(a
abreviatura a.C. = a antes de Cristo)
- Índia:
Historicamente, a Índia apresenta uma infinita variedade de influências que se
fizeram sentir em diferentes períodos históricos. Certo é que, na Índia, por
volta de 3500 anos antes de Cristo, teve início uma das primeiras civilizações
que se dedicou à agricultura, a chamada civilização do rio Hindu. Mais tarde,
por volta de 1700 antes de Cristo, sucedeu a primeira, e diria também
determinante, grande invasão. As tribos arianas, com poderosos meios militares
muito superiores aos povos que então habitavam o norte da Índia, começaram um
período de guerras das quais saíram vencedores incontestáveis. Fundaram-se
vários Estados, controlados pelo respectivo marajá (rei). Tais Estados foram
mais ou menos importantes, do ponto de vista político ou cultural, de acordo com
a habilidade e capacidade do respectivo marajá. Os Arianos dariam início, então,
a uma rigorosa hierarquização da sociedade, tão decisiva, que ainda hoje se faz
sentir a sua influência.
- Invasões
indo-europeias:
Os
indo-europeus provinham das estepes do Casaquistão. Eram povos criadores de
gado, que se deslocavam em busca de pasto para seus animais. Todos falavam a
mesma língua, que com o tempo, evoluiu de diversas maneiras, gerando diferentes
idiomas: grego, latim, alemão, inglês. Esse povo caracteriza-se por ter
domesticado e aprendido a montar o cavalo. Além de grandes cavaleiros, os
indo-europeus introduziram o uso dos carros puxados por cavalos, o que lhes deu
maior poderio militar.
- Árias
estabelecem as bases da futura civilização indiana:
Alguns
pensam que esta grande guerra descrita no "Mahabharata"
é
referente à invasão dos povos "árias" procedentes do norte. Certamente, temos
que destacar que os esqueletos descobertos nas antiquíssimas cidades de Harappa
e
Mohenjo-Daro
resultaram
altamente radioactivos e que estas cidades foram subitamente destruídas. Por
outro lado, em alguns lugares da Sibéria, Iraque, Colorado e Mongólia, parecem
ser mostradas certas "cicatrizes" atómicas, idênticas às que os testes nucleares
actuais estão começando a deixar, produzidas a milhões de anos antes da nossa
actual "era nuclear"
1450 a. C.
- Redução a escrito da
língua grega:
Língua
grega antiga
Origem: Wikipédia, a
enciclopédia livre.
Três fases de evolução do grego arcaico
Em resumo, a forma do grego que atualmente se escreve e se fala é o resultado da
evolução de uma língua em quatro fases:
a) Grego micênico (séculos XIV-XIII a.C.) que se caracteriza pelo uso da escrita
Linear B. Trata-se da forma do grego mais antiga descoberta, sendo a língua
usada por burocratas e para registrar inventários de palácios reais e
estabelecimentos comerciais. Foram encontradas tabuletas de argila em Cnossos e
Pylos e inscrições em vasos e jarras em Tebas, Micenas, Elêusis e outros
lugares;
b) Grego arcaico e clássico (séculos VIII-IV a.C.), que começa com a adoção do
alfabeto para a escrita;
d) Koiné. Grego helenístico e bizantino;
e) Grego moderno
Gramática:
A gramática grega tem permanecido através dos tempos razoavelmente intacta ainda
que com algumas simplificações. Exceto o caso vocativo, havia no período
micênico cinco casos: a)nominativo B)acusativo c)genitivo d)dativo-locativo e
instrumental. Destes o instrumental desapareceu no período arcaico, sendo sua
função adotada pelo dativo-locativo, que por sua vez também desapareceu no grego
bizantino. Os casos restantes, nominativo, acusativo e genitivo, permaneceram
inalterados ainda que nos dialetos o genitivo tenda a passar ao acusativo.
O sistema fonológico do grego antigo difere notavelmente de um período a outro e
de um dialeto a outro. No ático antigo havia sete vogais: i aberta e fechada, e,
a, o aberta e fechada e u, cada uma delas com uma forma longa e curta, exceto a
e aberta e a o aberta que só possuiam a forma longa. Os ditongos originalmente
eram ei, ai, oi e eu, au, ou, mas o ei começou a evoluir até um e longo e
fechado e ou até o largo e fechado. Além disso havia um ditongo ui e normalmente
no final das palavras os ditongos -ei, -ai, -oi com elementos longos primeiro
que mais tarde foram reduzidos respectivamente a e longa, a longa e o longa
aberta.
