

Batalha de
Aljubarrota
14 de Agosto
de 1935
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro
A batalha foi travada próximo de estrada
que ligava Leiria a Alcobaça, entre as
forças de D. João de Castela e as de D.
João I de Portugal, motivados estes,
respectivamente, pela posse do trono de
Portugal e pela salvaguarda da
independência nacional.
O exército invasor castelhano seria
constituído por 5 mil lanças (cavalaria
pesada); 200 ginetes (cavalaria
ligeira), 5 mil besteiros 6 a 7 mil
peões, num total aproximado a 17 mil
homens. As tropas portuguesas, muito
inferiores numericamente: 2 mil lanças,
mil besteiros, menos de 700 archeiros
ingleses e 4 mil peões, num total
aproximado de 6.500 homens, ficaram a
dever a sua retumbante vitória sobretudo
à sua hábil disposição no terreno por
parte do condestável D. Nuno Álvares
Pereira, sendo o acto principal do
confronto disputado apenas entre a maior
parte das tropas portuguesas e a
vanguarda castelhana. Com esta vitória
ficou praticamente assegurada a
independência de Portugal e, embora a
guerra luso-castelhana tenha continuado
até 1.402 limitou-se, a partir de então,
a conflitos de fronteira. D. João I
mandou construir o Mosteiro de Santa
Maria da Vitória, mais conhecido por
Mosteiro da Batalha.
Por São Jorge ! Por Portugal
(era o grito do exército português (*))
14 de Agosto de 1385: Batalha de
Aljubarrota entre tropas portuguesas
comandadas por João I de Portugal e
castelhanas lideradas por João I de
Castela. A vitória portuguesa garante a
independência e coloca um fim à Crise de
1383-1385
O Rei de Castela invade Portugal, e
poucos eram os que queriam combater pela
Pátria. Mas os que estavam dispostos a
defender o seu Reino, onde se destacava
Nuno Álvares Pereira, iriam defende-lo
com a convicção da vitória, pois o país
vizinho tinha enfraquecido bastante no
reinado de D. Fernando e D. João I era
garantia de valor e sucesso e nunca
Portugal tinha saído derrotado dos
combates contra os Castelhanos.
No início desta batalha, o som da
trombeta castelhana causa efeitos não só
nos guerreiros, como nas mães, que
apertam os filhos ao peito, e também na
natureza: o Guadiana, o Alentejo, o Tejo
ficam assustados!
Na descrição da batalha, destacam-se as
actuações de Nuno Álvares Pereira e de
D. João, Mestre de Avis; salienta-se
também o facto dos irmãos de Nuno
combaterem contra a própria Pátria,
acabando por morrer numa batalha em que
foram traidores de Portugal.
(*) - O culto de S. Jorge foi
introduzido em Portugal nos primórdios
da nacionalidade, através dos cruzados
ingleses que participaram na
Reconquista. Entre alguns dos devotos
deste Santo, que nasceu de uma ilustre
família cristã de Capadócia (actual
Turquia), estão D. João I e o
Condestável Nuno Alvares Pereira.
Mestre-de-campo do imperador Diocleciano
com apenas vinte anos, o valente S.
Jorge insurgiu-se contra a injustiça da
perseguição dos cristãos. Por esta
razão, o imperador romano mandou-o
torturar mas este escapou ileso à roda
de pontas cortantes que lhe deveria
dilacerar o corpo. Mas S. Jorge acabou
por morrer decapitado nos finais do
século III.
Tudo começou com a Crise de 1383 / 1385
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_de_1383-1385
A Crise de 1383-1385 foi um período de
guerra civil e anarquia da História de
Portugal, também conhecido como
Interregno, uma vez que não existia rei
no poder (embora houvesse uma rainha de
direito em Beatriz de Portugal). A crise
começou com a morte do rei Fernando de
Portugal sem herdeiros masculinos e
terminou com a ascensão ao trono de
João, Grão-Mestre de Avis em 1385,
depois da batalha de Aljubarrota.
Prelúdio: Em 1383, o Rei Fernando de
Portugal estava a morrer. Do seu
casamento com Leonor Teles de Menezes,
apenas uma rapariga, Beatriz de Portugal
havia sobrevido à infância. O seu
casamento era portanto da mais vital
importância ao futuro do reino. As
várias facções políticas discutiam entre
si possíveis maridos, que incluíam
príncipes ingleses e franceses. O
casamento de D. Beatriz acabou por ser
decidido como parte do tratado de paz de
Salvaterra de Magos, que terminou a
terceira guerra com Castela, em 1383.
