Sebo - LUIZ POETA

SEBO LITERÁRIO

autor


 
 
 
 
 
POET...ÂNSIAS
Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros
 

 

41
LÁGRIMAS SEM LENÇO
Às 19 h e 14 min do dia 30 de dezembro de 2006
 
Seres como tu guardam silêncios
Plenos de afeto e emoção;
Choras tuas lágrimas sem lenço
Dentro do teu próprio coração.
 
 
Teu amor tem o poder... imenso
De afastar as sombras de uma dor,
Mas o teu desejo mais intenso
Dorme em teu silêncio... sedutor.
 
 
Tentam decifrar os teus mistérios,
Teu olhar sorri e, de soslaio,
Fita a solidão dos hemisférios,
E te leva em teu cavalo... baio...
 
 
Sonhas... fantasias,  mas... no sonho
O teu vôo sutil te leva apenas
Para um outro olhar também tristonho
Que olha a placidez de águas... serenas.
 
 
42
QUANDO O TEU CARINHO ME VISITA
Às 17 h e 32 min do dia 30 de dezembro de 2006 do Rio de Janeiro
 
Quando tu me lês e te emocionas,
E me passas tua emoção,
Tuas emoções se tornam donas
Do amor que há no meu coração.
 
Que posso te dar, senão lirismos,
Gotas da mais pura inspiração...
Redondilhas ou... livremetrismos,
Saudades, alentos... solidão ?
 
É assim, amiga, que te sinto:
Alma abençoada que conhece
Toda essa dor que às vezes minto
Quando um verso meu se torna prece.
 
Quando teu carinho me visita,
Uma lágrima bem pequenina
Solta-se e te faz mais infinita
Dentro de uma gota cristalina.
 
E se choro, amiga, é no meu riso
Que a emoção vai se instalar;
Guardo o teu carinho e te eternizo
Nessa luz que existe...em meu olhar.
 
 
43
UM RASTRO DE SAUDADE
Às 21 h e 26 min do dia 4 de dezembro de 2006 do Rio de Janeiro
 
Tu te olhas num espelho arbitrário,
Que te mostra um olhar tênue... fugindo
Para longe, para vãos itinerários,
Onde a dor do desamor vai te seguindo.
 
De repente um barco surge na distância,
No oceano de uma angústia tão potente...
Que o amor refaz a dor na própria ânsia
De querer teu coração num peito... ausente.
 
Tu aguardas, no teu porto de abandono,
Uma imagem que complete o sentimento
Que tu guardas, quando um sonho... tão sem sono
Traz teu barco triste.. ao sabor do vento.
 
Uma névoa mansa chega, entretanto,
E esconde a tua possibilidade
De amar...quando no mar do desencanto,
Teu navio deixa um rastro... de saudade.
 
 
44
ÚTERO DE MEDOS
Às 22 h do dia 10 de outubro de 2006 do Rio de Janeiro
 
Tu te encolhes no teu mar amniótico
De indecisões, de abandonos e receios;
Uma saudade te belisca o nervo óptico,
Mas tu só vês a forma vã dos devaneios.
 
Tu te abraças ao teu útero de medos,
Mas estás presa ao destino da placenta
Que abastece teus mistérios e segredos
Com um amor  que te destrói e te alimenta.
 
E da mudez do teu cordão umbilical
Sugas o néctar da vida que se esvai,
O teu amor preso na dor mais lacrimal
É uma gota que se espalha quando cai.
 
Então percebes que és um feto prematuro
Fragilizado cujo trôpego destino
É procurar na solidão do espaço escuro
Um sonho triste que nasceu tão... pequenino.
 
 
 
45
SE TU QUERES ME SONHAR
Às  8 h e 53 min do dia 4 de outubro de 2006 do Rio de Janeiro
 
Fecha os olhos, se tu queres me sonhar;
Busca a essência do melhor que tu puderes;
E mistura nessa luz do teu olhar
Meu olhar... e mostra, assim, que tu me queres.
 
