Ano V –  Maio de 2009
 
Edição e Arte Final:
 
 
 

 
 
 

 

A Terra antes de aparecer o Homem

Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro
 

Durante a maior parte da sua história, a Terra apresentava paisagens inóspitas. Na fase de arrefecimento da crusta terrestre, a actividade vulcânica era muito intensa, numa escala inimaginável actualmente, formando cordilheiras de lava e cinza. Durante milénios essas montanhas, expostas à acção erosiva constante do vento e da chuva, desfizeram-se em argila e lama e foram levadas, partícula a partícula, em torrentes até à orla costeira e depositadas no fundo do mar. Aí os sedimentos acumularam-se lentamente, formando camadas compactas de arenito e xisto argiloso. Os continentes não se encontravam estacionários, deslocando-se vagarosamente sobre o manto da Terra, movidos pelas correntes de convenção subterrâneas. Quando duas placas colidiam, os depósitos sedimentares que as circundavam eram comprimidos e elevados, dando origem a novas cadeias de montanhas. Durante cerca de 3 biliões de anos, enquanto os ciclos geológicos se repetiam e os vulcões entravam em erupção e se extinguiam, a vida nos mares manifestou-se de diversas formas – mas a terra continuava estéril.


Carlos Leite Ribeiro – Marinha Grande – Portugal

 

 

A Verdade...
Artur da Távola


"Não exija muito de mim. Nem me creia melhor do que sou. Conhecer é "desilusionar" (embora possa ser, também, perdoar). Por enquanto (e talvez para sempre), sou apenas um garimpeiro do Absoluto. Não me peça para definir. Nem pergunte por que o escrevo com letra maiúscula. Quer a verdade? É por medo. Já sentiu medo e esperança ao mesmo tempo? A gente tem mais medo (e mais esperança) daquilo que não conhece. No fundo, é porque mais se teme a própria fantasia do que a realidade. Esta, a gente enfrenta, a realidade. Já a fantasia, o imaginário, enquanto perduram, assustam muito.

A vida é um grande garimpo feito brincadeira pelo homem sério. Garimpamos a terra em busca da verdade do homem. A da Justiça. Garimpamos o Absoluto em busca do ouro da Verdade. Desta, só nos foi dado ter intuições, percepções, lampejos. A Verdade é a Infinitude. Porque a Infinitude é a Perfeição. Já nossa mente é finita como a vida, logo imperfeita.

A vida não é a Verdade. É mero espaço de tempo inserido entre Ela. Que está antes e depois. É flash que espocou no meio da Verdade e fulgura por breve tempo. A Verdade está no antes e no depois da vida. Durante esta, a Verdade aparece, existe, pode até salvar os homens: mas como o ouro do garimpo, sempre em pedaços.

O jeito é garimpar. Quem lhe pode garantir que a Verdade não nasça da trama íntima de nossos erros e os da própria natureza?

Não exija muito de mim.

Não jogue na minha cara as verdades do mundo. Estas eu sei. E o que doem, embora continuem encantando a minha esperança.

Não cobre do garimpeiro o ouro. Cobre-lhe a procura. A honesta procura. Por mais que saiba e por melhor que seja, o homem é apenas um garimpeiro e esperança de poucas respostas. "


Artur da Távola

 

 

APELO DA POESIA
Lairton Trovão de Andrade

Meus versos são ecos que soam,
Que tangem quais vozes de um sino;
Vêm d´alma desejos que entoam
Compassos sagrados de um hino.

É a voz que ao deserto sacode,
O orvalho que rega a aridez,
A mão carinhosa que acode,
O braço que dá altivez.

Poema que canta a esperança
E clama com fé pelo amor,
Suplica que reine pujança
Ao fraco, infeliz sofredor.

Meus versos agora são gritos
Que amainam humildes plebeus;
Quer paz, quer bonança aos aflitos,
– Poesia é apelo de Deus.
 

 

 

Liberdade
Benedita Azevedo

Eu quero a liberdade e a leveza do vento,
A brincar co'a folhagem a rolar  na grama.
Eu quero a submissão  da criança que mama
E a  servidão do frade  a buscar seu intento.

