EDITORIAL -
REVISTA
Editora: Vilma Matos,
Eliane Arruda e Mônica
Silveira
Edição Especial do mês
de maio de 2008
A revista virtual “Aqui
Fortaleza” é uma edição
especial a fim de
comemorar os quatro anos
de realização do
Primeiro Encontro de
Escritores do Portal “Cá
Estamos Nós” Tem como
destaque as entrevistas
com Tarcisio Tavares –
Publicitário de renome
nacional e com Wanessa
Matos – uma garota que
gosta e sempre gostou de
gente grande. Conta
também com a
participação especial de
escritores filiados ao
portal CEN que estiveram
presentes no memorável
evento, a saber:
William Alcântara,
Francinete Azevedo, Evan
Bessa, Ana Nascimento
(essas duas últimas
estavam presentes no I
Encontro, mas somente
depois de algum tempo é
que ingressaram na
família CEN).
Abriu-se este espaço
para que não fique
registrado somente na
memória de cada um que
participou do I Evento,
mas também para quem não
esteve presente, por um
motivo ou outro; a
verdade é que um
esforço, por maior ou
menor que seja, será
sempre muito bem
recompensado, pois não
se deve abdicar de
momentos tão ricos de
amor, amizade e cultura,
como foi neste
intercambio cultural,
sem contar que o sucesso
é para quem ousa, e não
para quem tem medo de
fracassar e fica
estagnado. A direção do
CEN apostou e, por isso,
hoje está no mundo não
só virtual e também
real. Há quase dez anos,
o Portal CEN vem fazendo
a diferença em todos os
aspectos e sentidos, vem
concretizando o que
seria apenas um sonho,
tornando-o realidade,
divulgando autores de
todas as épocas, de
todas as idades,
despertando nos jovens o
desejo de escrever e pôr
para fora os seus
anseios e conhecimentos.
O primeiro Encontro foi,
sem dúvida, um evento
abençoado, tão verdade
que após o I já
aconteceu o II e agora
será a vez do III, na
linda cidade de
Blumenau. Sem contar que
por esse motivo esteve
aqui no Brasil um homem
incrível, admirador do
nosso país de forma
inconteste. Estamos
falando do escritor,
jornalista e professor,
Carlos Leite Ribeiro.
Esta publicação será
divulgada pelo
Presidente do Portal CEN
e amigos; pela
Vice-Presidente, Iara
Melo, a competente web,
a quem, desde já,
agradecemos a linda
formatação desta revista
virtual. Com a
realização do III
Encontro e o lançamento
da III antologia, fica
mais que comprovado o
intercambio cultural
entre Brasil, Portugal e
países de língua
portuguesa.
Agradecemos aos
apreciadores e
colaboradores da
revista "Aqui
Fortaleza" e desejamos a
todos que irão ao III
Encontro uma boa viagem
e um breve regresso aos
seus lares. Abrimos a
presente edição com a
participação da
escritora/jornalista
Eliane Arruda, em
seguida as entrevistas e
outras produções
textuais.

INICIATIVAS PERDURÁVEIS
Eliane Arruda
“Assim se passaram dez
anos”... Eis o início de uma
música brasileira já
bastante antiga. Quanto ao
CEN, já se passaram quase
dez anos da sua chegada ao
mundo lusófono. O seu
criador, Carlos Ribeiro,
intuitivamente, um
visionário, converteu-o em
um novo sol, com cintilações
que parecem multiplicar-se,
aquecendo o interesse de
muitos poetas, escritores,
jornalistas e pretensos.
Um sol menor também se
formou, clareando o
horizonte do Portal “Cá
Estamos Nós” , emanando
raios de Fortaleza-Ceará, a
cidade considerada por um
poeta “a loura desposada do
sol”. Referimo-nos à
Revista Fortaleza, já com
seus quatro anos de
existência, tendo à frente,
a editora Vilma Matos. Quem
a acessou, virtualmente, leu
artigos de escritores
cearenses, bem como de
outras regiões; entrevistas
com pessoas favorecidas com
algum tipo de habilidade ou
conhecimento; poemas,
outros gêneros textuais.
