Revista “DESAFIOS LITERÁRIOS em 
 
Poesia e Prosa”
 
Ano 02 – Julho de 2009

Editora: Maria Granzoto da Silva
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Se a música lhe incomoda, clique no primeiro botão a esquerda para parar.

 

 Arte Final : Iara Melo
 
 

 

Diletos  leitores do Portal CEN!


       Após um período de ausência na edição da Revista "Desafios Literários em Poesia & Prosa", retornamos com os nossos desafios, por especial deferência de Carlos Leite Ribeiro e Iara Melo, duas estrelas de primeira grandeza do mundo cultural! Desafios esses presentes em nossas vidas desde o nascimento...
       Espero que apreciem e teçam seus comentários, assinando o Livro de Visitas !
 
 


Seção 01 –  Crônica


 A Literatura Brasileira começou com uma crônica: a carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal, comunicando o descobrimento de uma nova terra e registrando  o circunstancial. A crônica moderna nasceu nos jornais. Pode-se dizer que seu precursor foi Paulo Barreto (1881-1921) conhecido pelo pseudônimo João do Rio, o primeiro a dar um tratamento literário às matérias jornalísticas que escrevia. 
A crônica é um registro circunstancial feito por um narrador-repórter, uma somatória de jornalismo e literatura. Por isso, a diferença entre conto e crônica é tão sutil. Na crônica, o autor dá um toque ficcional ao relato de um fato do noticiário ou de um simples acontecimento do dia-a-dia.
 


 
Muito Irado!

Maria Granzoto da Silva


        Pero Vaz de Caminha estava certo ao afirmar em sua carta que “E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo...” em sua carta a el-rei Dom Manuel, quando do descobrimento do Brasil. Jamais soube que a assertiva seria válida para o mundo inteiro!
            Foi durante a Guerra Fria que a rede mundial de computadores, ou Internet, surgiu, com objetivos militares. Nas décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para fins militares, a Internet também foi um importante meio de comunicação acadêmico. Estudantes e professores universitários, principalmente dos EUA, trocavam idéias, mensagens e descobertas pelas linhas da rede mundial.
            A década de 1990 tornou-se a era de expansão da Internet. Para facilitar a navegação pela Internet, surgiram vários navegadores (browsers) como, por exemplo, o Internet Explorer da Microsoft e o Netscape Navigator.
            Nos dias atuais, é impossível pensar no mundo sem a Internet. Ela tomou parte dos lares de pessoas do mundo todo. Sem ela eu não teria conhecido o Portal CEN e toda a cultura que dele emana!
Confesso que tudo isso me assusta. E mais assustada fico ao corresponder-me com a minha neta de 16 anos! O internetês é uma língua difícil e me faz pensar que sou uma grande analfabeta ignorante! Eu, logo eu, formada em letras, pós- graduada em literatura!
Tenho pensado muito em Jean-François Champollion e em sua capacidade de leitura dos hieróglifos. Juro que tenho! E na chave principal da decifração, a famosa Pedra de Roseta, que continha um decreto da época do faraó Ptolomeu V Epifânio (205 a 180 a.C.) grafado em hieróglifos, em demótico e em grego. A grande tarefa para ele, naquele momento, era descobrir se os hieróglifos eram apenas símbolos ideográficos ou se podiam realmente funcionar como letras. E essa tem sido para mim, uma tarefa que me põe ensandecida! Ou em mal descida, rolando ladeira...
Foi comparando esses escritos, usando seus excelentes conhecimentos da língua copta e estudando outras inscrições hieroglíficas, que ele conseguiu o feito notável de nos abrir o conhecimento dos meandros da civilização egípcia antiga e deu início à egiptologia científica.
E eu, o que faço? Continuo escorregando no brejo, qual sambista desvairada!
E escreve a minha neta:
- Vóoooooooo! Qro c aki cmg. Prá fca XD
- O que?  Pergunto atônita!
- ;^) hahaha,uahuah,hehehe,kkkkk
- Vóooooooooo! Vc tá mto 100 noção.
Madre mia! A garota pirou ou estou em pesadelo? É como se fosse outro idioma!
Essa forma de escrever faz parte do mundo virtual dos jovens e não há como ignorá-la, pois a língua é um sistema vivo e adapta-se ao meio social. Mas que é irado, não há como contestar!
Aos trancos e barrancos, tento entender essa ‘fascinante linguagem’...