Eu quero a autonomia  e a coragem de um cego
A andar pela avenida e ruas da cidade,
Buscando a sinergia entre o homem  e a liberdade
Com a espontaneidade e a visão de seu ego.

Em busca da existência  e condição humana,
querendo a independência  e nada o desengana;
Nesse comportamento há medos que o consomem.

E na disposição de sua liberdade
Está a proposição e na eterna vontade
A força propulsora da liberdade do homem.

Praia do Anil,19 de abril de 2009

 

 

Eterno outono
Maria Granzoto da Silva

Folhas ressequidas
Na árvore da vida...
Quando a primeira caiu
Ninguém percebeu.
Nem mesmo viu!
Era tão pequena...
Desprendeu-se
Tão sutil
Num dia ainda quente
De abril.
Triste, só, silente!
Quanto mais frondosa,
Aquela amiga altiva,
outrora bela, dadivosa,
eterna enamorada
à beira da estrada,
mais folhas perdia...
Uma ou outra que nascia
Não repunha
A beleza que supunha
Eterna.
Sombra, quase pouca e a ninguém e a nada abriga,
embora  permaneça
No ciclo sazonal.
Louca, atrevida!
Ressequida!
Nunca mais será a mesma.
Viverá em perene e pleno
Outono.
Árvore do sonho,
Eternamente proibida!
Árvore sem dono,
Sofrida.
 



 

AS MONTANHAS DE MINAS
Ana Teresinha Drumond Machado

“Minas é uma doença transmissível”.
Jacqueline Salgado
 
Como dizer que
Minas não tem mar?
Minas tem
um mar de montanhas.
Minas tem marés esmeraldadas
Que transpõem energia
e  esperança.
E quando a maré está baixa,
as montanhas  de Minas
– im- po-nen-tes –
mantêm-se
esguias
em
altos
e baixos.
 
As montanhas de Minas
são paredões singulares,
Sinuosos, (e) videntes
que atraem abundâncias,
que aproximam os mineiros,
que alimentam as famílias.
As montanhas de Minas
são tesouros extasiantes
das Minas Gerais.
 
* Dedico aos mineiros de todas as Gerais – de Minas e do exterior.

 

 

Ficar Velho?
Ivone Boechat


Ficar velho é
deixar enguiçar
o sonho, o propósito, a capacidade de criar.
Ficar velho é
deixar morrer o pensamento novo
que não para de gritar.
Ficar velho é
correr em sentido contrário
das belezas da vida,
sustentar doendo aquela antiga ferida.
Ficar velho é
entregar os pontos, desistir, calar.
Ficar velho é,
não querer enxergar oportunidades,
tapar o sol com a peneira,
ao invés de recriar o tempo,
seguir em frente,
lutar.

 

 

TERRAS DO NUNCA
Eduardo Almeida Farias


Somente quem, longe do chão,
(Que é seu de direito...)
E que por qualquer razão
Ou sem razão,
Tornou-se um apátrida,
Um filho da partida,
Saberá sentir na carne a ferida,
E na alma a dor da saudade.

E se por ventura
(ou desventura)
Retornar algum dia,
Só ele, somente ele
Saberá sentir-lhe no silêncio
Que se alevanta desse chão,
Os espinhos lancinantes
A rasgarem-lhe o coração.

Lembro bem,
Que naquela, na outra esquina,
Além
Onde o tempo rodopiou,
Havia um canto
E um pranto
Que se perderam
E ninguém notou.

A paisagem, a natureza,
Que era toda beleza
Transmudou-se;
Não foi o tempo ou vento,
Mas alguma outra coisa,
Com certeza;
Terá sido a má sorte?!
Foi tudo isso mais a morte...

Velhos tempos,
Amores primeiros,
Flores belas, despetaladas,
Saudades enfunadas
A tremularem no varal do tempo
Fustigando o pensamento,
Um aceno, muitos ais,
Um nunca, nunca mais.

