Morreu a 12 de Novembro de 1914
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro
Publicou um único livro de poesias, intitulado "Eu". Sua obra reflecte a
superação das velhas concepções poéticas e a procura de um novo caminho.
Utilizou em sua poesia um vocabulário científico, e sua temática mais
comum sempre gira em torno da morte, da decomposição da matéria, dos
vermes e de uma visão trágica da existência.
"Se a alguém causa ainda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te
afaga. Escarra nesta boca que te beija!"
Cronologia de sua vida:
1884 : Nasce Augusto Carvalho Rodrigues dos Anjos, no engenho Pau d’Arco,
vila do Espírito Santo, Paraíba, a 20 de Abril.
1900 : Matricula-se no curso de Humanidades do Liceu Paraibano. Conhece
Santos Neto e Órris Soares ( tio avô de Jô Soares), de quem se torna
amigo. Publica o primeiro trabalho, o soneto " Saudade " , no Almanaque
do Estado da Paraíba.
1901 : Inicia sua colaboração no jornal O commercio, na capital
paraibana.
1903 : Ingressa na Faculdade de Direito do Recife, Pernambuco.
1904 : Publica no jornal "O commercio" o célebre soneto "Vandalismo" .
1905 : Morre seu pai, Alexandre Rodrigues dos Anjos, a 13 de Janeiro.
Seis dias depois publica os três sonetos "A meu pai doente", "A meu pai
morto", "Ao sétimo dia do seu falecimento".
1906 : Publica no jornal "O Commercio" seu soneto mais famoso "Versos
íntimos".
1907 : Conclui o curso de Direito.
1908 : Leciona Literatura no Liceu Paraibano, como professor interino.
1909 : Inicia sua colaboração no diário oficial do Estado, "A União".
1910 : Casa-se com dona Ester Fialho, a 4 de Julho. Transfere-se para o
Rio de Janeiro, em Outubro desse ano.
1911 : Nasce morto seu primeiro filho, a 2 de Fevereiro. Lecciona
Geografia na Escala Normal, como professor interino, e também no colégio
Pedro II
1912 : Publica o livro EU, custeado pelo seu irmão Odilon, pelo total de
550.000 réis em tiragem de 1000 exemplares. O livro é recebido com
grande impacto e estranheza por parte da crítica, que oscila entre o
entusiasmo e a repulsa. Nasce sua filha, Glória.
1913 : Nasce seu filho Guilherme.
1914 : É nomeado director do grupo escolar Ribeiro Junqueira, em
Leolpoldina, Minas Gerais, a 10 de Julho. Muda-se para Leolpoldina, em
22 do mesmo mês. Morre a 12 de Novembro.
1920 : Publica-se Eu e Outras Poesias: reedição do EU, completado com
uma colectânea de versos póstumos, Outras Poesias, organizados pôr Órris
Soares, também prefaciador do volume.
1928 : Lançamento da terceira edição de suas poesias, pela livraria
Castilho do Rio de Janeiro, com extraordinário sucesso de crítica e
público.
Que não se pense em académicos, estudantes ou intelectuais. Não
raramente, pode-se ouvir dos mais improváveis declamadores os versos:
“Vês?! Ninguém assistiu ao formidável enterro/de sua última quimera.”
Seja pelos temas sombrios ou pelo por vezes cómico vocabulário
cientificista, o poeta paraibano exerce um raro fascínio sobre o leitor
comum, mesmo o que não é especialmente interessado em poesia.” (Texto
extraído do Jornal O Globo 04/09/94)
No dia 20 de Abril de 1884 um corvo gralhava, enquanto nascia o poeta
Augusto Carvalho Rodrigues dos Anjos. Foi no Engenho Pau D’Arco, Vila do
Espírito Santo na Paraíba, e o corvo na verdade era uma graúna, ave
típica daqueles lados.
Nascido de uma família de proprietários de engenho, e alimentado com
leite de escrava, Augusto assiste, nos primeiros anos do século XX,
tempos de sua adolescência, ao mundo que o cercava ruir-se, a decadência
da antiga estrutura latifundiária, substituída pelas grandes usinas, a
crise abolicionista e a Guerra do Paraguai, consequentemente, o fim da
monarquia.
Pelo lado materno, Augusto descende dos senhores rurais, antigos
latifundiários; e pelo lado paterno, da cultura erudita, filho de um pai
de ideais abolicionistas e republicanas, versado em letras clássicas,
actualizado com a cultura de seu tempo, leitor de “Spencer” e até de
“Marx”.