Se tu queres me sonhar, sonha contigo,
Realiza teus anseios mais sutis
E imagina que eu sou o teu abrigo
Só assim te sentirás bem mais feliz.
 
Se tu queres me sonhar com emoção,
Toma o sonho pela mão, não me esperes,
Porque quando o sonho vem,  a   emoção
Só desfaz a solidão  se tu quiseres.
 
Ah, se queres me sonhar, me imagina
Completando o teu amor com meu afeto...
Faz meu sonho passear pela retina
Do teu sonho mais feliz e inquieto....
 
E quem sabe se em meu sonho repentino,
O teu sonho não dilui  o meu amor
E me faz te percorrer, como um menino
Pequenino... que te vê...  como uma flor.
 
 
46
QUANDO FECHO OS OLHOS
Às 7 h e 4 min do dia 4 de outubro de 2006 do Rio de janeiro
 
Teu sorriso chega quando fecho os olhos...
Minha emoção me faz te amar .... invento
tua voz, teus gestos, tua afeição;
no meu coração há tanto sentimento...
 
Tento não não chorar.....
meu Deus, ah, como eu tento,
e, na iminência triste do meu pranto,
misturo teu riso com meu desencanto...
Tento não te amar...ah... te amo tanto !
 
Teu sorriso tênue, terno, entretanto,
quando abro os olhos e em vão te procuro,
some no vazio do meu quarto escuro
e nos ermos tristes da desesperança
de olhar teus olhos, toda minha dor
vai despetalando essa flor criança
Que sonhava... mansa... com o teu amor.
 
 
47
O TEU AMOR É TUA DOR QUE TE RESGATA
Às 20 h e 44 min do dia 14 de agosto de 2006 do Rio de Janeiro
 
 
A solidão do teu olhar te denuncia;
Não é possível mais conter tua emoção;
A tua alma é como um céu... de tão vazia,
Dissolve o dia em tua dor de solidão.
 
A tua face olha tudo e não vê nada;
Só uma estrada e um vago itinerário
Mas há um vulto no vazio dessa estrada:
É tua dor que, quando vem, não marca horário.
 
Ah, se pudesses resgatar o que perdeste...
O teu amor, o teu carinho, o teu afeto;
O teu olhar revela tudo que sofreste,
Quando a saudade é o teu brinquedo predileto...
 
Estás sozinho e uma lágrima iminente
Vem na corrente dessa dor que te maltrata;
Ela te mata e o teu coração nem sente
Que o teu amor é tua dor que te resgata.
 
 
48
VIRTUANSIAR
Às 19 h e 56 min do dia 03 de dezembro de 2004 do Rio de Janeiro
 
Certamente tu me vives,
Mesmo dos meus olhos longe;
Meu amor é como um monge,
Que através do pensamento,
Espalha polens no vento
E cria sua  própria flor...
E por mais que tu me prives
Dos teus olhos, dos teus braços,
Eu abraço teus abraços
Com ternura, docemente,
E sinto tudo o que sentes
Quando sinto o teu amor.
 
Na saudade eu te pertenço,
Pois quando te rememoro,
Tudo em volta ignoro,
mergulho nos labirintos
Dos desejos que te sinto
Soltos no meu coração...
É assim quando eu te penso,
Quando quero te sonhar,,
Mergulho em teu lindo  teu olhar
Que brota desta saudade
E faço a felicidade
Transformar-se em sedução.
 
 
49
PERTINHO
Às 19 h e 57 min do dia 1° de agosto de 2006
 
Tu me dás um beijo, mas não te aproximas...
Temes, por acaso, que eu te deseje ?
Beijo de pertinho é como uma rima:
Puxa outra rima... Queres que eu te beije ?
 
