O TEU POEMA
Tito Olívio
Fizeste-me um poema… e não o li.
O meu sofrido peito está confuso,
Porque tens dons, mas deste-lhes mau
uso,
Ao cometer uns roubos por aí.
Tens no cabelo a luz do sol. Eu vi.
Nos olhos, tens o mar verde difuso;
Nos lábios, da romã está recluso
O vermelho e essa aura que há em ti.
Tiraste duas pernas à gazela,
Para as faces, o róseo à pimpinela
E para a pele, o branco do jasmim.
Por que roubaste tudo em teu redor,
Para seres tão linda e ter amor,
Se nem eu nem ninguém te quer assim?

"O Amor é a Força que confere vida a
todos os seres!"
Tschu-Li
O Cio da
Vida!
Nídia Vargas Potsch
Presença constante, Natureza em
festa!
Tanto faz nas Cidades, nos Campos,
nas Florestas
É Fogo que brota do chão ... e
cresta!
Animal escondido, vigia a presa, à
espreita.
Rugidos, trinados, relinchos de
todos os tipos ... são chamados!
Demonstrações de atrativos que
resultam boa colheita ...
Loucas danças rituais de
acasalamento, expostas
São feras, aves, peixes, insetos,
exaltados à espera.
Cada qual, à sua maneira, varia suas
propostas ...
E o Homem, o bicho-homem, usa seus
métodos seculares.
São um tanto ou quanto irregulares
em seus jantares,
Ainda não entenderam bem a prática
das preliminares ...
Há Aromas de Sensualidade chegando
para ficar!
É a Primavera adocicando e
impregnando o ar:
Cio da Terra, Cio da Vida, a nos
transformar!
@Mensageir@
Rio, 22/08/2009

ENCONTREI
UM VIOLINO
Amália LOPES
Na mesa dum cigano coberto de
pétalas
com o perfume duma serenata.
Um violino sonhador tal qual o teu
olhar
e
na nobreza do vinho que perfumava
duas taças
a tua, a minha, bebi dessa taça
brindei ao amor, à paixão,
brindei aos teus olhos.
Sonhei entre cetim e veludos,
deslizei
dentro da tua pele, numa barreira do
impossível,
em instintos aflorados.
Era esse o meu alimento, num minuto
transformei-me em sol
aqueci-te entre beijos e carinhos.
Espera meu amor!
quero-te sublime,
quero-te nesta sinfonia do meu
violino
quero-te no meu jardim de folhas
secas
quero-te sim, amor, na minha janela
olhando mais
um luar, mais uma estrela.
Quero-te voando entre gaivotas e
papoilas
entre camélias e lilases.
Lá longe, eu escuto o teu canto, mas
sei
que não vens.
Eu sei que não aqueces o colorido
dos meus
olhos, e, sei que alguém te levou na
brisa
seca de mais uma primavera,
soltam-se lamentos
mas a porta está fechada.
Ontem com pedrinhas delicadas tu
escreveste a palavra
felicidade, mas hoje
ela perde-se nos labirintos da minha
memória
que te procura na imensidão das
sombras.
Procuro-te sim, amor
nos desencantos e na lucidez do meu
amar,
na revolta do meu tempo
na tua ausência desta noite tão
eterna.
Na noite dum passado, ofereci-te o
meu corpo
sem pudor, agora, não te procuro
mais,
vem tu e abraça-me hoje.
Procuro-te sim, AMOR...
Maio 19/2009

