Revista "HAIKAI - com Amor"

nº 03
Setembro 2006

Editora: Benedita Azevedo

Neste Terceiro número, daremos continuidade às informações sobre o HAIKAI, sua história e consolidação à Literatura Brasileira. Hoje falaremos de Nempuku Sato, um mestre que veio para o Brasil com o objetivo de divulgar o haiku  japonês aos imigrantes. Publicaremos alguns dados biográficos, para fechar as referências sobre Guilherme de Almeida, uma pesquisa de nosso diretor Carlos Leite Ribeiro, gentilmente envida para esse fim. A partir de agora dividiremos a revista em seções para facilitar o entendimento e a diagramação.


Seção 01  -  Os mestres do haikai
Seção 02  -   Os poetas haicaístas
Seção 03   -  Notícias


__________________________________________________



SEÇÃO 01 – OS MESTRES DO HAIKAI
 

 


Acima, Nempuku ao lado de Shûhei Uetsuka (nome literário Hyôkotsu), o "pai da imigração japonesa", em foto de 1934. Hyôkotsu (1876-1935) é reconhecido como o autor do primeiro haiku em japonês escrito no Brasil (1908), mas considerava Nempuku como seu mestre.
 

“A nau imigrante
Chegando: vê-se lá no alto
A cascata seca”.


_____________________________________________
____________________
 
 

Nempuku Sato,
Por um Discípulo
H. Masuda Goga


O meu primeiro encontro com o Mestre Nempuku (Kenjiro Sato), aconteceu no mês de julho de 1935 no salão do Hotel Esplanada, no centro de São Paulo.

Nesta ocasião, a comitiva de uma missão econômica do Japão estava hospedada neste hotel e um dos membros da mesma, Keizo Seki (nome literário Keisô) queria encontrar-se com o Mestre Nempuku, seu amigo. De minha parte visitava o Sr. Seki que era colega de trabalho de meu tio, Shigekazu Kawamura, com o objetivo de ouvir dele notícias recentes sobre meu parente.

No fim do encontro, Keisô perguntou-me se eu gostaria de aprender haiku com o Mestre Nempuku. Respondi-lhe positivamente, sem hesitar, porque já conhecia o nome do Mestre na coluna de haiku da revista Nôgyô no Burajiru que circulava na colônia japonesa e eu mesmo já experimentara fazer o haiku a meu modo.

Logo depois, comecei a mandar os meus haikus para serem selecionados pelo Mestre, que mantinha sua coluna de haiku do jornal em japonês Burajiru Jihô. Essa relação do mestre e discípulo foi mantida até o dia de seu falecimento, em 22 de outubro de 1979.

A orientação do Mestre sobre o haiku era rigorosa, baseada na observância do estilo tradicional da escola de Bashô, inovando sobremaneira a independência do hokku (a estrofe inicial do poema encadeado) que se chama atualmente haiku.
É famosa a história de que Nempuku imigrou para o Brasil a fim de divulgar o haiku entre os japoneses em sua nova terra, incumbido pelo Mestre Takahama Kyoshi, com quem aprendeu haiku desde a mocidade, quando morava em uma aldeia da província de Niigata, no noroeste do Japão.


Nempuku recebeu um haiku de despedida, como segue:
 

hata utte
haikai koku o
 hirakubeshi

Cultivando a terra,
construa uma nação
de haikai*.
 
(Tradução de Goga)


*  Este termo em japonês abrange todos os estilos de poesia do gênero.

O Mestre Nempuku homem de caráter positivo, sincero e batalhador  trabalhou arduamente para realizar o ideal de seu professor. Após alguns anos da vinda para o Brasil, iniciou sua peregrinação haicaísta, visitando os núcleos agrícolas e promovendo sessões de haiku onde se praticavam concursos. O mestre ensinou aos presentes o "verdadeiro haiku", isto é, o haiku tradicional que obedece rigorosamente à métrica e contém sempre o kigo.

Ele descobriu os diversos kigos tipicamente brasileiros, ao observar atentamente a natureza do país e mostrou aos discípulos como fazer haikus com os novos kigos brasileiros.