Se tu não quiseres, eu já me contento;
Guardo este momento no meu coração
Qualquer beijo teu traz mais que sentimento
Ah... eu não agüento: - É muita emoção !
 
Afinal de contas, tu vais me beijar ?
Pra que  disfarçar se eu te deixo tonta ?
Pula nos meus braços, quero te abraçar....
O que há nesse olhar ? Vai logo, me conta !
 
Deixa pelo menos eu me aproximar;
Se tu me beijares, não vais mais partir,
Vamos... vem aqui, menina, o teu olhar
Já me faz te amar mesmo sem te sentir.
 
Se não me beijares, eu fico tristonho
Mas o meu desejo vai te procurar
E quando dormires, dentro do teu sonho
Ah... não adianta... eu vou te beijar
 
 
50
UM RASTRO DE SAUDADE
Às 21 h e 26 min do dia 4 de dezembro de 2006 do Rio de Janeiro
 
Tu te olhas num espelho arbitrário,
Que te mostra um olhar tênue... fugindo
Para longe, para vãos itinerários,
Onde a dor do desamor vai te seguindo.
 
De repente um barco surge na distância,
No oceano de uma angústia tão potente...
Que o amor refaz a dor na própria ânsia
De querer teu coração num peito... ausente.
 
Tu aguardas, no teu porto de abandono,
Uma imagem que complete o sentimento
Que tu guardas, quando um sonho... tão sem sono
Traz teu barco triste.. ao sabor do vento.
 
Uma névoa mansa chega, entretanto,
E esconde a tua possibilidade
De amar...quando no mar do desencanto,
Teu navio deixa um rastro... de saudade.
 
 
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SUTIL SEDUÇÃO
10 h e 40 min do dia 20 de novembro de 2004 do Rio de Janeiro
 
Tu sutilizas os ermos do  meu pensamento,
Eu me solto no vento, como um pássaro... sem temor;
O céu é o limite dos sonhos,  e no abismo do amor,
Meu coração se dilui no teu olhar mais atento.
 
Estou voando livre, quase sem movimento,
Volátil, anestesicamente... sem medo, sem pressa e sem dor;
Minha alma te segue lírica, magnetizada, seja onde for,
Sem tréguas, sem tédios, sem mágoas, sem desalento.
 
Tudo é bruma, névoa, frio... e embora eu nem te conheça....
Olho-te nos olhos e a imagem que estou vendo
Faz com que – no meu amor -  toda tristeza pereça
 
Cerro os olhos, envolvo-me na luz do teu olhar e me estendo,
Como um leito de pétalas tenras em que tu me transformas
Não quero acordar... Só preciso amar a solidão sutil do mar... de tuas formas.
 
 
52
BEM-ME-QUER... MAL-ME...
Às 11 h e 50 min de um Rio de Janeiro  de tempo abafado, mas sem Sol
 
Quando a solidão falar mais alto...
Quando cada gesto se calar,
Quando o bem-me-quer despetalar,
Quando não houver nem sobressalto...
 
Abre a porta, deixa a dor entrar,
Chora a ausência, sofre o abandono,
Deixa essa dor velar teu sono,
Deixa a solidão se acomodar.
 
Então,  logo tu perceberás
Que o amor da gente é uma flor
Que brilha mais forte no calor,
 
Mas murcha...se a chuva não a molha
Chora... e com teu pranto molharás
Essa flor do amor... que nem te olha.

 
53
 RENOVÂNSIAS
Luiz Poeta ( sbacem-rj ) - Luiz Gilberto de Barros
Às 18 h e 50 min do dia 22 de julho de 2006, especialmente para a ternura de Zena Maciel.


Tu guardaste na bagagem
Tuas mágoas e pensaste
Que levavas na viagem
Todos sonhos que guardaste...
 
 
Porém tu nem percebeste
Que os sonhos são fugazes,
Estavas triste, não creste
No que os sonhos são capazes...
 
