R O D A D E V I O L A
Luiz Eduardo Caminha
O som,
Enche de romantismo,
O ambiente cálido
Da cantina acolhedora.
Lá está ele,
Cinqüenta anos após,
A dedilhar as notas
Que lhe mandam o coração.
Olhos cerrados,
Cabeça inclinada,
Violeiro e Violão,
Misturam-se ao transe,
Da platéia – apoteose!
As mãos,
Aquelas mãos cheias de rugas,
Dedos finos,
Mostram um movimento frenético.
O toque suave,
Compasso a compasso
Sobre as cordas do violão,
Embaraçam solos e arpejos,
Maviosa sinfonia.
Ao seu lado,
Um copo de cerveja,
Um bandolim afinado,
Uma mesa vazia.
A platéia delira,
Canta extasiada:
Naquela mesa,
Eles sentavam sempre...
P.S.: Homenagem aos anônimos boêmios da Velha Guarda, a Jacó do Bandolim e a
tantos outros que fizeram da música brasileira, o romantismo que, até
hoje, embalou tantas décadas.

FOTO: JACOB DO BANDOLIM
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JACOB DO BANDOLIM

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