O próprio pai foi seu preceptor. Dele e de seus irmãos, ensinando-lhes
desde as primeiras letras, exames preparatórios, e, até Direito.
Em 1903, matricula-se na Faculdade de Direito de Recife. Cursou no
regime de exame vago. Augusto era o grande ausente, mas não era
desconhecido entre seus colegas. Suas primeiras poesias publicadas no “O
Comércio”, da Paraíba, despertaram a atenção. Histérico, neurasténico,
desequilibrado, era o tipo de julgamento a que Augusto teria que se
acostumar. Na Paraíba foi chamado de “Doutor Tristeza”. Formou-se em
1907. Retornou à capital paraibana, onde leccionou Literatura
Brasileira.
Casou-se em 1910, com Ester Fialho. Com ela, teve três filhos, sendo que
o primeiro morreu prematuramente.
Nesse ano é afastado do cargo de professor do Liceu Paraibano por
desentendimentos com o governador. Decepcionado com o ambiente da
Paraíba, muda-se para o Rio de Janeiro e dedica-se ao magistério dando
aula como professor substituto de Geografia, Cosmografia e Coreografia
do Brasil no Ginásio Nacional e ainda dava aulas particulares em
diferentes bairros.
A juventude de Augusto dos Anjos foi passada na época de grandes
escritores e poetas, donde se tem conhecimento da expansão do movimento
literário em nosso país, onde figuras de renome tais como Olávio Bilac,
Cruz e Souza, Alberto de Oliveira, Graça Aranha (época de lançamento do
livro Os Sertões de Euclydes da Cunha), Raimundo Corrêa, Vicente de
Carvalho. E entre esses grandes nomes, que em 1912 Augusto dos Anjos
lança seu único livro intitulado EU. Entre admiradores que foram de
início, poucos e críticos, Augusto chegou fazendo muito barulho,
descobrindo por fim a crítica, que nasceu após o lançamento de sua obra,
ao inovar com suas ideias modernas, onde a tendência à morbidez, à
volúpia estranha e uma tensão quase sádica, se fazia presente a cada
poema...
Augusto se apoia nos termos e palavras duramente científicas, e, ao
contrário dos poetas latino-americanos, não possuía obsessão das
palavras suaves e nem das vogais sempre doces. Não foi sem motivo que
ficou conhecido como o Poeta da Morte!
Augusto era uma figura extremamente sensível, introspectivo, triste, era
capaz de açambarcar a dor de alguém e fazer dela a sua dor. Sua figura
singela, seu jeito excêntrico de pássaro molhado, com medo da chuva,
enternecia, talvez devido à sua meninice sem encantos.
Amava o pai, o pé de tamarindo do engenho onde nasceu, os livros... Mas
não faz alusão tropical em que vivia em nenhuma de suas poesias. Sua
introspecção o levava a ficar horas esquecidas debaixo do seu pé de
tamarindo, a pensar, a divagar. Seria abstracção? Com que sonharia
Augusto? Era como se sua alma estivesse ausente, lá bem longe a buscar
os encantos da mocidade, a buscar a felicidade que ele não conhecia!
Augusto dos Anjos é um poeta único em literatura brasileira.
Em 1914 transferiu-se para Leopoldina, Minas Gerais, para assumir a
direcção do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira. Leopoldina seria para ele
algo estupendo, maravilhoso o próprio Nirvana. Depois de viver cinco
meses em seu novo lar, ele falece aos 12 de Novembro de 1914, após dez
dias de sofrimento com pneumonia dupla. Ele tinha apenas 30 anos de
idade. Deixou a viúva D. Ester e os filhos Glória e Guilherme.
Augusto dos Anjos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Cruz do Espírito Santo,
Paraíba, 20 de Abril de 1884 - Leopoldina, Minas Gerais, 12 de Novembro
de 1914) foi um poeta paraibano, identificado muitas vezes como
simbolista ou parnasiano, mas muitos críticos, como o poeta Ferreira
Gullar, concordam em situá-lo como pré-moderno. É conhecido como um dos
poetas mais estranhos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada (e
detestada) tanto por leigos como por críticos literários.
Biografia:
Augusto dos Anjos nasceu no engenho Pau d'Arco, município de Cruz do
Espírito Santo (Paraíba). Foi educado nas primeira letras pelo pai e
estudou no Liceu Paraibano, onde viria a ser professor em 1908. Precoce
poeta brasileiro, compôs os primeiros versos aos 7 anos de idade.
Em 1903, ingressou no curso de Direito na Faculdade de Direito do
Recife, bacharelando-se em 1907.Em 1910 , casa-se com Ester Filiado.
