
Academia de Letras dos
Municípios do Estado do Ceará
ALMECE
|
Editora: Vilma
Matos |

A Academia de Letras
dos Municípios do Estado
do Ceará - ALMECE foi
fundada em 09 de
setembro de 1983, pela
escritora Cândida Maria
Santiago Galeno ou como
era conhecida pelos
literatos e amigos
cearenses, Nenzinha
Galeno que tinha
espírito patriótico e
larga visão cultura,
resolveu somar às outras
associações já
existentes na Casa
de Juvenal Galeno uma
outra, que tinha sede em
São Paulo,
veiculo divulgador das
letras municipais do
todo o Brasil. Sendo
aqui instalada, como um
segmento da de São
Paulo, passou-se a
denominar Academia de
Letras Municipais do
Brasil – seção do Ceará.
Tendo como primeira
presidente a própria
Nenzinha Galeno que foi
de 1983 a 1989 ano em
que a mesma veio a
falecer. Naquela época,
para compor seu quadro
social, os acadêmicos
deveriam elaborar uma
monografia sobre
o município que iria
representar. O trabalho
monográfico era
apresentado em reunião
de diretoria ou em
sessão solene, a
critério do autor ou
da própria diretoria e,
se aprovado, era
encaminhado à sede em
São Paulo, onde passaria
por uma nova avaliação
e aprovado em caráter definitivo.
A diretoria central
outorgava um diploma e
acadêmico ao novo sócio
e um medalhão,
assegurando-lhe os
direitos adquiridos e
constantes do Estatuto
Social.
Para se falar da
Academia de Letras dos
municípios do Estado do
Ceará, precisamos, bem
antes falar da Casa de
|Juvenal Galeno que,
sempre sediou
nobilíssimas entidades
literárias, mas a
intelectualidade do povo
cearense, figurante no
talento dos nossos
literatos, precisava
de representação na
"Terra da Garoa", por
isso Nenzinha Galeno,
de espírito patriótico e
de larga visão no
futuro, resolveu somar
às Associações já
existentes na Casa, uma
outra, que tinha sede em
São Paulo, veículo
divulgador das letras
municipalistas de todo o
Brasil.
Era a Academia de Letras
Municipais do Brasil –
Seção do Ceará.
Tendo sido aqui
instalada, como um
segmento da de São
Paulo.
Inaugurada em 09 de
setembro de 1983, seu
quadro social
foi enriquecido com a
participação de poetas,
escritores cearenses
que, em número
considerável, aderiram
aos objetivos da novel
acadêmica, atendendo,
principalmente as
exigências para admissão
e de se tornarem acadêmicos,
com elaboração de uma
monografia sobre o
município escolhido. O
trabalho monográfico era
apresentado em reunião
de diretoria ou em
sessão solene, a
critério do autor ou da
própria diretoria e, se
aprovado, era
encaminhado à sede, em
São Paulo, onde passaria
por nova avaliação e
aprovado em carácter
definitivo.
Com a ausência
involuntária da
escritora Alayde de
Sousa Lima, assumiu a
presidência, o vice,
acadêmico João Batista
de Lima
que, praticamente,
deixou os trabalhos da
ALMB –CE a cargo dos
diretores Meton Maia e
Silva, Agostinho Cardoso
Neto, Francisco Paiva
Lima que, durante bom
tempo, foram
responsáveis pelo
funcionamento
daquela Entidade.
No ano de 1994,
finalmente, foi criada
uma comissão constituída
pelos acadêmicos:
Agostinho Cardoso Neto,
Francisco Paiva Lima e
Francisco Lima Freitas,
que submeteram à
apreciação da Assembléia
Geral Extraordinária, a
criação da Academia de
Letras Municipais do
Estado do Ceará – ALMECE,
com acadêmicos em número
limitado ao quantitativo
de municípios no seu
quadro social, com sede
e foro nesta Capital
de Fortaleza.
A nova entidade
literária foi criada com
objetivos: de congregar
todos os profissionais
liberais, jornalistas,
poetas, escritores e
afins, que desejem
escrever a monografia de
seu município ou outro
de sua escolha; de
defender os direitos
individuais e coletivos
dos seus acadêmicos,
quando prejudicados no
desempenho de suas
funções; incentivar a
cultura literária,
artística e desportiva
de seus municípios e
sucursais; promover a
cooperação junto á
Secretaria de Cultura do
Estado e Municípios, no
trabalho educativo e
sociocultural, buscando
o aprimoramento
educacional das
comunidades
municipais; promover o
intercâmbio entre os
Órgãos Governamentais,
de caráter cultural,
social, econômico,
cívico, desportivo com
entidades congêneres,
assim como a criação de
sucursais noutros
estados; pugnar pelo
respeito às leis do
País, pela democracia,
pela independência
e liberdade fundamental
de direitos do homem,
que evidenciam na indistinção
de raça, sexo, cor,
convicção política ou
religiosa.
|

