Antologia - por ILDA BRASIL-POESIA,ARTE E REALIDADE - MAR2012


 

Antologia Virtual POÉTICA

-III-
“POESIA, ARTE E REALIDADE!”

Mar 2012

PÁG. 2

 

01 -

Ilda Maria Costa Brasil

Ilda Maria Costa Brasil graduada em Letras: Português e Literatura Brasileira, na Universidade do Vale dos Sinos de São Leopoldo/RS; Pós-Graduada em Recursos Humanos, na PUC-RS. Em 2011, recebeu Diploma e Colar do Mérito Literário Haldumont Nobre Ferraz, do Clube dos Escritores Piracicaba/SP; Troféu “Filhos Ilustres de Restinga Seca - RS”, da Prefeitura Municipal da Cidade; Diploma e “Médaille D’Argent", da ASL - “ARTS-SCIENCES-LETTRES”, Societe Academique d’Education et d’Encouragement, de Paris/França; Certificado e Medalha de “Honra ao Mérito” do Instituto Brasileiro das Culturas Internacionais em Minas Gerais – InBrasCi; Medalha e Mérito Literário da Academia de Letras do Brasil, Mariana/MG. Em fevereiro de 2012, recebeu o título de Embaixadora Universal da Paz – Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix Genève-Suisse/France.

 http://www.caestamosnos.org/autores/autores_i/Ilda.htm

 

UM PEDIDO DE PAZ
Ilda Maria Costa Brasil


 Imagens de violência
afetam o dia a dia
da população brasileira;
suprimem vidas
e geram dores, medos e angústias.
 
A todo o momento,
depoimentos de jornalistas e policiais
mostram o difícil cotidiano
que ocupa centros urbanos e rurais
imprimido pelo tráfico e pelo desamor.
 
Emoções florescem
e sentimentos sobressaem,
revelando corações reprimidos
pelas amarguras da vida,
embora aspirem vencer
os obstáculos e os medos
para, enfim, vivenciarem
HARMONIA E AMOR.
 ORAMOS PELA PAZ!

~ * ~
A POESIA E O POETA
Ilda Maria Costa Brasil


Despida de total vaidade,
permito que o Lirismo
e a Poesia aflorem
em meus pensamentos
e circulem por minhas veias,
apossando-se de meu ser.
A Poesia ignora idade
e classes sociais e,
por ser livre,
não medi distâncias,
percorrendo diferentes caminhos,
a fim de levar a outros
emoções, sentimentos
e vivências.
Em suas andanças, aprecia o belo
e reúne alimentos
para fortalecer Aquele
que lhe dá Vida
e lhe permite alcançar
a distantes horizontes,
o seu criador, o Poeta.
A Poesia é o Poeta!


02 -

ALBA PIRES FERREIRA

ALBA PIRES FERREIRA nasceu em Porto Alegre/RS. Graduada em História, pela Faculdade Porto-Alegrense de Educação, Ciências e Letras, Porto Alegre/RS. Presidente da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves, Porto Alegre/RS; Integrante da Academia Literária Gaúcha, Sociedade Partenon Literário e Casa do Poeta Latino Americano, Porto Alegre/RS; Membro Correspondente da Academia de Letras Rio - Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro/ RJ; Vice-Presidente da Associação Artística, Literária, Científica e Tecnológica "A Palavra do Século 21", Cruz Alta/RS; Membro do Colegiado Acadêmico do Clube dos Escritores de Piracicaba/SP; e, dos Poetas del Mundo Brasil. Verbete da 2ª Ed. do Dicionário de Mulheres, da Historiadora Hilda Flores, de Porto Alegre/RS. Em 2010, recebeu Médaille de Bronze da Société Académique d’Education et d’Encouragement, Paris/França.
 

