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Ligia Scholze Borges Tomarchio |
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RETENDO
IMAGENS
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SUSSURROS
DA
NOITE
Ligi@Tomarchio®
Noite.
Entre
estrelas
e
flores
sussurros.
Amor
declarado.
Ao
lado
represados
sentimentos
lentos
alento
para
dor
cor
de
amor!
Canções
das
águas
cristalinas
emoções
florescem
desejos
recolhe
medos
antigos.
Nostálgico
olhar
encontra
o
meu
soluços
separação.
Ao
mundo
grita
desarmonia
de
sons
ecoando
tristes...
Ainda
amo
você!
Ligi@Tomarchio® |
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VÔO
LIVRE
Ligi@Tomarchio®
Sentada
num
grão
de
areia
vislumbro
vôos
razantes
homens
corajosos
executam
proezas
celestes
sobre
o
mar.
Do
alto
morro
que
vejo
sou
eu
quem
voa
o
sol
queima
o
rosto
correntes
de
ar
me
elevam.
Pouso
suave
na
atmosfera
febril,
extasiada
completo
mais
uma
travessura
de
quem
sonha
o
prazer.
Ligi@Tomarchio® |
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TRISTEZA
Ligi@Tomarchio®
Nas
ondas
do
destino
entre
brumas
rubras
a
tristeza
sangra
sua
dor.
Envolvem
recifes,
rochas,
areias
do
imaginário
oceânico.
Cala,
recolhe,
transborda...
Devolvendo
os
grãos
da
felicidade
aos
miseráveis
corações
aflitos.
Céu
que
não
reflete
sua
cor
no
mar
da
existência
esconde
o
sol
envergonhado
de
tanta
dor
derramada.
Os
pensamentos
chovem
devaneios
soluçando
esperança
de
carinho
colo
de
menino
carente
de
mãe.
Natureza
revoltada,
espuma
veneno
não
mata
a
tristeza
apenas
a
amortece
suave.
Florestas
inteiras
de
uma
vida
repleta
de
anseios
utópicos
perde
a
esperança
no
verde
do
corpo
empresta
o
breu
da
noite
sem
luar.
Alegria
imoral
para
o ar
carregado
de
ideais
sem
direção
transforma-se
em
tornados
mentais
desolando
o
deserto
desorientado.
Astros
sem
pena
arrebatam
o
céu
amedrontam
o
mar
e a
floresta
tornando-os
invisíveis
sonhos
ruins.
A
aurora
boreal
lamenta
sua
vida
deseja
ser
felicidade
eterna.
Perene
é o
belo.
Permanente
é o
horror
da
dor.
Tristeza
natureza
restabeleça
a
ordem
deixe
o
fluxo
da
vida
em
seu
caminho
natural
não
perturbe
mais
esse
coração
alado!
Ligi@Tomarchio® |
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VISÃO
NOTURNA
Ligi@Tomarchio®
Noite
escura
sem
luar
nas
mãos
o
escorrer
do
mar
a
lamentar
desejos
das
profundezas
do
verdejar
dos
campos.
Profunda
solidão
inocente
lembrança
renasce
a
criança
ainda
pura
com
castelos
no
deserto
de
alma
perplexa
a
procurar
no
desvão
uma
recordação
qualquer.
Não
pode
ser
um
dèjá-vu
lampejo
de
memória
uma
paisagem
espúria
sem
cores
para
onde
os
campos?
Um
oceano
sem
bruma
um
rio
mudo
um
céu
negro.
Ligi@Tomarchio® |
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SONHO
DE
AMOR
Ligi@Tomarchio®
amor
eterno...
terno
entardecer
outonal
horizonte
calado
observando
movimentos
lentos
entrelaçados
pensamentos
corpos
horizontais
incógnitos
sob
o
céu
a
testemunhar
na
ramagem
pirilampos
iluminam
paixão
aves
noturnas
ouvem
o
farfalhar
das
folhas
secas
agora
úmidas
corpos
brilham
banhados
emaranhados
pelo
desejo
sol
escondido
desnuda
a
lua
dos
amantes
prateando
a
paisagem
os
corpos
em
êxtase
a
paixão
incontrolável
o
sonho
de
amor...
Ligi@Tomarchio® |
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SOLIDÃO
Ligi@Tomarchio®
No
afã
dos
deveres
cumpridos
esquecemos
nossos
semelhantes
como
se
antes
não
existissem:
sinal
de
tempos
conturbados.
Perturbados
humanos
sem
direção
onde
um
vão
arrebata
seu
coração
por
milhares
de
pessoas
esbarram:
solidão
do
mundo.
Rachados
ao
meio
seus
sentimentos
alimentam
seus
lares
e
contas
bancárias
esquecendo
sua
importante
missão:
amar
ao
próximo
como
a si
mesmo.
Amor
ausente
nos
corações
duros
perdidos
na
multidão
do
mundo
o
correr
do
tempo
dirá:
não
estamos
sós...
Ligi@Tomarchio® |
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SINA
SEM
FÉ
Ligi@Tomarchio®
Noite
sem
luz
dia
na
escuridão
almas
perdidas
corpos
no
chão.
Amantes
entrelaçados
no
emaranhado
lençol
buscam
prazeres
encontram
AIDS.
Acordar
cedo,
estômago
roncando,
o
jantar
não
degustado
o
almoço
incerto.
Trabalho
duro,
sem
futuro
recompensa
certa
ao
final
da
semana
bar
da
esquina
fatura
labuta
nordestina.
Nova
semana
acordar
cedo
roncando
bocejando
o
jantar
trabalhando
o
almoço.
Cambaleando
no
coletivo
remoendo
emoções
contidas
não
mais
sentidas,
esquecidas
no
nordeste
distante,
a
amante.
Filhos
raquíticos
pigmeus
do
Brasil
globalizado,
internetizado.
Cadê
cultura?
Apenas
escultura
no
MASP.
Ligi@Tomarchio® |
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