A coluna de haiku do jornal Burajiru Jihô cresceu e aumentou o número de participantes que disputavam classificação num concurso mensal. Assim sendo, o haiku tradicional foi divulgado não só entre os agricultores, mas também entre pessoas de outras profissões.

Pouco antes da eclosão da 2a Guerra Mundial, o governo do presidente Getúlio Vargas proibiu a circulação de jornais em língua estrangeira. E a atividade haikuísta por meio do jornalismo entrou em colapso. No entanto, Nempuku não perdeu ânimo e, ao contrário, criou mais coragem de divulgar o ideal do haiku tradicional por meio da seleção e orientação por correspondência, para o bem dos discípulos espalhados por todo o território do país. A maioria se concentrava nos estados de São Paulo e Paraná.

Nesta época, eu estava fixando residência em Pedregulho, no interior paulista, próximo ao limite com Minas Gerais, na altura do Triângulo Mineiro. E mandava sempre a produção não só minha, mas também de meus companheiros, mantendo reuniões de haiku clandestinamente em minha residência. Este sistema de orientação de haiku diretamente pelo Mestre tornou-se cada dia mais difícil e depois da declaração oficial de ruptura de relações diplomáticas entre o Brasil e os países do Eixo, a iniciativa de Nempuku impossibilitou-se por completo.

No entanto, logo depois do término da guerra, a atividade dos haikuístas tornou-se mais viva e animada porque, em janeiro de 1947, saiu a primeira edição do Jornal Paulista (bilíngüe), na qual foi criada uma coluna de haiku pelo Mestre Nempuku. Todos quantos perderam contato com o Mestre durante a guerra ficaram entusiasmados com o reinício da seleção direta do haiku por Nempuku.

No inverno de 1947, a direção do periódico organizou o 1o Encontro de Haiku, em São Paulo, do qual participei e fui premiado com o seguinte haiku:
 
 

Togiretaru
denwa ni seki no
 kikoekeri

 A pausa no fone
e no fundo, do aparelho,
ouvindo-se a tosse...    
(Tradução de Goga)


 
Desta ocasião em diante, o encontro de haiku foi realizado anualmente pelo Jornal Paulista até o dia em que o Mestre caiu enfermo. Eu, durante anos, como um dos redatores desta folha, colaborei para organizar o evento sob a orientação do Mestre. Ele reconhecia a importância desta reunião anual para a difusão do haiku e de seu ideal. O número dos participantes ao encontro anual cresceu ano após ano até atingir o recorde de mais de trezentas pessoas por ocasião da reunião especial em comemoração da 300ª  edição da revista Kokage, que foi criada e administrada pelo próprio Mestre. Além disso, Nempuku aceitava abnegadamente convites para comparecer a encontros regionais apenas para satisfazer os discípulos com sua presença.

Essas viagens haikaístas deram um resultado digno de menção: conforme um cálculo por alto, o número de adeptos atingiria, no auge, a casa dos dois milhares.

Sua filosofia, quanto ao haiku tradicional, era intransigente e nunca cedeu um passo sequer ao "adversário" que desrespeitava o espirito da tradição. Ele defendia a todo custo a escola Hototogisu, dirigida por Kyoshi Takahama, assim como lutava para consolidar a situação da revista Kokage.

A relação entre o meu professor Nempuku e eu durou mais de 40 anos, e aprendi com ele a excelência do haiku do "aqui-agora". O Mestre, quando publicou a primeira edição de sua coletânea, escreveu um trecho como se segue:

"Nasci como filho de um pequeno comerciante de aldeia, mas não aprendi nada sobre negócios e recebi apenas educação primária. Sem cultura alguma, cheguei ao Brasil e por aqui passei a metade de minha vida sem conseguir sucesso digno de nota. Por isso, meus haikus são apenas um diário banal de vida sem valor para ser apreciado. Porém, o haiku tem sido minha vida nestes 25 anos, mesmo nos instantes em que fui impedido de compor pelo cansaço do trabalho pesado. Assim sendo, eu considerava que o haiku era a animação da vida e fui consolado e encorajado pelo mesmo..."

