Antologia 
Virtual 
			POÉTICA
			
			-III-
			“POESIA, ARTE E REALIDADE!”
			
			Mar 2012
			
				
				PÁG. 3
				
			
				
			
			06 -
			
				
				IZABEL ERI 
				DIEHL DE CAMARGO
				IZABEL ERI 
				DIEHL DE CAMARGO é professora universitária, escritora, poeta; 
				natural de Soledade/RS e reside em Porto Alegre. Filha de Lothar 
				Diehl Murat e de Leontina Batista de Camargo Murat. Embaixadora 
				Universal da Paz, Genebra/Suíça – Cercle Universel des 
				Ambassadeurs de La Paix. Integra: o Grupo de Poetas del Mundo; a 
				Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, de Balneário 
				Camboriú/SC; a Liga do Portal CEN, de Portugal, a Academia 
				Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias do Rio de Janeiro; 
				a Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves, Porto 
				Alegre/RS; a Sociedade Brasileira de Poetas Aldravianistas e a 
				Academia de Letras do Brasil, Mariana/MG; a Academia Literária 
				Feminina/RS; a Casa do Poeta Latino-Americano; a Associação de 
				Jornalistas e Escritoras do Brasil; a Casa do Poeta 
				Rio-Grandense; e a Confraria de Poetas de Porto Alegre/RS.http://www.caestamosnos.org/autores/autores_i/Izabel_Camargo.html
				
 
				 
 
			
			
						
							
								
									| HORA DA PAZ Izabel Eri Diehl de Camargo
 Estou anunciando
 o clamor da voz mundial.
 Nas ruas, nos lares, no ar, na alma,
 há um sentimento profundo
 de amor, lealdade e Paz .
 Está colorido de branco
 o jardim universal
 corações batem forte
 ao som da palavra Paz.
 Vai a pomba da esperança
 pousar em todo lugar
 levando a Paz no bico
 para na Terra plantar.
 O estado vibracional
 soa em todos os ouvidos
 desenhando Paz e esperança
 nos corações sofridos.
 A sintonia de pensamento
 entre os homens
 varre a crueldade
 A ressonância acontece
 na alma, na voz, na visão,
 no coração, na vida, na emoção.
 Deus, elimina a guerra
 da face da Terra!
 Virá a transformação de verdade
 no mundo só crescerá
 a Paz e a fraternidade...
 
		
				~ * ~GRADES
 Izabel Eri Diehl de Camargo
 Quero enxergar o firmamento
 Quero sentir o perfume das flores
 Quero respirar o ar da manhã.
 As grades ofuscam a clara vista
 A janela da alma está em luta
 Ela grita por liberdade.
 Quero conversar com a lua
 Quero apreciar os caminheiros
 Quero aplaudir a serenata.
 Tirem as grades da minha janela
 Violência! Baixe as armas
 Instale-se a fraternidade
 Ressoe a paz e o amor
 no mundo, na casa, na vida,
 na consciência e no coração do homem.
 Liberdade em toda idade!
 Esperança justiça e paz
 no mundo, na humanidade!
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			07 - 
			
				
				JURACI DA 
				SILVA MARTINS
				JURACI DA 
				SILVA MARTINS nasceu em São Sepé/RS; Escritora, Poetisa e 
				Artista Plástica com várias exposições e mostras. Em 2006, 
				publicou seu primeiro livro “Clamores Silentes” e, em 2010, 
				"Trilha Humana". Acadêmica Efetiva da Academia Virtual Sala de 
				Poetas e Escritores, fundada por Efigênia Coutinho, Balneário de 
				Camboriú/SC; Delegada da Associação Artística e Literária “A 
				Palavra do Século XXI”, Cruz Alta/RS; Membro Correspondente da 
				Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves, Porto 
				Alegre/RS; Celeiro de Escritores, Santos/SP; Liga dos Amigos do 
				Portal CEN, Portugal; Confraria de Poetas Teia dos Amigos, 
				Sorocaba/SP; Grupo dos Poetas del Mundo . Verbete da 2ª Edição 
				do Dicionário de Mulheres, da Historiadora Hilda Flores, Porto 
				Alegre/RS. Prefaciadora e Parecerista de Obras Literárias; 
				Presidente da Associação Literária Sepeense, São Sepé/RS. 
				
				 
 
			
			
				
					
						| VISÃO DE POETAJuraci da Silva Martins
 Desde criança, ouvi atenta as homilias
 O padre dizia, foi assim naquele tempo
 Pensei que o tempo de então tivesse fim
 Mas a história se repete a cada dia
 Muitos espinhos entre as flores do jardim.
 
 A vida é sempre um eterno encantamento
 Bastam os campos em floridas primaveras
 Com seus odores para todos deleitar
 Vê-se a rolinha, mesmo só num matagal
 Sem um coral, nunca deixe de cantar.
 
