Ano IV – Março de 2009
Edição e Arte Final:
Iara Melo
 |
Trabalho e pesquisa de Carlos
Leite Ribeiro
A razão tem razões que a razão
desconhece.
A razão será objectiva ou
subjectiva ?
Razão é faculdade própria do
homem pela qual ele pode pensar
pelas suas faculdades, portanto,
um conjunto de princípios, de
modos de pensar, que permitem
agir correctamente e ajuizar com
clareza. Ou seja, o que se opõe
à intuição, ao sentimento. Ter
razão é estar com a verdade e
com a justiça. Historicamente,
temos o “Culto da Razão”, culto
organizado pelos hebertistas
durante a Revolução Francesa
entre 1793 e 94, num intuito de
descristianização.
Há uma disciplina filosófica a
que é comum chamar-se, desde
Kant, "razão prática". Que é
isso da razão prática? Uma pista
inicial é o adjectivo "prática",
que significa, simplesmente,
"relativa à acção". Quando nós
falamos em "ética prática", por
exemplo, estamos a referir-nos à
ética relativa à acção, isto é,
à parte da ética que nos diz
como agir em circunstâncias
específicas: dar ou não dar
ajuda, pular ou não pular a
cerca, etc. Do mesmo modo,
quando falamos em "razão
prática", estamos a referir-nos
à razão relativa à acção. A
expressão "razão relativa à
acção", porém, é ambígua de uma
maneira que a expressão "ética
relativa à acção" não é. A única
pergunta que a ética aplicada
fará em relação a uma acção
será: terá essa acção sido
eticamente correcta? Poderia
parecer que a única pergunta que
a razão prática faria seria:
terá essa acção sido racional?
Isto não é verdade. A razão
prática ocupa-se não só dos
critérios que fazem de uma acção
(ou de um desejo) racional, mas
também de procurar saber o que
significa ter uma razão para
agir. Já lá vai tempo em que a
palavra de alguém tinha mais
poder do que qualquer papel
assinado. Bastava um aperto de
mão para que o compromisso
ficasse mais sólido que uma
rocha. Hoje, se não houver
assinatura num papel, e em
algumas situações reconhecida
pelo notário, não há palavra que
valha. Os tempos que mudaram ou
se foi a seriedade que deixou de
existir? Mas é interessante ver
como há gente que ainda gosta de
demonstrar que honram os velhos
costumes, dando até a entender
serem cumpridores da palavra, a
verdade é infelizmente, que
nem sempre é assim…
Muitas pessoas erguem-se pela
manhã acreditando não existir
qualquer sentido para
despertarem. Dormem sem nenhum
objectivo e acordam do mesmo
modo, transformando o dia-a-dia
em uma experiência insossa ou
vazia. Vagam pelas ruas, sem
destino certo, à mercê do que
lhes aconteça no curso do dia.
Levam uma vida sem direcção,
desvalorizando o tempo e a
oportunidade de estarem
reencarnados.
A génese da razão tem de ser
entendida como um dos momentos
do processo da génese do ser
humano. Não significa um dom
recebido do alto, a criação de
uma faculdade espiritual,
específica, irredutível,
agregada à constituição
material, orgânica da classe de
primatas que vinha
progressivamente se
desenvolvendo e ganhando
amplitudes cada vez mais
complexas. É produto desta mesma
evolução orgânica e nela tem o
suporte, a explicação de sua
origem e a dos caracteres que
adquire, entre os quais se conta
o aparente desligamento e
autonomia em relação aos
mecanismos fisiológicos e
estruturais que a engendram e
permanentemente a condicionam.
Daí o carácter histórico da
razão e a mudança de suas
características ao longo do
tempo.
De facto, sempre que
consideramos as nossas próprias
qualidades, as outras pessoas ou
os acontecimentos do mundo
inanimado, temos de recorrer a
estes conceitos. Estamos
dependentes, para a compreensão
do mundo, dos conceitos e
categorias de que dispomos para
organizar as nossas
experiências. Se nos faltar um
conceito para definir algo que
ocorre no mundo, temos de
inventar um ou não podemos
responder ao acontecimento de um
modo organizado. Como é que, por
exemplo, uma pessoa explica o
seu próprio comportamento e o
dos outros sem os conceitos de
amor e ódio? Pensem como o
comportamento pareceria confuso
ou se tornaria mesmo
imperceptível para a pessoa que
não dispusesse desta dimensão.
Cada um de nós desenvolveu o seu
próprio conjunto de conceitos
que utiliza para interpretar o
comportamento dos outros. Estas
preferências de conceitos estão,
na maior parte das vezes
relacionadas com a nossa
motivação. Os conceitos não
existem isoladamente; estão
interligados através de uma rede
de relações. Os que utilizamos
para compreender uma situação e
as relações entre os próprios
conceitos, constituem o sistema
conceptual.
De facto, sempre que
consideramos as nossas próprias
qualidades, as outras pessoas ou
os acontecimentos do mundo
inanimado, temos de recorrer a
estes conceitos. Estamos
dependentes, para a compreensão
do mundo, dos conceitos e
categorias de que dispomos para
organizar as nossas
experiências. Se nos faltar um
conceito para definir algo que
ocorre no mundo, temos de
inventar um ou não podemos
responder ao acontecimento de um
modo organizado. Como é que, por
exemplo, uma pessoa explica o
seu próprio comportamento e o
dos outros sem os conceitos de
amor e ódio? Pensem como o
comportamento pareceria confuso
ou se tornaria mesmo
imperceptível para a pessoa que
não dispusesse desta dimensão.
Cada um de nós desenvolveu o seu
próprio conjunto de conceitos
que utiliza para interpretar o
comportamento dos outros. Estas
preferências de conceitos estão,
na maior parte das vezes
relacionadas com a nossa
motivação. Os conceitos não
existem isoladamente; estão
interligados através de uma rede
de relações. Os que utilizamos
para compreender uma situação e
as relações entre os próprios
conceitos, constituem o sistema
conceptual.
Sumário