Pelas disposições deste tratado, o rei
João I de Castela (Juan I, daqui em
diante), casar-se-ia com D. Beatriz e o
filho varão que nascesse desse casamento
herdaria o reino de Portugal, se
entretanto D. Fernando I morresse sem
herdeiros. O casamento foi celebrado em
Maio de 1383, mas não era uma solução
aceite pela maioria dos portugueses, uma
vez que implicava a união dinástica de
Portugal e Castela e consequente perda
de independência. Muitas personalidades
quer da nobreza, quer da classe de
mercadores e comerciantes estavam contra
esta opção, mas não se encontravam
unidos quanto à escolha alternativa.
Dois candidatos emergiram, ambos meios
irmãos bastardos do rei moribundo:
João, filho do Rei Pedro I de Portugal e
Inês de Castro, a viver no momento em
Castela
João, Grão-Mestre de Aviz, Outro
bastardo de Pedro I (filho de Teresa
Lourenço, aia de Inês de Castro), muito
popular junto da classe média e
aristocracia tradicional
A 22 de Outubro, Fernando de Portugal
morre. De acordo com o contrato de
casamento de Beatriz e Juan I de
Castela, a regência do reino é entregue
a Leonor Teles de Menezes, agora rainha
viúva. A partir de então, as hipóteses
de resolver o conflito de forma
diplomática esgotaram-se e a facção
independentista tomou medidas mais
drásticas, iniciando a Crise de
1383-1385.
1383-1384: O primeiro acto de
hostilidades foi tomado pela facção do
Mestre de Aviz em Dezembro de 1383.
D.João, Mestre de Avis e um grupo de
conspiradores entram em Lisboa e
assassinam o Conde Andeiro, amante e
aliado político de Leonor Teles de
Menezes, um dos principais
orquestradores do casamento de Beatriz
com o rei João I de Castela. Com esta
iniciativa, D.João,Mestre de Avis
torna-se no líder da facção separatista
e chama para o seu lado Nuno Álvares
Pereira, um líder militar com provas
dadas. Juntos tomam as cidades de
Lisboa, Beja, Portalegre, Estremoz e
Évora. Como resposta, o rei Juan de
Castela entra em Portugal e ocupa a
estratégica cidade de Santarém, numa
tentativa de normalizar a situação e
assegurar o trono de sua mulher. A
primeira vítima política é Leonor Teles
de Menezes, que se provara uma regente
pouco enérgica e incapaz de parar as
conquistas da facção independentista.
Juan I força a sogra a abdicar da
regência e exila-a para um convento.
A resistência portuguesa e o exército
castelhano encontram-se pela primeira
vez a 6 de Abril de 1384, na batalha dos
Atoleiros. Nuno Álvares Pereira soma uma
mais vitória militar para a facção de
Aviz, mas o confronto não é decisivo.
Juan I de Castela retira para Lisboa e
cerca a capital, com o auxílio da sua
marinha que bloqueia o porto da cidade e
controla o Tejo. O cerco era uma séria
ameaça à causa de João de Aviz, uma vez
que sem Lisboa, sem o seu comércio e
dinheiro dele afluente, pouco podia ser
feito contra Castela. Pelo seu lado,
Juan I precisava de Lisboa não por
razões financeira, mas por motivos de
ordem política, uma vez que nem ele nem
Beatriz haviam sido coroados e sem esta
importante cerimónia, eram apenas
pretendentes à coroa.
Entregando o comando militar ao seu fiel
seguidor Álvares Pereira, João de Aviz
procurou concentrar-se em ver a sua
posição reconhecida além fronteiras. Em
1384 a Guerra dos cem anos encontrava-se
no seu apogeu, com ingleses e franceses
a lutarem pela coroa de França. O
conflito depressa ultrapassou a questão
dinástica inicial e influenciou, por
exemplo, o cisma papal de Avinhão. Uma
vez que Castela era aliada tradicional
dos franceses, a opção lógica para
Portugal seria pedir auxílio britânico.
Em Maio de 1384, João envia uma
embaixada ao rei Ricardo II de
Inglaterra, um rapaz de dezassete anos,
controlado pelo seu regente e tio, João
de Gaunt, Duque de Lencastre. De início,
o Duque mostrou-se reticente em aceder
ao pedido de ajuda, mas por fim acordou
em enviar tropas para Portugal. Uma vez
que, por via da mulher Constança de
Castela, era pretendente ao trono de
Juan I, interessava-lhe que uma vitória
de Portugal pudesse enfraquecer a sua
posição. Sublinhas políticas à parte, a
intervenção inglesa mostrou-se decisiva.
Entretanto, Lisboa encontrava-se a
braços com o cerco de Castela, que
começava a causar fome e privação.
