Bloco Nº 04

 

A Noite do Fado e da Balada de Coimbra

 

RMA Rádio FM 109.6 MHz

Ao encontro do ouvinte !

 

 

 

Iara: - Olá, mais uma vez Bom Noite ! O jantar incluído na “Noite do Fado e da Balada de Coimbra”, em homenagem aos foliões da Escola de Samba “Cá Esperamos Nós”, já deve estar a terminar. Depois, é que será iniciada, propriamente dito, os fados e baladas da terra dos estudante, a bela cidade de Coimbra. A fazer a cobertura exclusiva para a RMA, estão os nossos colegas, o Carlos, o Pinhal Dias e a Mónica Silveira. Vamos até lá, estás de acordo Bichinho Careto ? Ele diz que sim, e então vamos até lá…

 

Pinhal: - Boa Noite a todo o vasto auditório da RMA Rádio FM 109.6 MHz !

 

Mónica: - Uma vasta equipa está aqui na Colectividade da Amora, saudando os homenageados desta noite e todo o auditório. Sabemos que estamos a chegar a todo o Brasil em óptimas condições técnicas. O palco onde estamos a actuar, tem um cenário muito bonito representativo da escadaria da Sé Velha de Coimbra.

 

Carlos: - O jantar compôs-se de especialidades de Coimbra, como a Lampreia à moda de Coimbra e de Chanfana (cabra cozida em vinho cerca de 6 horas). Estava uma delícia, assim como a sobremesa, que foi Manjar Branco de Coimbra. Agradecemos à Iara Melo que gentilmente, superintendeu toda a culinária com os seus enormes conhecimentos da matéria.

 

Pinhal: - E vamos dar início …

 

Potêncio: - Eu posso falar ? melhor, eu posso cantar ?...

 

Carlos: - Bem… seria melhor aguardar um pouco e cantar depois…

 

Potêncio: - Desculpem, mas já dizia minha avozinha: “Aproveitar a agora a oportunidade e não guardar para depois”. Pinhal, agarra lá na guitarra e acompanha cá o Potencio, também conhecido por “Grande Gambozino”:

 

Lá-rá-lá-lááááá´- isto agora vai …

 

 

 

 

 

Até lá!
Eu vou cantar...
No bloco da minha rua.
A festa do meu carnaval
è mais linda do que a tua...

É mais linda do que a tua,
Até lá!
Em Mirandela...
Vou comer estas alheiras
E beber na caneca dela!

Beber na cane cadela,
porque eu não sou cachorrro não!
Vamos brincar no entrudo
E << ò despeis>> no São João ...

 

 

 

 

 

Mónica: - Depois deste momento de “glória” do amigo Potencio, vamos dar início mà noite de Fados e Baladas de Coimbra.

 

Pinhal: - Uma pequena introdução ao fado coimbrão: “Duma maneira geral, quando se faz referência ao "chamado Fado de Coimbra", o estudante de Medicina Augusto Hilário (1864-1896), surge-nos como a figura central do seu aparecimento. Afirma-se até, que a Serenata Coimbrã terá surgido com ele, no início dos anos 90 do século XIX. Todavia, a Serenata já existia em Coimbra, muito antes do Fado- Serenata de Augusto Hilário, e muito antes do Fado ter chegado a Portugal”. Para falar da Universidade de Coimbra, a pessoa mais indicada é o Carlos …

 