A primeira diretoria
da ALMECE ficou
assim,constituída:
Presidente – Francisco
Lima Freitas,
representando (Capistrano);
Vice-presidente
– Francisco Paiva Lima (Reriutaba);
Secretário Geral –
Agostinho Cardoso Neto (Guaramiranga);
2º Secretário – Jesus
José Rocha Campos
(Santana do Cariri);
Tesoureira – Maria da
Conceição Ferreira
(Iço);
2º Tesoureiro – Meton
Maia e silva (Pereiro);
Diretoria Social –
Raimunda Neide Freire (Ubajara);
Diretopr de assuntos
Jurídicos – João
Batista de Lima (Amontada);
Conselho Fiscal
- Membros Efetivos:
Francisco Barros; Ione
Arruda; Aldenor Maia;
Suplentes - Francisco
Barreto de Sousa, José
Moacir Gadelha e Antônio
Valdenir de Almeida |

Na sua primeira gestão, o acadêmico
Francisco Lima Freitas reestruturou
a academia, conseguindo somar
esforços dos acadêmicos
já existentes, com o ingresso de
novos, o que contribuiu, em muito,
para o soerguimento da Entidade. Com
o apoio de todos, criou o
informativo da ALMECE, o jornal
ACADEMUS.
No decorrer dos tempos e das
gestões, foi constituída na ALMECE
a Comissão de Ética. Um dos seus
objetivos é, justamente avaliar
o perfil do candidato a uma vaga,
emitindo um parecer no final para
que inicie ou não a monografia sobre
o município cearense, restando a
sua posse. A seleção é
imprescindível para que se fortaleça
o bom nível da Instituição, tanto no
pessoal como no cultural.

Para o biênio 2006/2008, foi eleita
a seguinte diretoria:
Presidentede Honra – Moacir Gadelha;
Presidente – Francisco Lima Freitas;
1ºVice-Presidente – Hernane Machado;
2º Vice-Presidente –
NicodemosNapoleão;
Secretária Geral – Celina Pinheiro;
1º Secretário – Ângelo Osmiro
Barreto;
2º Secretário – Marcos Freitas;
Tesoureiro Geral –Paiva Lima;
2ª Tesoureira – Maria José Bandeira;
2ª Tesoureiro – Ana Maria do
Nascimento;
Vogal – Horácio Matoso;
Diretor de Comunicação – Vicente
Alencar;
Diretora Social – Arleni Portelada;
AssessoriaJurídico – Neusimar Gomes;
CONSELHEIROS: Reginaldo de Atayde,
Francinete Azevedo, Benilde Batista,
Meton Maia, Ione Arruda.