 


 
Seção 02 – Recordar é viver! Relembrando setembro de 2007

 


 “Visconde de Don Mi-Burro” – Correspondente Internacional do Portal CEN – “Cá Estamos Nós -;- Secretário-geral da Academia “TóKandar” -;- Colaborador efectivo de “Brincar sem Abusar” -;- Locutor da Rádio Criativa -;- Amigo de todos os amigos e amigo do boss Carlos -;- Organizador do “Clube de Fãs de “Don Mi-Burro -;-


Um doce para as senhoras e um amargo para os homens”.


Diário de um burro em férias


Entrevista a Maria Granzoto

Estava a apanhar sol e a ler um jornal na praia de Copacabana no lindo Rio de Janeiro, quando a minha atenção ficou presa numa notícia que falava em Arapongas PR :
“Em 1952 Arapongas perdeu o território do distrito de Astorga, que foi desmembrado e transformado em município autónomo. A medida posta em prática pelo Governo do Estado não teve boa repercussão, tanto assim que dos vinte vereadores com assento na Câmara Municipal, cinco renunciaram ao seu mandato, em sinal de protesto. Em 1954 novo desmembramento sofreu o município de Arapongas, com a criação do de Sabáudia, território do antigo distrito do mesmo nome. Com mais essa perda, a comuna reduzida à área do distrito e sede municipal. Arapongas nos últimos anos (1959) sofreu grande impulso por parte dos administradores e a cidade, principalmente, tem progredido extraordinariamente, colocada entre as maiores e mais importantes centros urbanos do Norte do Paraná”
Arapongas, lembrei-me logo da minha querida amiga Maria Granzoto, ilustre professora universitária e uma belíssima escritora. Logo pensei em dar uma saltada até Arapongas para ter o prazer de conhecer pessoalmente esta amiga.

Passei pelo hotel para recolher os meus pertences e apanhei um táxi para o aeroporto, para apanhar um avião para Curitiba PR. Quando cheguei à capital do Estado do Paraná, consultei um mapa e verifiquei que Arapongas ficava muito longe; resolvi então apanhar outro avião para Londrina. No aeroporto enquanto esperava o avião, comprei um guia turístico para saber um pouco mais da cidade que ia visitar:
http://www2.unopar.br/vestibular/vestibular_arapongas.htm

O município de Arapongas, situado na prodigiosa região do Norte do Paraná, é uma resultante da Iniciativa da Companhia de Terras Norte do Paraná, pioneira do progresso e desbravamento de toda uma região.

Em 1935 foi aberto e vendido o primeiro lote agrícola, diversos lavradores, de diferentes nacionalidades, fixaram residência no lugar e se estabeleciam com casas de comércio. Nos anos seguintes foram povoadas as glebas destinadas às Colónias formadas por imigrantes japoneses e eslavos. Arapongas continuou a fazer parte do território do município de Londrina até o ano de 1943, quando foi criado o de Rolândia, ao qual passou a pertencer.
Depois de muito trabalho e esforço, o Governo Estadual, pela lei nº 2 de 10 de outubro de 1947, criava o município de Arapongas desmembrando-o de Rolândia e elevando a sua sede à categoria de cidade. Aquela época, o município possuía uma área total de 2007 quilómetros quadrados.

Arapongas nos últimos anos sofreu grande impulso por parte dos administradores e a cidade, principalmente, tem progredido extraordinariamente, colocada entre as maiores e mais importantes centros urbanos do Norte do Paraná.