Segundo Ferreira Gullar, entrou em contacto com leituras que iriam
influenciar sua visão de mundo, expressa em sua poesia. Com a obra de
Herbert Spencer, teria aprendido a incapacidade de se conhecer a
essência das coisas e compreendido a evolução da natureza e da
humanidade. De Ernst Haeckel, teria absorvido o conceito da monera como
princípio da vida, e de que a morte e a vida são um puro fato químico,
mas, que também não contestava a essência espiritualista para
contra-por, principalmente, os idealistas materialistas que se
levantavam na sua época. Arthur Schopenhauer o teria inspirado a
perceber que o aniquilamento da vontade de viver é a única saída para o
ser humano. Essa filosofia, fora do contexto europeu em que nascera,
para Augusto dos Anjos seria a demonstração da realidade que via ao seu
redor, com a crise de um modo de produção pré-capitalista, proprietários
falindo e ex-escravos na miséria. O mundo seria representado por ele,
então, como repleto dessa tragédia, cada ser vivenciando-a no nascimento
e na morte.
Dedicou-se ao magistério, transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde
foi professor em vários estabelecimentos de ensino. Faleceu em 30 de
Outubro de 1914, às 4 horas da madrugada, aos 29 anos, em Leopoldina,
Minas Gerais, onde era director de um grupo escolar. A causa de sua
morte foi a pneumonia.
Durante sua vida, publicou vários poemas em periódicos, o primeiro,
Saudade, em 1900. Em 1912, publicou seu livro único de poemas, Eu. Após
sua morte, seu amigo Órris Soares organizaria uma edição chamada Eu e
Outras Poesias, incluindo poemas até então não publicados pelo autor.
Curiosidades Biográficas:
Um personagem constante em seus poemas é um pé de tamarindo que ainda
hoje existe no Engenho Pau d'Arco.
Seu amigo Órris Soares conta que Augusto dos Anjos costumava compor "de
cabeça", enquanto gesticulava e pronunciava os versos de forma
excêntrica, e só depois transcrevia o poema para o papel.
De acordo com Eudes Barros, quando morava no Rio de Janeiro com a irmã,
Augusto dos Anjos costumava compor no quintal da casa, em voz alta, o
que fazia sua irmã pensar que era doido.
Embora tenha morrido de pneumonia, tornou-se conhecida a história de que
Augusto dos Anjos morreu de tuberculose, talvez porque esta doença seja
bastante mencionada em seus poemas.
Obra Poética:
A poesia brasileira estava dominada por simbolismo e parnasianismo, dos
quais o poeta paraibano herdou algumas características formais, mas não
de conteúdo. A incapacidade do homem de expressar sua essência através
da “língua paralítica” (Anjos, p. 204) e a tentativa de usar o verso
para expressar da forma mais crua a realidade seriam sua apropriação do
trabalho exaustivo com o verso feito pelo poeta parnasiano. A erudição
usada apenas para repetir o modelo formal clássico é rompida por Augusto
dos Anjos, que se preocupa em utilizar a forma clássica com um conteúdo
que a subverte, através de uma tensão que repudia e é atraída pela
ciência.
A obra de Augusto dos Anjos pode ser dividida, não com rigor, em três
fases, a primeira sendo muito influenciada pelo simbolismo e sem a
originalidade que marcaria as posteriores. A essa fase pertencem Saudade
e Versos Íntimos. A segunda possui o carácter de sua visão de mundo
peculiar. Um exemplo dessa fase é o famigerado soneto Psicologia de um
Vencido. A última corresponde a sua produção mais complexa e madura, que
inclui Ao Luar.
Sua poesia chocou a muitos, principalmente aos poetas parnasianos, mas
hoje é um dos poetas brasileiros que mais foram reeditados. Sua
popularidade se deveu principalmente ao sucesso entre as camadas
populares brasileiras e à divulgação feita pelos modernistas.
Hoje em dia diversas editoras brasileiras publicam edições de Eu e
Outras Poesias.
Crítica Literária:
Sua linguagem orgânica, muitas vezes cientificista e agressivamente
crua, mas sempre com ritmados jogos de palavras, ideias, e rimas
geniais, causava repulsa na crítica e no grande público da época. Eu
somente apresentou grande vendagem anos após a sua morte.
Muitas divergências há entre os críticos de Augusto dos Anjos quanto à
apreciação de sua obra e suas posições são geralmente extremas. De
qualquer forma, seja por ácidas críticas destrutivas, seja através de
entusiasmos exaltados de sua obra poética, Augusto dos Anjos está longe
de passar despercebido.