Contando, pois com uma equipe
homogênea e competente,
acreditamos poder levar avante os
planos de projetar a ALMECE,
objetivando um crescimento com
qualidade, alistando-a, como um
referencial para as demais
congêneres cearenses.
Hino Oficial da ALMECE - Letra e
música de Alvarus Moreno - Cadeira
Nº 37 - Município Horizonte e
Auzeneide Cândido
Nosso credo é fundamental
Na doutrina de exortação
Consagrando um fértil jogral
de floral expressão
No Ceará muita coisa acontece
Que no Brasil se faz conhecer
Por exemplo a presença da ALMECE
é um patrimônio sempre a crescer
A ALMECE é a academia
que cuida as Letras Municipais
E assim, cada Distrito se afilia
(bis 3º e 4º versos)
partilhando culturas literais
Nosso Grêmio é um Sodalício
respeitável por sua grandeza
Faz das Letras o seu exercício
tem sede nesta Fortaleza
A ALMECE
lutando vence
Cumprindo normas estatutárias
cingindo o território cearense
revelando proezas literárias!
(bis 3º e 4º versos)
COLABORAÇÃO LITERÁRIA DE ACADÉMICOS:
Carlos Leite Ribeiro - Sócio
Honorário
Um dos momentos mais felizes da
minha vida de literato, foi quando
recebi das mãos do Presidente da
ALMECE, Francisco Lima Freitas, o
Diploma de Sócio Honorário desta
Academia.
Foi no dia 28 de Maio de 2004, no
Salão de Ouro do Hotel Praia Centro,
no 2º dia do 1º Encontro do Portal
CEN - "Cá Estamos Nós", realizado em
Fortaleza CE (Brasil).
(Carlos Leite Ribeiro - Presidente
do Portal CEN - "Cá Estamos Nós")
Eliane Arruda – Cadeira Nº 143
Município – Palhano
LEVEZA
São inúmeras as pessoas que
se aventuram no território
da produção literária, poucas, no
entanto, conseguem aportar na
leveza sugerida pela própria
literatura.
O autor Ítalo Calvino, no
seu livro "SEIS PROPOSTAS PARA O MILÊNIO"
que enfeixa as suas conferências
realizadas na Universidade de
Harward, aborda justamente a
oposição "leveza x peso",
argumentando a favor da primeira.
Considera-a "antes um valor que um
defeito" e busca, entre as obras do
passado, as que correspondam ao seu
ideal de leveza.
Se um escritor não souber
filtrar as ocorrências e as
belezas do cotidiano a fim de
encaminhá-las à sua atividade
escrita, não produzirá, com certeza,
textos leves, uma vez que a vida
moderna é um fardo o qual precisa
carregar às costas, sentindo-se,
então, com uns duzentos quilos sobre
a folha de papel, onde, muitas
vezes, as pessoas se movimentam com
dificuldade, em virtude das
imposições do ato de escrever.
Sinceramente, não sei se
alguém pode afirmar que a
leveza trata-se de um DOM. Algumas
vezes, subestima-se o estudo, o
treino, a conquista da habilidade de
desenhar o contorno da frase, dos
arranjos lingüísticos, de selecionar
as palavras mais apropriadas à
literatura, a favor dessa minúscula
palavra, mas trata-se de uma questão
de entendimento ou mera
internalização com a insistência da
prática.
Sem dúvida, existe todo um
processo de habilidade ao qual
não se chega de imediato. Faz-se
necessária a maneira de observação
da vida, provavelmente quanto à
beleza do que foi deixado pelo
Criador, levando um pouco de ternura
e colorido às mais esconsas
configurações do autor, ainda mais
associadas ao conhecimento das
variáveis que, na composição da
língua, podem revestir sentimentos,
pensamentos e emoções.
Essa qualidade do estilo de
um escritor faz, também, com
que surjam outras: simplicidade,
clareza, luminosidade, sutileza
na capacidade de tecer a sugestão
que dá vida ao texto literário,
desde que não se perca em abusivas
sugestões a arroubos imagísticos, tornando
o texto, por isso, um emaranhado aos
olhos do leitor.
Se o que vale para o
literato é o sonho, esse, no
entanto, precisa revestir-se das
peculiaridades que o fazem levitar
diante da contemplação dos
admiradores. Do contrário, um
simples escrevinhador pode ser
confundido com um ARTISTA DA
PALAVRA.
«»«»«»
Vilma Matos – Cadeira Nº 22 –
Município – Crateús Monumento das Descobertas ( do Livro
(está no prelo) Odisséia em
Ulisséia)
Visualizar este monumento é Quase tocar com as próprias mãos, Na história de um povo. É sentir o furor das emoções Que, a cada instante, brotam Das profundezas de minha alma. Alma de mulher sensível e sensata. Alma de mulher apaixonada Por uma história viva, Não por uma história morta, Pouco sentida, Que era, por mim, tão somente Conhecida, Através de livros mofados,
escondidos Em prateleiras... Quero mais é viver e sentir As sensações psíquicas, Vivenciar o amor, Curtir a natureza. Usufruir desta riqueza inesgotável Que é a vida!