Carlos: - “Do Choupal até à Lapa, ó Coimbra dos meus amores”. Será escusado ressaltar a importância que teve a fixação da Universidade em Coimbra, no seu desenvolvimento demográfico e na sua projecção nacional em todos os âmbitos, num movimento simultaneamente receptor e transmissor de Cultura. O primeiro recenseamento, ordenado em 1527 por D. João III, registou 1.329 habitantes em Coimbra, número forçosamente elevado muito em breve com a fixação em Coimbra, dês anos depois, pois em 1540 contavam-se já 600 estudantes matriculados, muitos deles acompanhados de família e criadagem. A concentração na “Luso Atenas” (Coimbra) dos expoentes intelectuais portugueses e a convivência – sob a sua influência cultural, geração após geração – dos filhos das principais famílias beirãs, minhotas, transmontanas ou ilhotas, imprimiram à sua vida um cunho tão peculiar que bem se pode considerar como uma nova expressão nacional  de que cada “licenciado” era depois portador quer regressado ao solar paterno, quer partindo para lides políticas de Lisboa ou de outra terra, quer lançado em busca de glórias literárias. Durante séculos, muitos estudantes brasileiros se formaram em Coimbra. E – partindo embora – todos iam doando a Coimbra um pouco de si próprios e da sua estuante juventude, quer na saudade deixada no coração de iludida tricana, quer na recordação de arrojada estroinice, quer num verso cantado em sentida balada ou mais tarde publicado em ignoto livro, tudo pedras – uma a uma – da soberba Catedral que constitui hoje a tradição Coimbrã, irredutível já perante séculos ou fronteiras”.

 

Mónica: - Luiz Poeta e a sua banda vão cantar a celebrada canção mundialmente conhecida  “Coimbra é uma Lição”. A banda do Luiz vai acompanhar todos os cantores desta noite, para nós, inesquecível. Luiz Poetaaaaaa !!! em:

 

 

 

 

 

Coimbra é uma Lição
 
Coimbra do Choupal,
Ainda és capital
Do amor em Portugal,
Ainda.

Coimbra, onde uma vez,
Com lágrimas se fez
A história dessa Inês
Tão linda!

Coimbra das canções,
Tão meiga que nos pões
Os nossos corações
A nu. Coimbra dos doutores,
P'ra nós os teus cantores
A fonte dos amores
És tu.

Coimbra é uma lição
De sonho e tradição
O lente é uma canção
E a lua a faculdade

O livro é uma mulher
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer
Saudade.

 

 

 

 

 

Luiz: - Meus queridos amigos e irmãos, foi com rara emoção e dei início a esta grande festa de é esta “Noite do Fado e da Balada de Coimbra”. Um beijo em vossos corações. Vamos continuar?

 

Pinhal: - Sim, amigo Luiz Poeta – vamos continuar com o amigo António Castel-Branco, que vem cantar “Vira de Coimbra” …

 

Castel-Branco: - Boa Noite ! vou tentar cantar o :

 

 

 

 

 

 

Vira de Coimbra
 
Coimbra p'ra ser Coimbra 
Três coisas há-de contar 
Guitarras, tricanas lindas
E rouxinóis a voar.

Fui encher a bilha e trágo-a
Vazia como a levei
Mondego qu'é da tu'agua
qu'é dos prantos que eu chorei.
Dizem que amor de estudante
Não dura mais que uma hora
Só o meu é tão velhinho
Inda não se foi embora.

 

 

 

 

Mónica: - Muito ligado às tradições académicas da respectiva Universidade, o fado de Coimbra é exclusivamente cantado por homens e tanto os cantores como os músicos usam o traje académico: calças e batina pretas, cobertas por capa de fazenda de lã igualmente preta. Canta-se à noite, quase às escuras, em praças ou ruas da cidade. Os locais mais típicos são as escadarias do Mosteiro de Santa Cruz e da Sé Velha. Também é tradicional organizar serenatas, em que se canta junto à janela da casa da dama que se pretende conquistar. Fernando Reis Costa vem-nos cantar …

 

Fernando: -  Com grande prazer, vou cantar o Fado de Santa Cruz Música: Fortunato Roma da Fonseca

 

 

 

 

 

Igreja de Santa Cruz
feita de pedra morena [bis]


Dentro de ti vão rezar
Uns olhos que me dão pena [bis]

Quando estavas na igreja
A teus pés ajoelhei [bis]


