O
tabaco
é
originário
(provavelmente)
da
Austrália,
propagou-se
pela
América,
foi
introduzido
na
Europa,
e
depois
na
Ásia,
a
partir
do
século
XVI.
Actualmente,
é
cultivado
no
mundo
inteiro.
É
uma
planta
herbácea
(Nicotiana
tabaccum),
que
atinge
1,5
a 2
metros
de
altura.
As
folhas
podem
medir
80
cm
de
comprimento
e 40
de
largura.
A
semente
é
muito
pequena,
não
pode
ser
lançada
directamente
na
terra.
A
sementeira
é
feita
em
viveiros
no
final
de
Março.
As
plantas
são
replantadas
em
terra,
dois
meses
depois.
A
colheita
é
feita
três
meses
mais
tarde.
O
tabaco
recolhido
é
depois
estendido
num
secadouro
especial,
onde
as
folhas
irão
lentamente
perdendo
água.
Em
climas
temperados,
o
rendimento
médio
é de
20 a
25
quintais
de
folhas
secas
por
hectare.
As
folhas
secas
são
separadas
e
classificadas
segundo
as
dimensões
e a
qualidade.
As
folhas
de
tabaco
são
submetidas
a
uma
batedura,
que
separa
as
nervuras
dos
pedaços
de
parênquimas
(tiras).
Os
tabacos
são
aquecidos
e
amaciados
pelo
vapor,
depois
de
misturados
e
molhados
antes
de
serem
picados.
Depois
de
picado,
o
tabaco
louro
é
seco
e
mergulhado
numa
solução,
o
que
o
torna
mais
suave.
O
tabaco
escuro
é
torrado
e
adquire
o
seu
gosto
definitivo.
A
China
fornece
mais
de
um
terço
da
produção
mundial,
muito
à
frente
dos
EUA,
da
Índia
e do
Brasil.
A
Itália
é o
primeiro
produtor
europeu.
Todos
os
anos
o
tabagismo
é
directamente
responsável
por
milhares
de
mortes.
Provoca
essencialmente
cancros
brônquicos
ou
bucais
–
sobretudo
o
cachimbo
e o
charuto.
As
lesões
das
artérias
verificam-se
ao
nível
do
coração,
cérebro
e
das
pernas.
A
interrupção
da
tabagismo
depende
mais
da
motivação
do
que
da
vontade,
mais
de
uma
motivação
positiva
–
recuperar
os
desempenhos
físicos
– do
que
negativa
–
medo
do
cancro
–
mais
da
interrupção
total
do
que
de
uma
diminuição
do
consumo.
Existem
métodos
de
recurso
psicoterapia,
acupunctura,
vitaminas,
medicamentos
de
prescrição
médica
(ansiolíticos,
nicotina,
etc.).
A
combustão
do
tabaco
produz
inúmeras
substâncias
como
gases
e
vapores,
que
passam
para
os
pulmões
através
do
fumo,
sendo
algumas
absorvidas
pela
corrente
sanguínea.
Estes
substâncias
são:
Nicotina:
A
nicotina
é o
alcalóide
da
planta
do
tabaco.
Quando
chega
ao
Sistema
Nervoso
Central,
actua
como
um
agonista
do
receptor
nicotínico
da
acetilcolina.
Possui
propriedades
de
reforço
positivo
e
viciantes
devido
à
activação
da
via
dopaminérgica
mesolímbica.
Aumenta
também
as
concentrações
da
adrenalina,
noradrenalina,
vasopresina,
beta
endorfinas,
ACTH
e
cortisol,
que
parecem
influir
nos
seus
efeitos
estimulantes.
Substâncias
irritantes
(como
a
acroleína,
os
fenóis,
o
peróxido
de
nitrogénio,
o
ácido
cianídrico,
o
amoníaco,
etc.):
provocam
a
contracção
bronquial,
a
estimulação
das
glândulas
secretoras
da
mucosa
e da
tosse
e a
alteração
dos
mecanismos
de
defesa
do
pulmão.
Alcatrão
e
outros
agentes
cancerígenos
(como
o
alfabenzopireno):
contribuem
para
as
neoplasias
associadas
ao
tabaco.
Monóxido
de
carbono:
provocam
a
diminuição
da
capacidade
de
transporte
de
oxigénio
por
parte
dos
glóbulos
vermelhos.
