O VIRA DE LIANOR
 
Homenagem a Luis Vaz de Camões
 
A compositora escolhe estes versos, pela curiosidade da narrativa, em que em alguns momentos, uma tripla interpretação a fez analisar com sensibilidade o texto, para captar o sentido do que em realidade o autor quis dizer:
 
"Vai fermosa e não segura..."
 
Não segura o quê? O pote, que ficava livre sobre sua cabeça, ou ela mesma não estaria segura de sua beleza, ou, ainda, por estar descalça, temeria escorregar na verdura da grama?
Magistral esse texto de Camões.
 
Mírian brinca com a idéia de Lianor dançar o vira, e cria o texto do refrão, aliado aos versos do autor.
O resultado foi delicioso!
 
 
 
O VIRA DE LIANOR
folclore
Letra, música e interpretação de Mírian Warttusch
Arranjos, maestro Eduardo Santana
 

Descalça vai para a fonte

Lianor, pela verdura;

Chove nela graça tanta,

Que dá graça à fermosura

 

Leva na cabeça o pote,

Os textos nas mãos de prata,

Cinta de fina escarlata,

Sainho de chamalote;

 

Vira, vira, vira, vira

Vira, vira, rodopia

Na virada dessa saia

Vira, vira, rodopia

Sainho de chamalote

Vira, vira, rodopia.

 

Vai fermosa Lianor,

Vai fermosa e não segura.

Descobre a touca a garganta,

Vai fermosa e não segura.

Cabelos de ouro  entrançado,

Fita de cor de encarnado,

Vai fermosa Lianor

Tão linda que o mundo espanta.

 

Vira, vira, vira, vira

Vira, vira, rodopia

Na virada dessa saia

Vira, vira, rodopia

Sainho de chamalote

Vira, vira, rodopia.

 

Trás a vasquinha de cote,

Mais Branco que a neve pura;

Chove nela graça tanta,

Que dá graça à fermosura 

 

 

Leva na cabeça o pote,

Os textos nas mãos de prata,

Cinta de fina escarlata,

Sainho de chamalote;

 

Vira, vira, vira, vira

Vira, vira, rodopia

Na virada dessa saia

Vira, vira, rodopia

Sainho de chamalote

Vira, vira, rodopia.

 

Vira, vira!

 
formatação de Candy & Menezes Saad

 
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