SAUDADE A
FLOR SAUDADE
Marisa Cajado
Saudade é ausência presente
Que a alma sempre sente
Sem poder se explicar
É a palavra silenciosa
Qual o perfume da rosa
Transparência a perfumar.
Essência que nos conforta
Vem bater à nossa porta
Impelindo a recordar
Lembrança que oferece
O bálsamo de uma prece
Silenciosa a renovar
Saudade é o amor que permanece
E que às vezes entristece
Pela separação
Saudade, a flor saudade
Cresce muito à vontade
No jardim do coração
GJA 02/07/2009

alma
deserta
Ligi@Tomarchio®
desertei de mim
desterrada e marcada
punhal cravado
COVARDE
mágoa a sangrar
quisera poder amar
agressor invisível
COVARDE
breu sobre luz
turva visão
cegou minha esperança
COVARDE
escalpo na areia quente
demente ser opressor
grito horripilante
COVARDE
só com meu deserto
escaravelhos, cobras, escorpiões
touro sedento surge
foragido da floresta sombria
mago do mal
COVARDE
socorro!...

NA PONTA
DO LÁPIS
Tchello d'Barros
Papel virginal
De cálido rosto
E nívea brancura
Recebe a visita
De um tímido lápis
A mina desliza
Percorre a folha
Nos traços que nascem
E fixa o grafite
Num gesto infinito
Nas linhas que surgem
Dos riscos e letras
No branco papel
Emergem desenhos
E versos diversos
Os traços do lápis
Percorrem a folha
Não mudam a vida
Não curam o mundo
Nem salvam o homem
Mas este grafite
Com poucos rabiscos
Desenha um corpo
Revela um rosto
E escreve teu nome

A Dor de Um Retornado...
Silvino Potêncio
...Uma
lágrima de dor
Um suspiro de pouco amor,
- Uma nuvem ao sol-pôr,
- num oceano vermelho-rubro, de
estertor!...
Um sentimento de puro abandono,
Qual andorinha no sono,
Desta primavera já sem dono,
- Sem inverno, sem verão e sem
outono.
...Uma lágrima de dor e de saudade,
Um soluço não contido por maldade,
- Desta vã caminhada em tenra idade,
- Na esperança de um última
vontade...
Se me escapa já por muito desalinho,
Da postura inconformada sem carinho,
- Da minha alma que se vai
devagarinho.
- Contra o vento da quebrada do
caminho!
Uma lágrima no rosto que padece,
Qual folha solta desta cepa que
envelhece...
- Feito tronco de castanho que
anoitece,
- Na ramada tão sem flor, que o frio
nela desce.
...Um lágrima de dor!...
Desta primavera já sem cor,
Um soluço não contido ao sol-pôr,
- Uma lembrança tão distante desse
amor!...
- Da minha alma, ela se afasta num
vapor.
Essa dor...essa lágrima, essa
flor...
Por lá ficou adormecida,
Não desceu pelo meu rosto já
nublado,
Desta dor de ter saudade à
despedida...
Que já pressinto estar aqui, ... bem
a meu lado.
Uma dor...
Uma nuvem...
Uma lágrima,
- no oceano deste amor tão
mal-tratado!
Mais um sonho que se apaga
amortalhado.
Autor: Silvino Potencio (in Poesias
Soltas)
Lisboa: Out/1979

Noite perfumada
Benedita Azevedo
Atraída
pelo aroma que chega de fora,
saio ao pátio e buscando de onde
vem,
penetro a atmosfera perfumada
e aconchegante do jardim em flor..
Apuro o olfato tentando identificar
a planta fornecedora de tal
essência;
e sob a cumplicidade da lua fria,
vislumbro os flocos nevados e miúdos
da pitangueira florida já com
frutos.
Ando mais um pouquinho e embevecida
percebo sentado ao banco do jardim,
um homem maduro e vejo que é você...
Contemplando a noite perfumada.
Acaricio seus cabelos brancos
E envolvida pelo mesmo perfume
Que nos atraiu ao canto do jardim...
Aconchego-me em seus abraços.