A estrutura consonântica em ático antigo se caracterizava pela riqueza em
oclusivas surdas: p, t, k; aspiradas: ph, th, ch; e sonoras b, d, g. Havia dois
sons líquidos l, r e dois nasais m, n. Não existiam nem y nem w como sons
distintivos, podendo a maioria das consoantes ser dobradas entre vogais. As
únicas consoantes permitidas ao final das palavras eram s, n e r.
Por volta de 200 a.C. e sob a influência dos gramáticos alexandrinos, começa-se
a usar os acentos tonais: alto, baixo e decrescente. A sílaba tônica pode estar
em uma das três últimas sílabas.
Exceto alguns termos monossilábicos ou bissílabos não acentuados de menor
importância, cada palavra era marcada por um acento em uma das vogais. As vogais
curtas se levavam acento, possuíam apenas tom elevado, podendo as largas e os
ditongos levar tom elevado ou tom elevado seguido de decadente (indicado atravás
de acento circunflexo(^)). Quando uma palavra levava acento na vogal ao final da
sílaba era seguida por outra palavra dentro da mesma frase, o acento anotado era
o sinal de grave (`) para indicar que seu tom era mais baixo que o da vogal da
sílaba inicial da palavra seguinte. Algumas vezes duas palavras que de outra
maneira seriam idênticas se diferenciavam pela natureza ou pela posição do
acento: como oîkoi "casas" que é um nominativo plural e oíkoi "em casa" que é um
advérbio de lugar; tómos "um corte" e tomós "cortando".
1400 a.C.
-
Destruição final de Cnosso:
Cnossos
é conhecida como a capital do rei mítico Minos, que deu nome à civilização grega
pré-helênica (minóica). Construído na Idade do Bronze Médio, o primeiro palácio
desapareceu por volta de 1750 a.C., sendo depois reconstruído. Há a lenda do
Minotauro, ser monstruoso da mitologia grega, meio homem e meio touro. O rei
Minos fechou-o no labirinto do palácio. O Minotauro alimentava-se de carne
humana, e a cidade de Atenas foi condenada a pagar um tributo anual de sete
meninas virgens e sete rapazes, que eram dados ao monstro. O Minotauro foi
finalmente derrotado por Teseu (*), um dos jovens envidados para o sacrifício.
(*):Teseu

O lendário herói grego Teseu derrotou o Minotauro, monstro que habitava o
célebre labirinto
mantido
pelo rei Minos, na ilha de Creta. Teseu era filho de Egeu, rei de Atenas, e Etra,
filha do sábio Piteu, rei de Trezena, na Argólida, onde nasceu. Egeu, antes de
retornar a seu reino, escondera sua espada sob uma pesada rocha e recomendara a
Teseu que só a procurasse quando fosse bastante forte para levantá-la. Com 16
anos, Teseu pôde realizar a façanha e foi ao encontro do pai. Decidido a livrar
Atenas do pesado tributo devido a Creta, de sete moças e sete rapazes que eram
devorados pelo Minotauro todos os anos, o herói seguiu para essa cidade como se
fosse um dos jovens sacrificados. Antes de penetrar no labirinto do Minotauro,
recebeu de Ariadne, filha de Minos, rei de Creta, um novelo de lã para marcar o
caminho de volta. Assim, conseguiu matar o monstro e se salvar com os
companheiros. Por descuido, o barco de Teseu retornou a Atenas com as velas
pretas que indicavam luto. Desesperado, Egeu se jogou no mar. O herói assumiu
então o governo: uniu os povos da Ática, com capital em Atenas, adotou o uso da
moeda, criou o Senado, promulgou leis e instaurou a base da democracia.
Cumpridas essas tarefas, Teseu retomou à vida de aventuras. Depois de lutar
contra as amazonas, uniu-se à rainha delas, Antíope. Por motivos políticos,
casou-se com Fedra, que depois apaixonou-se por Hipólito, filho de Teseu com
Antíope. Ao lado do amigo Pirítoo, raptou Helena de Esparta, mais tarde
resgatada por seus irmãos Castor e Pólux, e desceu aos infernos para tentar
raptar também Perséfone, esposa de Plutão, mas este os manteve presos em suas
cadeiras durante um banquete. Anos depois, Teseu foi salvo por Hércules. Ao
voltar a Atenas, Teseu encontrou-a dilacerada por lutas internas, pois os
cidadãos o julgavam morto. Triste, desistiu do poder, mandou os filhos para a
Eubéia e, amaldiçoando a cidade, exilou-se na ilha de Ciros, onde foi morto por
seu primo Licomedes.