Como Surgiu o Nome Arapongas?
A Cidade de Arapongas teve seu nome inspirado no pássaro ferreiro, quando os primeiros homens entraram mata adentro, ouvia-se o bater de marretas, emitido pela Araponga e do seu nome surgiu uma grande cidade.
Mais tarde, nomes de aves foram gravadas em placas das ruas e avenidas. Os antigos habitantes da cidade ainda trazem na mente suas cores, seus cantos e seus costumes afixando na memória o despertar pelo barulho de pássaros, como exemplo, o Pássaro Preto, que canta em bando, o Sanhaço, Sabiá, Canário da Terra e a Juriti, aves madrugadoras que gostavam de cantar perto das casas, formando um “coral”, juntamente com as aves domésticas”.

Um burro como eu, terá sempre de procurar instruir-se.
Numa viagem sem história, cheguei a Londrina e logo procurei saber qual o caminho mais perto para Aranpongas. Meti-me ao caminho, calcorreei centenas de quilómetros, vi panoramas lindíssimos e por fim cheguei já noite ao ponto do meu destino: Arapongas ! Procurei um hotel e fiquei no “Mirage”, onde aluguei uma suite. Tomei um reparador banho (posso ser burro mas não porco), jantei ligeiramente e deitei-me numa cama macia, o que já não acontecia a alguns dias.

Levantei-me cedo, fiz a minha ginástica matinal, tomei o café à base de doces, frutos e sumos naturais e sai do hotel a caminho do campus académico, onde ia procurar a minha amiga.
- Preciso de falar à Profª. Maria Granzoto – disse eu a um segurança do campus.
Este olhou para mim com ar incrédulo e replicou-me:
- A Senhora Profª. Maria Granzoto, não atende burro ! Desapareça rapidamente daqui senão ainda chamo os meus colegas para o escorraçar para muito longe !
Afastei-me a pensar entre os meus botões: “Isto não se faz a um burro como eu !”
Percorri quilómetros e quilómetros sempre com aquela ofensiva frase a martelar-me os ouvidos: “A Senhora Profª. Não atende burro”!
Dirigi-me à minha suite no hotel, onde tomei mais um banho pois estava cheio de poeira vermelha, cortei a unhas dos cascos, e pôs gel no pêlos da cabeça para ficarem eriçados; para complementar coloquei uma gravata no pescoço e uma fralda descartável no local adequado. Escolhi uma resma de livros que os pus debaixo do braço (um burro carregado de livros é considerado um doutor), sai do hotel e dirigi-me novamente ao campus universitário.
 

Ao longe vi que o segurança já era outro. A passos firme aproximei-me da entrada e apresentei-me:

- Sou o Dr. Visconde de Don “Mi-Burro” e pretendo falar com a Profª. Maria Granzoto.
Simpaticamente, o segurança indicou-me o pavilhão onde a Maria Granzoto estava a dar aulas. Aguardei cerca de vinte minutos que a amiga saísse, e esta, logo que me avistou, despediu-se das colegas e alunos e quase correu para mim a abraçar-me:
- Que surpresa mais agradável ! o meu querido amigo Visconde de Don “Mi-Burro” !
- Para mim, é um momento alto conhecê-la ! Queria fazer-lhe uma entrevista …
- Com todo o prazer, mas, ainda tenho que dar mais duas aulas. E se combinássemos para mais logo ?
E assim foi. Na hora marcada sentámo-nos numa esplanada da Avª do Recreio e a entrevista começou:

Burro: - Maria Granzoto, fale-me um pouco de si, do seu agregado familiar, dos seus hobbys, da sua vida profissional ?:
Granzoto: - Resido aqui, mas nasci em Londrina! Vivi a maior parte da minha vida em Apucarana ( 18km daqui) , onde nasceram meus 04 filhos! Dediquei 17 anos da minha vida ao Colégio São José, que completará 60 anos daqui uns dias ( embora essa não seja a minha idade rsrs...) Inclusive, a bem da verdade, serei homenageada nesse Colégio que mora em meu coração, no próximo dia 17!
Em Arapongas, a minha história começou em 1987...
 
Sem querer, mas gostando muito do que faço, meu destino tem sido plantar, cuidar e ver florir a semeadura!
 
