Hino Nacional Brasileiro

 

20 de Janeiro
 

 

 

 

Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro

 

Formatação: Iara Melo
 

Só em 1909 é que apareceu o poema de Joaquim Osório Duque Estrada. Não era ainda oficial. Tanto que, sete anos depois, ele ainda foi obrigado a fazer 11 modificações na letra. Duque Estrada ganhou 5 contos de réis, dinheiro suficiente para comprar metade de um carro. O Centenário da Independência já estava chegando. Aí o presidente Epitácio Pessoa declarou a letra oficial no dia 6 de Setembro de 1922. Como Francisco Manoel já tinha morrido em 1865, o maestro cearense Alberto Nepomuceno (01) foi chamado para fazer as adaptações na música. Finalmente, depois de 91 anos, o Hino Nacional de Brasil, estava pronto.

Joaquim Osório Duque Estrada: Poeta, teatrólogo, ensaísta, crítico e professor, autor da letra do Hino Nacional Brasileiro, nasceu em Pati dos Alferes - RJ a 29 de Abril de 1870 e faleceu no Rio de Janeiro a 5 de Fevereiro de 1927. Foi professor de português e história do Brasil na Escola Normal e no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, e crítico literário do Correio da Manhã e do Jornal do Brasil, na mesma cidade. Foi membro da Academia Brasileira de Letras e deixou várias obras poéticas e didácticas: Questões de Português, Noções Elementares de Gramática Portuguesa, Concurso de Obras sobre Língua Portuguesa, Alvéolos em 1887, Flora de Maio em 1902, O Norte em 1909, A Arte de Fazer Versos em 1912, História do Brasil em 1918, A Abolição em 1918, Crítica e Polémica em 1924.

Após a Proclamação da República em 1889, um concurso foi realizado para escolher um novo Hino Nacional. A música vencedora, entretanto, foi hostilizada pelo público e pelo próprio Marechal Deodoro da Fonseca. Esta composição ("Liberdade, liberdade! Abre as asas sobre nós!...") seria oficializada como Hino da Proclamação da República do Brasil, e a música original, de Francisco Manuel da Silva, continuou como hino oficial. Somente em 1906 foi realizado um novo concurso para a escolha da melhor letra que se adaptasse ao hino, e o poema declarado vencedor foi o de Joaquim Osório Duque Estrada, em 1909, que foi oficializado por Decreto do Presidente Epitácio Pessoa em 1922 e permanece até hoje.

De acordo com o Capítulo V da Lei 5.700 (01/09/1971), que trata dos símbolos nacionais, durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio. Civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações. Além disso, é vedada qualquer outra forma de saudação (gestual ou vocal como, por exemplo, aplausos, gritos de ordem ou manifestações ostensivas do género, sendo estas desrespeitosas ou não). Segundo a Secção II da mesma lei, execuções simplesmente instrumentais devem ser tocadas sem repetição e execuções vocais devem sempre apresentar as duas partes do poema cantadas em uníssono. Portanto, em caso de execução instrumental prevista no cerimonial, não se deve acompanhar a execução cantando, deve-se manter, conforme descrito acima, silêncio. Em caso de cerimónia em que se tenha que executar um hino nacional estrangeiro, este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro

 

(01) - Alberto Nepomuceno, compositor, organista, pianista e professor,  nasceu em Fortaleza (CE) em 6 de Julho de 1864 e faleceu no Rio de Janeiro em 16 de Outubro de 1920. Iniciou sua carreira musical em Recife, onde, aos 18 anos de idade, já era director musical do Clube Carlos Gomes. Estudou com Terziani na Academia de Santa Cecília de Roma. Mais tarde, com bolsa de estudo do Governo Brasileiro, transferiu-se para Berlim, onde estudou no Conservatório Stern. Mais tarde, estudou órgão em Paris. Iniciou suas actividades pedagógicas no Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro em 1895. Foi Regente da Sociedade de Concertos Populares. Sua Série Brasileira foi estreada em 1897, marcando momento importante do grande nacionalismo brasileiro, pela utilização de temas populares nacionais e pelo clima brasileiro obtido na composição. Nepomuceno é considerado o pai da canção de câmara brasileira, tendo insistido na necessidade de utilização do idioma nacional na música de concerto, como mais uma forma de nacionalizar a linguagem musical. Foi escolhido como Patrono da Cadeira n. 30 da Academia Brasileira de Música.
Obras principais
Obras para orquestra: Série Brasileira de1888 a 1896); Sinfonia em sol maior; O Garatuja.
Óperas: Abul; O Garatuja.
Música de câmara: Trio em fá sustenido maior; Quartetos de cordas
Música vocal: 2 volumes, com destaque para as canções em português.

 

Hino Nacional Brasileiro -  Poema de Joaquim Osório Duque Estrada. Música de Francisco Manoel da Silva 

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

II

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do novo mundo!

Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".

Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.

Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!


 

Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro – Marinha Grande – Portugal

 

 

Carinhosamente formatado por Iara Melo

CORPO E ALMA BRASILEIRA.

 


 

Carol comemorando os recordes com a bandeira do Brasil

 

Foto adquirida na Internet

 

 

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