Francinete
Azevedo – Cadeira Nº 62 – Município
- Ipu
FADA PÉROLA
Tão diferente das outras!
Linda... meiga...
Da cor da noite.
Seu olhar
Reflete o brilho das estrelas.
Seu sorriso
Revela a ternura dos anjos.
Traz nas mãos generosas
A varinha mágica da solidariedade
E da paz.
Pérola
Tem alma nobre, luminosa,
E um coração imenso!
Pleno de amor.
Na sua simplicidade,
Encontra-se todo o poder
De seu encantamento.
Pérola – uma jóia rara, preciosa!
Fada Pérola – um ser de LUZ!
Fada Pérola, tão diferente das
outras
 Waldir Rodrigues – Sócio Honorário HISTÓRIA DO SONETO (Do livro "Rosas do Nunca Mais" 3ª
Edição) Petrus de Vinia deu-lhe forma e
jeito Para que Dante lhe emprestasse a
glória Com que Petrarca o tornasse afeito A receber a palma da vitória. Tasso infundiu-lhe o ideal perfeito Traçando-lhe da fama a trajetória Mais tarde Banchs construiu bem
feito O arco-íris triunfal da glória. Bravos poetas que me antecederam Certamente na vida não sofreram Da dor extrema os íntimos
refolhos... E nem sonharam com o tormento atroz Da minha alma p'ra secar a foz Do rio que hoje desce dos meus
olhos!...
 Arleni Portelada – Cadeira Nº 65 -
Município Fortaleza O MELHOR DE MIM Você quer conhecer o melhor de mim? Então não me prospecte como se eu fosse um poço de petróleo nem faça de minhas esquisitices uma tese de estudo. Aconselho não investigar agendas,
diários ações sem intenções, atos sem fatos. Não decifre os códigos dos meus extratos bancários as onças que tenho não as guardo nos cofres deixo-as rosnando dentro de mim. Não me fotografe em dia de festa supondo revelar num traje mais
elegante um Orleans de Bragança que nunca
fui. Não procure no mapa astrológico no planeta regente, no signo
ascendente nenhuma pista do melhor de mim. E por favor, não espreite meu sono não exagere no vinho pois só deliro acordado e só me embriago de amor. Você quer conhecer o melhor de mim? É muito fácil, basta me amar.

Antoinelte Alves Moura - Sócia
Benemérita APÊLO
Por onde andaste, meu bem
Que não vieste me acordar?
Pretendo encontrar o amor
E tu também o procuras,
E sabes o lugar que ele está.
A nossa aproximação
Não depende somente da vida
material.
O importante é a capacidade afetiva,
Saber amor, sem ferir nem ser
ferido,
E sentir a presença de Deus
Em cada um de nós!
Margarida Alencar – Sócia Honorária
OLHANDO ESTRELAS
As estrelas rolaram,
queimando buracos no céu escuro.
Estranho não incendiarem tudo!
Os homens estão ocupados,
inventando calúnias
ou falsas acusações,
para justificar os estragos
do firmamento.
Alguns poucos (os poetas), estão a
pensar:
"Que lindo manto de estrelas,
que lindo céu estrelado!"
Moral da estória: Não confie em
ninguém
que não seja poeta!

Neide Azevedo Lopes – Sócia
Honorária
CELEBRAÇÃO
Que nos importa o mundo vão, a
pressa
Se a flor lilás levita sob a brisa?
Que nos importa o erro, a armadilha
Se os trigais ensaiam madrugadas?
Que nos importa a escuridão, o medo
Se o floco de algodão sorri
brancura?
Que nos importa a inexata hora
Se as sendas e os caminhos
entrecruzam?
Que nos importa a ira ou o degredo
Se tuas mãos festejam-me o cabelo?
Que nos importa o tédio, o barulho
Se teu abraço é festa em demasia?
Que nos importa o peso do pecado
Se deuses somos, a brincar na
aurora?
Que nos importa o tempo e o conflito
Se renascemos hoje, e outrora?
Poesia destacada no VII Prêmio Ideal
de Literatura – 2004

Vicente Alencar – Cadeira Nº 21 –
Município Limoeiro do Norte
APENAS, TUAS MÃOS
Tuas mãos
que se elevam para o alto
contritas, em oração,
também afagam,
acariciam ,
amam,
como todo teu corpo.
Tuas mãos
que apertam as minhas
no momento sublime do amor,
são belas,
são ternas,
são suaves,
e me envolvem
em ardente alegria.
Tuas mãos
que acariciam,
traduzem em gestos,
movidos pelo amor,
a linguagem nascida
no coração.
Giselda Medeiros – Sócia Honorária
DESAPROPRIAÇÃO
O Tempo varre o sótão do meu sonho,
limpa o telhado do meu pensamento,
refaz o alpendre branco, onde me
ponho
a conversar, à noite, com o vento.
Não ouço nada, alem do que deponho,
em voz sofrida, em lúgubre lamento
ao tempo que, veloz, seque e,
medonho,
vai dissipando os sonhos que
acalento.
E fico, horas a fio, indiferente
a esse mister de desapropriação
que o Tempo em nossa vida, mudo,
faz.
Depois... depois, o que resta na
gente
é este vazio - a flor da solidão -
que se abre e não fenece nunca
mais...
Rosa Virginia Carneiro – Cadeira Nº
06 Município – São Luis do Curu
DESTRESSE
No tempo em que eu te amava,
Eu não era tão cansada!
Esses destresses sumiam ao pensar em
Ti.
Consciente do sonho, eu me amava
Porque em Ti - eu me perdia.
E Tu, sem saber deste amor, que do
céu
À terra se expandia...
Sobre mim, nada sabes – o tormento
dos meus dias –
À noite resta-me um corpo
cambaleante.
Entre as estrelas Te buscava,
E Tu os meus olhos acendias.