Assim sendo, a editora dava
margem para que internautas,
simpatizantes do Portal CEN,
tivessem contato, sobretudo,
com acontecimentos culturais
de Fortaleza, a cidade-berço
do I Encontro do Portal “Cá
Estamos Nós”, conduzido,
habilmente, por Carlos
Ribeiro( seu idealizador) e
sua equipe.
No decorrer da presente
leitura, o internauta,
embora não tendo comparecido
ao I ENCONTRO, em 2004, terá
contato com os
acontecimentos da época,
noção do que se passou em
Fortaleza, apoiando a
sucessão de Encontros
vindouros, além da opção de
outras leituras.
Com o seu prosseguimento,
“Aqui Fortaleza”, número
especial, traz um passado
(não muito distante-2004)
para as luzes do presente,
sobretudo, do III Encontro
em Blumenau.

PERSONALIDADE EM DESTAQUE:
Tarcisio Tavares
Para o deleite dos nossos
leitores e amigos,
convidamos para a edição
especial, a pessoa admirável
de Tarcisio Tavares, que vem
contribuindo, acirradamente,
com a cultura do nosso
estado, o que não deixa de
se estender por todo o
Brasil. Trata-se do
publicitário cearense “TT”,
forma carinhosa com que os
amigos o tratam. Em sua
oficina cultural, TT faz seu
trabalho, na área de
propagandas, eventos
sociais, culturais e
políticos e segue
fortalecendo, cada vez mais,
a parceria firmada com o Dr.
Newton Freitas, da
Instituição Financeira OBOÉ,
homem que investe e sabe
valorizar o talento do povo
de sua terra, hoje, também
parceiro da Companhia
Energética do Ceará – COELCE.
Falar em Tarcisio Tavares e
sobre seus feitos é sempre
um grande prazer, mas
ninguém melhor do que ele
próprio para dizer-nos como
se autodefine, com apenas
uma ou duas palavras. TT: -
Sou um “cara boa praça” que
digo: quando eu morrer,
quero que coloquem sob o meu
epitáfio,” morto sob
protesto”.
AF - Quanto ao meio
literário, o que você pode
nos dizer, observando as
questões relacionadas às
mudanças?
TT: - Vilma, neste aspecto,
tenho observado as pessoas
que vivem aqui, no Ceará,
lendo bem mais, o que me
deixa gratificado.
AF - Dentro do tema
cultural, o que você espera
acontecer em 2008?
TT - Espero que as pessoas
continuem lendo, lendo e
lendo...
AF - Em termos de
globalização, o que você tem
a nos dizer?
TT - Vilma, através da TV,
tem-se acesso às notícias de
todo o mundo, isso eu
considero uma das grandes
vantagens da globalização.
Gosto de ficar sempre bem
informado, além de ser um
grande apreciador do futebol
mundial.
AF - O que mais o
impressionou em 2007?
TT - De modo geral, não há
fato algum que me
impressione, porque tenho
uma filosofia “há sempre uma
coisa nascendo, há sempre
uma coisa morrendo e outra
nascendo”... “O rio que você
tomou banho ontem não é o
mesmo de hoje”. Então tudo
está sempre sofrendo
mudanças.
AF - Dizem que relembrar é
viver duas ou mais vezes,
por isso vamos tecer alguns
comentários, acerca do I
Encontro de Escritores do
Portal CEN que, já naquela
época, contava com um número
considerável de escritores,
mesmo que muitos ainda não
tivessem descoberto o real
valor dessa instituição
virtual, nacional e
internacional, de literatura
em língua portuguesa. Ao
contrário do que acontece
hoje, que a grande maioria
dos intelectuais e o público
cearense nos conhecem. É
uma pena finalizar essa
nossa inspirada conversa
cultural, mas solicitamos ao
nosso convidado que deixe
uma mensagem aos escritores
e leitores do Portal CEN.
TT - Desejo que os
escritores do portal CEN
continuem lendo e escrevendo
para que, assim, possamos
construir um mundo melhor,
onde a cultura possa ser
priorizada.