- Alfabeto
fenício:
O
que levou os fenícios a criarem o alfabeto foi justamente a necessidade de
controlar e facilitar o comércio. O alfabeto fenício possuía 22 letras e era,
portanto muito mais simples do que a escrita cuneiforme e a hieroglífica.
O alfabeto fenício serviu de base para o alfabeto grego. Este deu origem ao
alfabeto latino.
No princípio, todas as letras do alfabeto eram consoantes. Mais tarde, os gregos
acrescentaram a elas as cinco vogais.
- Emprego
do ferro no Médio Oriente: Tem-se indícios do uso de ferro, seguramente
procedente de meteoritos, quatro milénios a.C., pelos sumérios e egípcios.
Cada vez mais objectos de ferro, datados entre o segundo e terceiro milénio
antes de Cristo, foram encontrados (estes se distinguem do ferro proveniente dos
meteoritos pela ausência de níquel) na Mesopotâmia, Anatólia e Egipto.
Entretanto, seu uso provável destinou-se a fins cerimoniais, por ter sido um
metal muito caro, mais do que o ouro na época. Algumas fontes sugerem que talvez
o ferro era obtido como subproduto da obtenção do cobre.
Entre 1600 e 1200 a.C., observou-se um aumento de seu uso no Oriente Médio,
porém não como substituto ao bronze.
Entre os séculos XII e X antes de Cristo, ocorreu uma rápida transição no
Oriente Médio na substituição das armas de bronze para as de ferro. Esta rápida
transição talvez tenha ocorrido devido a uma escassez de estanho, e devido a uma
melhoria na tecnologia em trabalhar com o ferro. Este período, que ocorreu em
diferentes ocasiões segundo o lugar, denominou-se Idade do ferro, substituindo a
Idade do bronze. Na Grécia iniciou-se em torno do ano 1000 a.C., e não chegou à
Europa ocidental antes do século VII a.C.. A substituição do bronze pelo ferro
foi paulatina, pois era difícil produzir peças de ferro: localizar o mineral,
extraí-lo, proceder a sua fundição a temperaturas altas e depois forjá-lo.
1250 a. C.
- Moisés
conduz
os israelitas para fora do Egipto: Há cerca de 3200 anos, a filha dum faraó,
possivelmente o grande Ramsés II, encontrou numa das margens do Nilo uma alcofa
com um recém nascido. A criança, por ser filho de escravos hebraicos, devia ser
morta, pois
era assim que rezava a lei vigente. Todavia, a princesa levou o jovem para a
corte onde foi educado. Veio a chamar-se Moisés, que quer dizer salvo das águas.
Moisés cresce, torna-se homem e um dia, já com idade adiantada e inspirado por
Deus, sente que foi eleito para conduzir para a Terra Prometida os milhares de
escravos hebreus, que eram sacrificados com árduos e intermináveis trabalhos,
quase todos destinados a exibir a vaidade pessoal dos faraós.
Moisés tenta convencer o faraó de o deixar cumprir o desígnio que recebeu de
Deus. O rei não quer ceder. Todavia, o Egipto é abalado por dez terríveis pragas
e o faraó aterrado por tão grave situação consente a saída dos hebreus. Estes
reúnem-se, e começa essa longa marcha, que ficou conhecida pelo Êxodo.
Durante a caminhada, Moisés e os seus seguidores depararam com o Mar Vermelho.
Diz a lenda que um vento forte, enviado por Deus, pôs a descoberto o fundo do
mar permitindo que os judeus passassem a seco. E mais, que os soldados que os
perseguiam, porque o faraó tinha mudado de ideias, foram todos afogados pelas
águas.
Moisés não chega à Terra Prometida. Será Josué, a quem ele entrega o testemunho,
que o conseguirá. Todavia, no Monte Sinai, Moisés ainda escreve os Dez
Mandamentos, ditados por Deus.
DISCURSO DE MOISÉS
- (Portal História)
Segundo Discurso de
Moisés, realizado no 1.º dia do 11.º mês do ano quarenta após a saída de Israel
do Egipto, sobre o fundamento da Aliança com Deus, no lado oriental do rio
Jordão, no deserto diante de Suf, na terra de Moab. De facto por volta do ano
1250 a. de C.
Após quarenta anos de deambulações no deserto, e à vista da Terra Prometida,
Moisés apresenta ao povo de Israel as regras para construção de uma nova
sociedade, onde se realize a justiça, fonte de liberdade e dignidade.
