A Terra antes de aparecer o Homem
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite
Ribeiro
Durante a maior
parte da sua história, a Terra
apresentava paisagens inóspitas. Na
fase de arrefecimento da crusta
terrestre, a actividade vulcânica
era muito intensa, numa escala
inimaginável actualmente, formando
cordilheiras de lava e cinza.
Durante milénios essas montanhas,
expostas à acção erosiva constante
do vento e da chuva, desfizeram-se
em argila e lama e foram levadas,
partícula a partícula, em torrentes
até à orla costeira e depositadas no
fundo do mar. Aí os sedimentos
acumularam-se lentamente, formando
camadas compactas de arenito e xisto
argiloso. Os continentes não se
encontravam estacionários,
deslocando-se vagarosamente sobre o
manto da Terra, movidos pelas
correntes de convenção subterrâneas.
Quando duas placas colidiam, os
depósitos sedimentares que as
circundavam eram comprimidos e
elevados, dando origem a novas
cadeias de montanhas. Durante cerca
de 3 biliões de anos, enquanto os
ciclos geológicos se repetiam e os
vulcões entravam em erupção e se
extinguiam, a vida nos mares
manifestou-se de diversas formas –
mas a terra continuava estéril.
Carlos Leite Ribeiro – Marinha
Grande – Portugal
A Verdade...
Artur da Távola
"Não exija muito de mim. Nem me
creia melhor do que sou.
Conhecer é "desilusionar"
(embora possa ser, também,
perdoar). Por enquanto (e talvez
para sempre), sou apenas um
garimpeiro do Absoluto. Não me
peça para definir. Nem pergunte
por que o escrevo com letra
maiúscula. Quer a verdade? É por
medo. Já sentiu medo e esperança
ao mesmo tempo? A gente tem mais
medo (e mais esperança) daquilo
que não conhece. No fundo, é
porque mais se teme a própria
fantasia do que a realidade.
Esta, a gente enfrenta, a
realidade. Já a fantasia, o
imaginário, enquanto perduram,
assustam muito.
A vida é um grande garimpo feito
brincadeira pelo homem sério.
Garimpamos a terra em busca da
verdade do homem. A da Justiça.
Garimpamos o Absoluto em busca
do ouro da Verdade. Desta, só
nos foi dado ter intuições,
percepções, lampejos. A Verdade
é a Infinitude. Porque a
Infinitude é a Perfeição. Já
nossa mente é finita como a
vida, logo imperfeita.
A vida não é a Verdade. É mero
espaço de tempo inserido entre
Ela. Que está antes e depois. É
flash que espocou no meio da
Verdade e fulgura por breve
tempo. A Verdade está no antes e
no depois da vida. Durante esta,
a Verdade aparece, existe, pode
até salvar os homens: mas como o
ouro do garimpo, sempre em
pedaços.
O jeito é garimpar. Quem lhe
pode garantir que a Verdade não
nasça da trama íntima de nossos
erros e os da própria natureza?
Não exija muito de mim.
Não jogue na minha cara as
verdades do mundo. Estas eu sei.
E o que doem, embora continuem
encantando a minha esperança.
Não cobre do garimpeiro o ouro.
Cobre-lhe a procura. A honesta
procura. Por mais que saiba e
por melhor que seja, o homem é
apenas um garimpeiro e esperança
de poucas respostas. "
Artur da Távola
APELO DA POESIA
Lairton Trovão de Andrade
Meus versos são ecos que soam,
Que tangem quais vozes de um sino;
Vêm d´alma desejos que entoam
Compassos sagrados de um hino.
É a voz que ao deserto sacode,
O orvalho que rega a aridez,
A mão carinhosa que acode,
O braço que dá altivez.
Poema que canta a esperança
E clama com fé pelo amor,
Suplica que reine pujança
Ao fraco, infeliz sofredor.
Meus versos agora são gritos
Que amainam humildes plebeus;
Quer paz, quer bonança aos aflitos,
– Poesia é apelo de Deus.