O
consumo
pode
provocar
hipotonia
muscular,
diminuição
dos
reflexos
tendinosos,
aumento
do
ritmo
cardíaco,
da
frequência
respiratória
e da
tensão
arterial,
aumento
do
tonos
do
organismo,
irritação
das
vias
respiratórias,
aumento
da
mucosidade
e
dificuldade
em
eliminá-la,
inflamação
dos
brônquios
(bronquite
crónica),
obstrução
crónica
do
pulmão
e
graves
complicações
(enfisema
pulmonar),
arteriosclerose,
transtornos
vasculares
(exemplo:
trombose
e
enfarte
do
miocárdio).
Em
fumadores
crónicos
podem
surgir
úlceras
digestivas,
faringite
e
laringite,
afonia
e
alterações
do
olfacto,
pigmentação
da
língua
e
dos
dentes,
disfunção
das
papilas
gustativas,
problemas
cardíacos,
má
circulação
(que
pode
levar
à
amputação)
e
cancro
do
pulmão,
de
estômago
e da
cavidade
oral.
O
tabagismo
materno
influi
no
crescimento
do
feto,
especialmente
no
peso
do
recém
nascido,
aumento
dos
índices
de
aborto
espontâneo,
complicações
na
gravidez
e no
parto
e
nascimentos
prematuros. A
vitamina
C é
destruída
pelo
tabaco,
daí
que
se
aconselhe
os
fumadores
a
tomar
doses
extra
de
antioxidantes
(vitaminas
A, C
e
E),
para
ajudar
a
prevenir
certos
tipos
de
cancro.
Fonte:
Wikipédia,
a
enciclopédia
livre.
O
tabaco
é
nome
comum
dado
às
plantas
do
género
Nicotiana
L. (Solanaceae),
em
particular
a N.
tabacum,
originárias
da
América
do
Sul
da
qual
é
extraída
a
substância
chamada
nicotina.
Os
povos
indígenas
da
América
acreditavam
que
o
tabaco
tinha
poderes
medicinais
e
usavam-no
em
cerimónias.
Foi
trazida
para
a
Europa
pelos
espanhóis,
no
início
do
século
XVI.
Era
mascado
ou,
então,
aspirado
sob
a
forma
de
rapé
(depois
de
secar
as
suas
folhas).
O
corsário
Sir
Francis
Drake
foi
o
responsável
pela
introdução
do
tabaco
em
Inglaterra
em
1585,
mas
o
uso
de
cachimbo
só
se
generalizou
graças
a
outro
navegador,
Sir
Walter
Raleigh.
Um
diplomata
francês,
de
nome
Jean
Nicot
(de
onde
deriva
o
nome
da
nicotina)
aspirava-o
moído
rapé
e
percebeu
que
aliviava
suas
enxaquecas.
Desta
forma,
enviou
uma
certa
quantidade
para
que
a
então
rainha
da
França,
Catarina
de
Médicis,
experimentasse
no
combate
à
suas
enxaquecas.
Com
o
sucesso
deste
"tratamento",
o
uso
do
rapé
começou
a se
popularizar.
O
hábito
de
fumar
o
tabaco
como
mera
demonstração
de
ostentação
se
originou
na
Espanha
com
a
criação
daquilo
que
seria
o
primeiro
charuto.
Tal
prática
foi
levada
a
diversos
continentes
e,
somente
por
volta
de
1840,
começaram
os
relatos
do
uso
de
cigarro.
Neste
ponto,
a
finalidade
terapêutica
original
do
tabaco
já
havia
perdido
seu
lugar
nas
sociedades
civilizadas
para
o
hábito
de
fumar
por
prazer.
Embora
o
uso
do
cigarro
tenha
tomado
enormes
proporções
a
partir
da
Primeira
Guerra
Mundial
(1914-1918),
foi
apenas
em
1960
que
foram
publicados
os
primeiros
relatos
científicos
que
relacionavam
o
cigarro
ao
adoecimento
do
fumante.
Pesquisas
em
âmbito
mundial
a
respeito
dos
perigos
do
tabagismo
são
amplamente
divulgadas,
não
cedendo
espaço
para
dúvidas
ou
más
interpretações.
Trabalho e
pesquisa de
Carlos Leite
Ribeiro –
Marinha Grande –
Portugal |