 

 

RENEGO-TE TRISTEZA!
Carmo Vasconcelos
 

Não há cousa nem ninguém que destrua
Esta alegria nata que em mim mora
Foi-me insuflada numa santa aurora
Ânima que rogo a Deus sempre flua
 
Vejo a tristeza como um passarinho
Que perdeu o rumo, asa derrubada
Ou seu ninho tombou em derrocada
Com os filhinhos mortos no caminho
 
Enquanto eu tiver asa para voar
Meu ninho caloroso em pouso certo
Meus filhos junto, de coração perto...
 
Jamais a tristeza vai-me alcançar
E mesmo na passagem derradeira
Será minh’alegria a companheira!

Lisboa/Portugal
30/Abril/2009

 

 

MUDANÇA
 
ELIANE ARRUDA - CE
 
A lágrima e  a emoção um dia passam
E outras tentarão se levantar.
O certo é  se viver  buscando a paz
De novas  ilusões não ir atrás.
 
A lágrima, o sorriso  pintam um rosto,
Depende do momento que dançar.
U´a  hora constatamos o sol posto,
Em outras mil centelhas a alvejar.
 
O canto  emocional nem sempre é estável,
Existem os reveses, os senões,
Ah  não, as emoções não são duráveis!
 
 A cada dia, vemos novo céu,
As nuvens  com formato de vulcões,
Castelos, carneirinhos ou troféus.


 

 

Liberdade, liberdade!
Luiz Eduardo Caminha

Não me ponhas normas,
Preceitos, nem regra.
Depois de tanta refrega,
Não hei de obedecer!
Não me imponhas grades,
Grilhões, nem cadeia.
Depois de tanta peleia,
Não hei de me prender!
Não me coloques canga
Ferros, nem algema.
Depois de tanta pena,
Não hei de fenecer!
Não me cales, enfim,
Nem queiras qu’eu fique mudo.
O que sobra do meu mundo imundo,
É o meu jeito de dizer!
Liberdade, liberdade,
Ainda que seja tarde.
Ainda que duvidoso,
O porvir, o alvorecer!
...
Minha voz é filha do silêncio,
Minha escrita, enteada do vento,
Minha vida é um curso d’água,
Minha vocação, um oceano!

Floripa, Ratones, 03.05.2009

 

 

CORAÇÃO
Théo Drummond

Por ti, setenta vezes por minuto
bate meu coração desordenado.
E cada vez que bate, eu só escuto,
gemer de um coração apaixonado.

Do amanhecer à noite ele prossegue
a bater sem parar, sem alegria.
Mas bate, pelo amor que ele persegue,
cem mil vezes, coitado, todo dia.

Embora cada vez mais convencido
que só terá tristezas e revezes,
assim mesmo ele pulsa, ensandecido,
por mês batendo tres milhões de vezes.

Mas breve há de acabar esta tortura.
Meu coração, de tanto desconforto,
vai enfartar, exausto da aventura
de amar em vão, depois parar, já morto.

 


Naquele baile
Catherine Roos

Foi naquele baile ...

Era noite de verão... o céu estrelado... a lua imensa...
Você me convidou pra dançar,
Eu nem havia notado você antes...
Seu sorriso transbordava em alegria intensa,
Parecia ter ganhado um presente!
Perguntei-lhe o porque de tanta alegria,
Você disse-me que acabava de um sonho realizar!
Quis então saber que sonho era esse,
Você me responde que seu sonho, era poder me abraçar...

Não resisti ao seu jeito alegre, carinhoso...
Dançamos quase que a noite inteira!
Seu abraço era gostoso,
Você foi me conquistando, com seu jeitinho manhoso
Fazíamos um par bonito
Eu loira... pele alva... você cabelos castanhos... pele clara
Você era gentil, atencioso e dizia me amar de todas as maneiras,
Dizia que até na eternidade me amaria...

Estávamos em quase todos os bailes da turma
Depois de algum tempo, me vi apaixonada por você
Sabia que em você havia encontrado o ser amado!
Certa noite de um sábado, tínhamos um bailinho,
Na casa daquele amigo que havia nos apresentado
Cheguei um pouco cedo, você não havia chegado
Meu coração não gostava da sua demora, ficava angustiado...

