi para Belo Horizonte, onde se formou em Jornalismo em 1965 e trabalhou em diversos jornais e entidades. Em 1966, lançou a primeira edição de Festival de Trovas, livro com 101 trovas feitas desde sua adolescência em sua terra natal, e tomou posse na Academia Mineira de Trovas, cadeira nº 11, patrono Cassemiro de Abreu. Em outubro de 2003, criou um jornal de bairro, o Jornal Sion. Em 2008, ingressou na União Brasileira dos Trovadores - seção de Minas Gerais. Tem três filhos: Liliana, Alexandre e Vítor, e dois netos: Thiago e Carolina.

UM PUNHADO DE TROVAS
 OLYMPIO COUTINHO


Felicidade... encontrei,
depois de buscar a esmo,
naquele dia em que olhei
para dentro de mim mesmo.
 
- “Querido, diga porque
acorda sempre risonho?”
- “Um sonho lindo, você,
enfeita sempre o meu sonho!”
 
Eram alegres os meus olhos
e tristes eram os teus;
por serem tristes teus olhos
ficaram tristes os meus.
 
Eu não lamento a saudade
que a tudo invade porque
é tão bom sentir saudade
quando a saudade é você.
  
Ao homem Deus deu a Terra
e veja o que o homem faz:
– Cria as hienas da guerra
e mata as pombas da paz.

Quem cultiva uma amizade
dentro do seu coração
pode morrer de saudade
mas nunca de solidão.
 
Eu creio na honestidade,
na justiça clara e reta,
no fim da desigualdade...
- Não sou louco... Eu sou poeta!
 
Leva a palha com carinho
e, depois, leva alimento;
assim é que o passarinho
mostra seu devotamento.


Feliz de quem não permite
que o domínio da razão
seja mais forte e limite
o que sente o coração.
 
Ouça o conselho profundo:
busque amar com todo ardor;
nada há mais triste no mundo
que um coração sem amor.
 
O trem da vida ao destino
chega no horário marcado:
- Por que não desce o menino
que embarcou tão animado?
 
Nas noites claras de lua,
no desenho da calçada,
vejo a silhueta sua
à minha sombra abraçada.
       
Terrível a frustração 
de tanto amar-te, Maria;
porque não tens coração
vives no meu, noite e dia.
 
Quando você se encontrar
talvez não me encontre mais;
os tempos do verbo amar
são só agora ou jamais.
 
Oferecendo a miragem
de uma vida sem escolta,
o vício vende passagem
para a viagem sem volta
 
No alpendre do casarão,
em permanente vigília,
Dirceu cantava a paixão
em versos para Marília. 
 
Noel Rosa bem sabia 
o que mata uma paixão:
a noite triste e sombria
sem luar e sem violão.

 

 
Para índice                                          para 2ª pág.