Abordagem Biográfica:
O aspecto melancólico da sua poesia, que a marca profundamente, é
interpretado de diversas maneiras. Uma vertente de críticos, na qual se
inclui Ferreira Gullar, fundamenta a melancolia da obra na biografia do
homem Augusto dos Anjos. Para Gullar, as condições de nossa cultura
dependente dificultam uma expressão literária como a de Augusto dos
Anjos, em que se rompe com a imitação extemporânea da literatura
europeia. Essa ruptura de Augusto dos Anjos ter-se-ia dado menos por uma
crítica à literatura do que por uma visão existencial, fruto de sua
experiência pessoal e temperamento, que tentou expressar na forma de
poesia. A poesia de Augusto dos Anjos é caracterizada por Gullar como
apresentando aspectos da poesia moderna: vocabulário prosaico misturado
a termos poéticos e científicos; demonstração dos sentimentos e dos
fenómenos não através de signos abstractos, mas de objectos e acções
quotidianas; a adjectivação e situações inusitadas, que transmitem uma
sensação de perplexidade. Ele compara a miscigenação de vocabulário
popular com termos eruditos do poeta ao mesmo uso que faz Graciliano
Ramos. Descreve ainda os recursos estilísticos pelos quais Augusto dos
Anjos tematiza a morte, que é personagem central de sua poesia, e o
compara a João Cabral de Melo Neto, para quem a morte é apresentada de
forma crua e natural.
Abordagem Psicanalítica:
Outros, Como Chico Viana, procuram explicar a melancolia através dos
conceitos psicanalíticos. Para Sigmund Freud, a melancolia é um
sentimento parecido com o luto, mas se caracteriza pelo desconhecimento
do melancólico a respeito do objecto perdido. A origem da melancolia da
poesia de Augusto dos Anjos estaria, para alguns críticos, em problemas
com os pais, num conflito edipiano de sua infância.
Abordagem Bloomiana:
Há ainda aqueles que tentam analisar a poesia de Augusto dos Anjos
baseada em sua criatividade como artista, de acordo com o conceito da
melancolia da criatividade do crítico literário norte-americano Harold
Bloom. O artista seria plenamente consciente de sua capacidade como
poeta e de seu potencial para realizar uma grande obra, manifestando,
assim, o fenómeno da "maldição do tardio". Sua melancolia viria da
dificuldade de superar os “mestres” e realizar algo novo. Sandra
Erickson publicou um livro sobre a melancolia da criatividade na obra de
Augusto dos Anjos, no qual chama especial atenção para a natureza
sublime da poética do poeta e sua genial apropriação da tradição
ocidental. Segundo a autora, o soneto é a égide do poeta e, munido dele,
Augusto dos Anjos consegue se inserir entre os grandes da tradição
ocidental.
Unanimidades:
De forma geral, no entanto, sua poesia é reconhecidamente original. Para
Álvaro Lins e para Carlos Burlamaqui Kopke, sua singularidade está
ligada à solidão, que também caracteriza sua angústia. Eudes Barros, em
seu livro A Poesia de Augusto dos Anjos: uma Análise de Psicologia e
Estilo, nota o uso inusitado dos adjectivos por Augusto dos Anjos, e
qualifica seus substantivos como extremamente cinestésicos, criando
dimensões desconhecidas para a adjectivação convencional. Manuel
Bandeira destaca o uso das sínteses como forma de representar a
impossibilidade da língua, ou da matéria, para expressar os ideais do
espírito. Portanto, os recursos estilísticos de Augusto dos Anjos se
reconhecem como geniais.
As imagens da obra poética de Augusto dos Anjos se caracterizam pela
teratologia exacerbada, por imagens de dor, horror e morte. O uso da
racionalidade, e assim da ciência, seria uma forma de superar a angústia
da materialidade e dos sentimentos. Mas a Ciência, que marca fortemente
sua poesia, seja como valorizada ou através de termos e conceitos
científicos, também lhe traz sofrimento, como nota Kopke. É marcante
também a repetição de temas nessa poesia, e um sentimento de
solidariedade universal, ligado à desumanização da natureza e até do
próprio humano, o que reduziria todos os seres a uma só condição.
Os contrastes peculiarizam seus temas. Idealismo e materialismo,
dualismo e monismo, heterogeneidade e homogeneidade, amor e dor, morte e
vida, “Tudo convém para o homem ser completo”, como diz o próprio poeta
em Contrastes.
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Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro – Marinha Grande – Portugal