Neste discurso Moisés relembra os Dez Mandamentos ao povo de Israel, dados por
Deus no Monte Sinai, tornando este um dos discursos mais importantes da
Civilização Ocidental.
O Livro do Deuteronómio apresenta uma versão do Decálogo - dos Dez Mandamentos -
diferente da apresentada no Livro do Êxodo, capítulo 20, versículos 1a 21, sendo
esta possivelmente a versão mais antiga.
«Escutei o que esse povo te disse. Ele tem razão.
Oxalá conserve sempre esta atitude, para Me temer e observar continuamente todos
os meus mandamentos, de modo que tudo lhe corra bem a ele e seus filhos para
sempre.»
Ouve, Israel, os estatutos e normas que hoje eu proclamo aos teus ouvidos, para
que os aprendas e procures praticá-los:
Javé nosso Deus fez uma aliança connosco no Horeb.
Javé não fez essa aliança com os nossos antepassados, mas connosco, que hoje
estamos aqui, todos vivos.
Javé falou convosco, face a face, sobre a montanha, do meio do fogo.
Eu estava entre Javé e vós, para vos anunciar a palavra de Javé, pois vós
ficastes com medo do fogo e não subistes à montanha. Javé então disse‑me:
«Eu sou Javé teu Deus, que te tirou da terra do Egipto, da casa da escravidão.
Não tenhas outros deuses diante de Mim.
Não faças ídolos para ti, nenhuma representação do que existe no céu, na terra
ou nas águas que estão debaixo da terra.
Não te prostres diante desses deuses, nem os sirvas, porque Eu, Javé teu Deus,
sou um Deus ciumento: quando Me odeiam, Eu castigo a culpa dos pais nos filhos,
netos e bisnetos; e trato com amor, por mil gerações, quando Me amam e guardam
os meus mandamentos.
Não pronuncies em vão o Nome de Javé teu Deus, porque Javé não deixará sem
punição aquele que pronunciar o seu Nome em vão.
Observa o dia de sábado, para o santificares, como ordenou Javé teu Deus.
Trabalha durante seis dias e faz todas as tuas tarefas. O sétimo dia, porém, é o
sábado de Javé teu Deus. Não faças trabalho nenhum, nem tu, nem o teu filho, nem
a tua filha; nem o teu escravo, nem a tua escrava, nem o teu boi, nem o teu
jumento, nem qualquer um dos teus animais, nem o imigrante que vive nas tuas
cidades. Deste modo; o teu escravo e a tua escrava poderão repousar contigo.
Lembra-te de que foste escravo na terra do Egipto, e Javé teu Deus te tirou de
lá com mão forte e braço estendido. É por isso que Javé teu Deus te ordenou que
guardasses o dia de sábado.
Honra teu pai e tua mãe, como Javé teu Deus te ordenou, para que a tua vida se
prolongue e tudo te corra bem na Terra que Javé teu Deus agora te dá.
Não mates.
Não cometas adultério.
Não roubes.
Não dês falso testemunho contra o teu próximo.
Não cobices a mulher do teu próximo, nem desejes para ti a casa do teu próximo,
nem o campo nem o escravo, nem a escrava, nem o boi, nem o jumento, nem coisa
alguma que pertença ao teu próximo.»
Foram estas as palavras que Javé dirigiu em alta voz a toda a assembleia reunida
no monte, do meio do fogo e das trevas, nuvens e escuridão. Sem mais nada
acrescentar, Javé gravou-as sobre duas tábuas de pedra e entregou-mas.
Quando ouvistes a voz que vinha do meio das trevas, enquanto a montanha ardia em
fogo, todos vós, chefes das tribos e anciãos, aproximastes-vos de mim e
dissestes: «Javé nosso Deus mostrou-nos a sua glória e grandeza, e nós ouvimos a
sua voz do meio do fogo. Hoje vimos que Deus pode falar ao homem, sem que este
morra. E agora, porque iríamos morrer? Esse fogo pode devorar-nos! Se
continuarmos a ouvir a voz de Javé nosso Deus, vamos morrer. De facto, qual é o
mortal capaz de ouvir como nós a voz do Deus vivo a falar do meio do fogo, e
ainda continuar vivo? Aproxima-te tu e ouve tudo o que Javé nosso Deus vai
dizer. Depois comunicar-nos-ás tudo o que Javé nosso Deus te disse: nós
ouviremos e pô-lo-emos em prática».