Bloqueada por terra e pelo rio, a cidade
perdera as esperanças de ser libertada
pelo exército de João de Aviz, demasiado
pequeno para arriscar nesta fase um
confronto directo com os castelhanos, e
ocupado em controlar outras cidades. Foi
feita uma tentativa de aliviar a pressão
do cerco pelo rio. A 18 de Julho, uma
esquadra comandada pelo capitão Rui
Pereira rompe o bloqueio e consegue
entregar um carregamento de comida em
Lisboa. A operação foi um sucesso, mas o
custo muito alto, visto que quase todos
os barcos portugueses foram afundados e
o próprio Rui Pereira faleceu nos
combates. O cerco continuou, apesar
deste pequeno sucesso português, e
semanas depois a cidade de Almada
rende-se a Castela. A situação parecia
perdida para os lisboetas, quando a
providência interveio a seu favor. O
cerco estava também a ser complicado nas
fileiras castelhanas, sem reforços à mão
e também com problemas de
abastecimentos, graças às acções de Nuno
Álvares Pereira na retaguarda. No fim do
Verão uma epidemia de peste negra surgiu
no exército castelhano, forçando Juan I
a retirar para Castela a 3 de Setembro.
Semanas depois, a frota castelhana
abandona o Tejo e Lisboa podia respirar
de alívio.
1385: Entre o fim de 1384, princípio de
1385, Nuno Álvares Pereira subjugou a
maioria das cidades portuguesas que
haviam declarado apoio à princesa
Beatriz e ao marido Juan I de Castela.
Durante a Páscoa, chegaram a Portugal as
tropas inglesas enviadas em resposta ao
pedido de ajuda feito por João de Aviz.
Apesar de não serem um grande contigente,
contavam-se à volta de 600 homens, eram
tropas na sua maioria veteranas da
Guerra dos Cem Anos, bem treinados nas
tácticas de sucesso da infantaria
inglesa. Entre o contingente inglês,
encontrava-se uma divisão de archeiros,
que haviam provado o seu valor contra
cargas de cavalaria (ver batalha de
Crecy, por exemplo).
Com tudo a jogar a seu favor, João de
Aviz organizou uma reunião das Cortes em
Coimbra, juntando todas as figuras
importantes do reino. É aí que, a 6 de
Abril, foi aclamado João I, Rei de
Portugal, primeiro da Dinastia de Aviz,
num claro acto de guerra contra as
pretensões castelhanas. Num dos seus
primeiros éditos reais, João I nomeia
Nuno Álvares Pereira Condestável de
Portugal e protector do reino. Pouco
depois, rei e general partem para o
Norte, para acabar com os últimos focos
de apoio a Castela: Em Castela, Juan I
não hesita em responder ao desafio,
enviando, pouco depois da aclamação de
Coimbra, uma expedição punitiva a
Portugal. O resultado é a batalha de
Trancoso em Maio, onde as tropas de João
I obtêm uma importante vitória. Com esta
derrota, o rei de Castela percebe por
fim que necessita de um enorme exército
para pôr fim àquilo que considera uma
rebelião. Na segunda semana de Junho, a
maioria do exército de Castela,
comandado pelo rei em pessoa,
acompanhado por um contingente de
cavalaria francesa, entra em Portugal
pelo Norte. Desta vez, o poder dos
números estava do lado de Castela: Juan
I contava com cerca de 30000 homens,
para os apenas 6000 à disposição de João
I de Portugal. A coluna dirige-se
imediatamente para Sul, na direcção de
Lisboa e Santarém, as principais cidades
do reino.
Entretanto, João I e o Condestável
encontravam-se perto de Tomar. Depois de
alguma discussão, conclui-se que os
castelhanos não podem levantar novo
cerco a Lisboa, incapaz de resistir a
nova provação. João I decide interceptar
o inimigo nas imediações de Leiria,
perto da vila de Aljubarrota. A 14 de
Agosto, o exército castelhano, bastante
lento dado o seu enorme contingente,
encontra finalmente as tropas
portuguesas, reforçadas com o
destacamento inglês. O resultado deste
encontro será a Batalha de Aljubarrota,
travada ao estilo das batalhas de Crecy
e Azincourt, onde a táctica usada
permitia a pequenos exércitos resistir a
grandes contingentes e cargas de
cavalaria. O uso de archeiros nos
flancos e de armadilhas para impedir a
progressão dos cavalos, localizadas em
frente à infantaria, constituem os
principais elementos. O exército
castelhano não foi só derrotado: foi
totalmente aniquilado. As perdas da
batalha de Aljubarrota foram de tal
forma graves que impediram Juan I de
Castela de tentar nova invasão nos anos
seguintes.