O
POETA... ETERNO SONHADOR
Carmo Vasconcelos
Há um mágico e estranho sortilégio
Nesse azulado-argênteo que nos banha
Irradiante atmosfera que assanha
Em nós as tentações do amor régio
É como se uma inundação alquímica
Alagasse o convés dos nosso íntimo
Tornando tudo o mais como pó ínfimo
Pra além da lua-sonho e sua mímica
É ela que desenha a ilusão
Na sombra projectada contra o chão
Dos sonhos ideais que alto esvoaçam
Mas recolhida a lua feiticeira
O poeta sonhador o sonho abeira
Dos áureos raios de sol que já o enlaçam
***
Lisboa/Portugal
16/Março/2009
Sumário

LUSITÂNIA
Luiz Poeta
Luiz Gilberto de Barros
Às 22 h e 31 min do dia 18 de março de 2009
do Rio de Janeiro, Brasil
Uma reverência à alma da Poesia Lusitana
Vós que copiais Vaz de Camões
Com peculiar indiscrição,
Sede humildemente os seus anões,
Levando um gigante pela mão.
Vós que vos levais levando o Vaz,
Vós que Pessoais e que Quentais,
Vós que Espancais e Regiais
Vós que latinais e lusitais...
Sede, ao levar-vos, como o mar,
Grandiosos, mas não esqueçais
Que na trama dessa filigrana
Que coube ao talento lapidar,
Repousam as gotas lacrimais
Da emoção da alma lusitana.
...
Sumário

Ao Poeta
Maria Granzoto
Salve, Poeta!
Neste seu dia,
a minha simples,
mas sincera
homenagem !
A essa alma
tão dileta
esta breve mensagem!
Com as palavras
criadas, habilmente
versejadas,
me conduz
a enleios,
provoca devaneios...
Mexe com meu coração,
ao escrever nas entrelinhas...
Quase me tira a razão
ao sentir nas suas,
algumas palavras minhas!
Sumário

