Ana Teresinha Drumond Machado

 

Nome:  Ana Teresinha Drumond Machado

 

Profissão: Professora (aposentada) – Hoje, Coordenadora do Pólo Alvinópolis da Universidade Federal de Ouro Preto/MG -CEAD

 

Quer falar um pouco da terra onde mora?

 

Pinta bem a sua aldeia e ela será universal (Tolstoi)

 

Alvinópolis é uma cidade interiorana  de Minas Gerais, acolhedora.

Fica entre montanhas, de clima ameno.

É ainda uma cidade que se pode viver com tranqüilidade, um paraíso terrestre, com os recursos necessários de desenvolvimento – próprios de uma cidade pequena (16 000.00 habitantes).

 

Quando começou a escrever?

 

Sempre afirmo que meus primeiros escritos foram circunstanciais (poemas em homenagens a autoridades, parentes, amigos, madrinha).

Subsequentemente, tomei gosto e dei continuidade ao exercício das palavras, tornando-me uma aprendiz desta arte subjetiva, nobre  e envolvente.

 

 

Teve a influência de alguém para começar a escrever?

Da Literatura. Os grandes e muitos escritores que o universo nacional e internacional coloca em nossas  mãos: Cecília Meireles, Clarice Lispector, Drummond, Mário Quintana, Bandeira, Vinícios, Gregório de Matos, Florbella Spanca, Camões, Garcia Lorca.

 

Lembra-se do seu 1º trabalho literário?

Um poema feito em homenagem a uma freira da cidade – Irmã Helena.

 

Foi divulgado (como)?

O poema foi divulgado na Escola em que trabalhava e, depois, publicado em um a Antologia no RJ – CBJE.

 

Tem livro (s) impresso (s) (editora e ano)?

Por enquanto, não, está apenas em “boneco”. No próximo ano, provavelmente.

 

Tem livro(s) electrónico(s) (e-books), editora e ano.

Não.

 

Projectos literários para este ano de 2008/09?

Sim. Estamos – Fundação Casa de Cultura de Alvinópolis – organizando a criação da Academia Municipalista de Artes, Letras e Ciência de Alvinópolis - AMALCA - e, embutidamente, projetos culturais e oficinas.

 

Como vão ser editados ?:

Circularão no município, em Escolas e eventos locais.

 

Fale-nos um pouco de si, como pessoa humana? 

O mais difícil: Sou muito alegre, sou otimista, gosto de ter amigos, amo minha família (Edmundo, Lara, Edmundo Jr, Felipe e um netinho em gestação), gosto de ler e  escrever .

 

Como Escritor (a)?

Como disse, anteriormente, sou aprendiz. Felizmente tenho bons mestres virtuais.

 

Para se inspirar literariamente, precisa de algum ambiente especial ?

Não. Geralmente quando surgem propostas, inspiração e tema.

Gostaria muito que surgissem, virtualmente, Oficinas Literárias como exercício enriquecedor.

 

Tem prémios literários?

 

Sim. Já classifiquei em alguns concursos dos quais participei com Crônicas, Contos e Poemas

 

Tem Home Page própria (não são consideradas outras que simplesmente tenham trabalhos seus)?

Não. Gostaria.

 

Conhece as vantagens que os Autores do CEN têm em ter sua Home Page ou (e)  Livro (s) electrónicos, nos nossos sites?

Não. Recebi este convite hoje. Gostaria, sim, tomar conhecimento do CEN.

 

Que conselho daria a uma pessoa que começasse agora a escrever ?

Ler muito, continuamente, e escrever, exercitar o ato da escrita.

Há muitas pessoas que são excelentes leitores, porém não se submetem à escrita.

O escritor vem da simbiose leitura/escrita.

 

Para terminar este trabalho, queira fazer o favor de mandar um pequeno (e original) trabalho seu (em prosa ou em verso).

 

 

 

Soturnamente

 

Ana Teresinha Drumond  Machado

Alvinópolis/MG

                                     

 

São Paulo! Comoção da minha vida!

Luzes pelas noites do crime assolam

soturnamente a Paulicéia Desvairada.

Rajadas

 metralham

inocentes e desavisados

trabalhadores.

 

Luzes de pólvora pela noite do crime

denunciam estruturas sociais (des)equânimes 

 de homens farsantes

que criaram a Lei Magna

na tentativa de

 impingir a idéia

de que todos os homens são iguais.

 

Luzes da catástrofe assustam,

desesperam e enlutam

o país

e como lavas vulcânicas

comem, queimam

e consomem a vida,

a confiança e o respeito de

inocentes cidadãos.

São Paulo e o mundo

estarrecem-se

ante essa ciranda 

incendiárias de almas.

 

Luzes da barbárie cortam pela noite do crime

e como a Gênesis – por sete dias –

São Paulo

assusta,

cala

e

pára. 

 

 2008

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