E no prefácio da segunda coletânea, escrito pelo amigo do autor, professor, médico e haikuísta Mizuho, há um trecho que trata da personalidade de Nempuku:

"Era um moço de corpo frágil e magro; porém, depois da chegada ao Brasil, recuperou a saúde e resistiu a todas as dificuldades físicas e mentais", e disse também "um grande sucesso conseguido pelo Mestre Nempuku, como fruto da forte personalidade e enérgica pertinácia".

O Mestre Nempuku, meu venerável professor, era sério em todos os sentidos. Ele exigia honestidade de si mesmo e também dos discípulos. Por isso, não dava aos alunos a liberdade de pertencerem a outras escolas de haiku, de nenhuma maneira. O Mestre queria justificar a solidariedade ao "nosso partido" e nunca cedeu um palmo ao movimento "contra Nempuku". Por esta atitude firme, ele conseguiu subir ao trono de soberano do "país do haiku", o Brasil. Esta história foi televisionada em 1997 pela rede japonesa NHK, num programa cultural muito elogiado entre os espectadores japoneses. Assim, Nempuku cumpriu a responsabilidade de pioneiro cultural, ao plantar a pedra fundamental do "Império do Haiku Tradicional".
Eu, como um dos discípulos de maior intimidade e como um dos redatores do Jornal Paulista, tive a honra de colaborar para concretizar o sonho sublime do "poeta agricultor". Alem dos dois volumes da coletânea de seus haikus, editados em 1953 e 1961, foram publicadas a sob sua orientação uma antologia brasileira (1948) e uma antologia paulista (1952).

Finalmente, vem à lembrança que, quando fiz uma visita pouco antes de sua despedida final, ele me solicitou o máximo de esforço na divulgação do haiku com kigo, oferecendo-me o uísque proibido por orientação médica.

Os seguidores do criador do "país do haiku", todos os anos, no domingo mais próximo ao aniversário de seu passamento, 22 de outubro, prestam suas homenagens, realizando uma grande reunião nacional em São Paulo, onde é realizado um concurso
de haiku.

Dia de Nempuku:
       Ofereço o meu haicai
                      no lugar de flores..........Goga


 

 
                   Acima, participantes do primeiro concurso de haiku da cidade de São Paulo (1937), promovido pelo jornal Burajiru Jihô e realizado no Clube Japonês.

 _____________________________________________________________________________________
 

 
Seção 02  -   Os poetas haicaístas


        Afrânio Peixoto
           (trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro)


 
Filho de Francisco Afrânio Peixoto e Virgínia de Morais Peixoto; recebeu do pai os conhecimentos que obteve ao longo de sua vida de autodidata. Passou sua infância no interior da Bahia, vivenciando situações e paisagens que influenciariam muitos dos seus romances. Formou-se em Medicina, em Salvador, no ano de 1897. Sua tese inaugural, "Epilepsia e crime", despertou grande interesse nos meios científicos do país e do exterior.
 
 
Médico, professor e político.
 
 
Em 1902, mudou-se para a capital do país, na época, Rio de Janeiro, onde foi inspetor de Saúde Pública e Diretor do Hospital Nacional de Alienados, em 1904. Ministrou aulas de Medicina legal na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1907) e assumiu os cargos de professor extraordinário da Faculdade de Medicina (1911); diretor da Escola Normal do Rio de Janeiro, em 1915 e diretor da Instrução Pública do Distrito Federal no ano seguinte.
 
Teve uma passagem pela política quando foi eleito deputado federal pela Bahia, ficando no cargo no período de 1924 a 1930. Após isto, voltou à atividade do magistério sendo professor de História da Educação do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em 1932. Foi reitor da Universidade do Distrito Federal, em 1935 e após 40 anos de relevantes serviços, aposentou-se.
 
Literatura
 
Iniciou na literatura no ano de 1900 com a publicação do drama "Rosa mística". Drama em cinco atos, luxuosamente impresso em Leipzig, com uma cor para cada ato. Entre 1904 e 1906 esteve em vários países da Europa, a fim de adquirir novos conhecimentos.
 