Benildes Batista – Cadeira Nº 30
Iguatu
FORÇA SUBLIME
O pôr do sol fechou meu manto, Dando luto ao entardecer, Surpreendendo meus segredos, Arrastando comigo Uma dolorosa saudade de você. A imbatível força do amor Fez minh'alma em tempestade De tua ausência sentida, Ma minha dor dolorida, Na enorme vontade de te ver. Tua voz capciosa, Teu riso amplo e solto, Teu canto manso e rouco, Volta e meia, Penso em você. Penso na política, na Religião, Penso no tempo, no lazer, Mais ainda e sempre, Volta e meia, Penso em você.
 Moacir Gadelha – Cadeira Nº 47 –
Município Cascavel
PAZ E GUERRA
O mundo sofre um perigoso jogo!
O mal querendo dominar a Terra!
Por isso, brada fomentando a guerra,
Mas, certamente, cairá em logro!. .
.
Porque a PAZ, mesmo sofrendo, é
PRECE!
Mantendo aceso um cabedal de luz...
E embora, ao peso de tremenda cruz,
Não perde a seiva e se refaz,
floresce!
Promove a guerra desalmado arraso,
Porque produto de venal atraso
Nos corações de tresloucados réus!
Tudo evolui... e a desastrosa guerra
Terá um dia, de sumir da Terra
E a PAZ trará uns sorridentes Céus!.
. .

Ione Arruda – Cadeira nº 10 –
Município Ibiapina TROVAS A jornada começou Mercê de Deus com alegria E no final revelou Ciência e sabedoria. A luz do sol ao raiar Nestas manhãs tão divinas Gentilmente vai saudar As primeiras alencarinas.
Francisco Lima Freitas – Cadeira Nº
57 – Município Capistrano
PONTO DE VISTA – 1
Falemos com seriedade sobre este
fantástico PAÍS CONTINENTE chamado
Brasil, que dadivosamente foi
contemplado como nenhum outro
pelas benesses do Artífice
Onisciente do Universo.
Infelizmente nosso povo (a nação
brasileira), na sua maioria
inconteste, nasceu vocacionada à
submissão a interesses
inconfessos dos grupos oligarcas
agora travestidos de neo-liberais,
que encarnam com toda pujança, a
tirania econômica carcomida pelo
gérmen peçonhento da corrupção
insaciável, na busca de conquista e
poder a qualquer preço.
Sou daqueles que não acreditam num
futuro melhor para nossa
pátria, haja vista a permanência de
governantes inescrupulosos que
desprovidos de patriotismo
implantaram há quase doze anos uma
metodologia política, tendo como
princípio basilar, manusear com
mestria o instrumento da traição, do
engodo, da subserviência e
indimensionável ausência do espírito
de brasilidade. Na lúgubre estrada
da negritude que tinge de preto a
conduta de grande parcela dos
sanguessugas da maior enganação
eleitoral, com registro nos anais da
vida deste desditoso país avassalado
por uma onda de vandalismo político,
quando assistimos inermes, o desfile
dos protagonistas desta farsa de
energúmenos na passarela da
impunidade. Somos órfãos de valores
morais, sem perspectivas de melhora.
É como singrássemos os mares, num
barco à deriva.

Valeska Capistrano – Cadeira Nº 25 –
Quixadá
SILENCIO DE UM OLHAR
Silencio minha boca
Mas, falo pelo olhar...
Se estou triste,
De meus olhos saem lágrimas.
Se estou alegre,
Meus olhos parecem gargalhar.
Se estou com medo,
Meus olhos se arregalam.
Se estou com raiva,
Meus olhos conseguem fulminar.
Meu olhar consegue ir longe,
Como que, querendo ir te buscar.
Mas, de que adianta olhar para ti
se a mim não consegues enxergar?

