Ano V –  Agosto de 2009
 
Edição e Arte Final:
 
 
 

Iara Melo, Centro Comercial Colombo, Lisboa

 

 

 

Prof. Garcia

 

 
Iara Melo sentada
aos pés das lindas cascatas,
ouvindo o canto das aves
na copa das verdes matas;
enquanto a fonte boceja,
a cascata rumoreja
as mais lindas serenatas!

Quem ouve a voz das cascatas,
na vida, nada reclama;
a orquestração da floresta
na voz de Deus se derrama,
que a natureza é divina
e a luz suprema ilumina
a quem Deus adora e ama!

 

 

 O TEU POEMA
Tito Olívio


 
Fizeste-me um poema… e não o li.
O meu sofrido peito está confuso,
Porque tens dons, mas deste-lhes mau uso,
Ao cometer uns roubos por aí.
 
Tens no cabelo a luz do sol. Eu vi.
Nos olhos, tens o mar verde difuso;
Nos lábios, da romã está recluso
O vermelho e essa aura que há em ti.
 
Tiraste duas pernas à gazela,
Para as faces, o róseo à pimpinela
E para a pele, o branco do jasmim.
 
Por que roubaste tudo em teu redor,
Para seres tão linda e ter amor,
Se nem eu nem ninguém te quer assim?

 


 

"O Amor é a Força que confere vida a todos os seres!"
Tschu-Li

O Cio da Vida!
Nídia Vargas Potsch


Presença constante, Natureza em festa!
Tanto faz nas Cidades, nos Campos, nas Florestas
É Fogo que brota do chão ... e cresta!

Animal escondido, vigia a presa, à espreita.
Rugidos, trinados, relinchos de todos os tipos ... são chamados!
Demonstrações de atrativos que resultam boa colheita ...

Loucas danças rituais de acasalamento, expostas
São feras, aves, peixes, insetos, exaltados à espera.
Cada qual, à sua maneira, varia suas propostas ...

E o Homem, o bicho-homem, usa seus métodos seculares.
São um tanto ou quanto irregulares em seus jantares,
Ainda não entenderam bem a prática das preliminares ...

Há Aromas de Sensualidade chegando para ficar!
É a Primavera adocicando e impregnando o ar:
Cio da Terra, Cio da Vida, a nos transformar!

@Mensageir@
Rio, 22/08/2009

 

 

ENCONTREI UM VIOLINO
Amália LOPES



Na mesa dum cigano coberto de pétalas
com o perfume duma serenata.
Um violino sonhador tal qual o teu olhar
e
na nobreza do vinho que perfumava duas taças
a tua, a minha, bebi dessa taça
brindei ao amor, à paixão,
brindei aos teus olhos.
Sonhei entre cetim e veludos, deslizei
dentro da tua pele, numa barreira do impossível,
em instintos aflorados.
Era esse o meu alimento, num minuto transformei-me em sol
aqueci-te entre beijos e carinhos.
Espera meu amor!
quero-te sublime,
quero-te nesta sinfonia do meu violino
quero-te no meu jardim de folhas secas
quero-te sim, amor, na minha janela olhando mais
um luar, mais uma estrela.
Quero-te voando entre gaivotas e papoilas
entre camélias e lilases.

Lá longe, eu escuto o teu canto, mas sei
que não vens.
Eu sei que não aqueces o colorido dos meus
olhos, e, sei que alguém te levou na brisa
seca de mais uma primavera, soltam-se lamentos
mas a porta está fechada.
Ontem com pedrinhas delicadas tu escreveste a palavra
felicidade, mas hoje
ela perde-se nos labirintos da minha memória
que te procura na imensidão das sombras.

Procuro-te sim, amor
nos desencantos e na lucidez do meu amar,
na revolta do meu tempo
na tua ausência desta noite tão eterna.
Na noite dum passado, ofereci-te o meu corpo
sem pudor, agora, não te procuro mais,
vem tu e abraça-me hoje.
Procuro-te sim, AMOR...

Maio 19/2009

 

 

SAUDADE A FLOR  SAUDADE
Marisa Cajado


 
Saudade é ausência presente
Que a alma sempre sente
Sem poder se explicar
É a palavra silenciosa
Qual o perfume da rosa
Transparência a perfumar.
 