Liberdade
Benedita Azevedo
Eu quero a liberdade e a leveza do
vento,
A brincar co'a folhagem a rolar na
grama.
Eu quero a submissão da criança que
mama
E a servidão do frade a buscar seu
intento.
Eu quero a autonomia e a coragem de um
cego
A andar pela avenida e ruas da cidade,
Buscando a sinergia entre o homem e a
liberdade
Com a espontaneidade e a visão de seu
ego.
Em busca da existência e condição
humana,
querendo a independência e nada o
desengana;
Nesse comportamento há medos que o
consomem.
E na disposição de sua liberdade
Está a proposição e na eterna vontade
A força propulsora da liberdade do
homem.
Praia do Anil,19 de abril de 2009
Eterno outono
Maria Granzoto da Silva
Folhas ressequidas
Na árvore da vida...
Quando a primeira caiu
Ninguém percebeu.
Nem mesmo viu!
Era tão pequena...
Desprendeu-se
Tão sutil
Num dia ainda quente
De abril.
Triste, só, silente!
Quanto mais frondosa,
Aquela amiga altiva,
outrora bela, dadivosa,
eterna enamorada
à beira da estrada,
mais folhas perdia...
Uma ou outra que nascia
Não repunha
A beleza que supunha
Eterna.
Sombra, quase pouca e a ninguém e a
nada abriga,
embora permaneça
No ciclo sazonal.
Louca, atrevida!
Ressequida!
Nunca mais será a mesma.
Viverá em perene e pleno
Outono.
Árvore do sonho,
Eternamente proibida!
Árvore sem dono,
Sofrida.
AS MONTANHAS DE MINAS
Ana Teresinha Drumond
Machado
“Minas é uma doença
transmissível”.
Jacqueline Salgado
Como dizer que
Minas não tem mar?
Minas tem
um mar de montanhas.
Minas tem marés esmeraldadas
Que transpõem energia
e esperança.
E quando a maré está baixa,
as montanhas de Minas
– im- po-nen-tes –
mantêm-se
esguias
em
altos
e baixos.
As montanhas de Minas
são paredões singulares,
Sinuosos, (e) videntes
que atraem abundâncias,
que aproximam os mineiros,
que alimentam as famílias.
As montanhas de Minas
são tesouros extasiantes
das Minas Gerais.
* Dedico aos mineiros de todas as
Gerais – de Minas e do exterior.
Ficar Velho?
Ivone Boechat
Ficar velho é
deixar enguiçar
o sonho, o propósito, a capacidade
de criar.
Ficar velho é
deixar morrer o pensamento novo
que não para de gritar.
Ficar velho é
correr em sentido contrário
das belezas da vida,
sustentar doendo aquela antiga
ferida.
Ficar velho é
entregar os pontos, desistir, calar.
Ficar velho é,
não querer enxergar oportunidades,
tapar o sol com a peneira,
ao invés de recriar o tempo,
seguir em frente,
lutar.
TERRAS DO NUNCA
Eduardo Almeida Farias
Somente quem, longe do chão,
(Que é seu de direito...)
E que por qualquer razão
Ou sem razão,
Tornou-se um apátrida,
Um filho da partida,
Saberá sentir na carne a ferida,
E na alma a dor da saudade.
E se por ventura
(ou desventura)
Retornar algum dia,
Só ele, somente ele
Saberá sentir-lhe no silêncio
Que se alevanta desse chão,
Os espinhos lancinantes
A rasgarem-lhe o coração.
Lembro bem,
Que naquela, na outra esquina,
Além
Onde o tempo rodopiou,
Havia um canto
E um pranto
Que se perderam
E ninguém notou.
A paisagem, a natureza,
Que era toda beleza
Transmudou-se;
Não foi o tempo ou vento,
Mas alguma outra coisa,
Com certeza;
Terá sido a má sorte?!
Foi tudo isso mais a morte...