...e é assim em cada poema
Lígia Leivas
(Pelotas, RS, BR)
Em cada
poema que traço
há muito do que eu sou
Há o que vivo
Há o que amo
Há os que amo
Há os que quero bem!
Em cada poema que faço
há os meus sonhos
(jamais fantasias...
quem sabe ironias e minhas
alegrias...)
Em cada poema que teço
há um pouco do muito que sinto
Há as dores (eu não minto!!!)
as decepções que sofro
as promessas descumpridas
e as esperanças destemidas...
Em cada poema que entristeço
há as desilusões sofridas
as agonias revividas
nas entrelinhas perdidas...
Em cada poema me venço!!!
Neles há o amor ainda vivo
Há os amores que tive
Há muito de ti (bem sabes!)
Há um outro tanto de nós
e... em cada poema amanheço!

Glosando Delcy Canalles
Gislaine Canales
TROVAS
MOTE:
Desfaz-se em trovas de amor,
e em versos cheios de encantos
o poeta-trovador
que canta seus próprios prantos!
Desfaz-se em trovas de amor,
de carinho e de ternura,
o poeta-sonhador,
à procura da ventura!
Revive belas lembranças
e em versos cheios de encantos
vai espalhando esperanças
no universo, aos quatro cantos!
Irradiando luz e cor,
enfeitando-se de estrelas,
o poeta-trovador
chega ao céu e pode vê-las!
Segue cantando feliz
em suaves acalantos
e o mundo inteiro lhe diz:
que canta seus próprios prantos!

FONTES DE INSPIRAÇÃO
ELIANE ARRUDA
Inspiram-me da Criação as mais
belas coisas:
O sol, a lua e a noite calma e
estrelada...
Se o que é divino resplandece...Ah,
eu me afoito,
E o verso eclode transparente,
azulado!...
Na alma, fluem também os bons
sentimentos:
O amor, a saga de viver compondo
versos,
Se a fantasia n´alma cresce e
arrebenta,
Que se alimente co´a divina cor e
verve.
O que Deus fez enche-me o sonho de
esplendor,
Bem que me impele à compulsão de
inspirar-me
Com o que legou ao homem e feito com
amor.
Existem as fontes, as cascatas e os
mares,
Tudo o que a Mão divina pôde
esculturar
E esta vontade: com o verso,
emoldurá-los.

AS MÃOS DA MULHER
Ivone Boechat
Vestem
necessitados,
ensinando a bondade.
Dão o exemplo,
ensinando o amor.
Embalam o berço,
ensinando a ternura.
Indicam o caminho,
ensinando a decidir.
Preparam alimentos,
ensinando a repartir.
Erguem as mãos,
ensinando a orar.
Abrigam o aflito,
Ensinando a esperança.
Enxugam a lágrima,
ensinando a compartilhar.
Constroem a família,
ensinando a confiar.
Plantam flores,
ensinando a trabalhar.

Sonho
Ana Maria Nascimento
Sentindo
forte emoção,
eu sonhei que te encontrava;
esquecendo a solidão,
confiante te abraçava.
De branco estavas vestido;
teu olhar podia ver;
tua mão deu-me sentido,
e na paz eu pude crer.
Imergida nesse sonho,
sorri como antigamente;
negando o tempo tristonho,
dei vazão à minha mente.
Pareceu-me que a tristeza
seu fim havia encontrado,
mas, soprando, a natureza
fez meu sonho desmanchado.
Sonhando sempre contigo,
alegre posso viver,
pois me dói este castigo
de não mais poder te ver.