À Virgem por mim rezava
À Virgem por ti rezei

 

 

 

 

Pinhal: - Duma maneira geral, quando se faz referência ao "chamado Fado de Coimbra", o estudante de Medicina Augusto Hilário (1864-1896), surge- nos como a figura central do seu aparecimento. Afirma-se até, que a Serenata Coimbrã terá surgido com ele, no início dos anos 90 do século XIX. Todavia, a Serenata já existia em Coimbra, muito antes do Fado- Serenata de Augusto Hilário, e muito antes do Fado ter chegado a Portugal. Vítor Baroseiro, vem cantar o Fado Hilário. Palmasss !!!

 

Vítor: - É com enorme prazer que estou aqui com minha esposa, entre amigos ! A minha garganta hoje não está muito famosa. Vamos Lá ver como vai sair. Com letra e música de Augusto Hilário, o Fado Hilário:

 

 

 


A minha capa velhinha
É da cor da noite escura,
Nela quero amortalhar-me,
Quando for p'ra sepultura.

A minha capa ondulante
Feita de negro tecido,
Não é capa de estudante
É mortalha de vencido.

Ai!... Eu quero que o meu caixão
Tenha uma forma bizarra,
A forma de um coração,
Ai!... A forma de uma guitarra.

 

 

 

 

Mónica: - A partir da década de 60 de novecentos, a Serenata estava muito vulgarizada em Coimbra, e por volta de 1880, ela estava verdadeiramente enraizada num duplo filão: o popular e o académico.
- O Popular, cuja serenata estava circunscrita à parte baixa da cidade, geograficamente limitada pela Couraça de Lisboa, Porta de Almedina e Igreja de Santa Cruz.
- O Académico, cuja Serenata se reservava ao território da Alta - espaço físico por excelência da Academia - onde se situava a Universidade.
No entanto, quer estudantes, quer populares, levavam a efeito serenatas fluviais - em ocasiões especiais de eventos a comemorar - no rio Mondego, transportando-se em barcas serranas. O nosso querido amigo Henrique Lacerda vem cantar “Balado do Mondego”.

 

Henrique: - Queridos amigos e amigas, vou tentar cantar, mas … bem, apelando para a vossa benevolência e desculpando qualquer coisinha, aqui vai e que seja o que Deus quiser:

 

 

 

 

 

Balada do Mondego

Ai oh água do Mondego
Ai águas do mondeguinho
Num dos teus barcos à vela
Seguirei o meu caminho

Ai oh água do Mondego
Ai águas do mondeguinho
Deixa-me beber-te as águas
Que me vou pôr a caminho

Adeus aulas, pesadelos
Da vida que vai findar
Vou-me embora adeus, adeus
Mas hei-de um dia voltar

Hei-de voltar naquele dia
Em que nos formos casar
Hei-de voltar naquele dia
Em que nos formos casar

 

 

 

 

Pinhal: - O fado de Coimbra, de quem as noites da Velha Alta conheceram vozes inconfundíveis ecoando e repercutindo por vielas, recantos e escadinhas penetrando por arcos e silenciosas janelas, é sem dúvida uma das mais expressivas manifestações artísticas e culturais da gente de Coimbra e de Portugal. Joaquim Sustelo vem cantar “Coimbra Menina e Moça”. Palmass !!!

 

Sustelo: - Boa Noite ! Ainda sou novo no CEN, mas vou tentar enquadrar-me na sua filosofia. Aqui fala-se sério ou a brincar, sem quase darmos pela diferença. Não sou cantor profissional, mas vou tentar cantar:

 

 

 

 

 

Coimbra Menina e Moça

Coimbra menina e moça
Rouxinol de Bernardim

[bis]


Não há terra como a nossa
Não há no mundo outra assim. [bis]

Coimbra é de Portugal
Como a flor é do jardim [bis]


Como a estrela do céu
Como a saudade é de mim. [bis]

 

 

 

 

Mónica: - Numa nota escrita pelo Carlos, diz assim: “Boémio e terrível conquistador de virgens, quase-virgens e não virgens, não escapando aos seus “encantos” as suas presumíveis vítimas, tanto na Alta como na Baixa Coimbra e em seus arredores”. Repito que a responsabilidade é do Carlos. Connosco vonnnn Trinaaaaaa !!!