SIMPLESMENTE
MULHER
Por Heralda Victor
Mulher!
Simplesmente Mulher!
Mulher Brasileira! De todas as raças,
De todas as classes, de todos os credos,
estrangeira...
Mulher operária. Mulher empresária,
analfabeta ou intelectual,
És tu a porta sempre aberta,
A voz que acalenta o sonho, o choro e o
ideal!
Mulher!...
Senhora da beleza que encanta,
Seja como amiga, mãe, namorada, amante,
Noiva, irmã, companheira ou santa!
Mulher que embala o berço e sustenta
O sonho que a humanidade alimenta!
Ah! Mulher...
Soubessem os homens do que és capaz!
Que além da vaidade feminina,
Teus projetos de amor proclamam a paz!
Homens!...
Respeitem as mulheres.
Ama a que tens a teu lado e acarinha.
Afinal de contas, o que mais queres?
Já não está no teu lar uma rainha?
Filhos!...
Namorados, maridos, noivos,
Companheiros ou simplesmente irmão.
Sejam vocês: meninos, jovens, adultos ou um
ancião,
Tratem suas mulheres com amor,
Pois até mesmo Deus, nosso Senhor,
Um anjo lá do céu enviou
Para conceder ao ventre feminino
A glória de ser mãe do Salvador!
Mulher!...
Curvem-se diante de ti todos os homens!
Pois entre os céus e a terra para nossa
alegria,
Foi dado a uma mulher a supremacia
De interceder por nós junto a Deus Pai
E que atende pelo simples nome de Maria!..
Sumário

VIVO A POESIA! VIVA A POESIA!
Jussára C Godinho - Ju Virginiana
Vivo a Poesia!
Vivo a Poesia, contida no meu dia-a-dia
Respiro Poesia na dor e na alegria
Sonho a Poesia, escondida nos meus devaneios
Necessito da Poesia para os meus anseios
Abraço a Poesia, que me conduz
Vejo a Poesia tão cheia de luz
Canto a Poesia com o beija-flor
Sinto a Poesia no teu calor
Degusto Poesia com gosto de vinho
Percebo a Poesia no teu carinho
Acredito na Poesia, jorrando magia
Vivo a Poesia, contida no meu dia-a-dia
Vivo a Poesia! Viva a Poesia!
Jussára C Godinho - Ju Virginiana
Poema classificado no I Concurso de Poesia
da Editora Arte Literária.
"Prêmio Poesia em Trânsito". (Prêmio de
Publicação em Antologia).
Sumário

PORTRAIT NA LUZ
Por Clevane Pessoa
Frágil forte, sempre jovem, deu-me à luz
ainda menina.
Parte-se o fio da vida, viro a criança a
perseguir sua ponta, na esperança de reenrolá-lo.
Corro ao sol, ofegante e desesperada...
Em dado momento, olho para trás e vejo sua
imagem
serena e bela a dizer-me sem palavras
em comunicação inaudível e inesquecível,
que darei continuada
à história das mulheres da família...
Sumário

MAIOR POEMA
ELIANE ARRUDA- CE
Viver no mundo sem aplaudir a Natureza,
Sem preservar a sua fauna e a sua flora,
É a negação de ser “humano”, com certeza,
Nem sempre ao homem concedamos loas,
glórias!
Amar a Deus é amar também a sua obra,
E a Natureza é um poema da criação,
Se para ela o cuidado nunca sobra,
Algum lugar verá a sua exaltação.
E haja chuvas, temporais, ondas gigantes...
Lavas dispersas pela fúria de um vulcão!
Na hora certa, bem que entoa graves cantos.
Dela o homem seja amigo, seja amante,
Revidar sabe quando sofre u´a agressão!
Não poluamos mares, rios, lagos... tanto!
Sumário

