LOAS À FILOSOFIA

Maio de 2009

Lairton Trovão de Andrade

 

 

 

O CONHECIMENTO SENSÍVEL  E O INTELECTUAL


O conhecimento é o escopo único das ciências em geral. O sentido etimológico de “ ciência”  é “conhecimento”. Ciência , portanto, é conhecimento fundamentado num fato concreto que traz a certeza da verdade.

A Filosofia é a excelência do conhecimento, pois representa a perfeição do próprio conhecimento, conhecimento obtido, através da análise das causas do ser.

Conhecer, sob o ponto de vista filosófico, significa ter a evidência da causa eficiente, da material, da formal e da final de um determinado ser *. Por isso se diz que o conhecimento filosófico atinge as últimas razões, ou consequências do ser.

 O apaixonado pelo conhecimento diria que o verdadeiro filósofo, pela profunda  universalidade de sua sabedoria, lembra a intelectualidade de um semi-deus.

Grandes filósofos do passado, como Platão e, principalmente Aristóteles, os escolásticos e, principalmente, Santo Tomás de Aquino, distinguiam duas formas de conhecimento – o sensível e o intelectual.

a) - O CONHECIMENTO SENSÍVEL  processa-se através dos sentidos. O objeto deste conhecimento são as coisas materiais.  Desta forma, conhecemos o que vemos, o que ouvimos, o que provamos, o que exalamos, o que apalpamos – tudo o que sentimos.
O conhecimento sensível é a primeira forma de conhecimento. Através dele, entramos em contato com a materialidade do mundo. Ele, o conhecimento sensível, existe nos seres humanos e também nos animais irracionais.

Somos dotados de sentidos externos – visão, audição, olfato, paladar e tato –, e sentidos internos – álgico, térmico,  cinestésico,  quinestésico e do equilíbrio – , a fim de que possamos conhecer concretamente as coisas do mundo.

Portanto, os humanos e  outros animais são possuidores de inteligência concreta, onde se processa o conhecimento sensível. Assim sendo, os irracionais, além dos seus instintos, possuem essa forma de conhecimento, que lhes permitem a excelente adaptação ao meio em que vivem. O cão, por exemplo, conhece o seu dono, conhece o lar que o acolheu, atende pelo próprio nome. 

Nesta forma de conhecimento, encontra-se todo adestramento possível que se processa aos animais das mais diversas espécies. Nos grandes circos, vemos   macacos, elefantes, cavalos, cãezinhos etc. executarem atos de aprendizagem, aparentemente  complexos, e ficamos maravilhados.

b) - CONHECIMENTO INTELECTUAL: Superior ao  sensível é o conhecimento intelectual. Entretanto, aquele é a base deste. Sem o conhecimento sensível, impossível seria o conhecimento intelectual.

Os escolásticos, repetindo Aristóteles, diziam: “Nihil est in intelectu quod prius non fuerit in sensu” (nada se encontra na inteligência sem que, por primeiro,  tenha passado pelos sentidos). Certamente, o cego de nascimento não conhece a beleza da cor, e o surdo de nascença não sabe, nem por sonho, o que é o som.

O conhecimento intelectual transcende ao conhecimento sensível, porém, este é condição indispensável à existência daquele.

A causa do conhecimento intelectual é a inteligência propriamente dita. Por ela se dá o conhecimento das mais profundas formas de relações abstratas, tais como as descobertas científicas, as invenções de todas as formas, as mais variadas concretizações da Arte  e da Literatura.

Todas as manifestações do “homo faber e do homo sapiens”, desde as mais simples às mais complexas, são expressões vivas do conhecimento intelectual.

Somente os seres humanos são dotados de conhecimento intelectual, que é a indescritível capacidade de “intus légere”, isto é, de ler dentro, de ver o íntimo, de conhecer a essência do ser, adquirindo a sabedoria.

Por isso, homens e mulheres, não só compreendem o que há e o que acontece no mundo, mas transmitem entre si, através de formas de linguagem,  o que conhecem, num intercâmbio cultural extraordinário, que possibilita  perfeita socialização entre pessoas.

C) – CONCLUSÃO:  Homens e mulheres de fé elevam diariamente preces de agradecimento a Deus, por ter-nos criado seres humanos, capazes de conhecimentos, que, na contínua caminhada, nos proporcionam oásis de felicidade e a esperança de, um dia, chegarmos à plena visão e felicidade beatíficas  de Deus.

Diante disso, “obrigado, meu Deus, pelos meus sentidos externos e internos, pela inteligência que me permite conhecer a essência dos seres, pela memória intelectual que me possibilita reter as maravilhas da existência!
Obrigado, meu Deus, pela vontade que me dispõe a buscar, cada vez mais, a perfeição  e, através do entendimento e do amor, alcançar a verdadeira felicidade!
Que Deus esteja sempre no coração da humanidade inteira!
Que nos abençoe a todos com sua infinita misericórdia, em cada minuto de nossas vidas!
 Assim seja!

·  Em tempo oportuno, falaremos sobre as causas.
19/05/09
 
Lairton Trovão de Andrade
Subscritor da Liga dos Amigos do Portal CEN:


 
 
 
 
 

 

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Arte Final: Iara Melo

Fundo Musical: O Bailado da Colméia

Compositor: Lairton Trovão de Andrade

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