 Como as estrelas se espelham num riacho
 Para um encanto de um simples pescador
 Os coachos dos anuros nos banhados
 Faz um agrado ao poeta e pensador
 Que vê riqueza no seu pobre coachar.
 
 Se este tempo é semelhante aos tempos idos
 Haverá sempre um poeta sofredor
 Esperando, talvez, um vento alado
 Que o reponte para um campo mais florido
 Que é devido, por justiça, a um cantador!
 ~ * ~
 SAUDADE
 Juraci da Silva Martins
 Saudade é sopro sem rumo,
 Que não dá explicação.
 Saudade é marca que fica,
 Do algo que se perdeu
 Nas distâncias do então...
 Saudades é chama apagada
 Que o vento levou nas asas,
 Ficando as cinzas das brasas,
 Empoeirando a razão.
 Saudade é dor ortiva.
 Transpassando o coração
 É japecanga cruenta
 Nas presilhas da vida
 Onde a alma se atormenta
 Pela dor de uma ausência.
 Saudade é o cheiro de alguém
 Que impregnou os sentidos,
 Do bem viver e do amor.
 Saudade é o olhar perdido,
 Carregando seu mistério,
 Rasteando um sonho alado,
 Para saciar-se outra vez
 Na fonte que o inebriou.
 No sol que o acalentou
 No perfume que exalou!
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			08 – 
			
				
				JOSÉ LIBERATO 
				PIRES FERREIRA
				
				JOSÉ LIBERATO PIRES FERREIRA 
				nasceu em 24 de dezembro de 1945, em São Sepé/RS. 
				Agropecuarista, poeta, professor e advogado, graduado em 
				Jornalismo e Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade 
				Federal de Santa Maria/RS - UFSM; Pós-Graduado em 
				Psicomotricidade, pela Fundação Vale do Jacuí/RS. Sócio Fundador 
				da Associação Literária Sepeense, de São Sepé/RS; e, Membro da 
				Liga dos Amigos do Portal do CEN, de Portugal. Em 2010, 
				conquistou o 1º Lugar no XX Concurso Chadayl de Cuento corto y 
				Poesía “Antonio Apa Lucas” (Categoria Adultos – Poesia), em 
				Montevideo/Uruguay. Leciona Filosofia no Colégio Estadual de 
				Ensino Médio "São Sepé" e é o autor do Hino Municipal de São 
				Sepé/RS. Tem poemas publicados nos jornais de sua cidade natal; 
				e nas Revistas Virtuais “Gruta da Poesia” e “Recanto da Prosa e 
				Verso”, do Portal CEN.
				
				
 
 
			
						
							
								
									| NO SUL DO MEU OLHARJosé Liberato Pires Ferreira
 Sob o céu do meu sul, meu olhar
 Se faz poesia, minha noite de quimeras
 Pois o lume das estrelas me encantam
 E alumbram minha alma de tapera.
 
 A saudade vem na brisa viageira
 Na retina, luz de prata vem pintar
 Só o amargo do meu mate me consola
 Quando a flauta das taquaras vem tocar.
 
 E nas asas desta noite vôo longe,
 Quando o lume das estrelas pousam em mim
 Todo o chão se faz céu em luz dos fachos,
 Vaza o teto, pelas frestas do capim.
 
 Na aurora do meu sul eu me ilumino,
 Quando as luzes vermelhadas vem nascer
 E de paz, meu rancho, na geada,
 Vem o sol, meu sorriso aquecer!
 ~ * ~
 A GARÇA
 José Liberato Pires Ferreira
 Garça solitária que distante passas
 Crucifixo branco que ao longe se some
 Qual um lenço no céu apelas à paz,
 Há muito afastada da alma dos homens.
 
 Quando segues teu rumo rasgando horizontes
 A deitar as estrelas no leito das asas
 Derramas no campo os reflexos da lua
 Pintando de prata a paisagem da várzea.
 
 Os grilos da noite e as aves do dia
 Gargantas e flautas que encantam as matas
 Fico a indagar, por que garça esse jeito
 Teu canto calado no fundo do peito.
 
 Já sangras o céu num voo pra longe
 Tuas asas sumindo me acenam adeus
 Parece que pousas num ninho entre as brumas
 Cobrindo de afagos teus sonhos tão meus.
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			09 - 
			
				
				LUCAS COZZA BRUNO
				
				LUCAS COZZA 
				BRUNO nasceu no dia 8 de dezembro de 1986, em São Paulo/SP. 
				Filho de Iara Cozza Bruno e de Aurélio Bruno. Graduado em 
				Turismo, pela FARGS - Faculdades Rio-Grandenses. Reside em Porto 
				Alegre/RS. Tem participações em várias Antologias e Coletâneas 
				Literárias Nacionais e Internacionais. Membro da ALPAS XXI - 
				Associação Artística e Literária A Palavra do Século XXI, Cruz 
				Alta/RS; AGEI - Associação Gaúcha dos Escritores Independentes; 
				Sociedade Partenon Literário; Casa do Poeta Rio-Grandense, Porto 
				Alegre/RS; Academia de Letras Rio-Cidade Maravilhosa, Rio de 
				Janeiro/RJ; Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, de 
				Efigênia Coutinho, Balneário Camboriú/SC; Liga do Portal CEN, de 
				Portugal; a Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves, 
				Porto Alegre/RS; e Accademia Internazionale Il Convivio, de 
				Castiglione di Sicília/Itália. 
				