MULHER SACRAMENTO, SACRILÉGIO
VERSO/REVERSO
FÁTIMA CARDOSO
MULHER
MILAGRE
DOGMA DA NATUREZA
INDECIFRÁVEL MISTÉRIO
SACRAMENTO
SACRILÉGIO
GEOGRAFIA DO MUNDO
CONTINENTES
MONTANHAS
VULCÕES
CRATERAS
RIOS
MARES
DESAGUAR DIVINO
TERRA PROMETIDA
MANANCIAL DE DEUSES
CONCEDES
AO SER CONCEBIDA
TEU CORPO
POR PRAZER
ACOPLAS VARIAS NAVES
ESPIRAL CIBERNÉTICO DESEJO
FENOMENAL É TUA NATUREZA
RITUAL, CIO TRIBAL
NASCER
PROCRIAR
VIVER
DISPENSA PUDORES
SACIA TEUS DESEJOS
CORRE , REALIZA TEU SONHO
QUE FUGAZMENTE ESCAPOU
PREENCHE O VAZIO
COM OUTRO AMOR
SABOR INIGUALÁVEL
TEMPERO EXÓTICO
PROMOVE TODOS OS RITOS
NA CARRUAGEM DE FOGO
FLAMEJANTE
ARREBATA TODOS OS ÍMPETOS
DELIRA
PROVOCA TODOS OS HOMENS
SILENCIA OS MISERÁVEIS
SENTENCIA OS CONDENÁVEIS
JUÍZA
SANTA
PROSTITUTA
DEUSA
RAINHA
ETERNA
MULHER
***
REVERSO
MULHER
ETERNA
RAINHA
DEUSA
PROSTITUTA
SANTA
JUÍZA
SENTENCIA OS CONDENÁVEIS
SILENCIA OS MISERÁVEIS
PROVOCA TODOS OS HOMENS
DELIRA
ARREBATA TODOS OS ÍMPETOS
FLAMEJANTE
NA CARRUAGEM DE FOGO
PROMOVE TODOS OS RITOS
TEMPERO EXÓTICO
SABOR INIGUALÁVEL
COM OUTRO AMOR
PREENCHE O VAZIO
QUE FUGAZMENTE ESCAPOU
CORRE , REALIZA TEU SONHO
SACIA TEUS DESEJOS
DISPENSA PUDORES
VIVER
PROCRIAR
NASCER
RITUAL, CIO TRIBAL
FENOMENAL É TUA NATUREZA
ESPIRAL CIBERNÉTICO DESEJO
ACOPLAS VARIAS NAVES
POR PRAZER
TEU CORPO
AO SER CONCEBIDA
CONCEDES
MANANCIAL DE DEUSES
TERRA PROMETIDA
DESAGUAR DIVINO
MARES
RIOS
CRATERAS
VULCÕES
MONTANHAS
CONTINENTES
GEOGRAFIA DO MUNDO
SACRILÉGIO
SACRAMENTO
INDECIFRÁVEL MISTÉRIO
DOGMA DA NATUREZA
MILAGRE
MULHER
RECIFE-PE
100% EU MESMA
Sumário

O VELHO
MARUJO - Rondel
Ricardo De Benedictis
Sou aquele barco que volta pro cais
Surfando em mares calmos ou frementes!
Amante das belezas especiais
Sempre pleno de peixes e de gentes...
Sou aquele barco que volta pro cais
Surfando em mares calmos ou frementes!
Dias e noites sob os temporais
Dias de Sol e noites estreladas
Seja o inverno mais frio, verão mais
quente...
Sou aquele barco que volta pro cais
Surfando em mares calmos ou frementes!
Fui deixando meus amores para tras
Ficando do meu destino mais descrente
Via pessoas que não veria jamais
Que não saíam nunca da minha mente!
Sou aquele barco que volta pro cais
Surfando em mares calmos ou frementes!
A idade vem mostrando seus sinais
O nosso amor não foi suficiente
Nas nossas diferenças abissais
Quem sabe, até as origens diferentes?!!!
Sou aquele barco que volta pro cais
Surfando em mares calmos ou frementes!
Até me acostumei com o 'nunca mais'...
Por fim, chegou minha última viagem,
Já velho e procurando minha paz
Deixo ao leitor minha histórica
homenagem!...
Sou aquele barco que volta pro cais
Surfando em mares calmos ou frementes!
Sumário

AMOR
Ligia Tomarchio
Pétalas se misturam
ao ar
rodopiar de cores e
odores
envolvem o espírito
do amor
agora pleno, na
surrealidade
de um momento
saboroso.
Doce mel cresce no
peito
coração explode em
êxtase
não há fronteiras,
nem céu e terra
apenas o sentimento
maior que o ser.
E me calo, permaneço
encantada
tal princesa
adormecida de
prazer.
Amor, agora sou sua
plena, entrego meu
ser...
Quero voar com suas
asas
ver com sua alma
sentir planar nossos
corpos
nas nuvens róseas e
floridas.
Deuses aprovam nossa
união
anjos, das liras
fazem sinfonia
murmuram as águas
dos rios
chovem perfumes e
pétalas
cânticos celestiais
ouvimos
de pássaros errantes
a nos observar
em coro nos juntamos
a eles
na alegria e paz do
instante...
Nosso momento de
amor...