 
Se não sonhas, tu te tornas
A presa fácil,  fatal
Da dor que tu não contornas,
E que te faz tanto mal...
 
 
Sonha, amiga, revigora
Teu sonho mais escondido,
pois se o sonho vai embora,
A vida não tem sentido.
 
 
Beija a boca da ternura
Tu não tens outra saída,
Fecha as portas da amargura
E renova a tua vida !
 


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 LUSOFONIA
Luiz Poeta
Luiz Gilberto de Barros - Às 10 h e 18 min do dia 24 de fevereiro de 2008 do Rio de Janeiro
 
 
Na atualidade, a Língua Portuguesa,
Mais que a ousadia dos desbravadores,
Exprime e ostenta, em  sua natureza,
A sublimidade dos seus escritores.
 
Brasileiro-lusa, Luso-brasileira,
A voz portuguesa  é uma só nação,
Cujo som ecoa pela Terra inteira,
Como o batimento de um só coração.
 
Há, nessa fusão, bem mais que um idioma;
Um fundir de almas que emociona
Quem lê ou escuta essa nossa voz...
 
E é a emoção da alma lusitana
Que faz do Brasil, a pátria americana,
Da lusofonia viva em todos nós.
 


55
AMIGO AMADO... IRMÃO
Luiz Poeta ( sbacem-rj ) - Luiz Gilberto de Barros

Às 12 h e 49 min do dia 5 de março de 2005 do Rio de Janeiro especialmente para o meu irmão português Carlos Leite Ribeiro


Cada ano, meu irmão, que aniversarias,
Deus nos mostra o quanto és tão importante
Para a vida, para a paz, para a alegria,
Para nós a cada dia, a cada instante.
 
Cada vez, meu  irmão, que comemoras
O teu dia, tu estás comemorando
O teu tempo em nosso tempo, pois tu moras
Na lembrança dos que sempre estão te amando.
  
Parabéns ! Que Deus te guie  e te proteja
Te abençoe e cuide do teu coração
E que sempre no teu peito a paz esteja
Carlos Leite, meu amigo amado... irmão.
 
E é por isso, meu irmão, que todos nós
celebramos o teu dia alegremente
E cantamos livres, numa livre voz
Que o teu coração está dentro da gente.
 


56
HORIZONTES LAPIDADOS
Luiz Poeta
Luiz Gilberto de Barros = Às 23 h e 32 min do dia 28 de agosto de 2009 do Rio de Janeiro
 
Teu coração está em festa... os convidados
São tua angústia, o teu medo e teu amor...
O teu olhar vê horizontes lapidados,
Mas tens nas mãos só a ternura de uma flor.
 
Na solidão do teu silêncio mais profundo,
O  mundo gira e entorpece o pensamento
Que desconhece a solidão de cada mundo,
Quando há no mundo tanta dor e sofrimento.
 
Buscas alento nessa possibilidade
De vislumbrar, por trás das nuvens da incerteza,
Um sonho bom que alce voo na ansiedade
Que a liberdade sempre tem, por natureza. 
 
Que bom seria ver teu véu solto no vento
E o teu momento ganhando velocidade
Descortinando, no azul do firmamento,
O sentimento mais bonito que te invade...
 
Eternamente... mansamente... afetuoso...
O teu esposo sedutor te beijaria
E te daria um sonho tão maravilhoso,
Que até o teu medo mais teimoso fugiria.
 
O horizonte te convida... tu hesitas,
Estás aflita, entretanto o teu olhar 
Há de encontrar tuas respostas mais bonitas...
Quando teu sonho... sedutor... despetalar.
 


57
 AMANDANÇANDO
Luiz Poeta – Luiz Gilberto de Barros
 
Eu chamo minha dama pra dançar;
Estamos sós, criamos o ambiente:
Luz negra, roupas leves a brilhar
E os corpos que se tocam... levemente..
 
