Marísia Vieira
Nome: Marísia de Jesus Ferreira Vieira
 
Nome artístico: Marísia Vieira

Profissão: Médica e professora universitária aposentada

Quer falar um pouco da terra onde mora?
Moro numa terra à beira da Lagoa dos Patos, num cantinho do Brasil, e que se chama Pelotas - Cidade Princesa do Sul

Quando começou a escrever?

Sempre escrevi desde que aprendi a juntar letras

Teve a influência de alguém para começar a escrever?

Tive o incentivo de professores.

Lembra-se do seu 1º trabalho literário?

Meu primeiro trabalho literário deu-me a recompensa de ser premiado.

Foi divulgado (como)?

Foi divulgado no jornal de classe do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários - IAPI e que se chamava "O MINUANO".

Tem livro (s) impresso (s) (editora e ano)?

Tenho "POEIRAS DE PENSAMENTO"; "PÁGINAS DOURADAS"; ambos editados pela EDUCAT (Editora da Universidade Católica de Pelotas - 1983 e 2004, respectivamente); "O LIVRO DE CAPA AZUL" (Editora da Universidade Federal de Pelotas - 2006); "CAMINHOS" (Editora e Gráfica Santa Cruz - Pelotas- 2008). Este livro vai ser Lançado em outubro na Feira do Livro em Pelotas e em Porto Alegre.

Projectos literários para este ano de 2008/09 ?
Tenho projeto de um novo livro, já encaminhado, para 2009.

Como vão ser editados ?:
Será editado pela mesma editora de Caminhos.

Fale-nos um pouco de si, como pessoa humana?
Sou viúva, não tenho filhos nem meus pais vivem, moro só apenas minha companhia é uma poodle micro toy, Luna, que é inteligente e me compreende como eu a ela. Criei 6 (seis) sobrinhos, fui professora por muitos anos em diversas escolas e na Univ. Cat. de Pelotas. Presidente do Centro Literário Pelotense 2004-2006, pertenço ao Clube de Escritores de Piracicaba (SP), sou acadêmica na Academia Sul-Brasileira de Letras. Tenho muitos amigos, além de escrever, faço pintura acadêmica, com preferência pela figura humana. Sou bióloga e Médica.
Gosto de ler, tenho muitas plantas que adoro cuidá-las. Ah! Tenho um canário, o Ciganinho, cujo canto me encanta, agora, enquanto escrevo, ele gorjeia que treme a garganta. Gosto de antiguidades, minha neta disse que minha casa parece museu. Tenho mania de colecionar: corujas, elefantes, cachorros, gatos, tartarugas, livros... Adoro viajar, conheço grande parte do Brasil,  Chile, Paraguay, Uruguay, Argentina. Música, também, tenho mais de 200 CD's. Meu apartamento é meu mundo.

Como Escritor (a)?

Como escritora, gosto de escrever e a crítica é que pode dizer como sou. Escrevo poesia e, às vezes, alguma crônica e /ou conto.

Para se inspirar literariamente, precisa de algum ambiente especial ?

Quando "bate" a inspiração, posso estar em lugares os mais inusitados, em momentos os mais variados.

Tem prémios literários?:

Sim, poucos, mas tenho. Quase não me inscrevo em concursos.

Tem Home Page própria (não são consideradas outras que simplesmente tenham trabalhos seus)?

Não

Conhece as vantagens que os Autores do CEN têm em ter sua Home Page ou (e)  Livro (s) electrónicos, nos nossos sites?
Não

Que conselho daria a uma pessoa que começasse agora a escrever ?

LEEEEEEEEER,LERRRRRRR, LER. Só a leitura de bons autores nos ajuda a bem escrever.

Para terminar este trabalho, queira fazer o favor de mandar um pequeno (e original) trabalho seu (em prosa ou em verso).
 

A CANÇÃO DE PORTUGAL
 
Tenho indelével saudade das noites de portugal
quando na mocidade ouvia fado original.

Hoje guardo comigo muitas lágrimas caladas
ao relembrar um amigo: o fado nas madrugadas.

Corações de pedra existem, não ouvem a voz da saudade.
Um soluço não emitem ao lembrar a mocidade.

A madrugada da vida é sempre a coisa mais boa.
Eu andava distraída pelas docas de Lisboa.

É terra de gente boa onde deixei amizade;
ditosa pátria e Lisboa tua voz, voz da saudade.

Na rua da Amendoeira canta-se o fado também,
uma paixão verdadeira, lá, todo mundo tem.

Filho da noite, alma do fado, guitarras do meu país!
Um poeta apaixonado canta divino fado e é feliz.

Ser fadista é cantar na Tribuna dos Fadistas
numa guitarra tocar, cantar as nossas conquistas.

Pelas ondas embalado, o vento enfunando velas,
gosto de ouvir o fado, o Fado das Caravelas.

Lembro sempre Portugal quando fado é saudade
da minha terra natal, terra da felicidade.

Fado é alma portuguesa, Amália, do fado a rainha.
Cantá-lo é pura beleza, Ah! se Lisboa fosse minha!

Perfume do fado inebria, amor ao fado apaixona.
Cantar fado noite e dia, idéia que não me abandona.

Portugal, berço do fado. Mãe do fado é Lisboa.
Pelo fado enamorado, minha mente ele povoa.

Estas palavras ao vento, estou tão longe daí...
Grande ironia do tempo, o tempo que não vivi.   


2008

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