Dia de
Reis -
06 de Janeiro
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Uma estrela
guiou
Os Reis
Magos
Gaspar
Belchior
Baltazar
a Belém |
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro
Formatação: Iara Melo
Reis Magos,
personagens que vieram guiados por uma
estrela, adorar Jesus em Belém - segundo
Mateus 2, 1-12. Uma tradição muito posterior
aos Evangelhos deu-lhe os nomes Gaspar,
Belchior e Baltazar.
Segundo a Bíblia, tendo Jesus nascido em
Belém da Judeia, em tempo do Rei Herodes,
eis que vieram Magos do Oriente a Jerusalém,
perguntando: "Onde está o Rei dos Judeus,
recém-nascido? Com efeito, vimos a sua
estrela no Oriente e viemos adorá-lo". A
designação "Mago" era dada, entre os
Orientais, à classe dos sábios ou eruditos.
Ignora-se a proveniência dos Reis Magos, mas
supõe-se que fossem da Arábia, tendo em
conta os dons oferecidos (ouro, incenso e
mirra), isto é, prendas que simbolizavam a
realeza, a divindade e a imortalidade do
novo Rei. Sabe-se que um era negro
(africano), o outro branco (europeu) e o
terceiro moreno (assírio ou persa) e
representavam a humanidade conhecida de
então. Os magos, além de cientistas,
formavam também uma casta sacerdotal. Quanto
ao número e nomes dos Reis Magos são tudo
suposições sem base histórica ou bíblica.
Foi Beda, um cronista inglês que viveu entre
673 e 735 d.C., quem deu nome aos magos:
Gaspar, Melchior (ou Belchior) e Baltazar.
O dia de Reis celebrava-se a 6 de Janeiro,
partindo-se do princípio que foi neste dia
que os Reis Magos chegaram finalmente junto
ao Menino Jesus. Em alguns países é no dia 6
de Janeiro que se entregam os presentes.
Mas, afinal, que estranha estrela seria essa
que guiou os Magos?
Uma das primeiras hipóteses foi proposta por
Orígenes (183-254 d.C.). Ele supôs que o
agora conhecido cometa de Halley teria sido
o astro visto pelos Magos. Contudo,
analisando os registos dos chineses,
notáveis observadores do céu, verificou-se
que a tese do cometa de Halley exigiria um
erro de mais de 11 anos na data atribuída ao
nascimento de Cristo. Por outro lado,
permaneceu a hipótese da Estrela de Belém
ter sido um cometa não periódico, de grande
brilho. No final do ano de 1572 o astrónomo
dinamarquês Tycho-Brahe descobriu uma
estrela muito brilhante na constelação de
Cassiopeia. Na verdade o seu brilho era
tanto que o novo astro pode ser visto mesmo
à luz do dia, durante quase 20 meses. Mais
tarde esse fenómeno seria baptizado de nova
e super nova, denominações usadas em
Astronomia para designar as estrelas que
explodem, aumentando assustadoramente de
brilho e depois de algum tempo quase
desaparecem do firmamento. Contemporâneos de
Tycho-Brahe viram no astro a mesma estrela
que teria guiado os Magos, enquanto outros
afirmavam que o fenómeno anunciava a chegada
de um segundo Salvador. Astrónomos
encontraram ocorrências de novas na
primavera do ano 5 a.C., ano que não está em
contradição com o provável nascimento de
Jesus, que segundo os teólogos deve ter
ocorrido entre os anos 5 e 7 a.C. e não no
ano 1, como é comum imaginar. A hipótese da
nova, ou super nova, encontra adeptos até os
dias actuais. Alguns acreditam que a visão
da estrela pode ter sido consequência de uma
conjugação planetária. Este fenómeno ocorre
quando dois planetas se movem e ficam
próximos um do outro. O resultado visível
desse movimento pode ser uma luz intensa. No
entanto, os Magos, porque eram sábios, não
deveriam deixar-se enganar por esse
fenómeno.
Actualmente ainda não existe nenhum
consenso. O astrónomo britânico Patrick
Moore, avança mais uma hipótese para o
sucedido. Segundo ele, a luz intensa vista
naquelas localidades do Médio Oriente não
passou de uma chuva de meteoros, ou, como é
mais comum dizer, uma chuva de estrelas.
Os magos ofertaram ao menino ouro, incenso e
mirra e consultaram os oráculos. Ao
partirem, deram ordem aos membros do Monte
Carmelo para protegerem o menino e seus
pais, tutelados deles a partir daquele
instante. Os magos, além de cientistas,
formavam também uma casta sacerdotal. Não se
sabe ao certo de que país vieram. Sabe-se
que um era negro (africano), o outro branco
(europeu) e o terceiro moreno (assírio ou
persa) e representavam a humanidade
conhecida de então.
Beda, um cronista inglês que viveu entre 673
e 735 d.C., foi quem deu nome aos magos:
Gaspar, Melchior (ou Belchior) e Baltazar. A
visita deles ao menino Jesus não se deu
exactamente na época do seu nascimento, mas
meses depois. Naquela época, Herodes ficou
sabendo da conjunção planetária pelos magos
e do significado da mesma e ordenou a
matança dos recém-nascidos receoso de perder
o trono. É bom que se entenda que a
referência uma estrela nos guiou pode
significar que os magos foram guiados pelo
estudo astrológico. A astrologia era uma
ciência bastante estudada pelos magos
essénios.
Esses magos, além de estudarem a magia, o
esoterismo, o misticismo, eram também
astrónomos e astrólogos. Esquadrinhavam o
firmamento com seus instrumentos ou até
mesmo na forma astral. A Estrela de Belém,
para Kepler, baseado em estudo feito em 1603
d.C., é a conjunção de Júpiter e Saturno,
ocorrida em 747 da era Romana. A esses
planetas juntou-se Marte na primavera de 748
daquela era, quando o planeta Terra entrava
na constelação de Peixes, marcando o início
do Cristianismo. Na verdade, contrariando a
Igreja, Jesus pertenceu à uma organização ou
escola iniciática e fundou um movimento
filosófico-religioso bem diferente do que se
transformou o Cristianismo ao longo dos anos
da era Cristã. Esse Cristianismo que
conhecemos foi fundado em Roma, 300 anos
depois de Cristo.
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro
– Marinha Grande – Portugal |
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