OLINDA
Luíza Soares Benício de Moraes
Admiro-te como aos jovens
Que te buscam sem saber por
quê...
Que sobem tuas ladeiras
De calçamento incerto
E tuas ruas estreitas
Seculares.
Buscando um prazer.
Se pudessem ver!...
Na arquitetura daquelas
fachadas,
A evolução do gosto mais fino,
O período áureo,
Ou o mais mofino,
Onde as criaturas
Sem saber por quê...
Enfeitam-se e à morada
Como ao seu altar...
Imitando as ondas
Como faz o mar...
E, suas marcas ficam
Em todo lugar...
Seja no mobiliário
No teto, no altar...
Nas paredes grossas,
Na praça, calçada,
Ou na beira mar...
Nem lhes foi preciso
Seus nomes gravar
Como fazem hoje
Num danificar
Jovens que nem sabem
Como te amar!
Luíza Soares Benício de Moraes –
1983.
Recife-Pernambuco
Brasil
Sumário

O QUE A VIDA NOS IMPÕE
Por Nídia Vargas Potsch
Por vezes, ou na maioria delas,
a Vida nos impõe:
* Caminhos não procurados ...
* Problemas não desejados ...
* Sentimentos não superados ...
* Sonhos não concluídos ...
* Palavras não explicadas ...
* Poemas inacabados ...
* Amores mal resolvidos ...
Discutível é o rumo dos
acontecimentos,
amalgamados nos corações
aflitos.
Por vezes, ou na maioria delas,
nosso Livre Arbítrio intervém:
* Caminhos deslumbrantes a se
buscar ...
* Problemas infindáveis a se
resolver ...
* Sentimentos e emoções a se
entender ...
* Sonhos doces a se concretizar
...
* Palavras reconfortantes a se
dizer ...
* Poemas inacreditáveis a se
imaginar ...
* Amores aconchegantes por
nascer ...
Não é simples decidir e seguir
em frente.
Nestas horas o bom senso é
fundamental!
Em ambos os casos:
Convém não esmorecer!
Cada qual sabe da sua dor e
renúncias ...
Sumário

Braga
Francis Raposo Ferreira
Bracara já foi teu nome principal,
os Romanos assim te chamavam,
és cidade antiga de Portugal,
onde os arcebispos se alojaram.
Tens muitas belezas a visitar,
muitos deles de índole religiosa,
outros, símbolos de história sem par,
fazem de ti cidade minhota maravilhosa.
Na sé jazem D. Henrique, Dª Teresa
e o infante D. Afonso de Portugal.
aí se guarda muita arte Portuguesa,
tesouros que valorizam tua catedral.
Mas não só na fé te revejas,
pois é tão rica tua história e legados.
embora a lista das tuas igrejas
seja testemunho de teus antepassados.
Igreja do Pópulo; Capela do Salvador,
e a magnifica igreja de Santa Cruz
são exemplo do que há de melhor
tal como o santuário do bom Jesus.
Deixemos a religião, voltemos à terra,
visitemos a casa do Mexicano,
subamos a imponente rampa da Falperra
e matemos a sede na fonte do Pelicano.
Esta tira a sede, outra dá história,
fonte do ídolo, santuário rupestre Romano.
Braga, nunca mais sairás da memória
deste pobre viajante, um puro Alentejano.
Novamente
Seco tuas
Lágrimas
No meu rosto.
Numa emoção
Única,
Cúmplice
De nossas vidas.
Somando
Desencontros
Subtraindo
Partidas.
Numa
Matemática
Infinda
De pontos
Perdidos
Em nossas
Idas e Vindas...
Sumário