Essência que nos conforta
Vem bater à nossa porta
Impelindo a recordar
Lembrança que oferece
O bálsamo de uma prece
Silenciosa a renovar
 
Saudade é o amor que permanece
E que às vezes entristece
Pela separação
Saudade, a flor saudade
Cresce muito à vontade
No jardim do coração
 
GJA 02/07/2009
 
 

 

alma deserta
Ligi@Tomarchio®


 
desertei de mim
desterrada e marcada
punhal cravado
COVARDE
mágoa a sangrar
quisera poder amar
agressor invisível
COVARDE
breu sobre luz
turva visão
cegou minha esperança
COVARDE
escalpo na areia quente
demente ser opressor
grito horripilante
COVARDE
só com meu deserto
escaravelhos, cobras, escorpiões
touro sedento surge
foragido da floresta sombria
mago do mal
COVARDE
socorro!...

 


 

NA PONTA DO LÁPIS
Tchello d'Barros


Papel virginal
De cálido rosto
E nívea brancura
Recebe a visita
De um tímido lápis
 
A mina desliza
Percorre a folha
Nos traços que nascem
E fixa o grafite
Num gesto infinito
 
Nas linhas que surgem
Dos riscos e letras
No branco papel
Emergem desenhos
E versos diversos
 
Os traços do lápis
Percorrem a folha
Não mudam a vida
Não curam o mundo
Nem salvam o homem
 
Mas este grafite
Com poucos rabiscos
Desenha um corpo
Revela um rosto
E escreve teu nome
 
 


 


A Dor de Um Retornado...
Silvino Potêncio
 

...Uma lágrima de dor
Um suspiro de pouco amor,
- Uma nuvem ao sol-pôr,
- num oceano vermelho-rubro, de estertor!...
 
Um sentimento de puro abandono,
Qual andorinha no sono,
Desta primavera já sem dono,
- Sem inverno, sem verão e sem outono.
 
...Uma lágrima de dor e de saudade,
Um soluço não contido por maldade,
- Desta vã caminhada em tenra idade,
- Na esperança de um última vontade...
 
Se me escapa já por muito desalinho,
Da postura inconformada sem carinho,
- Da minha alma que se vai devagarinho.
- Contra o vento da quebrada do caminho!
 
Uma lágrima no rosto que padece,
Qual folha solta desta cepa que envelhece...
- Feito tronco de castanho que anoitece,
- Na ramada tão sem flor, que o frio nela desce.
 
...Um lágrima de dor!...
Desta primavera já sem cor,
Um soluço não contido ao sol-pôr,
- Uma lembrança tão distante desse amor!...
- Da minha alma, ela se afasta num vapor.
 
Essa dor...essa lágrima, essa flor...
 
Por lá ficou adormecida,
Não desceu pelo meu rosto já nublado,
Desta dor de ter saudade à despedida...
Que já pressinto estar aqui, ... bem a meu lado.
 
Uma dor...
Uma nuvem...
Uma lágrima,
- no oceano deste amor tão mal-tratado!
Mais um sonho que se apaga amortalhado.
 
Autor: Silvino Potencio (in Poesias Soltas)
Lisboa:  Out/1979

 

 

 



Noite perfumada
Benedita Azevedo
 

Atraída pelo aroma que chega de fora,
saio ao pátio e buscando de onde vem,
penetro a atmosfera perfumada
e aconchegante do jardim em flor..
 
Apuro o olfato tentando identificar
a planta fornecedora de tal essência;
e sob a cumplicidade da lua fria,
vislumbro os flocos nevados e miúdos
da pitangueira florida já com frutos.
 
Ando mais um pouquinho e embevecida
percebo sentado ao banco do jardim,
um homem maduro e vejo que é você...
Contemplando a noite perfumada.
 
Acaricio seus cabelos brancos
E envolvida pelo mesmo perfume
Que nos atraiu ao canto do jardim...
Aconchego-me em seus abraços.


 


 


...e é assim em cada poema
Lígia Leivas
(Pelotas, RS, BR)
 

Em cada poema que traço
há muito do que eu sou
Há o que vivo
Há o que amo
Há os que amo
Há os que quero bem!

Em cada poema que faço
há os meus sonhos
(jamais fantasias...
quem sabe ironias e minhas alegrias...)

Em cada poema que teço
há um pouco do muito que sinto
Há as dores (eu não minto!!!)
as decepções que sofro
as promessas descumpridas
e as esperanças destemidas...