Velhos tempos,
Amores primeiros,
Flores belas, despetaladas,
Saudades enfunadas
A tremularem no varal do tempo
Fustigando o pensamento,
Um aceno, muitos ais,
Um nunca, nunca mais.
RENEGO-TE TRISTEZA!
Carmo Vasconcelos
Não há cousa nem ninguém que destrua
Esta alegria nata que em mim mora
Foi-me insuflada numa santa aurora
Ânima que rogo a Deus sempre flua
Vejo a tristeza como um passarinho
Que perdeu o rumo, asa derrubada
Ou seu ninho tombou em derrocada
Com os filhinhos mortos no caminho
Enquanto eu tiver asa para voar
Meu ninho caloroso em pouso certo
Meus filhos junto, de coração perto...
Jamais a tristeza vai-me alcançar
E mesmo na passagem derradeira
Será minh’alegria a companheira!
Lisboa/Portugal
30/Abril/2009
MUDANÇA
ELIANE ARRUDA - CE
A lágrima e a emoção um dia passam
E outras tentarão se levantar.
O certo é se viver buscando a paz
De novas ilusões não ir atrás.
A lágrima, o sorriso pintam um rosto,
Depende do momento que dançar.
U´a hora constatamos o sol posto,
Em outras mil centelhas a alvejar.
O canto emocional nem sempre é estável,
Existem os reveses, os senões,
Ah não, as emoções não são duráveis!
A cada dia, vemos novo céu,
As nuvens com formato de vulcões,
Castelos, carneirinhos ou troféus.
Liberdade, liberdade!
Luiz Eduardo Caminha
Não me ponhas normas,
Preceitos, nem regra.
Depois de tanta refrega,
Não hei de obedecer!
Não me imponhas grades,
Grilhões, nem cadeia.
Depois de tanta peleia,
Não hei de me prender!
Não me coloques canga
Ferros, nem algema.
Depois de tanta pena,
Não hei de fenecer!
Não me cales, enfim,
Nem queiras qu’eu fique mudo.
O que sobra do meu mundo imundo,
É o meu jeito de dizer!
Liberdade, liberdade,
Ainda que seja tarde.
Ainda que duvidoso,
O porvir, o alvorecer!
...
Minha voz é filha do silêncio,
Minha escrita, enteada do vento,
Minha vida é um curso d’água,
Minha vocação, um oceano!
Floripa, Ratones, 03.05.2009
CORAÇÃO
Théo Drummond
Por ti, setenta vezes por minuto
bate meu coração desordenado.
E cada vez que bate, eu só escuto,
gemer de um coração apaixonado.
Do amanhecer à noite ele prossegue
a bater sem parar, sem alegria.
Mas bate, pelo amor que ele persegue,
cem mil vezes, coitado, todo dia.
Embora cada vez mais convencido
que só terá tristezas e revezes,
assim mesmo ele pulsa, ensandecido,
por mês batendo tres milhões de vezes.
Mas breve há de acabar esta tortura.
Meu coração, de tanto desconforto,
vai enfartar, exausto da aventura
de amar em vão, depois parar, já morto.
Naquele baile
Catherine Roos
Foi naquele baile ...
Era noite de verão... o céu estrelado...
a lua imensa...
Você me convidou pra dançar,
Eu nem havia notado você antes...
Seu sorriso transbordava em alegria
intensa,
Parecia ter ganhado um presente!
Perguntei-lhe o porque de tanta alegria,
Você disse-me que acabava de um sonho
realizar!
Quis então saber que sonho era esse,
Você me responde que seu sonho, era
poder me abraçar...
Não resisti ao seu jeito alegre,
carinhoso...
Dançamos quase que a noite inteira!
Seu abraço era gostoso,
Você foi me conquistando, com seu
jeitinho manhoso
Fazíamos um par bonito
Eu loira... pele alva... você cabelos
castanhos... pele clara
Você era gentil, atencioso e dizia me
amar de todas as maneiras,
Dizia que até na eternidade me amaria...
