Água, um ser que não pode
morrer
Água que desce ladeira
Molha o rosto cansado,
queimado do sol
Água doce que brota,
no alto da montanha
Inocência que lava o mal de qualquer dor
Sem saber de onde vem,
Cavalga à procura da frescura daquela água
O homem chora quando não enxerga mais
No futuro terá saudade
Não saberá onde reencontrá-la
Água que se foi e secou
Um dia lavou, tudo secou
Triste o homem nada pode fazer
Após a morte só nos resta é chorar.
J.Hilton |

Visão I
Olho para o alto
vejo uma pedra!
Em fileira verde oliva
o pelotão está em outro.
Formam fileiras para proteger
a autoridade.
Com ordem para repreender
a manifestação em solenidade.
Treinados com cães para morder
o inimigo que o elege.
A pedra que rola
só atinge o eleitor
com dor nada fala
onde está o feitor
No microfone, palavras de efeito
aqueles que nada sabem, dizem:
é assim, o que deve ser feito
por apenas um favor, tudo é verdade!
J.Hilton |

Visão II
Cortaram minha mão
não sei porque
sofri pensando na morte
não sei porque
Desejei a morte
tão leso e sombrio
não posso dar um pio
durmo assustado
Desejo sossego
rogo por todos
faço o que pedem
não tenho paz
Liberdade para mim é a fé
sonho ser
estou pronto
para sofrer
Tenho pena
sofro a morte
peço a paz
Ignoram mais
Unidade sem fim
Peço a Deus
que olhe por mim
santa paz
Na escuridão vejo o clarão
no soar em meus ouvidos
sem sentido apenas
a visão de um ser
J.Hilton |

Visão III
Pelos olhos que tenho
vejo um futuro no escuro
um caminho cheio de tropeços
não sei como me levantar
com jeito manso ou ferrenho.
Não sobra tempo nem para pensar
vontade tenho de falar
minha garganta está presa
me alimento de esperança
respiro pela sorte.
Um dia chego lá
Nem que tenha que gritar
para o povo se rebelar.
Um não tem que ser dito
aos que só pensam no poder
J.Hilton |

2012 |
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