O AMOR
Flor de Esperança (Maria Beatriz
Silva)
É preciso amar:
Deixar brotar a semente do amor no
coração
Permitir que o vento leve-a para
cada irmão
Pois assim a semente multiplicará
O coração será um infinito amor
E só de amor viverá
Viva com amor e para o amor
Olhe com os olhos do amor
Amor universal
Manifestação absoluta de Deus
Que ele nos presenteou
Para ser multiplicado
Incessantemente pelo nosso
semelhante
Entre na “corrente da vida”
Ame com amor e por amor
Ame a todos, ame a vida, ame a
natureza
Com toda sua beleza e cor
Seja capaz de demonstrar
O amor universal explicito
A todos que te cercam
A qualquer hora, lugar e
circunstância
Pois assim sentirá a presença de
Deus
Em cada demonstração de amor
De alegria, de felicidade, de
vitória…
Reflita: Em cada amanhecer
Cultiva a caridade, a fraternidade,
o perdão
Ama o próximo sem pensar em
recompensa e distinção
Aceita as pessoas como elas são
Pois assim estará pronto para sentir
A força do amor no coração
É hora de acordar para a realidade
de amar
Seja um ser humano completo
Encontre a luz interior
E viva uma vida de real amor
É hora de ser feliz
Segurar a mão do irmão
Voar pelo infinito
Encontrar o encanto de viver
Amar o nascer do sol
Adormecer sobre a luz do luar
Sonhar que a vida é um mar a
estrelar
E comece a brilhar no infinito gesto
de amar
Laje do Muriaé – RJ
15 de março de 2009

Inexplicável
Luciano Spagnol
Como
ousar expressar
A magia de teu olhar
No meu sentimento
No raio deste breve momento
Como ousar palavras
Passo a passo
Em ritmo e compasso
Na medida de um abraço
Como ousar poetar
Rimas do não vivido
Se tudo já tinha partido
A cada adeus acometido
Como ousar ser “o cara”
Tornar-se jóia rara
Uma imagem mais nítida
Em mim sua alma detida
Como ousar uma meta
Indicar a trilha correta
Manter o coração alerta
Se difícil é a serenata certa
Como ousar explicar
O sonho sempre a desejar
A dor insistindo em interpor
Se inexplicável é o amor...
(... mas o buscarei aonde eu for!)
Luciano Spagnol
Rio, 22/08/2009.
06’30”

Alucinação
Francinete Azevedo
Peregrina do amor
vejo-te em meus sonhos.
Então, proclamo entre risos e
lágrimas
uma paixão por ti, imorredoura.
Mas, meu castelo de ilusão
alicerçado sob as horas
começa a implodir.
Desperto, finalmente, para a vida.
E no delirante vazio do quarto
prosto-me na adoração
da saudade.

NÃO SOU POETA
Antonio Cícero da Silva
Não sou
poeta
Sou sonhador
É por isso
Que me dar valor.
Poeta eu não sou
Sou um sofredor
O que sinto por você
É o puro amor.
Mas gosto de poetar
E tranquilo viver
Para ti alegrar
Ao me receber.
Não sou poeta
Sou amante do verso
Amante da rima
E do amor das meninas...

GLORIOSA PRIMAVERA
Irani Gennaro
Gloriosa, ela surge e resplandece
Qual dama, plena de alegria!
Ante tanta beleza nosso coração se
aquece,
Em nossa face surge um esboço de
alegria!
Assim vem ela, então. . .
Com um sorriso dentro d’alma
Transbordando de flores
Sobre o jardim do coração;
Sua pureza se reflete
Qual luz sobre o cristal!
Ao poeta, pois, compete
Descrever seu visual;
Seus rebentos se espalham por tudo,
E nos dão pétalas suaves qual
veludo,
Num manancial de glaucas maravilhas!
Para cultuá-la, eu caminho pelos
jardins
Deleitando-me com sua envolvente
calma,
Maravilhada por sua esplêndida
grandeza!
Assim eu empresto à primavera
Meu carinho de emoções, fazendo dela
Minha religião de amor e de beleza;
Parece que ela percebe e me fita
Sentindo o que em mim habita, e,
Qual aquela ave indefesa, que não
pode mais voar
Eu também me sinto presa na rede do
seu olhar.