Em cada poema que entristeço
há as desilusões sofridas
as agonias revividas
nas entrelinhas perdidas...

Em cada poema me venço!!!
Neles há o amor ainda vivo
Há os amores que tive
Há muito de ti (bem sabes!)
Há um outro tanto de nós
e... em cada poema amanheço!

 

 


 


Glosando Delcy Canalles
Gislaine Canales

TROVAS

MOTE:

Desfaz-se em trovas de amor,
e em versos cheios de encantos
o poeta-trovador
que canta seus próprios prantos!

Desfaz-se em trovas de amor,
de carinho e de ternura,
o poeta-sonhador,
à procura da ventura!

Revive belas lembranças
e em versos cheios de encantos
vai espalhando esperanças
no universo, aos quatro cantos!

Irradiando luz e cor,
enfeitando-se de estrelas,
o poeta-trovador
chega ao céu e pode vê-las!

Segue cantando feliz
em suaves acalantos
e o mundo inteiro lhe diz:
que canta seus próprios prantos!


 

 



FONTES DE INSPIRAÇÃO 
ELIANE ARRUDA


Inspiram-me  da Criação as mais belas coisas:
O sol, a lua e  a  noite  calma e estrelada...
Se o que é divino resplandece...Ah,  eu me afoito,
E o verso eclode transparente,  azulado!...
 
Na alma, fluem também os bons sentimentos:
O amor, a saga de viver  compondo versos,
Se a fantasia  n´alma  cresce e arrebenta,
Que se alimente  co´a divina cor e verve.
 
O que Deus fez  enche-me o sonho de esplendor,
Bem que  me impele à compulsão de inspirar-me
Com o que legou ao homem e feito com amor.
 
Existem as fontes, as cascatas e os mares,
Tudo o que a Mão divina pôde esculturar
E  esta  vontade:  com o verso, emoldurá-los.

 

 

 


AS MÃOS DA MULHER
Ivone Boechat
 

Vestem necessitados,
ensinando a bondade.
Dão o exemplo,
ensinando o amor.
Embalam o berço,
ensinando a ternura.
Indicam o caminho,
ensinando a decidir.
Preparam alimentos,
ensinando a repartir.
Erguem as mãos,
ensinando a orar.
Abrigam o aflito,
Ensinando a esperança.
Enxugam a lágrima,
ensinando a compartilhar.
Constroem a família,
ensinando a confiar.
Plantam flores,
ensinando a trabalhar.
 




Sonho
Ana Maria Nascimento
 

Sentindo forte emoção,
eu sonhei que te encontrava;
esquecendo a solidão,
confiante te abraçava.
 
De branco estavas vestido;
teu olhar podia ver;
tua mão deu-me sentido,
e na paz eu pude crer.
 
Imergida nesse sonho,
sorri como antigamente;
negando o tempo tristonho,
dei vazão à minha mente.
 
Pareceu-me que a tristeza
seu fim havia encontrado,
mas, soprando, a natureza
fez meu sonho desmanchado.
 
Sonhando sempre contigo,
alegre posso viver,
pois me dói este castigo
de não mais poder te ver.
 
 

 


O AMOR
Flor de Esperança (Maria Beatriz Silva)


É preciso amar:
Deixar brotar a semente do amor no coração
Permitir que o vento leve-a para cada irmão
Pois assim a semente multiplicará
O coração será um infinito amor
E só de amor viverá

Viva com amor e para o amor
Olhe com os olhos do amor
Amor universal
Manifestação absoluta de Deus
Que ele nos presenteou
Para ser multiplicado
Incessantemente pelo nosso semelhante

Entre na “corrente da vida”
Ame com amor e por amor
Ame a todos, ame a vida, ame a natureza
Com toda sua beleza e cor

Seja capaz de demonstrar
O amor universal explicito
A todos que te cercam
A qualquer hora, lugar e circunstância
Pois assim sentirá a presença de Deus
Em cada demonstração de amor
De alegria, de felicidade, de vitória…

Reflita: Em cada amanhecer
Cultiva a caridade, a fraternidade, o perdão
Ama o próximo sem pensar em recompensa e distinção
Aceita as pessoas como elas são
Pois assim estará pronto para sentir
A força do amor no coração

É hora de acordar para a realidade de amar
Seja um ser humano completo
Encontre a luz interior
E viva uma vida de real amor