Agradecemos ao publicitário
Tarcísio Tavares, a
gentileza de nos receber em
seu escritório, após um
longo dia de trabalho, para
conceder-nos essa
descontraída conversa de
amor à cultura.

FORTALEZA, O ESTOPIM...
Eliane Arruda
Reporto-me a um vetusto
pensamento, no entanto, aqui
e ali, vindo à tona: “as
grandes essências
encontram-se nos pequenos
frascos”. Já é do
conhecimento de todos, por
exemplo, que os perfumes
franceses, embora contidos
em minúsculos recipientes,
emanam uma fragrância
encantadora.
Você, a essa altura, deve
estar pensando: “que
essências e frascos têm a
ver com o Portal CEN”? Na
realidade têm (e muito), por
ser a metáfora de uma mulher
franzina, de pequena
estatura, porém gigante na
coragem, nas ações. Será
que o Primeiro Encontro do
Portal CEN teria se
realizado, em Fortaleza, sem
a sua magnífica atuação?
Refiro-me a mulher-miniatura,
Maria Vilma Matos. O que
fez, não fez, as parcerias
que conquistou não
correspondem à coragem de
qualquer um. Ao seu lado,
estimulando-a, sua filha
Wanessa, depois eleita
“Garota do Primeiro Encontro
do Portal CEN” e, sem
dúvida, outras pessoas e
empresas prestaram, em
parceria, prestimosas
colaborações..
Assim, no final de maio de
2004, “cá estávamos todos
nós”, participando de
eventos sociais e culturais:
coquetel de abertura,
gentileza do Centro
Cultural Oboé – Tarcisio
Tavares representando o Dr.
Newton Freitas; refeições
proporcionadas pelo Dr.
Ivens Dias Branco e Mundinha
Negreiros de Andrade;
Gráfica e Editora Nacional;
músicas, recitações,
debates, oratória,
palestras, outorga de
placas, diplomas, e a
presença atuante de
fotógrafos locais e
imprensa.
A Academia Feminina de
Letras do Ceará – AFELCE, da
qual, quem escreve era a
Presidente, em 2004,
outorgou a Carlos Ribeiro um
troféu, extensivo ao CEN,
prestando-lhes sincera
homenagem, e a Academia de
Letras dos Municípios
Cearenses - ALMECE, através
do seu Presidente, Francisco
Lima Freitas, concedeu-lhe o
diploma de “Sócio
Honorário”. Houve sucessão
de homenagens.
Compareceram ao evento
representantes de entidades
culturais, políticos e
pessoas de destaque no mundo
social, estando, à frente, a
maior divulgadora local do
CEN, Maria Vilma Matos,
proferindo, alguns desses
convidados, palavras
elogiosas ao projeto
inovador, quando, à época,
grande parte dos
fortalezenses ainda não se
revelava adepta da
virtualidade.
Quando se fecharam as
cortinas do palco
fortalezense, e acenderam-se
as luzes... Tudo foi se
esvaziando... Restaram, no
entanto, inúmeros aplausos e
uma duradoura saudade, mas
abrindo-se nova porta, ou
seja, a possibilidade de
haver outros encontros, e
tanto que o terceiro
está a caminho, coroado de
êxito e esplendor Parabéns a
todos do Portal e
agradecimentos, sobretudo, a
Carlos Ribeiro, Vilma Matos,
Maria Nascimento, Iara Melo e Alexandre
Caminha.
Daí, haver no título a
palavra “estopim”, já que,
em sentido figurado,
significa, conforme o
dicionário: “elemento
deflagrador de uma série de
acontecimentos”.

ENTREVISTA ; “Garota do 1º
Encontro do CEN”
Wanessa Matos tem vinte
anos, nasceu em Fortaleza no
dia 29/02/88. Cultiva o
gosto pela arte de escrever
e pela música, é organista,
universitária e está
cursando o 5º Semestre em
Fonoaudiologia, na
Universidade de Fortaleza –
UNIFOR. Ela recebeu,
conferido pelo presidente o
Portal CEN, o título de
“Garota do 1º Encontro do
CEN”, por ter participado e
interagido intensamente com
todos os congressistas que
estiveram em Fortaleza.
