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A MULHER É A MÚSICA
E POESIA DA CRIAÇÃO!
Lailton Araújo
Hoje não é o Dia Internacional da Mulher - data para
reflexão e cobranças. Não é dia de festa e de homenagem
à mulher. É dia de entender a atual situação das
mulheres nos continentes, ditos civilizados ou não, e as
políticas sociais em benefício do sexo feminino.
Não é dia de brinde às mulheres rainhas, princesas,
operárias, estudantes, atrizes, cantoras, compositoras,
pintoras, professoras, senadoras, deputadas, juízas,
advogadas, médicas, enfermeiras, escritoras e até
presidentas. Não é dia de brinde para as mulheres que
vivem à margem da sociedade. São presidiárias inocentes
ou não, escravas esperando a alforria, prostitutas
maiores e menores, analfabetas, portadoras de DST -
Doenças Sexualmente Transmissíveis e outras que
trabalham na cidade e no campo, sem as mínimas condições
trabalhistas. São mulheres que sofrem de uma doença
crônica moderna: a discriminação. Elas estão aprendendo
a lutar pela sobrevivência e cidadania. São mulheres com
alma, esperança, poder de sedução, poder de mudança, de
educação, e aprendizes nas sociedades machistas.
Muitos homens ainda matam mulheres em nome da honra! O
que é honra? Matar uma mulher por suposto adultério, ou
mesmo, um verdadeiro adultério é medieval... As
políticas internas e externas do Brasil precisam ser
revistas. As autoridades e diplomacias brasileiras devem
protestar contra quaisquer países que tenham como lema
olho por olho, dente por dente. Os tempos são outros!
Religião e Estado devem conviver com costumes e leis
separados. Não se brinda com sangue... Sangue não é
vinho ou outra bebida para um brinde de festa!
O brilho da mulher está em todos os lugares. Brilha a
mulher negra, branca, amarela, vermelha, azul e até a
transparente - moradora das comunidades opacas. Brilha
ainda a mulher amante, esposa, namorada, que apenas
fica, amiga, inimiga, conselheira, confidente e
inconfidente, mãe, tia, avó, filha, neta, nora, irmã,
prima e mulher primazia. Viva a mulher! Viva a mãe da
terra, da água, do ar, do fogo! Viva a mãe africana,
européia, asiática, americana, brasileira, santa,
profana, do terreiro, do templo budista ou judeu,
evangélica, com ou sem religião, feminina ou não -
apenas mulher!
O planeta Terra - talvez um dia - será outro planeta na
visão da poesia. Quando? Na medida em que o ser humano
homem perceber a importância vital do ser humano mulher.
E para felicidade geral das nações e dos poetas,
acontecerá a verdadeira transformação na sensibilidade
masculina. Serão os caminhos da perfeita harmonia tão
perseguida na arte?
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