Javé ouviu as palavras que me dirigistes e disse-me: «Escutei o que esse povo te
disse. Ele tem razão. Oxalá conserve sempre esta atitude, para Me temer e
observar continuamente todos os meus mandamentos, de modo que tudo lhe corra bem
a ele e seus filhos para sempre. Vai e diz-lhes: Voltai para as vossas tendas.
Quanto a ti, fica aqui comigo, para que te comunique todos os mandamentos,
estatutos e normas que lhes ensinarás a fim de que os pratiquem na Terra cuja
posse lhes darei».
Portanto, procurai agir de acordo com todas as coisas que Javé vosso Deus vos
ordenou. Não vos desvieis nem para a direita nem para a esquerda. Segui o
caminho que Javé vosso Deus vos indicou, para que vivais, sejais felizes e
prolongueis a vida na Terra que ireis ocupar.
Moisés
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Moisés, profeta israelita da Bíblia Hebraica (conhecida entre os cristãos como
Antigo Testamento), da Tribo de Levi. Segundo a tradição judaica e cristã,
Moisés foi o autor dos 5 primeiros livros do Antigo Testamento (veja também
Pentateuco). É encarado pelos judeus como o seu principal legislador e um de
seus principais líderes religiosos. Para os muçulmanos, Moisés foi um grande
profeta.
Moisés foi adoptado pela filha do Faraó (não identificada) e educado na corte
como um príncipe do Egipto. Aos 40 anos, após ter matado um feitor egípcio
levado pela sua "justa" cólera, é obrigado a partir para exílio, a fim de
escapar à pena de morte. Fixa-se na região montanhosa de Midiã, situada a leste
do Golfo de Acaba. Quarenta anos depois, no Monte de Horebe, é finalmente
"comissionado pelo Deus de Abraão" como o "Libertador de Israel".
Ele "conduziu o povo de Israel até ao limiar de Canaã, a Terra Prometida a
Abraão". Foi no Monte de Horebe, na Península do Sinai, que recebeu os Dez
Mandamentos do Deus de Abraão, escritos "pelo dedo de Deus". Depois, o seu
código de leis é ampliado para cerca de 600 leis. É comummente chamado de Lei
Mosaica. Os judeus, porém, a consideram como a Lei (em hebr. Toráh) de Deus dada
a Israel por intermédio de Moisés.
Durante 40 anos (segundo a maioria dos historiadores, no período entre 1250 a.C.
e 1210 a.C.), conduz o povo de Israel na peregrinação pelo deserto. Moisés morre
aos 120 anos, após de contemplar a terra de Canaã no alto do Monte Nebo, na
Planície de Moabe. Josué, seu ajudante, sucede-lhe como líder, chefiando a
conquista de territórios na Transjordânia e de Canaã.
No Cristianismo, Moisés prefigura o "Moisés Maior", o prometido Messias (em
grego, o Cristo). O relato do Êxodo de Israel, sob a liderança por Moisés,
prefigura a libertação da escravidão do pecado, passando os cristãos a usufruir
a liberdade gloriosa pertencente aos filhos de Deus.
Nome de Moisés:
A origem do nome Moisés é controversa. As evidências apontam para a origem
egípcia do nome sem o elemento teofórico. Més (ou na sua forma grega, mais
divulgada, Mósis), deriva da raiz substantiva ms (criança ou filho), correlata
da forma verbal msy, que significa "gerar" (note-se que na língua egípcia, à
semelhança de outras do Próximo Oriente, a escrita renunciava ao uso das
vogais). Més significa assim "gerado", "nascido" ou "filho". Tome-se como
exemplo os nomes dos faraós Ahmés (Amósis), que significa "filho de [deus]
Amon-Rá", Tutmés (Tutmósis), significando ("filho de [deus] Tut), ou ainda
Ramsés, com o significado de "filho de [deus] Rá".
De acordo com Êxodo 2:10 (ALA), é explicado que "quando o menino era já grande,
ela [a mãe natural] o trouxe à filha de Faraó, a qual o adoptou; e lhe chamou
Moisés, dizendo: Porque das águas o tirei." Para os judeus, o nome Moisés, em
hebr. Móshe , é associado homofonicamente ao verbo hebr. mashah, que têm o
significado de "tirar". Na etimologia judaica popular, têm o significado de
"retirado [isto é, salvo]" da água. Veja também Antiguidades Judaicas, Flávio
Josefo, Livro II, Cap. 9 § 6.
Estudiosos da História acreditam que o período que Moisés passou entre os
egípcios serviu para que ele aprendesse o conceito do "Monoteísmo", criado pelo
faraó Akhenaton, o faraó revolucionário, levando tal conceito ao povo judeu.