É hora de ser feliz
Segurar a mão do irmão
Voar pelo infinito
Encontrar o encanto de viver
Amar o nascer do sol
Adormecer sobre a luz do luar
Sonhar que a vida é um mar a estrelar
E comece a brilhar no infinito gesto de amar
 
Laje do Muriaé – RJ
15 de março de 2009

 



Inexplicável
Luciano Spagnol
 

Como ousar expressar
A magia de teu olhar
No meu sentimento
No raio deste breve momento
 
Como ousar palavras
Passo a passo
Em ritmo e compasso
Na medida de um abraço
 
Como ousar poetar
Rimas do não vivido
Se tudo já tinha partido
A cada adeus acometido
 
Como ousar ser “o cara”
Tornar-se jóia rara
Uma imagem mais nítida
Em mim sua alma detida
 
Como ousar uma meta
Indicar a trilha correta
Manter o coração alerta
Se difícil é a serenata certa
 
Como ousar explicar
O sonho sempre a desejar
A dor insistindo em interpor
Se inexplicável é o amor...
 
(... mas o buscarei aonde eu for!)
 
Luciano Spagnol
Rio, 22/08/2009.
06’30”
 

 

 


Alucinação
Francinete Azevedo


Peregrina do amor
vejo-te em meus sonhos.
Então, proclamo entre risos e lágrimas
uma paixão por ti, imorredoura.
Mas, meu castelo de ilusão
alicerçado sob as horas
começa a implodir.
Desperto, finalmente, para a vida.
E no delirante vazio do quarto
prosto-me na adoração
da saudade.

 

 


NÃO SOU POETA
Antonio Cícero da Silva

Não sou poeta
Sou sonhador
É por isso
Que me dar valor.

Poeta eu não sou
Sou um sofredor
O que sinto por você
É o puro amor.

Mas gosto de poetar
E tranquilo viver
Para ti alegrar
Ao me receber.

Não sou poeta
Sou amante do verso
Amante da rima
E do amor das meninas...

 



GLORIOSA PRIMAVERA
Irani Gennaro


Gloriosa, ela surge e resplandece
Qual dama, plena de alegria!
Ante tanta beleza nosso coração se aquece,
Em nossa face surge um esboço de alegria!

Assim vem ela, então. . .
Com um sorriso dentro d’alma
Transbordando de flores
Sobre o jardim do coração;

Sua pureza se reflete
Qual luz sobre o cristal!
Ao poeta, pois, compete
Descrever seu visual;

Seus rebentos se espalham por tudo,
E nos dão pétalas suaves qual veludo,
Num manancial de glaucas maravilhas!

Para cultuá-la, eu caminho pelos jardins
Deleitando-me com sua envolvente calma,
Maravilhada por sua esplêndida grandeza!

Assim eu empresto à primavera
Meu carinho de emoções, fazendo dela
Minha religião de amor e de beleza;
 
Parece que ela percebe e me fita
Sentindo o que em mim habita, e,
Qual aquela ave indefesa, que não pode mais voar
Eu também me sinto presa na rede do seu olhar.
 


 

O beijo da borboleta
Maria Lucia (Violetta)

Em pleno vôo
No tremular de belas sedas
Flutua maravilhosa borboleta
Em flor em flor
Vai delicada
A cada pétala
Num cândido beijo
Adorna delicado jardim
Agraciando o dia

 


SOL E LUA
Hermoclydes Siqueira Franco


 Hoje, eu queria te dar
um sol dourado, de presente...
Queria buscar a lua
na noite mais estrelada
e prende-la em teus cabelos...

O Sol, para aquecer teus sonhos,
iluminar teu caminho,
encher-te de energia...

A Lua - feita poesia -
para dar força ao teu gênio,
encanto aos teus pensamento,
pureza às tuas ações...

Sol e Lua, símbolos da vida,
grandezas da Criação!...

 



OS DONS DE CADA UM
Eduardo de Almeida Farias


Creio num Deus de amor
Senhor de toda a gente
E de tudo que deveras sente,
A quem obedece as potestades
O tempo
E o vento.

Creio que no Grande Livro, predito,
Está o nome de cada coisa, escrito;
Que ao homem não sei por que razão,
Concedeu plena liberdade
E o fez senhor do seu destino...