Estávamos em quase todos os bailes da
turma
Depois de algum tempo, me vi apaixonada
por você
Sabia que em você havia encontrado o ser
amado!
Certa noite de um sábado, tínhamos um
bailinho,
Na casa daquele amigo que havia nos
apresentado
Cheguei um pouco cedo, você não havia
chegado
Meu coração não gostava da sua demora,
ficava angustiado...
Era uma noite parecida como aquela em
que te conheci
Quase toda turma estava ali reunida e
todos perguntavam por você,
Já éramos "noivos de aliança"...
Estávamos estudando...
Resolvemos esperar um pouco mais, para
casar...
Enquanto te esperava... à Deus
agradeci...
Agradecia por ter descoberto em você o
amor...
Só que você estava demorando demais
Quando desiludida Por sua demora
Caminhava em direção a rua....
Iria sair a sua procura,
Alguém vem... me faz sentar...
Me diz que você não poderá chegar...
E como ironia... começa a tocar a nossa
música...
Eu ainda tento sorrir e digo que você
vai chegar,
Sinto um forte aperto no coração... e
começo a soluçar...
Só ouço alguém dizer
que você não poderá nunca mais
chegar....
A música parou... a sala silenciou...
Olhei para o nosso amigo... ele estava a
chorar,
Nosso amigo disse-me: - Lamento
informar...
Mas ele está morto... o coração dele te
amava demais, não pode aguentar!
Subitamente seu coração parou... dizem
que sua última frase foi...
- Cherrie..., te amo...
Aquele baile parou...
Outros aconteceram...
Mas sua Cherrie... nunca mais
dançou....
Fluidos Primaveris
Ana Maria Nascimento
Na primavera de sonho
levitava um grande amor
quando meu pensar tristonho
descobriu u'a nova cor.
Nesta notável aurora,
o desabrochar da vida
mostrava que já era hora
de tentar contrapartida.
Embora muito alquebrado,
meu espírito ia em frente,
desfazendo o emaranhado
que o mantinha indolente.
Assumindo a nova forma,
tornou-se irreconhecível
e alcançou a plataforma
que julgava inacessível.
Esquecidos da tristeza,
caminhamos de mãos dadas
apreciando a beleza
das flores abençoadas.
Agora...
Humberto Rodrigues
Neto
Agora que o meu sonho está desfeito,
e enfim sepultos os meus ideais;
agora que, ao invés de madrigais,
choram dobres de réquiens no meu peito;
agora que me foge até o direito
de imaginar-te em sonhos irreais;
agora que ilusões não me vêm mais
ao coração magoado e insatisfeito;
que eu siga só, o meu árido caminho,
onde da sorte a aguda e acerba foice
ceifou-me as dádivas do teu carinho;
que por ti meu coração não mais baloice...
ah... deixa-me esquecer-te, aqui
sozinho,
soprando o pó de um grande amor que
foi-se!
Glosando José
Valdez de Castro Moura
Gislaine Canales
ESPAÇO DA SAUDADE
MOTE:
Partiu, deixando o seu traço
no meu caminho dos sós...
- A saudade é esse espaço
que existe sempre entre nós.
Partiu, deixando o seu traço
que ficou bem junto a mim,
na esperança de um abraço,
que vem sempre, antes do fim!
Sigo triste caminhando
no meu caminho dos sós...
Vou como um rio sonhando
em encontrar sua foz!...
Mas é grande o meu cansaço,
vendo o mundo sem beleza!
- A saudade é esse espaço
cheio de dor e tristeza!
Extravaso em poesia
essa saudade feroz,
essa falta de alegria
que existe sempre entre nós.
Tchello d'Barros
a danada
da amada
uma dona
que me dana
uma dama
que me doma
nada muda
essa madame
me dá medo
se me ama
"Arraiá" de São João
Simone Borba Pinheiro
Os fogos anunciavam
a subida dos balões,
que o céu iluminavam
a noite de São João.