Dora Dimolitsas
Sou Pássaro
Pelo mundo perambulei
Cansada um dia parei,
E como pássaro,
Na poesia pousei.
As faíscas
materializam-se
E caminham na esfera
palpável das artes.
A construção criativa
coloriu o panorama do
meu consciente
Fazendo meus ideais
poéticos como uma obra
de arquiteto.
Tomando formas, criando
imagens, dançando ao
vento
Onde a flauta solta
notas musicais,
Acompanhada por véus
esvoaçantes.
Imaginação
(Sávio Assad)
Dentro de meu corpo sopra um
vento,
tão intenso que arrepia meu
coração,
na esperança de um momento de
silêncio
e paixão, consumindo, minha
ilusão.
E nas nuvens dos meus
pensamentos
uma certeza me conduz, voando
por entre
árvores e caminhos, esperando a
luz.
Luz que reflete de seus
pensamentos.
Sonho, um sonho acordado, com os
olhos
cheios de lágrimas, sem saber e
sem querer
ouvir os lábios seus. me assusto
a sua canção
e volto de minha ilusão sozinho.
Sim, sou um pêndulo roçando seu
pescoço,
com lâmina afiada e brilhante,
que quer fazer
parte de você, tremulo de emoção
e tesão.
Sim sou você, sou eu mesmo,
somos nós.
Niterói - RJ - 13/03/2009

Glosando Castro Alves
Gislaine Canales
REZA
MOTE:
Na hora em que a terra dorme
enrolada em frios véus,
eu ouço uma reza enorme
enchendo o abismo dos céus.
Na hora em que a terra dorme,
e o silêncio toma conta,
meu pensamento disforme,
com o silêncio se afronta.
E minha alma, assim, tristonha,
enrolada em frios véus
sente, então, grande vergonha
como o mais triste dos réus.
Nesse silêncio uniforme
surgem vozes sonolentas:
-Eu ouço uma reza enorme-
que mais parecem tormentas.
E, às vezes, em oração,
quebram os silêncios meus,
e seguem com emoção
enchendo o abismo dos céus.
Sumário

Fraternidade
Ana Maria Nascimento
Empenhe-se no querer
ajudar ao seu irmão;
jamais o obrigue a sofrer
pela falta de união.
Conceda-lhe a esperança,
nunca o faça sofredor;
criem juntos uma aliança,
faça dele um vencedor.
E não seja indiferente.
O egocentrismo abandone,
pois lá fora há tanta gente
jogada, passando fome...
Talvez você seja a luz
de que ele está precisando
para iluminar a cruz
que se encontra carregando.
A nobreza da amizade
pedindo está seu irmão
pra viver com liberdade
sem castigo e divisão.
Liberte-o da solidão,
mostre-lhe sempre a verdade
e perpetue a união...
Isso é que é fraternidade!
Sumário

Seu cheiro ficou
comigo...
Luciano Spagnol
Após este breve adeus
E ter-te nos braços meus
Ficou a inocência de seu odor
Misturados com seu calor
Nos labirintos do lençol
Enlaçados com a turbação
Do pensamento sem noção
Gravados no sentimento
Inebriando o contentamento
Com resíduos de nossa paixão
Que naufragaram na minha emoção.
É pura essência de hortelã
Que bem cedo, ainda pela manhã
Exala por todos os meus poros
Em eternos cânticos sonoros
Dissolvendo minh'alma em ti
Acordando o meu coração
Marejado de saudosa comoção
Da necessidade de você ter partido
Mas, seu cheiro ficou comigo.
Luciano Spagnol
Rio, 28/02/2009
Sumário

AFINANDO AS PALAVRAS
SoninhaBB
Afinando as palavras
vou lapidando meus sonhos
procurarei voar bem alto
aprimorando meu salto
Afinando as palavras
faço da letra uma jóia
ficará bem preciosa
brilhando em prosa
Afinando as palavras
enfeito a verdade
usarei muita suavidade
seguindo na bondade
Afinando as palavras
deixo minh'alma liberta
soltarei meus medos
revelando os segredos
Afinando as palavras
sou mulher em poesia
darei a mão se quiser
sendo flor bem-me-quer
Sumário

O meu muito obrigada a todos, até a
próxima edição.
P articipem enviando os vossos trabalhos
para
iarameloportalcen@sapo.pt

Foto
topo da página: Grutas de Alvados - Portugal
Fundo
Musical:
CANTEIROS
Composição: Cecília Meirelles e Raimundo Fagner
( Baseado no Poema "Marcha" de Cecília Meirelles )
Formatação e Arte Final: Iara
Melo

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