Burro: - E como escritora, seus trabalhos e seus projectos ?:
Granzoto : - Creio que desde “ batatinha quando nasce...”, apaixonei-me pela poesia! Decorava poemas que minha saudosa mãe me recitava, especialmente em relação flora! Poemas que você já nem ouve e lê mais! Depois, passei a declamar Castro Alves num programa de rádio! Também escrevia para essa rádio, a hora do “ Angelus”!Sou professora, creio, desde que nasci! Adorava brincar de “ escolinha”! E quem era a professora? A dita cuja, aqui! Tenho quatro filhos (homens), dois já casados, que me deram duas lindas netas! Qualquer dia enviarei as fotos! As duas já estão na escola ( a primeira,HELOÌSA, morena linda, com 14 anos, na primeira série do Ensino Médio; a segunda,CINDY, a polaca mais linda de olhos azuis ( ou verdes?), não sei. Parece a avó e que já está no nível II da Educação Infantil! Parece uma fada! Tenho dois filhos professores ( um de matemática e outro de língua inglesa), um psicólogo concursado em Psicologia Clínica e um Consultor Técnico na área de automóveis!Fiz o Curso de Letras pela Universidade Estadual de Londrina( Português/Inglês e respectivas Literaturas. Cursei Pedagogia, com habilitação em Administração Escolar. Fiz Pós em Língua Portuguesa.

Burro: - Qual o tipo de literatura que mais aprecia e quais os três escritores que mais aprecia :
Granzoto: - Vichê!  Isto vai longe! Adoro POESIA E PROSA!Embora mais ligada à poesia! Escritores? Amo a todos, mas devo destacar as minhas raízes: Camões, Castro Alves, Manuel Bandeira..., ( só 3? ) E Gregório de Matos, Casimiro, Saramago, Vinícius..  ( que crueldade!)

Burro: - O evento da Internet, descobriu uma grande avalanche de escritores / poetas; desta quantidade exagerada, alguns são mesmo bons – outros nem tanto. A pergunta: Gostaria de saber a sua opinião sobre o momento presente da Literatura (em todas as suas vertentes) ?:
Granzoto: Esta pergunta é ainda mais difícil! Mas vamos lá!Gosto muito de ler José Antonio Jacob( Inigualável!), Manuel Maria( fantástico!),Carlos Leite Ribeiro ( não li outro igual!), Saramago, Sardenberg ( pela persistência na divulgação da poesia),Eugénio de Sá, Zena Maciel ( de Recife para o mundo!), a paranaense Helena Kolody... Por favor! Poderia escrever mais que três páginas! Temos valores em excesso!

Burro: - Pode escrever até cinco páginas ! Para terminar, quer fazer uma saudação, especial a alguém ou colectivamente ?:
Granzoto: - Sim! Primeiramente ao Portal CEN, pela oportunidade e pelo belíssimo trabalho despretensioso a favor da Literatura Mundial! Em segundo, aos amigos prosadores e poetas que só têm enobrecido a Literatura em todas as suas dimensões!
Amigo Don “ Mi Burro”! Espero ter respondido a contento! Embora pudesse ficar, conforme um asno, o resto da semana a conceder detalhes desta minha “vivência” poética!
Abraços eqüinos! Maria.
Depois de uma noite bem dormida e do café da manhã, sai do hotel sem rumo certo
Do Brasil para o Portal CEN – “Cá Estamos Nós”
Visconde de Don “Mi-Burro” – Da Ilustre Casa de Equus Asínio

 


 
Seção 03 –  Centenário de nascimento de Patativa do Assaré

 



        Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como PATATIVA DO ASSARÉ, (Assaré/CE, nascido em 05 de março de 1909) foi um poeta popular, compositor, cantor e improvisador brasileiro. Uma das principais figuras da poesia oral nordestina do século XX. Por volta dos vinte anos recebe o pseudônimo de Patativa, por ser sua poesia comparável à beleza do canto dessa ave. Patativa viaja para Belém do Pará, e para Macapá (Amapá) onde apresentava-se como violeiro. Volta para o Ceará para trabalhar na terra, indo constantemente à Feira do Crato onde participava do programa da rádio Araripe, declamando seus poemas.
       Numa destas ocasiões é ouvido por José Arraes de Alencar que, convencido de seu potencial, lhe dá o apoio e o incentivo para a publicação de seu primeiro livro, Inspiração Nordestina, de 1956. Este livro teria uma segunda edição com acréscimos em 1967, passando a se chamar Cantos do Patativa. Em 1970 é lançada nova coletânea de poemas, Patativa do Assaré: novos poemas comentados, e em 1978 foi lançado "CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ". Os outros dois livros, “ISPINHO E FULÔ” e “AQUI TEM COISA”, foram lançados respectivamente nos anos de 1988 e 1994. Foi casado com Belinha, com quem teve nove filhos. Faleceu em 08 de julho de 2002, na mesma cidade onde nasceu.
       É dele a máxima “É melhor escrever errado a coisa certa, do que escrever certo a coisa errada” (P.A)
       E PATATIVA, para quem não sabe, é uma ave passeriforme da família dos fringilídeos, Sporophila Pumblea. É um pássaro com uma fina plumagem de coloração cinzenta, cauda e asas pretas. A patativa é bastante popular por causa de seu mavioso canto. Como se vê nada melhor para nos representar. Deixo aqui um poema dele.
 


Dois Quadros

Na seca inclemente do nosso Nordeste,
O sol é mais quente e o céu mais azul
E o povo se achando sem pão e sem veste,
Viaja à procura das terra do Sul.

De nuvem no espaço, não há um farrapo,
Se acaba a esperança da gente roceira,
Na mesma lagoa da festa do sapo,
Agita-se o vento levando a poeira.

A grama no campo não nasce, não cresce:
Outrora este campo tão verde e tão rico,
Agora é tão quente que até nos parece
Um forno queimando madeira de angico.

Na copa redonda de algum juazeiro
A aguda cigarra seu canto desata
E a linda araponga que chamam Ferreiro,
Martela o seu ferro por dentro da mata.

O dia desponta mostrando-se ingrato,
Um manto de cinza por cima da serra
E o sol do Nordeste nos mostra o retrato
De um bolo de sangue nascendo da terra.

Porém, quando chove, tudo é riso e festa,
O campo e a floresta prometem fartura,
Escutam-se as notas agudas e graves
Do canto das aves louvando a natura.

Alegre esvoaça e gargalha o jacu,
Apita o nambu e geme a juriti
E a brisa farfalha por entre as verduras,
Beijando os primores do meu Cariri.

De noite notamos as graças eternas
Nas lindas lanternas de mil vagalumes.
Na copa da mata os ramos embalam
E as flores exalam suaves perfumes.

Se o dia desponta, que doce harmonia!
A gente aprecia o mais belo compasso.
Além do balido das mansas ovelhas,
Enxames de abelhas zumbindo no espaço.

E o forte caboclo da sua palhoça,
No rumo da roça, de marcha apressada
Vai cheio de vida sorrindo, contente,
Lançar a semente na terra molhada. “

Patativa do Assaré 

 

 

 

Fundo Musical: Último Pau-de-Arara

UMA HOMENAGEM NOSSA A PATATIVA DO ASSARÉ

E A TODO O POVO NORDESTINO.

Iara Melo

Composição: Venâncio, Corumbá e J.Guimarães

Intérprete: Fagner

A vida aqui só é ruim
Quando não chove no chão
Mas se chover da de tudo
Fartura tem de montão

Tomara que chova logo
Tomara meu Deus, tomara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara

Enquanto a minha vaquinha
Tiver a pele e o osso
E puder com o chocalho
Pendurado no pescoço

Eu vou ficando por aqui
Que Deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outros cantos não para

Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara

 

 

Arte topo da página criada

 por Iara Melo

Resolução do Ecrã 1024 * 768

 
 
 
 
 
 

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