Que ao poeta chamou,
De filho amado
Ainda que por muitos, amaldiçoado;
E que de voz tonitruante
Sentenciou :
Fortuna não terás
Que tal não vale tanto,
Mas dar-te-ei, contudo,
Algo que não se obtém
Por “canudo”,

Dar-te-ei a arte
De burilar pensamentos
Desvendar sentimentos 
Nos recônditos da alma;
E também a maldição
De sentir a dor, na dor,
Não só a dor que vem do coração,
Mas também as dores que invadem a alma.

E como se tudo isso não fosse tanto,
Haverás de transformar o pranto
Em algo belo, esteta:
Serás poeta.




MEU DOCE AMOR
Selene Antunes


Amor! meu  doce amor
Vivo recordando suas carícias
Relembro seus beijos com amor
Sempre sonho com as noites de luar
Quando juntos de mãos dadas
Naquela estrada caminhando só nós dois
Podia sentir seu abraço a me apertar
E as juras de amor que me faziam sonhar
E a cada beijo  eu me sufocava num êxtase sem igual
Nosso amor a cada dia  aumentava 
E já não faltava  mais nada para a nossa felicidade
Alem de estar naquele enlevo  a todo momento
Porque a saudade era intensa
Alguns momentos era m suficientes
Para a ansiedade e um desespero sem fim
Parecia  ser o fim para o  meu pobre coração...
Como  eu fui feliz....  como  amei e fui amada
Ainda  assim eu te perdi
Pra você tão depressa tudo acabou
Mas para mim jamais amarei outro alguém como te amei
E este foi o meu  triste viver
Nunca mais pude sentir outro  amor igual
E assim será até o fim viverei  apenas  de sua lembrança.

 


 


UM POEMA
A uma Amiga-Musa Especial

José Wagner de Paiva Queiroz Lima

Um dia, delicadamente,
Me pediste um Poema,
E Eu, encantado por ti,
- Não sabias certamente!
Te dei meu Coração.

 



Teias de Sedução
Marisa Queiroz


Amor, amado meu
Envolvo-te em meus braços
Com um lânguido abraço
Escorrego por entre teu peito
Ansiando por um longo beijo

Vem, carrega-me no colo
Sussurra em meus ouvidos
Palavras de desejo
Diz que me ama
E eu serei toda tua
Nua.
 

 


 


SOLIDÃO
Yeda Araujo Pereira

 

Um pouco de tristeza,
um pouco de saudade...
saudade do amor!
 
Um pouco de sofrer
entre as lembranças...
 
Um pouco de morrer
junto a cada perda...
 
Um pouco de viver
junto às esperanças...
inexplicáveis, até!
 
Um pouco de sorrir,
acalentando a alma...
 
Um pouco de tudo
em meio do nada!
 
Solidão... Solidão...
 
Vive comigo...
Dorme ao meu lado...
Acorda meus sonhos
sem muito cuidado!
 
Se vai, sempre volta...
 
Não sei o que faço
com tanta saudade!
 
Pelotas/RS/BR

 

 

 

QUANDO ME FALA O CORAÇÃO

Joana Rodrigues


Quando me fala o coração,
Fecho os ouvidos para outras vozes,
E meus pensamentos penetram minha alma;
Sei que é no meu íntimo que tu moras,
E quero que aí permaneças quieto,
Intocável e absoluto.
Ainda que não sejas perfeito,
É assim que te vejo,
Não pelos olhos, mas pela imaginação;
É assim que te sinto,
Sempre e mais, a cada dia meu amor;
Tão sereno, ainda que inquieto,
Tão brando, mesmo que rude,
Mais que nunca minha vida.
Só meus,
O teu amor, os teus dias,
Os teus dizeres e os teus gostares;
Sinto-me louca
Só em cogitar perder-te,
Confronto-o com a sorte,
Com o inusitado e o impecável,
Mas sei que só tu me satisfazes,
E me completas como necessito.
Somente por ti ainda existo,
Guardo-me e me supero;
Retiro das dores o alento,
E por ti, amo;
E só por ti confesso,
Fecho os ouvidos para outras vozes,
Quando me fala o coração.


 

 

 

Foto topo da página:
Grutas de Alvados - Portugal

Fundo Musical: CANTEIROS
Composição: Cecília Meirelles e Raimundo Fagner
( Baseado no Poema "Marcha" de Cecília Meirelles )

Formatação e Arte Final: Iara Melo

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