AF - Quando começou sua
afinidade com as letras?
Wanessa - Desde criança que
aprecio criar histórias, mas
não tinha escrito nenhuma.
Recordo-me de quando eu
tinha, acho, 12 anos, e
escrevi meu primeiro poema.
Mostrei-o a minha mãe e, a
partir daí, ela começou a me
incentivar.
AF - Como vai conseguir
conciliar sua vida de
estudante com a de
integrante do Portal CEN?
Wanessa - Tudo será
possível, desde que eu
procure fazer um bom uso do
meu tempo.
AF - Sabemos que foi eleita
“Garota do CEN”, em 2004.
Como pode a ala jovem
interagir para divulgar a
língua e a cultura
luso-brasileira?
Wanessa - No meu caso que
conheci os integrantes do
Portal CEN pessoalmente,
antes mesmo do virtual, foi
fácil despertar em mim o
interesse pela escrita
virtual e impressa, bem como
pela cultura
luso-brasileira, surgindo o
meu grande interesse em
fazer parte também desse
grupo selecionado, de
pessoas inteligentes e
amigas.
AF - O presente e o futuro
pertencem aos jovens. De que
forma os jovens podem
contribuir para um mundo
melhor: povos unidos,
natureza poupada, respeito
um pelo outro?
Wanessa - Acredito que a
construção de tudo está
dentro de cada um e, para um
mundo melhor, não adianta
querer mudar primeiro as
pessoas que vivem ao nosso
redor, teremos que mudar o
que há dentro de nós.
Devemos começar melhorando
dentro da nossa casa, pois é
de lá de onde sairão pessoas
conscientes, que respeitam a
natureza, os animas e os
seres humanos.
AF: - Que tem a dizer
sobre Carlos Ribeiro e sua
equipe, sobre a persistência
com que mantém viva uma
comunidade virtual?
Wanessa - Tenho acompanhado
indiretamente os conflitos,
os sucessos, o entra e sai
de escritores e, por vezes,
fico pensando como é que uma
pessoa pode ter tanta
paciência em conviver com
tanta gente, pois sabemos
que conviver com seres
humanos é bem difícil e
parece que esse convívio é
realmente o forte do Carlos.
Isso para mim é uma arte,
por isso digo: “ELE É UM
GRANDE ARTISTA”.
AF - Conforme sua concepção,
qual o futuro da
virtualidade?
Wanessa - Creio que, no
futuro, quem não aderir à
virtualidade, se
auto-excluirá do mundo em
quase toda a sua totalidade.
Para acompanhar o progresso,
as pessoas necessitam buscar
o conhecimento por todos os
meios, sendo para mim, a
internet um dos mais
eficientes, onde as pessoas
interagem e trocam
informações. Existem várias
opções, mas a febre do
momento é o ORKUT, não
ficando para trás o MSN e o
E-mail convencional. O
último muito utilizado pelos
professores e
universitários. A utilização
é tanta que hoje quem não
dispuser de E-mail, não terá
como participar de aulas à
distância (disciplinas
oferecidas pelas
universidades, e o aluno
acompanhando as aulas pelo
virtual). Como jovem, não
vejo outra forma da gente se
manter bem informado, tem
que ser via internet e isso
serve para todos. Tudo é
formidável. Eu,
particularmente, faço bom
uso desse fantástico meio de
comunicação. Não esquecer
que, na rede, há de tudo,
basta ter responsabilidade
para acessar o que nela
existe de melhor e mais
construtivo.
Finalizamos aqui, a
entrevista com a Wanessa
Matos, ou seja , com “A
Garota do Primeiro Encontro
do CEN”, agradecemos a sua
atenção e participação nesta
revista especial de
aniversario do I Encontro de
Escritores do CEN.
Pais e Filhos
Quem sou Eu?
Eu sou a filha de uma
geração,
Eu sou o fruto das fantasias
deles,
Eu sou a vencedora deles.
Eu sou quem eu sou,
Porque eles me modelaram
Deram-me amor
E todo cuidado
Fui criada como eles foram
criados.
Fui esperada
E desejada.