 

Trina: - Tenho que matar aquele gajos … Uma pessoa séria como eu, não pode estar sujeitas a baboseiras escritas pelo Carlos. Peço imensa desculpa de ter chegado tarde, mas os afazeres profissionais e sentimentais não permitiram que chegasse mais cedo. Conto que tenham guardado o jantar … nãoooo ? Ai que fome vou passar ! Enquanto a fraqueza (total) não chega, vou tentar cantar:   

 

 

 

 

Samaritana - Letra e música: Edmundo Bettencourt

Dos amores do redentor
não reza a história sagrada
mas diz uma lenda encantada
que o bom Jesus sofreu de amor.

Sofreu consigo e calou
sua paixão divinal
assim como qualquer mortal
um dia de amor palpitou.


Refrão
Samaritana plebeia de Sical
Alguém espreitando te viu Jesus beijar
De tarde quando foste encontrá-lo só
Morto de sede junto à fonte de Jacob.

E tu risonha acolheste 
o beijo que te encantou
Serena, empalideceste 
e Jesus Cristo corou

Corou por ver quanta luz
irradiava da tua fronte 
Quando disseste ò bom Jesus
-'Que bem eu fiz, Senhor, em vir à fonte.'

[Refrão]

 

 

 

 

Pinhal: - O fado e neste caso o de Coimbra, tem uma sonoridade muito especial cantado por um brasileiro. Vamos ouvir o nosso querido Luís Caminha que vem cantar “Feiticeira”. Luiz Caminha !

 

Caminha: - Desde os meus tempos de estudante de Medicina, que aprendi a gostar do fado coimbrão. Também sempre tive desejos de conhecer as belas tricanas, tão cantadas e decantadas nas canções de Coimbra. Pensando nelas, vou cantar (tentar) a:

 

 

 

 

 

Feiticeira

Ó meu amor, 
minha linda feiticeira, 
Eu daria a vida inteira 
Por um só beijo dos teus. 

Por teu amor, 
A minha vida era pouca, 
P'ra beberes da minha boca, 
O beijo do eterno adeus.

Ó meu amor
Sonho lindo este que eu tive
Única esperança que vive
Na minha alma a soluçar.
Por teu amor
Eu morria de desejo
Deste-me a vida num beijo
Eu vivi por te beijar.

 

 

 

 

 

Mónica: - E mais outro brasileiro para cantar o fado. Veio do Rio de Janeiro, da Pedra do Leme. Por falar em pedra, Reynaldo Sanchez, você, como cirurgião-dentista ainda não tirou a pedra ao Leme ? …

 

Reynaldo: - Não, não tirei ainda porque o Leme que a pedra intacta ! Nesta noite algo fria para um carioca, vou tentar cantar:

 

 

 

 

 

O sol anda lá no céu


O Sol anda lá no céu
Tão pertinho atrás da Lua
Também trago a minha alma
De castigo atrás da tua

Eu fui lavar ao Mondego
As penas da minhas mágoas
Minhas mágoas eram negras
Negras ficaram as águas

Oh estrelinha do Norte
Espera por mim que já vou
Ensina-me o caminho
Já que o luar me enganou.

 

 

 

 

 

Pinhal: - Parece-me o fado e baladas de Coimbra entraram no gosto musical dos brasileiros. Mais um amigo de Além-mar vem cantar um fado muito romântico – será Lairton Trovão ?