				
 
 
			
						
							
								| 
								ENCANTAMENTOLucas Cozza Bruno
 Nos versos,
 a razão da existência,
 do sonhar e do sorrir.
 Nos versos,
 um instrumento harmônico,
 uma voz dócil e encantadora,
 que ilumina o meu caminho,
 liberta a minha mente
 e dá sentido a minha inspiração.
 Nos versos, uma explosão
 de meus pensamentos,
 um entrar sem pedir licença,
 um extravasar de emoções.
 Os versos não me permitem
 ficar quieto;
 geram-me lembranças,
 saudades, esperanças...
 Quando os componho,
 sou vibração,
 sou caminhos infinitos,
 sou melodia.
 Minha vida floresce
 e tudo é encantamento!
 Crio e vivencio uma intensa paz,
 paz que me faz sonhar e viver.
 
								~ * ~
 O QUE É POETAR?
 Lucas Cozza Bruno
 Poetar é andar na passarela da vida;
 É reprimir o sussurro no peito;
 É brincar com as ideias;
 É trazer as imagens do nada;
 É driblar o apagão da luz do coração.
 Poetar é atravessar o espaço;
 É olhar o voo dos pássaros;
 É viajar num outro universo
 É colher a flor da paz;
 É sentir nos dedos, as bênçãos do Senhor.
 Poetar é não ter medo de errar;
 É buscar sonhos e acordar o tempo;
 É até fingir ser feliz e estar alegre;
 É abrir as comportas da usina do querer;
 É ver no Tietê, águas claras e cristalinas.
 Poetar é tocar Ave-Maria
 na bateria da Mangueira;
 É colher goiabas e pêssegos
 no apartamento dos avós;
 É cantar e deixar a tristeza de lado;
 É admirar a mansão do João de Barro;
 É ver um tesouro brilhando no céu.
 Poetar é conseguir beijar o coração
 É dar retoques na felicidade
 É ver a namorada vestida de fada;
 É disfarçar a saudade dentro de si;
 É agradecer a Deus o coração de poeta!
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			10 -  
			
				
				LUIZ CARLOS 
				MARTINI
				LUIZ CARLOS 
				MARTINI nasceu em 30 de agosto de 1961, em Formigueiro/RS; e 
				reside em Restinga Seca/RS. Graduada em 
				Letras/Português/Literaturas – EAD/UFSM. Delegado Cultural da 
				Associação Artística e Literária ‘A Palavra do Século XXI’ 
				(Restinga Seca, Agudo e Santa Maria). Membro Efetivo da AVSPE - 
				Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores; Membro 
				Correspondente da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro 
				Alves, de Porto Alegre, Cadeira 14, Patrono José Antonio do 
				Valle Caldre e Fião; Membro Fundador e Presidente do Conselho 
				Deliberativo da Academia Regional de Artes e Letras Condorcet 
				Aranha, de Restinga Sêca/RS, Cadeira 06, Patrono: Erico 
				Verissimo; Patrono da Feira do Livro da Escola Municipal Leonor 
				Pires de Macedo. Tem participações em Antologias e Coletâneas 
				Nacionais e Internacionais; e no Jornal Integração, de Restinga 
				Sêca/RS.
				
				
				
				
 
 
			
						
							
								
									| CAIXA D´ÁGUALuiz Carlos Martini
 Estou suspensa
 Quatro suportes
 Água cheia
 Fui ferro firme e forte
 
 O tempo não vem
 Ereta à margem da sanga
 A cidade é minha
 Nos trilhos do trem
 
 Heróica de raça
 Resisto teimosa
 A conta dos anos
 Da Maria Fumaça
 
 Da máquina a sede saciei
 Fui símbolo e me consolo
 As coisas mudam
 Até nome de cidade eu dei
 
 Secou a água da fonte
 As pernas balançam
 Estou só, no que resta
 Contemplar o horizonte
 ~ * ~
 DA VIDRAÇA
 Luiz Carlos Martini
 Me recosto na vidraça da janela
 Olhando o mundo lá fora
 Retorno ao meu eu
 Quase implorando por ela
 Me disperso no pensamento
 Num silêncio total
 Vejo o movimento da rua
 Pessoas em desalento
 Quase a vejo na retina
 Apenas uma miragem
 De um golpe frustrante
 Que cobre a cortina
 Neste viajar, de repente
 O som de porta se abrindo
 Vozes perdidas
 Permaneço silente.
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