Era uma noite parecida como aquela em que te conheci
Quase toda turma estava ali reunida e todos perguntavam por você,
Já éramos "noivos de aliança"...
Estávamos estudando...
Resolvemos esperar um pouco mais, para casar...
Enquanto te esperava... à Deus agradeci...
Agradecia por ter descoberto em você o amor...

Só que você estava demorando demais
Quando desiludida Por sua demora
Caminhava em direção a rua....
Iria sair a sua procura,
Alguém vem... me faz sentar...
Me diz que você não poderá chegar...
E como ironia... começa a tocar a nossa música...
Eu ainda tento sorrir e digo que você vai chegar,
Sinto um forte aperto no coração... e começo a soluçar...

Só ouço alguém dizer que você não poderá nunca mais chegar....
A música parou... a sala silenciou...
Olhei para o nosso amigo... ele estava a chorar,
Nosso amigo disse-me: - Lamento informar...
Mas ele está morto... o coração dele te amava demais, não pode aguentar!
Subitamente seu coração parou... dizem que sua última frase foi...
- Cherrie..., te amo...

Aquele baile parou...
Outros aconteceram...

Mas sua Cherrie... nunca mais dançou....

 

 

Fluidos Primaveris

Ana Maria Nascimento

Na primavera de sonho
levitava um grande amor
quando meu pensar tristonho
descobriu u'a nova cor.

Nesta notável aurora,
o desabrochar da vida
mostrava que já era hora
de tentar contrapartida.

Embora muito alquebrado,
meu espírito ia em frente,
desfazendo o emaranhado
que o mantinha indolente.

Assumindo a nova forma,
tornou-se irreconhecível
e alcançou a plataforma
que julgava inacessível.

Esquecidos da tristeza,
caminhamos de mãos dadas
apreciando a beleza
das flores abençoadas.

 

 

Agora...

Humberto Rodrigues Neto
 
Agora que o meu sonho está desfeito,
e enfim  sepultos os meus ideais;
agora que, ao invés de madrigais,
choram dobres de réquiens no meu peito;
 
agora que me foge até o direito
de  imaginar-te  em sonhos irreais;
agora que ilusões não me vêm mais
ao coração magoado e insatisfeito;
 
que eu siga só, o meu árido caminho,
onde da sorte a aguda e acerba foice
ceifou-me as dádivas do teu carinho;
 
que por ti meu coração não mais baloice...
ah... deixa-me esquecer-te, aqui sozinho,
soprando o pó de um grande amor que foi-se!


 

 

Glosando José Valdez de Castro Moura
Gislaine Canales


 
ESPAÇO DA SAUDADE
 
MOTE:
 
Partiu, deixando o seu traço
no meu caminho dos sós...
- A saudade é esse espaço
que existe sempre entre nós.

 
Partiu, deixando o seu traço
que ficou bem junto a mim,
na esperança de um abraço,
que vem sempre, antes do fim!
 
Sigo triste caminhando
no meu caminho dos sós...
Vou como um rio sonhando
em encontrar sua foz!...
 
Mas é grande o meu cansaço,
vendo o mundo sem beleza!
- A saudade é esse espaço
cheio de dor e tristeza!
 
Extravaso em poesia
essa saudade feroz,
essa falta de alegria
que existe sempre entre nós.
 
 
 
 

 

Tchello d'Barros

a danada
da amada
 
uma dona
que me dana
 
uma dama
que me doma
 
nada muda
essa madame
 
me dá medo
se me ama

 

 

"Arraiá" de São João
Simone Borba Pinheiro

Os fogos anunciavam
a subida dos balões,
que o céu iluminavam
a noite de São João.

Barraquinhas de pipoca,
cachorro quente e quentão,
a moça vendendo "bitoca"
e os moços dizendo:- Que "bão"!...

Com balões e lindas bandeiras,
o "arraiá", estava enfeitado,
para as muitas brincadeiras,
sem poder ficar sentado.