RUMOS
Alba Pires Ferreira

Envelhece a noite em sua negritude.
Bares, ruelas,
opressivos ares
exalando urina de cão.
Repentino, ergue-se o vento,
arrastando escórias entre casas
enroladas em estórias:
A tristeza sem remédio
nas calçadas.
Gritos, assaltos,
polícia, ambulância.
Enlaçados, o frio e a fome,
binário e morte.
Noite, ainda de pernas abertas
a luz e infernos desenham muros.
Sem norte,
a cidade, se agita, culpada.
Apodrecem vergonhas e desgovernos.
Vomita em silêncio o poeta!

~ * ~
COMPREENSIVO E SINGULAR
Alba Pires Ferreira


Estação!
Bagagens antigas
repletas de ontens
eu, comoção
ir e vir
à espera

Sento num banco
Levanto
me impaciento
pela demora...
E a hora?
Quem dera!

Brusco vaivém
o apito dispara
justo quando
meu olhar aflito
se depara com o trem
a sacolejar nos trilhos.

Vejo a hora
se achegar.
E não é que
neste momento
sint(o)desejo

 

03 –

BELKIS FREITAS DE OLIVEIRA

BELKIS FREITAS DE OLIVEIRA nasceu em 18 de março de 1977, em Porto Alegre/RS. Graduada em Letras - Língua Portuguesa e Respectivas Literaturas, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Pós-graduada em Docência de Ensino Superior, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/EB. Participante do Projeto Educação Continuada – Estágio Avançado e do Curso de Extensão “Múltiplas Alfabetizações e Alfabetismos”, da UFRGS. Revisora de obras literárias. Professora de Língua Portuguesa, Redação e Literatura do Colégio João XXIII, de Porto Alegre/RS. Integra a AVSPE - Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, fundada por Efigênia Coutinho, Balneário de Camboriú/SC; Liga dos Amigos do Portal CEN, de Portugal; Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves, de Porto Alegre/RS; e Grupo dos Poetas del Mundo do Brasil.

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_b/Belkis_Oliveira.html

 

 PENSARES SEM LUGARES
Belkis Freitas de Oliveira


Na inquietude destas horas dispersas,
rompe-se o tédio
que adormece o ser.
A fluidez de pensamentos obtusos
que perpassam a mente,
tangenciam a sobriedade
que reina nesta vida
sem explicação.
Nos mais diversos lugares,
há sempre vozes,
como cantos dispersos.
Será você quem os sussurra?
Não importa, pois esse canto
não mais seduz.
Reconhecer uma verdade teatro
é questão de sobrevivência.

~ * ~
TALVEZ
Belkis Freitas de Oliveira

Talvez se chegue cedo,
só para ver quem vai passar...
Tudo depende,
se for tarde demais,
ou cedo demais,
o movimento não será o mesmo,
estará inevitavelmente comprometido
e você,
talvez, quem sabe,
nem apareça.
Em busca de algo
que a possibilidade
é tão efêmera,
deslocar-se continuamente
é o que resta...
O andar incessante
acompanhado pela dúvida
instiga o novo despertar.

 

04 -

CARMEN LUCIA DA SILVA CARDOSO

CARMEN LUCIA DA SILVA CARDOSO nasceu em 22 de fevereiro, em Cachoeira do Sul/RS. Reside em Porto Alegre/RS, Capital Gaúcha. Poetisa e Professora, graduada em Letras: Português-Espanhol, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS e Pós-graduada em Psicopsicologia pela mesma Universidade. Professora de Litersatura Portuguesa e Brasileira do Colégio Estadual de Ensino Médio Júlio de Castilhos - Julinho, de Porto Alegre/RS. Tem poemas publicados em Jornais, Antologias e Coletâneas Nacionais e Internacionais; Elos com Amigos, de Socorro Lima Dantas, de Recife/PE; nas Revistas "A Gruta da Poesia" e “Recanto da Prosa e Verso”, do Portal CEN, de Portugal; e integra a Fundação Colégio Júlio de Castilhos, criada em 1998, que visa a melhoria do ensino, oportunizando cursos e palestras a professores da rede pública estadual.