Eles enfrentaram barreiras,
Ciúmes, medo e ansiedade,
Mas eles venceram.
Um pedaço deles sou eu,
E o meu “eu” inteiro,
Divide-se neles
Eles
São a base da minha Vida,
São os meus melhores amigos,
Aqueles que brigam comigo
E me ensinam.
Eles são as rosas do meu
jardim,
E eu
Sou o Jardim deles.
Pela Graça Divina
Deles fui gerada,
E desde que nasci
Aprendi a reconhecê-los
E a chamá-los
De Meus Pais.

ENCONTRO DO CEN - William
Alcântara
Parecia um quebra-cabeça. As
peças se ajustando e se
formando, tomando formas e
cores. Os personagens da
nossa imaginação, sob as
luzes do Salão do OBOÉ,
surgindo na ribalta do
grande encontro. Frases e
palavras trocadas a
distância, adquirindo nomes,
caras e risos.
Não mais o virtual, mas a
materialização acontecendo
diante os nossos olhos.
Nossa! Você é fulano? Como
vai? Engraçado, imaginei
você exatamente assim!...
Ouvia a sua voz quando você
escrevia. Nossa! É igual!...
Que gostoso te ver... Você é
mais bonita pessoalmente!
No salão, um burburinho
gostoso. O barulho das
vozes, as expressões dos
rostos. E assim, as peças do
grande quebra-cabeça iam se
formando, num caleidoscópio
de pura amizade e de
carinho. A freqüência, a
vibração eram as mesmas. Por
gosto, por afinidade!
Ah! O tempo! Sem que a
gente percebesse, já era
hora de até logo! Hora de
Adeus! É como diz o poeta e
cancioneiro popular: “São
cinco letras que choram”.Os
dias passaram tão rápido!...
Como toda coisa gostosa e
boa da vida.
Trabalho em que a gente se
envolve por amor, a papo
descontraído, o sorvete, o
doce, a paisagem!... Tudo
muda, derrete, esvai-se, mas
o gosto, o cheiro, as cores
ficam em nossa memória e em
nossos corações. Não nos
entristeçamos, no entanto.
Basta pressionar a tecla
certa, tudo volta e parece
que estamos ouvindo as
frases, os risos, o calor do
aperto de mãos. Não vamos
lamentar. Tudo aconteceu
como devia.
Espontaneamente... E se
leu, recitou, cantou e
abraçou. Tudo fraterno! Tudo
irmão!
A bandeira era a mesma. Os
sotaques com todos os tons
eram de harmonia. O Maestro
maior, o sentimento, as
letras todas perfiladas,
desfilando nas idéias e
sonhos, sem desafinar...
Se o Senhor dos Tempos e dos
Mundos fez a Terra em sete
dias, nós, suas criaturas,
formamos o Portal do CEN, e
num plágio respeitoso,
consolidamos o carinho, a
amizade e o sentimento, tudo
em quatro dias, e criamos um
mundo de esperança, cultura
e sonhos.
Não quero agradecer. Tudo
foi feito com amor, e amor
não se agradece. Apenas, por
uma questão de direito,
louvar os responsáveis
maiores e representantes de
todos nós, tanto lá através
do Carlos Leite Ribeiro,
como cá, na figura elétrica
da Vilma Matos.
Bem, vamos terminar por aqui
para não embaçarmos a vista.
Saudade, palavra que só
existe entre nós, disse um
poeta é “a vontade de ver e
sentir de novo” É o que vai
acontecer, com certeza! E
mesmo que alguns não
respondam à chamada, saibam
que eles estão atentos e
junto de nós.
Basta a gente lembrar o que
ficou guardado no coração.
Basta a gente sentir o adeus
preso na garganta.
Parodiando o CEN: CÁ ENTRE
NÓS! Não dá para esquecer!
Saudades e com carinho

REMEMORANDO -
Francinete de Azevedo
Ferreira
Há quatro anos,
Fortaleza de Nossa
Senhora da Assunção
viveu momentos áureos,
com o I Encontro de
Escritores do CEN –
Portal “Cá Estamos Nós”,
realizado nos dias 28,
29 e 30 de maio de 2004.