A música provoca uma paixão,
Os lábios não resistem, surge um beijo
Amantes, nós rolamos pelo chão
No ritmo do sonho... e do desejo...
 
A música termina... o que importa ?
A dança impulsiva continua
Nem sei se nós fechamos essa porta...
Azar ! Quero beijar tua pele nua !
 


58
ODE A TUA SUBLIME ALMA
Luiz Poeta


Luiz Gilberto de Barros - às 21 h e 52 min do dia 25 de fevereiro de 2010, especialmente para o espírito bom do meu amado irmão literário
Eugénio de Sá.

Amado irmão, quando a adaga da amargura
perfura a alma, atingindo o coração,
a solidão passa a ferir, de forma dura,
toda a ternura que se instala na emoção.
 
Mas tua alma, meu irmão, sublime e pura
sempre se cura através do teu perdão
a esse irmão, pobre varão, de alma impura,
que só procura provocar destruição.
 
Nunca te vi,  apenas li a tua alma
tão poderosa de emoções e sentimentos
e se te ler numa fração sempre me acalma,
teu coração passa a habitar meus pensamentos.
 
Sou teu irmão de alma, tua poesia
sempre extasia meu olhar embevecido
ante as palavras, frutos dessa fantasia,
onde a magia de escrever ganha sentido.
 
Leve é o mar do teu olhar sobre o teu mundo,
que é tão profundo, quando escolhes cada voo
e se te leio, sobrevoas, num segundo
o meu olhar, e por te amar,eu te abençôo.
 
Não és um nome, meu irmão, és muito mais
que esse cais da emoção mais expressiva
do teu olhar que vê no mar, a mesma paz
que sempre faz que a poesia sobreviva.
 
Rezo por ti, repousa em ti o que reflito,
bendito sejas e que Deus te leve a paz
e por tu seres meu irmão, oro contrito,
o mar é aflito, mas há sempre um novo cais.
...
 
 
59
QUANDO EU TE ABRAÇO, MEU IRMÃO
Luiz Poeta

Luiz Gilberto de Barros - Às 12 h e 9 mi do dia 5 de julho de 2009 de Pindamonhangaba, São Paulo
Jogos Florais
 

Quando eu te abraço, meu irmão, celebro a vida
Que há em mim, que há em ti, que há no mundo;
A minha dor passa a ficar tão distraída,
Que o coração cura a ferida num segundo.
 
Quando eu te abraço, meu irmão, sinto que Deus
Mostra seu rosto através do teu olhar
Que abençoa essa luz dos olhos meus,
Então eu sinto o meu amor se iluminar.
 
Quando te afastas, meu irmão, meu pensamento
Voa nas asas dos anjos do firmamento
E se transforma, dentro do meu coração,
 
Em muitas bênçãos... e o amor que te abençoa
É minha alma que te segue e sobrevoa
A tua alma pela minha oração.
 


60
 QUANDO REPLANTARES TEU JARDIM
Luiz Poeta ( sbacem - rj ) - Luiz Gilberto de Barros
 
Sou teu jardineiro, me contrata;
Deixa-me cuidar o teu jardim,
Quero podar tua dor ingrata
Que às vezes dói dentro de mim.
 
Há tantas sementes sepultadas
Sob os cascalhos do amargor
Que só poderão ser germinadas
Pela intenção do teu amor.
 
Galhos secos devem ser cortados
Para que os brotos resistentes
Surjam livres, verdes, delicados
Dentro desse amor que só tu sentes.
 
Folhas, polens,  pétalas, raízes
Hão de adubar teu coração
Flores dos mais límpidos matizes
Irão rebrotar da solidão.
 
Haverá um tempo de espera
De aparente dor e desencanto
Mas perceberás  que a primavera
Vale cada gota do teu pranto.
 
Porque cada fruto e cada flor
Na verdade hão de celebrar
Toda dimensão do teu amor
Refeita na luz do teu olhar.
 

 

 

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