Com esta vitória, João I foi reconhecido
como rei de Portugal, pondo um fim ao
interregno e à anarquia da Crise de
1383-1385. O reconhecimento de Castela
chegaria apenas em 1411 com a assinatura
do tratado de Ayton-Segovia. A aliança
Luso-Inglesa seria renovada em 1386 no
Tratado de Windsor e fortalecida com o
casamento de João I com Filipa de
Lencastre (filha de João de Gaunt). O
tratado, ainda em vigor, estabeleceu um
pacto de mútua ajuda entre Inglaterra e
Portugal.
Batalha Aljubarrota
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Aljubarrota
O verdadeiro nome pelo qual a batalha
ficou conhecida foi o de "Batalha Real",
designação que atesta a presença dos
dois reis em campo, qual luta travada
num tabuleiro de xadrez.
A iniciativa de começar a batalha partiu
de Castela, com uma típica carga da
cavalaria francesa: a toda a brida e em
força, de forma a romper a linha de
infantaria adversária. Mas tal como
sucedeu na batalha de Crécy, os
archeiros colocados nos flancos e o
sistema de trincheiras fizeram a maior
parte do trabalho. Muito antes de sequer
entrar em contacto com a infantaria
portuguesa, já a cavalaria se encontrava
desorganizada e confusa, dado o medo dos
cavalos em progredir em terreno
irregular e à eficácia da chuva de
flechas que sobre eles caía. As baixas
da cavalaria foram pesadas e o efeito do
ataque nulo. A retaguarda castelhana
demorou em prestar auxílio e em
consequência, os cavaleiros que não
morreram foram feitos prisioneiros pelos
portugueses.
Depois deste percalço, a restante e mais
substancial parte do exército castelhano
entrou na contenda. A sua linha era
bastante extensa, pelo elevado número de
soldados. Ao avançar em direcção aos
portugueses, os castelhanos foram
forçados a desorganizar as suas próprias
fileiras, de modo a caber no espaço
situado entre os ribeiros. Enquanto os
castelhanos se desorganizavam, os
portugueses redispuseram as suas forças
dividindo a vanguarda de D. Nuno Álvares
em dois sectores, de modo a enfrentar a
nova ameaça. Vendo que o pior ainda
estava para chegar, D. João I de
Portugal ordenou a retirada dos
archeiros ingleses e o avanço da
retaguarda através do espaço aberto na
linha da frente. Foi então que os
portugueses necessitaram chamar todos os
homens ao combate e tomaram a decisão de
executar os prisioneiros franceses.
Esmagados entre os flancos portugueses e
a retaguarda avançada, os castelhanos
lutaram desesperadamente por uma
vitória. Nesta fase da batalha, as
baixas foram pesadas para ambos os
lados, principalmente no lado de Castela
e no flanco esquerdo português,
recordado com o nome Ala dos Namorados.
Ao pôr-do-sol a posição castelhana era
já indefensável e com o dia perdido, D.
João de Castela ordenou a retirada. Os
castelhanos debandaram desordenados do
campo de batalha. Soldados e povo das
redondezas seguiam no seu encalço e não
hesitavam em matar os fugitivos.
Da perseguição popular surgiu uma
tradição portuguesa em torno da batalha:
uma mulher, de seu nome Brites de
Almeida, recordada como a Padeira de
Aljubarrota, muito forte alta e com seis
dedos em cada mão, emboscou e matou
pelas próprias mãos muitos castelhanos
em fuga. Esta história é uma lenda
popular e o massacre que se seguiu à
batalha também não se comprova, já que
se sabe que o próprio Condestável terá
ordenado a libertação de todos os
prisioneiros, a sua não molestação e
ordenado imediatamente a punição severa
de qualquer soldado português que
participasse num saque e agressão aos
castelhanos em fuga, tendo recusado,
inclusivamente, a aceitar troféus de
guerra, os quais deveriam ser
imediatamente devolvidos ao inimigo,
fossem eles armas, munições ou objectos
de outro tipo.
O dia seguinte: Na manhã de 15 de
Agosto, a catástrofe sofrida pelos
castelhanos ficou bem à vista: os
cadáveres eram tantos que chegaram para
barrar o curso dos ribeiros que
flanqueavam a colina. Para além de
soldados, morreram também muitos
fidalgos castelhanos, o que causou luto
em Castela até 1387. A cavalaria
francesa sofreu em Aljubarrota mais uma
derrota contra tácticas defensivas de
infantaria, depois de Crécy e Poitiers.
A batalha de Azincourt, já no século XV,
mostrou que Aljubarrota não foi o último
exemplo.
Com esta vitória, D. João I tornou-se no
rei incontestado de Portugal, o primeiro
da dinastia de Avis. Para celebrar a
vitória e agradecer o auxílio divino que
acreditava ter recebido, D. João I
mandou erigir o Mosteiro de Santa Maria
da Vitória e fundar a vila da Batalha.
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro
– Marinha Grande – Portugal |
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