No auge da festa animada,
no quintal entra a quadrilha:
À frente a noiva mimada,
com a barriga na virilha.

O noivo, o bem amado,
tremia sem parar
de medo do sogro armado,
que só fazia gritar.

O padre só gaguejava
em frente a tal situação,
e a mãe da noiva rezava
pra acabar a confusão.

Casamento realizado,
o sogro se acalmou,
o amor estava selado
e a festa continuou.



 

ADEUS TRSTEZA
Regina Bertoccelli


Vou abandonar a tristeza,
deixá-la em um canto qualquer.
Esta é minha única certeza,
não quero mais enfraquecer.
 
Em um novo alvorecer,
minh'alma sentirá toda a leveza.
Vou abandonar a tristeza,
deixá-la em um canto qualquer.
 
Quero da vida toda sua grandeza,
ter paz e poder adormecer.
Viver triste acaba com a beleza,
afasta o amor e não dá prazer.
Vou abandonar a tristeza...


 

 

PRESENÇAS
Cida Micossi

Eles voltaram assustadores.
Tanto quanto antes?
Talvez mais...
 
Na noite escura
vultos se movem,
fantasmas na casa vazia
sem iluminação;
poeira que me angustia,
móveis deixados ao abandono
e eu lá no meio,
protagonista desse pesadelo
que me persegue o sono.
 
Noite de horrores...
Estagnação.
Se os olhos refletem a alma,
os sonhos espelham a realidade.
 
Não vejo saída, tudo é escuridão.
 
Voltaram os fantasmas
que eu julgara, há anos
terem me deixado em paz.
Voltaram impiedosos,
com sua presença sagaz.

 

 

SOMENTE A VOZ DE DEUS
Raymundo de Salles Brasil
 
Na calada da noite eu caminhava,
E nada ouvia, simplesmente nada,
Um silêncio de túmulos reinava,
Reinava a paz em cada sombra, em cada
 
Pincelada de luz que a lua dava
Eu via a mão de Deus, iluminada,
Segurando o pincel – e eu me encantava!
Eu me senti com Deus naquela estrada.
 
Estava a lua iluminando tudo
Do espaço sideral, linda e prateada,
Realçando o silêncio sobretudo.
 
Era uma noite de verão nos céus!
Vez em quando soprava uma lufada,
Trazendo ao meu ouvido a voz de Deus.

18/04/2009

 

 

APENAS NA POESIA
Sueli do Espírito Santo

Com o tempo nosso amor foi diluído
apenas lembranças, no pensamento
de instantes e de velhos sentimentos
agora, em algum lugar, tudo perdido
porém revividos no mundo da fantasia

Momentos que foram só passageiros
bons ou ruins, hoje não mais definidos
pois tornaram-se simples mensageiros
da doce saudade dos tempos já idos
agora, com espaço apenas na poesia

 

 

GRATIDÃO

SoninhaBB
 

Gratidão tem que ser
transparente e pura
não pode ser atacada
virar coisa crua
 
Gratidão sofre danos
quando é envenenada
vira algo agonizante
deixa a alma manchada
 
Gratidão é princípio
coisa rara para ter
talvez seja por isso
não saberem receber
 
Gratidão é estaca forte
aguenta as tempestades
precisa de terreno certo
semeado sem falsidades
 
 

 

 

 

O meu muito obrigada a todos, até a próxima edição.

Participem enviando os vossos trabalhos para

iarameloportalcen@sapo.pt

 

 

 

 

Foto topo da página:
Grutas de Alvados - Portugal

Fundo Musical: CANTEIROS
Composição: Cecília Meirelles e Raimundo Fagner
( Baseado no Poema "Marcha" de Cecília Meirelles )

Formatação e Arte Final: Iara Melo

Livro de Visitas

Índice Gruta da Poesia

Índice Portal CEN

 

 

 

 

 

Copyright © 2006 - 2009 -  Portal CEN - Cá Estamos Nós Web Page

Todos os Direitos Reservados