SEBO LITERÁRIO

DIDÁCTICO ILUSTRADO

 

 

 

De Cabral a Lula...

Nomes que fizeram a Historia
1500 a 2009

2º CAPITULO
PÁGINA 32 DE 
87 PÁGINAS

Costa e Silva:
de 15/03/1967 a 31/08/1969

Artur da Costa e Silva nasceu em Taquari, 3 de outubro de 1902 e morreu no Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 1969. Foi um militar e político brasileiro, o segundo presidente do regime militar instaurado pelo Golpe Militar de 1964.

Seu governo iniciou a fase mais dura do regime militar, à qual o general Emílio Garrastazu Médici, seu sucessor, deu continuidade.
Sob o governo Costa e Silva foi promulgado o AI-5, que lhe deu poderes para fechar o Congresso Nacional, cassar políticos e institucionalizar a repressão, sendo que no seu governo, houve uma aumento significativo das atividades subversivas e de guerrilha visando combater o Golpe de Estado de 1964 e do regime militar por ele instalado.
Foi eleito presidente da República em eleição indireta pelo Congresso, em 3 de outubro de 1966, sendo empossado em 15 de março de 1967.
Extinguiu a Frente Ampla, movimento de oposição que reunia políticos do período pré-64. Combateu a inflação, revisou a política salarial e ampliou o comércio exterior. Iniciou uma reforma administrativa, expandiu as comunicações e os transportes, mas não resolveu os problemas da educação.
Em 1968, a morte do secundarista Edson Luís num confronto com a polícia provocou a Passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro. A situação política agravou-se em agosto, quando o deputado Márcio Moreira Alves recomendou, num discurso, que as moças se recusassem a dançar com cadetes em protesto contra o regime militar. O governo pediu licença ao Congresso Nacional para processar o deputado, mas o pedido foi negado. Costa e Silva convocou então o Conselho de Segurança Nacional e editou o Ato Institucional Número Cinco (AI-5), que lhe dava poderes para fechar o Parlamento, cassar políticos e institucionalizar a repressão.
A luta armada contra o governo de Costa e Silva se intensificou em 1969, sendo que o caso mais grave de terrorismo ocorreu quando Diógenes José Carvalho de Oliveira, Pedro Lobo de Oliveira e José Ronaldo Tavares de Lira e Silva, integrando um grupo de onze terroristas da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), em 26 de junho de 1969, realizaram um atentado a bomba ao Quartel General do  II Exército, em São Paulo. Um carro-bomba foi lançado, sem motorista, ao encontro de portão. A guarda disparou contra o veículo, que bateu na parede externa do Quartel General. Mário Kozel Filho, soldado que prestava o serviço militar obrigatório e era sentinela naquele momento, saiu do seu posto, correndo em direção ao carro, preocupado com eventuais feridos no seu interior. Uma carga com 50 quilos de dinamite explodiu em seguida atingindo uma área de raio de 300 metros. O corpo do soldado Mário Kozel Filho foi despedaçado e saíram feridos gravemente outros seis militares. Diante da violência do ataque terrorista, o governo intensificou a repressão à subversão.
Após sofrer uma trombose cerebral, foi afastado da presidência em 31 de agosto de 1969, sendo substituído por uma Junta Militar. Trombose esta sofrida ao tomar conhecimento de um esquema de corrupção encabeçado por pessoas ligadas a ele dentro da LBA, segundo se comentou na época.
Na ocasião, mandara preparar uma Constituição que pretendia editar daí a poucas semanas, sendo mais autoritária que a de 1967, já imposta pelo regime militar, mas menos repressiva do que o Ato 5 ou do que a "Emenda Constitucional número 1" ou Constituição de 1969, que a junta militar baixaria antes de dar posse ao general Médici. Costa e Silva faleceu no dia 17 de dezembro do mesmo ano, vítima de enfarte.
Dado o contexto geral de repressão e censura à imprensa, na época muitos não acreditaram nas versões oficiais da trombose e do enfarte, acreditando que Costa e Silva tinha sido deposto pelos setores mais conservadores do regime militar. Contudo, nunca houve elementos que comprovassem que não estivesse doente.
Costa e Silva foi o último político brasileiro a aparecer na capa da edição norte-americana da revista TIME, em 21 de abril de 1967

 

 

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