A costa baiana foi o primeiro
ponto do Brasil a ser tocado pelos
portugueses da frota de Pedro
Álvares Cabral. Chegaram à Baía
Cabrália a 22 de Abril de 1500,
descobrindo oficialmente o Brasil.
A Baía de Todos os Santos só foi
descoberta no dia 01 de Novembro de
1501, por Américo Vespúcio, ao
serviço da Coroa Portuguesa.
A capitania da Baía de Todos os
Santos, foi doada por D. João III a
Francisco Pereira Coutinho e
compreendia 50 léguas de costa,
entre a foz do Rio São Francisco e a
Ponta do Padrão.
O donatário e seus colonos
desembarcaram em Dezembro de 1536 na
baía, extremo meridional e melhor
ancoradouro da capitania, no qual em
torno cresceu a povoação denominada
Vila do Pereira, mais tarde Vila
Velha, onde ainda em 1536 foram
distribuídas sesmarias. A sua
política de distribuir sesmarias,
espalhando umas das outras, causou
desentendimentos entre os colonos
que, com a acção dos silvícolas
baldaram todos os esforços de
colonização.
Forçado a abandonar a terra,
Francisco Pereira Coutinho
refugiou-se nas capitanias de Ilhéus
e Porto Seguro.
Julgando pacificados os ânimos, em
1547, Caramuru tentou trazê-lo de
volta. Entretanto, ocorreu o
naufrágio da nau que o conduzia,
sendo o donatário aprisionado e
morto pelos índios da Ilha de
Itaparica.
Fracassada a primeira tentativa de
colonização, foi a região escolhida
para sede do Governo-geral, criado
em 1548.
Durante os primeiros trinta anos,
Portugal não se preocupou com o
povoamento do Brasil. O território
baiano era visitado apenas pelos que
iam buscar pau-brasil,
principalmente franceses, os grandes
negociadores deste produto na
Europa. Em 1511, porém, já existia
uma feitoria na Baía de Todos os
Santos. Alguns degradados,
desertores e náufragos uniram-se às
belas índias e originaram as
primeiras famílias baianas. Um
desses náufragos foi Diogo Álvares
conhecido por "Caramuru.