Ao retornar ao Brasil esqueceu-se da Literatura e pensou apenas na Medicina. Nesse período foi grande sua produção de obras de cunho médico-legal-científica. O romance foi uma implicação a que o autor foi levado em decorrência de sua eleição para a Academia Brasileira de Letras, em 7 de maio de 1910, para a qual fora eleito à revelia, quando se achava no Egito, em sua segunda viagem ao exterior.
 
Quase como que por obrigação, começou a escrever o romance "A esfinge", o que fez em três meses antes da posse da Cadeira nº 7, em 14 de agosto de 1911, entrega feita pelas mãos do acadêmico Araripe Júnior. O Egito inspirou-lhe o título e a trama novelesca. O romance, publicado no mesmo ano, obteve um sucesso incomum e colocou seu autor em posto de destaque na galeria dos ficcionistas brasileiros.
Dotado de personalidade fascinante, animadora e de um excelente domínio da oratória, prendia a atenção das pessoas e auditórios pela palavra inteligente e encantadora. Afrânio Peixoto obteve, na época, grande aprovação de crítica e prestígio popular.
 
Na Academia Brasileira de Letras, desempenhou diversas atividades, sendo que um dos seus mais importantes feitos foi obter do embaixador da França, Alexandre Conty, em 1923, a doação pelo governo francês do palácio Petit Trianon, construído para a Exposição da França no Centenário da Independência do Brasil.
 
Como ensaísta escreveu importantes estudos sobre Camões, Castro Alves e Euclides da Cunha. Faleceu no Rio de Janeiro em 12 de janeiro de 1947 com a idade de 70 anos.
 

________________________
 
Seção 03 - Notícias
 

5o Concurso Brasileiro de  Haicai Infanto-juvenil (2006)

O Grêmio Haicai Ipê, o mais tradicional grupo de estudos e prática de haicai no Brasil, promoveu em 2006 o 5o Concurso Brasileiro de Haicai Infanto-juvenil com o intuito de incentivar e difundir o haicai, a menor forma poética do mundo, largamente difundida em todos os países e veículo ideal para introduzir a poesia entre as crianças.
 
Em resumo, foram recebidos 2635 trabalhos (um por criança) de 106 escolas (106 professores), englobando 32 municípios de quatro estados. Em virtude da participação de grande número de alunos da faixa etária inferior a dez anos, e do excelente nível dos trabalhos apresentados, a comissão organizadora dividiu o concurso em duas categorias:

 
. Infantil: Até 10 anos de idade
. Juvenil: 11 a 14 anos de idade
 


O julgamento ocorreu em 27 de agosto. A Comissão Julgadora foi composta por Clície Pontes, Edson Kenji Iura, Hazel de São Francisco e Teruko Oda, haicaístas do Grêmio Haicai Ipê.
 


Os dez haicais classificados na Categoria Infantil




1o Lugar

Borboleta que
não olha por onde voa.
Jantar de aranha!

Luís Gustavo Ferraz - 10 anos
Prof. Jair Sidnei Cândido
EM Profa. Maria Lenira de Carvalho Oliveira
Jaboti, PR


***

2o Lugar

Dia de treino —
Meninos e abelhas
agitam a torcida!

Alan Henrique Silveira Proença - 9 anos
Prof. Jair Sidnei Cândido
EM Profa. Maria Lenira de Carvalho Oliveira
Jaboti, PR

***

3o Lugar

Fundo do jardim
Borboletas coloridas
Fotografo da janela.
Threicy de Oliveira - 9 anos

Profa. Juliana dos Santos Simabucuro
EM Padre Antonio Lock
Cornélio Procópio, PR

 

***

4o Lugar

Besouro listrado
Andando sobre o gramado
Jogador solitário

Dyego dos Santos Pereira - 8 anos
Profa. Regiane Maria Biscaro Leal
EM Dep. Nilson Baptista Ribas
Cornélio Procópio, PR
 


***

5o Lugar

Mal escurece,
cantoria no jardim.
Festa dos grilos!
Leandro do Carmo José - 10 anos

Profa. Maria Aparecida de Oliveira Santos
EM Profa. Maria Lenira de Carvalho Oliveira
Jaboti, PR
 


***

6o Lugar

Joaninha foi
Filhote ficou só
Na flor da mamãe.
Franciele Dambroski - 8 anos

Profa. Kelly Camargo Marchinski
Escola Municipal Madre Rosa Rosato
Teixeira Soares, PR
 

***
 

7o Lugar

Dia calorento
Uma joaninha amarela
descansa na folha.