 

FALAR COM O ECO
Carmen Lucia da Silva Cardoso


Falar com o vácuo
vazio, solitário.
falar sem palavras,
falar com incógnitas,
falar para o triste,
para o distante.
Instante que olho sem ver
o olhar que lanço,
que com dedos danço,
transfiguro, figuro,
em figuras, que não vejo,
imagino, idealizo,
não sinto, pressinto.
Seres solitários,
ausentes, carentes,
fracos, covardes,
misto de letras,
digitando sonhos,
que criam, recriam,
idealizam, desfazem,
porque não fazem,
não procuram,
não querem,
não mostram.
E a sós, calam-se.


~ * ~
UM ANDAR ERRADO, ERRANTE!
Carmen Lucia da Silva Cardoso


Que pena do adeus tão breve
Que terminou, sem existir
Que pena, pelo que não foi dito
Pelo que não iniciou
Que pena, pelo que não vivi
Que pena, pelo que não quis conhecer
Que pena do traço, do passo
Que não marquei
Das mãos que recolhi,
Do olhar que desviei
Dos lábios, que calei
Do peito que fechei
Do calor que apaguei
Que pena, pela palavra saudade
Que deixei existir
E vai comigo
Silenciosa
Nas ruas, na chuva,
No andar errado, errante,
Sem rumo, sem nada
Nesta vida tão breve
Sem sentido
Sem razão
Sem lógica
Só lógica do certo
Só lógica da razão
Sem lógica, de ser lógica
Só!
Sem nada...

05 -  

EUGÊNIA DIANA SILVA DE CAMARGO

EUGÊNIA DIANA SILVA DE CAMARGO nasceu em 24/05/1959, em São Sepé/RS. Filha de Abílio da Costa e Silva e de Julieta P. da Silva. Professora, Graduada em Pedagogia pela Universidade da Região da Campanha, Caçapava do Sul/RS e Pós-graduada em Psicopedagogia Institucional pelo Centro Universitário Diocesano do Sudoeste do Paraná. Integra a Liga dos Amigos do Portal CEN, Portugal; Associação Literária Sepeense, São Sepé/RS; e o Grupo Poetas del Mundo. Tem poemas publicados nos Jornais locais; em Antologias Nacionais e Internacionais; nos "Elos com Amigos", de Socorro Lima Dantas, de Recife/PE; Revista "A Gruta da Poesia", do Portal CEN; e é Verbete do Guia de Autores Contemporâneos - Galeria Brasil 2010, Celeiro de Escritores, Ed. Sucesso/SP. Ém 2010, o 2º Lugar no XX Concurso Chadayl de Poesía “Antonio Apa Lucas”, em Montevideo/Uruguay.

 

AMOR... SEM FIM
Diana Camargo


Nesse corpo frágil que te abrigas
A revelia de uma consciência
És o soar suave da cantiga
E traz à alma luminescência.
A razão não te permites a existência
E o viver em conflito se detém
Se crer numa ilusão traz consequências
Ignorar-te não será viver também.
Ah, esse amor platônico...
Que se revela num viver irônico
E pela existência permanece.
Esse amor sem fim...
Que abala e entorpece a alma
E como bálsamo também acalma.
Ah, esse sentimento...
Que por vezes serve de alento
E não se apaga no passar do tempo.


~ * ~
HOUVE UM TEMPO...
Diana Camargo


Houve um tempo só de flores
De uma eterna primavera
De paixões e de amores
E esse tempo eu vivi...
Houve um tempo de incerteza
De angústia e ansiedade...
De entender minha fraqueza
Nesse tempo eu resisti...
Houve um tempo de revolta
De viver de uma quimera
Da espera de uma volta
E desse tempo eu fugi...
Houve um tempo de tristeza
De silêncio, de saudade...
De viver sem a certeza
E nesse tempo eu sofri...
Foi então que veio o tempo
Da escolha, da verdade...
De viver dignidade
E nesse tempo eu renasci...

 

 

 
Para índice                                          para 3ª pág.

           

 

 

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