

D. Isabel de Aragão – Rainha de Portugal
(conhecida também por Rainha Santa Isabel)
morreu a 04 de Julho de 1336
Trabalho e
pesquisa de
Carlos Leite
Ribeiro
Tinha apenas doze anos quando
foi pedida em casamento por três príncipes, como nos contos de
fadas. Seu pai escolheu o herdeiro do trono de Portugal, Dom
Dinis. Este casamento significou para Isabel uma coroa de rainha
e uma cruz de martírio, que carregou com humildade e galhardia
nos anos seguintes de sua vida. Isabel é tida como uma das
rainhas mais belas da corte espanhola e portuguesa, além disto
possuía uma forte e doce personalidade, era também muito
inteligente, culta e diplomata. Ela deu dois filhos ao rei:
Constância, que seria no futuro rainha de Castela e Afonso,
herdeiro do trono de Portugal. Mas eram incontáveis as aventuras
extraconjugais do rei, tão conhecidas e comentadas, que
humilhavam profundamente a bondosa rainha, perante o mundo
inteiro.
D. Isabel era filha do rei Pedro III de Aragão e de Constança de
Hohenstaufen, rainha da Sicília. Ela era, por via materna,
descendente do Imperador Romano-Germânico Frederico II. Teve
cinco irmãos, entre os quais o rei aragonês Afonso III e Jaime
II, para além de outro monarca reinante, Frederico II da
Sicília. Para além disso, por via materna estava também
relacionada com a sua tia Santa Isabel da Hungria.
Casou-se com o rei D. Dinis de Portugal em 1282, tendo recebido
inúmeras vilas como dote (Óbidos, Trancoso, etc.). O rei não lhe
teria sido inteiramente devotado, e parece que visitaria damas
nobres para os lados de Odivelas. A rainha, ao saber do
sucedido, ter-lhe-á apenas respondido, «Ide vê-las, Senhor». Com
os tempos, uma corruptela de ide vê-las originou o moderno
topónimo Odivelas.
Apesar de tudo, Isabel era muito piedosa e passou grande parte
do seu tempo em oração e ajuda aos pobres. Conta-se que, certa
vez, a rainha, decidida a ajudar os mais desfavorecidos, teria
enchido o seu regaço com pães, para os distribuir. Tendo sido
apanhada pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava
no regaço, a rainha limitou-se a responder: «São rosas,
Senhor!». Com efeito, ao abri-lo, teriam brotado rosas do
regaço, ao invés dos pães que escondera. Este evento ficou
conhecido como milagre das rosas. Por isso mesmo, ainda em vida
começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado
após a morte.
Na década de 1320, o seu filho e herdeiro, Afonso IV de
Portugal, sentindo em perigo a sua posição em favor de um filho
bastardo do rei Dinis, também chamado Afonso, declarou
abertamente a guerra a seu pai. No entanto, a intervenção da
rainha conseguiu serenar os ânimos – pela paz de Alvalade,
assinada em 1325 nos arredores de Lisboa, foi evitado o conflito
armado que teria ceifado muitas vidas inutilmente.
Pouco depois da morte do marido, Isabel recolheu a um convento
franciscano em Coimbra (Santa Clara-a-Velha). Só voltaria a sair
dele uma vez, pouco antes da morte, em 1336. Nessa altura, tendo
Afonso declarado guerra ao seu primo, o rei de Castela, Isabel,
não obstante a sua idade avançada e a sua doença, dirigiu-se a
Estremoz, onde mais uma vez se colocou entre dois exércitos, e
mais uma vez evitou a guerra.
Isabel faleceu pouco tempo depois, tendo sido sepultada no
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, hoje em dia
parcialmente submergido pelo rio Mondego, enquanto que o seu
marido repousa no Convento de Odivelas.
Em 1625, o Papa Urbano VIII canonizou-a, declarando-a santa.
Livro electrónico de Carlos Leite Ribeiro:
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"Rainha Santa Isabel" - D. Isabel de Aragão, mulher de D. Dinis,
considerada por muitos como "Anjo de Portugal". Alguns passos da
sua vivência, principalmente na região de Leiria ...
Trabalho e Pesquisa de Carlos Leite Ribeiro – Marinha Grande –
Portugal

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