Gabriela Matos de Jesus Dias - 9 anos
Profa. Mitsuca Miyashita
Ateneu São Vicente
São Vicente, SP
 


***

8o lugar

Escondidinha
na copa da árvore.
Cigarra canta!

Juliana Valéria dos Santos Pinto - 9 anos
Profa. Maria Aparecida de Oliveira Santos
EM Profa. Maria Lenira de Carvalho Oliveira
Jaboti, PR


***

9o Lugar

Borboleta grande
Balançando comigo
Na rede do quintal.

Letícia Carlim de Oliveira - 9 anos
Profa. Mitsuca Miyashita
Ateneu São Vicente
São Vicente, SP
 


***

10o Lugar

Mosquito na teia
tentando escapulir,
enrola-se mais!

Gabrieli Soares Silva Moreira - 8 anos
Profa. Regiane Maria Biscaro Leal
EM Deputado Nilson Baptista Ribas
Cornélio Procópio, PR
 


 ***


 Os dez haicais classificados na Categoria Juvenil


1º Lugar

Numa noite quieta
um único barulho
grilo no meu quarto.

Pedro Henrique Barros Souza - 13 anos
Profa. Lúcia Helena Carneiro Nascimento
Colégio Santo Agostinho
São Paulo, SP

***

2o Lugar

Manhã de inverno
A borboleta se esquenta
No raio de sol.

Guilherme Lucas da Silva - 11 anos
Prof. João Batista Toloi
EMEF Prof. José Bento de Assis
São Miguel Paulista, São Paulo, SP

***

3o Lugar

A cigarra canta
agarrada na árvore
Parece feliz.

Antoniel Belém - 12 anos
Profa. Elenice de Campos
EE Áurea Aparecida Lopes
Papagaios, Inácio Martins, PR

***

4o Lugar

Borboleta azul
nas flores do barranco
brincando com outras!
Patrik Rivelino da Silva - 11 anos

Profa. Marya Crhystina Generoso de Souza
EM Deputado Nilson Baptista Ribas
Cornélio Procópio, PR

***

5o Lugar

Viagem de férias
Carro carrega a família
Um mosquito também!

Kethelin Fabiana Fassini - 11 anos
Profa. Matilde Domingues
Colégio Estadual de Faxinal dos Francos
Rebouças, PR

***

6o Lugar

Um bolo na mesa
Na festa de aniversário
As moscas chegando.

Ronaldo da Silva Braga Almeida - 11 anos
Profa. Cleyde Fabbri
Escola Estadual de Eliza Ensino Fundamental
Distrito de Eliza, Xambrê, PR

***

7o Lugar

Pula, pula bem rápido
O grilo querendo voar
Fugindo do sapo.

Kellyn Francini Zene - 11 anos
Profa. Eliana Aparecida Pacheco de Souza
Colégio Estadual Antonio Xavier da Silveira
Irati, PR
 

***


8o Lugar

Criança a brincar
Em seu cabelo pousando
Borboleta amarela.

Marcelle Alves Moreira - 14 anos
Profa. Lúcia Helena Carneiro Nascimento
Colégio Santo Agostinho
São Paulo, SP
 

***
 

9o Lugar

Mulher irritada
Com chinelo na mão
Barata no chão.

Eduarda da Silva Cabreira - 13 anos
Profa. Lúcia Helena Carneiro Nascimento
Colégio Santo Agostinho
São Paulo, SP
 


 ***


10o Lugar

Vem o pernilongo
Atrapalhar meu sonho
No meio da noite.

Cleiciele de Souza Medina - 12 anos
Profa. Cleyde Fabbri
Colégio Estadual Nestor Victor
Pérola, PR


 
***


 
Fonte: www.kakinet.com
Praia do Anil – Magé – RJ, 19 / 09 / 2006
Benedita Azevedo
 

 

«««»»

 

Formatação: Iara Melo