O beijo
da borboleta
Maria Lucia (Violetta)
Em pleno vôo
No tremular de belas sedas
Flutua maravilhosa borboleta
Em flor em flor
Vai delicada
A cada pétala
Num cândido beijo
Adorna delicado jardim
Agraciando o dia

SOL E LUA
Hermoclydes Siqueira Franco
Hoje, eu queria te dar
um sol dourado, de presente...
Queria buscar a lua
na noite mais estrelada
e prende-la em teus cabelos...
O Sol, para aquecer teus sonhos,
iluminar teu caminho,
encher-te de energia...
A Lua - feita poesia -
para dar força ao teu gênio,
encanto aos teus pensamento,
pureza às tuas ações...
Sol e Lua, símbolos da vida,
grandezas da Criação!...

OS DONS DE CADA UM
Eduardo de Almeida Farias
Creio num Deus de amor
Senhor de toda a gente
E de tudo que deveras sente,
A quem obedece as potestades
O tempo
E o vento.
Creio que no Grande Livro, predito,
Está o nome de cada coisa, escrito;
Que ao homem não sei por que razão,
Concedeu plena liberdade
E o fez senhor do seu destino...
Que ao poeta chamou,
De filho amado
Ainda que por muitos, amaldiçoado;
E que de voz tonitruante
Sentenciou :
Fortuna não terás
Que tal não vale tanto,
Mas dar-te-ei, contudo,
Algo que não se obtém
Por “canudo”,
Dar-te-ei a arte
De burilar pensamentos
Desvendar sentimentos
Nos recônditos da alma;
E também a maldição
De sentir a dor, na dor,
Não só a dor que vem do coração,
Mas também as dores que invadem a
alma.
E como se tudo isso não fosse tanto,
Haverás de transformar o pranto
Em algo belo, esteta:
Serás poeta.

MEU DOCE
AMOR
Selene Antunes
Amor! meu doce amor
Vivo recordando suas carícias
Relembro seus beijos com amor
Sempre sonho com as noites de luar
Quando juntos de mãos dadas
Naquela estrada caminhando só nós
dois
Podia sentir seu abraço a me apertar
E as juras de amor que me faziam
sonhar
E a cada beijo eu me sufocava num
êxtase sem igual
Nosso amor a cada dia aumentava
E já não faltava mais nada para a
nossa felicidade
Alem de estar naquele enlevo a todo
momento
Porque a saudade era intensa
Alguns momentos era m suficientes
Para a ansiedade e um desespero sem
fim
Parecia ser o fim para o meu pobre
coração...
Como eu fui feliz.... como amei e
fui amada
Ainda assim eu te perdi
Pra você tão depressa tudo acabou
Mas para mim jamais amarei outro
alguém como te amei
E este foi o meu triste viver
Nunca mais pude sentir outro amor
igual
E assim será até o fim viverei
apenas de sua lembrança.

UM POEMA
A uma Amiga-Musa Especial
José Wagner de Paiva Queiroz Lima
Um dia, delicadamente,
Me pediste um Poema,
E Eu, encantado por ti,
- Não sabias certamente!
Te dei meu Coração.

Teias de Sedução
Marisa Queiroz
Amor, amado meu
Envolvo-te em meus braços
Com um lânguido abraço
Escorrego por entre teu peito
Ansiando por um longo beijo
Vem, carrega-me no colo
Sussurra em meus ouvidos
Palavras de desejo
Diz que me ama
E eu serei toda tua
Nua.

SOLIDÃO
Yeda Araujo Pereira
Um pouco
de tristeza,
um pouco de saudade...
saudade do amor!
Um pouco de sofrer
entre as lembranças...
Um pouco de morrer
junto a cada perda...
Um pouco de viver
junto às esperanças...
inexplicáveis, até!
Um pouco de sorrir,
acalentando a alma...
Um pouco de tudo
em meio do nada!
Solidão... Solidão...
Vive comigo...
Dorme ao meu lado...
Acorda meus sonhos
sem muito cuidado!
Se vai, sempre volta...
Não sei o que faço
com tanta saudade!
Pelotas/RS/BR