Barraquinhas de pipoca,
cachorro quente e quentão,
a moça vendendo "bitoca"
e os moços dizendo:- Que "bão"!...
Com balões e lindas bandeiras,
o "arraiá", estava enfeitado,
para as muitas brincadeiras,
sem poder ficar sentado.
No auge da festa animada,
no quintal entra a quadrilha:
À frente a noiva mimada,
com a barriga na virilha.
O noivo, o bem amado,
tremia sem parar
de medo do sogro armado,
que só fazia gritar.
O padre só gaguejava
em frente a tal situação,
e a mãe da noiva rezava
pra acabar a confusão.
Casamento realizado,
o sogro se acalmou,
o amor estava selado
e a festa continuou.
ADEUS TRSTEZA
Regina Bertoccelli
Vou abandonar a tristeza,
deixá-la em um canto qualquer.
Esta é minha única certeza,
não quero mais enfraquecer.
Em um novo alvorecer,
minh'alma sentirá toda a leveza.
Vou abandonar a tristeza,
deixá-la em um canto qualquer.
Quero da vida toda sua grandeza,
ter paz e poder adormecer.
Viver triste acaba com a beleza,
afasta o amor e não dá prazer.
Vou abandonar a tristeza...
PRESENÇAS
Cida Micossi
Eles voltaram assustadores.
Tanto quanto antes?
Talvez mais...
Na noite escura
vultos se movem,
fantasmas na casa vazia
sem iluminação;
poeira que me angustia,
móveis deixados ao abandono
e eu lá no meio,
protagonista desse pesadelo
que me persegue o sono.
Noite de horrores...
Estagnação.
Se os olhos refletem a alma,
os sonhos espelham a realidade.
Não vejo saída, tudo é escuridão.
Voltaram os fantasmas
que eu julgara, há anos
terem me deixado em paz.
Voltaram impiedosos,
com sua presença sagaz.
SOMENTE A VOZ DE DEUS
Raymundo de Salles Brasil
Na calada da noite eu caminhava,
E nada ouvia, simplesmente nada,
Um silêncio de túmulos reinava,
Reinava a paz em cada sombra, em cada
Pincelada de luz que a lua dava
Eu via a mão de Deus, iluminada,
Segurando o pincel – e eu me encantava!
Eu me senti com Deus naquela estrada.
Estava a lua iluminando tudo
Do espaço sideral, linda e prateada,
Realçando o silêncio sobretudo.
Era uma noite de verão nos céus!
Vez em quando soprava uma lufada,
Trazendo ao meu ouvido a voz de Deus.
18/04/2009
APENAS NA POESIA
Sueli do Espírito Santo
Com o tempo nosso amor foi diluído
apenas lembranças, no pensamento
de instantes e de velhos sentimentos
agora, em algum lugar, tudo perdido
porém revividos no mundo da fantasia
Momentos que foram só passageiros
bons ou ruins, hoje não mais definidos
pois tornaram-se simples mensageiros
da doce saudade dos tempos já idos
agora, com espaço apenas na poesia
GRATIDÃO
SoninhaBB
Gratidão tem que ser
transparente e pura
não pode ser atacada
virar coisa crua
Gratidão sofre danos
quando é envenenada
vira algo agonizante
deixa a alma manchada
Gratidão é princípio
coisa rara para ter
talvez seja por isso
não saberem receber
Gratidão é estaca forte
aguenta as tempestades
precisa de terreno certo
semeado sem falsidades
O meu muito obrigada a todos, até a
próxima edição.
P
articipem enviando os vossos trabalhos
para
iarameloportalcen@sapo.pt
Foto
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Grutas de Alvados - Portugal
Fundo
Musical: CANTEIROS
Composição: Cecília Meirelles e Raimundo Fagner
( Baseado no Poema "Marcha" de Cecília Meirelles )
Formatação e Arte Final: Iara
Melo