O Encontro reuniu
escritores brasileiros e
portugueses, em torno da
“mesa eucarística” das
letras, objetivando a
consolidação do
intercâmbio
“cultural-virtual” que,
aliás, constituiu um
marco nesse Terceiro
Milênio, possibilitando,
inclusive, sua
perpetuidade através dos
tempos. O Centro
Cultural OBOÉ foi palco
da solenidade de
abertura do Encontro,
momento em que os nossos
irmãos lusitanos foram
recepcionados ao som do
Hino Nacional de
Portugal, interpretado
pelo Coral das luzes –
Companhia Energética do
Ceará – COELCE. Ali
apresentações artísticas
coroaram os momentos de
sublimação espiritual.
Nos dias seguintes, as
reuniões aconteceram, no
Hotel Praia Centro, sob
a receptividade calorosa
dos nossos conterrâneos.
Música, poesia,
palestras, almoço com o
Dr. Ivens Dias Branco, a
prosa informal nos
intervalos, tudo foi
caprichosamente
programado pela
coordenadora do Evento
sob a qualificada
orientação da Promoter
de Evento Arlene
Portelada, daí o sucesso
desse congraçamento,
culminante na solidez
dos pilares da amizade
que sustentam a ponte
literária entre os dois
paises.
Hoje, a repercussão
ainda se faz notória,
quando comentários
elogiosos são proferidos
entre os participantes
ativos e convidados
ilustres.
Parabéns, mais uma vez,
aos idealizadores
daquele providencial
Encontro, no qual
escritores
luso-brasileiros,
amantes das letras e das
artes, embasaram suas
emoções sob os fluídos
benéficos da Terra da
Luz!
À Poesia, um eterno
Canto de Amor - Ana
Maria Nascimento
Fortaleza, “ a loura
desposada do Sol”,
respira, hoje, mais do
que antes, a poesia
nascente no íntimo de
cada filho, de cada
visitante que, aqui,
aporta para
desfrutar-lhe os
encantos naturais.
O desejo de cantar em
verso e em prosa as
emoções latentes de cada
coração cearense, ainda
é visível, tanto nos
mais velhos, quanto nos
mais novos.
Há alguns meses, quando
estávamos realizando
palestras em escolas
públicas, sobre
“movimentos literários
do Ceará” ou ainda
contando histórias para
crianças do ensino
Fundamental I,
surpreendemo-nos com o
interesse do alunado, a
maioria, em aprender
trovas, poemas, cordel,
tendo, inclusive, alguns
demonstrado
versatilidade em
escrever textos
poéticos. Isso nos
animou bastante, até
porque o desejo de
adquirir conhecimentos
sobre a arte de escrever
partiu dos próprios
alunos, e plasmem, de
escolas públicas,
consideradas de pouco
poder aquisitivo,
contando apenas com as
bibliotecas; e uma
minoria, com o uso da
internet.
Não obstante os avanços
tecnológicos no campo
dos recursos virtuais, o
culto à poesia evidencia
o prazer da alma. E em
seu templo,
reverenciamos o amor tão
indispensável na
convivência com o
próximo, quanto no
sentido que se dá à
vida. E, quem sabe, ele
não abomina a violência
que, ultimamente,
instalou-se na
sociedade?
Oxalá, os jovens
cultivem, sem
restrições, a Poesia!
PRAIA DE IRACEMA
Maria Evan Gomes Bessa
Águas revoltas na ponte
metálica
E o mar de um verde
estonteante
Brinca com o vento em ondas
Que agitam turistas e
visitantes.
A linguagem do mar é
envolvente
Seduz a todos com seu
simbolismo
E se traduz em falas
misteriosas
Que inspiram ou provocam
imobilismo.
Quantas histórias e vidas se
passaram
Naquela praia de mares
bravios,
Onde os poetas e boêmios
viram
Guerreiros deslizarem em
seus navios.
E a índia Iracema a correr
na areia
Branca, esbelta, de pés
descalços,
À espera do Guerreiro vive
ainda
No inconsciente coletivo do
povo.