João de Deus (do livro "Luzes e
Sobras" – 2005) – Sócio Honorário
RECONCILIAÇÃO
Rosas ofertadas, vivas
- Imagens do bem-querer -
Lembram fragrâncias antigas,
Enigmas do vir a ser!
Se, como bálsamo ou vinho,
Meus versos, no seu viver,
Ressoarem, de mansinho...
Hão de confortar-me o ser!
Quer nos momentos felizes,
Quer nos de pesar infindo,
Ir-se-ão às cicatrizes,
Se o amor for ressurgindo...
Tudo há de transformar-se,
Se atração, calor houver...
E disposta, então, a dar-se
Por completo ela estiver!

Gilson Pontes – Cadeira Nº 46 –
Município Frecheirinha Fase boa do jornalismo O jornalista é um
profissional como poucos. Trabalha
muito e, às vezes, o público que o
lê não é capaz nem de saber quem é o
autor. No jornalismo vale a
capacidade singular de cada um
no transmitir das idéias, aquele que
se destacar faz grande carreira
e trabalha sempre em jornais da
mídia e em escritórios
aconchegantes. Mas é necessário que
seja assim? Por que os outros também
não têm as mesmas regalias. Afinal,
o público lê os jornais que chegam
as suas mãos, pois grande parte vai
direto para as seções de modas e
fofocas e outros para o esporte
(isso sem falar na página policial). Mas é bom lembrar a fase
boa do jornalismo, quando todos sem
exceção tinham que enfrentar uma
máquina pequena, de tinta preta e
teclas miúdas, escreviam em porões
úmidos e mal iluminados e ainda eram
tachados de comunistas. Por vezes
perseguidos, presos, torturados em
alguns casos até exilados. Mas era
bom! A igualdade imperava, e
o escritor e o público uniam um só
laço. Mas as fases românticas
são superadas e o único
resquício daquela época são uns
poucos estudantes de jornalismo que
fazem estágio em pequenos jornais e
na sexta-feira se encontram
num barzinho, cantam Chico Buarque,
clamam versos contra a sociedade
embebedados de cervejas, mas depois
vão embora em seus carros,
acelerando pelas avenidas na
madrugada. Temos hoje, que competir
conosco, pois qualquer ato falho
pode ser motivo de preocupação,
afinal existem várias pessoas que
largariam tudo para estar em nossos
lugares. Não há mais " - amizades",
o companheirismo está refletido no
currículo de cada um e ainda aparece
um dono de jornal querendo organizar
uma festa de fim de ano com amigo
secreto e tudo mais. Somos jornalistas
nostálgicos! Mas com um perfume
do boticário debaixo do braço, ou
até mesmo uma garrafa de uísque
(do Paraguai). Até parece que
estamos satisfeitos com o local
que trabalhamos, com as pessoas que
trabalhamos. Saímos de casa todos
os dias, enfrentamos um trânsito
infernal e ainda temos que
escrever sobre coisas que não
gostamos e sem se esquecer da
pontuação, é claro!

Helder Alexandre Ferreira V I T R A
L : Poesias – Sócio Colaborador
D I V A G A Ç Ã O
São horas de passeio, ó Germana!
Nos jardins algarobas proliferam
Matinês na calçada que descerram
As rosas-de-toucar a tarde lhana.
No bater de arraias, passam nuvens
Arrenegadamente para as trevas;
Abalroam morcegos com as levas
Das pequeninas aves de penugens.
Em sonhos eu desmancho os laçarotes,
Os corpos cintilantes, corpos nus,
O sol nos teus cabelos, que reluz,
As tardes lourejantes das cocotes.
As tardes de passeio, temporã,
O sol nos teus cabelos resplandece,
O sol de primavera robustece
A fantasia louca no divâ.
Eu antes de mandar no meu nariz,
Em palidez azul, convulsionada,
Mandei aquele mimo a minhיamada,
Que mo agradeceu toda feliz.
Eu antes de servir na infantaria,
Servia-te, ó minha infanta linda,
De quando tu passavas de berlinda,
Pra Deus, ó grande espanto! eu
levaria
Aos novos horizontes do meu clã,
Esta melancolia que não conto,
E tiro o meu serviço muito tonto,
Pensando que morri no Vietnã.
Eu antes que da vida quebre a fita,
Saudade me transforme _ antes que eu
morra _
Eu hei de transformar tua pachorra
Num beijo de novela sibarita.

Formatação e Arte:
Iara Melo |
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