 

Lairton: - O samba, ainda sei assobiar, mas cantar, só no duche. Vamos lá ver como me vou sair, e oxalá que não me mandem muitos tomates para cima de mim ! :

 

 

 

 

 

Ao cair da tarde

Lá longe
Ao cair da tarde
Vejo as nuvens de oiro
Que são os teus cabelos. 

Fico mudo ao vê-los
São o meu tesoiro 
Lá longe
Ao cair da tarde.

Lá longe
Ao cair da tarde
Quando a saudade
Se esvai ao sol poente.
Como canção dolente
Duma mocidade
Lá longe
Ao cair da tarde.

 

 

 

 

Mónica: - Embora não esteja no programa, o Ângelo mostrou vontade de cantar …

 

Lígia: - O meu marido não tem nada de cantar, para mais ele não sabe. É melhor desistir da ideia. Deixa-te estar aí quietinho …

 

Pinhal: - Ligiazinha, não seja assim, pois esta festa é de todos nós para nós todos.

 

Lígia: - Nem é bem assim, pois ontem o Ângelo fez olhos bonitos para uma tricana quando visitámos Coimbra …

 

Carlos: - Fez olhos bonitos a uma tricana?! ó Lígia, não tem importância nenhuma pois, as tricanas, só gostam dos estudantes!

 

Ângelo: - Muito obrigado pela vossa intervenção. Vou tentar cantar, embora não seja profissional:

 

 

 

 

 

Adeus Sé Velha

Adeus Sé velha saudosa
Com guitarras a rezar [bis]

Minh'alma parte chorosa
No dia em que te deixar [bis]

A hora da despedida
Só durará um minuto... [bis]

Mas fica na minha vida
Como cem anos de luto!... [bis]

 

 

 

 

Pinhal: - E esta noite maravilhosa que ficará dentro dos nossos corações, está a chegar ao fim.

 

Mónica: - Para terminar em beleza, mais um cantor brasileiro a cantar o fado de Coimbra. Veio de Fortaleza CE, e seu nome é Mário Santossss !

 

Mário: - Esta noite que eu considero quase mágica, infelizmente como a Mónica diz, está chagando ao fim. Cabe a mim a honra de encerrar esta festa. Vou tentar cantar o fado coimbrão:

 

 

 

 

Torre de Santa Cruz

O Mondego perdeu a majestade
O luar sobre si não mais se viu
O Mondego perdeu a majestade
O luar sobre si não mais se viu

E o famoso penedo da saudade
Tem saudades da torre que caiu
E o famoso penedo da saudade
Tem saudades da torre que caiu

A velha academia está de luto
Nos olhos das tricanas não há luz
A velha academia está de luto
Nos olhos das tricanas não há luz

Corroída p’los tempos longo e brutos
Caiu a Catedral de Santa Cruz
Corroída p’los tempos longo e brutos
Caiu a Catedral de Santa Cruz

 

 

 

 

Mónica: - Foi um prazer ter levado até você esta cobertura radiofónica da RMA.

 

Pinhal: - Daqui nos despedimos até ao desfile da Escola de Samba “Cá Esperamos Nós”. Como os nossos amigos dizem, Inté…

 

Iara: - Que magnífica cobertura radiofónica fizeram os nossos colegas Pinhal Dias, Mónica Silveira e Carlos. Daqui dos estúdios, a vossa amiga Iara Melo se despede até amanhã. Um bom resto de noite !

 

 

Formato de Carlos Leite Ribeiro – Marinha Grande – Portugal

 

 

 

 

 

 

 

FORMATAÇÃO, MONTAGEM E ARTE: IARA MELO

FUNDO DE PÁGINA: FOTO DE COIMBRA

MID: COIMBRA MENINA E MOÇA

Rouxinol de Bernardim

 

 

 

 

 

 

 

Livro de Visitas

Recomende

Índice

 

 

 

 

Copyright © -  Cá Estamos Nós Web Page

Todos os Direitos Reservados