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Antologia
Virtual
VIII
Junho
2012
ORGANIZADORA:
Maria Beatriz
Silva (Flor de Esperança)

PÁG 3
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11 - CARLOS
NEVES |
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Carlos Neves, Nascido em 1940 na cidade
de Parnaíba – Pi
Morei em Salvador de 1960 a 1985,
retornando a capital do meu Estado.
Formado em Técnico de Prospecção de
Petróleo pela Petrobrás.
Poeta, escritor com três obras
publicadas. Dois romances de ficção
espiritualista (“O Espelho” - publicado
pela editora Baraúna ) (“O Espelho – A
Reencarnação” - publicado pela Editora
Perse) e um de poesias (“Eterno Amar” -
Publicado pela Editora Perse). O
terceiro romance, um épico que tem como
foco os escravos do Recôncavo Baiano em
1850, já está concluído e em fase final
para ser publicado.
O endereço do meu Blog.
http://avalonpoesias.blogspot.com
Minha página no Recanto das Letras
http://www.recantodasletras.com.br/autores/Carlosneves |
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VENTO SOPRADO
Queria ser soprado pelo vento
E cair dentro da tua historia de vida.
Queria ser respirado por ti,
Inalado como ópio a perturbar
Teus sentimentos límpidos,
Transformando-os em pensamentos
De amor que foge da ilusão,
Querendo ter a salvação
De viver uma realidade sem ter
Que se deixar tomar por enganos,
Mas que fossem revigoradas
Dos mais insanos pensamentos...
Pensamentos pecaminosos
Com a luxúria a te predominar,
Repleta de desejos sem precedentes,
Que abrissem as portas
Para vivermos a nossa historia...
E me fazer presente na tua vida,
Ao ser soprado pelo vento
E ser teu ar respirado.
Carlos Neves
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12 - CEZAR UBALDO |
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CEZAR UBALDO (de Oliveira Araujo),
nascido em 2 de outubro de 1950 em Feira
de Santana-Bahia, é educador, poeta, com
dois livros publicados:Das Liberdades e
Convicções do Homem, e Poemas de Bem
Querer e Outros Quereres; participa dos
sites literários Portal Literal. Poetas
del Mundo,Overmundo, Poesia Baiana,
Autores.com.br; administra o blog Prato
Raso; participou de três edições da
Revista Stitientibus, da Universidade
Estadual de Feira de Santana; Autor e
diretor Teatral; coordenou por vários
anos a Página Literária do centenário
Jornal Folha do Norte; colunista dos
jornais eletrônicos Vivafeira,
Infocultural, Acontecebahia,
Jornaldapovo. Membro efetivo da Academia
de Cultura da Bahia. |
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SILÊNCIO
Silêncio...
uma branca seda, oculta
teus ombros de virgem
noturna.
As tuas frontes morenas,
de onde chegam e se juntam
pássaros de sonhos coloridos
festejam-me
e,se um sonho não chega
como o pássaro que cruza o ar,
não poderei cantar...
Silêncio sim, silêncio
para que tua boca dê-me licença
e que eu sinta dela o perfume
e que eu possa cercar-me
do teu amor por dentro,
por dentro do teu corpo desnudo
como flor e brisa...
Silêncio...
Cezar Ubaldo
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13 - DHIOGO
JOSÉ CAETANO |
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Dhiogo José Caetano, Professor,
historiador, escritor, poeta,
correspondente da ACLAC Academia Cabista
de Letras e Artes, membro da AVSPE
Academia Virtual Sala dos Poetas,
Escritores, membro do Instituto
Histórico, Geográfico e Genealógico do
Grande ABC, membro da ACLA, Senador da
FEBACLA Federação Brasileira dos
Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes,
Cavaleiro Comendador da Ordem Soberana e
Militar do Dever Sagrado.
Uruana, Go - Brasil |
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O FLUXO DOS PROBLEMAS E A COMPLEXIDADE DA
FELICIDADE
Para ter sucesso na vida, primeiro é preciso
praticar o ato de agradecer, construindo a
sua vida a partir daquilo que você é.
Praticar o ato de agradecer não quer dizer
resignar-se à vida que vive atualmente, mas
apreciar aquilo que já tem, em vez de se
lamentar por aquilo que ainda não tem.
Todos nós temos o direito do sucesso, da
realização pessoal e profissional. A vida
consiste em uma caminhada de descobertas,
desenvolvimento das nossas qualidades
enquanto seres humanos.
A primeira coisa a apreciar é a sua vida.
Claro que a existência nem sempre é fácil e
nos reserva provações.
O sofrimento é causado porque nós imaginamos
que, um dia, vamos ter uma existência
perfeita e que nunca mais teremos problemas.
Pensar assim cria um sofrimento que acresce
àqueles que já temos, uma vez que é
impossível nunca mais ter problemas.
A felicidade não consiste em nunca mais ter
problemas, e sim saber resolvê-los ao longo
do nosso processo evolutivo.
A única forma de atingir esta felicidade é
ser mais realista do que sonhar com uma
existência sem qualquer problema, portanto
pratique o ato de agradecer.
Primeiro, aprecie o simples fato de viver.
É tão evidente que poucas pessoas se lembram
de dizer obrigado universo. Tomam por
evidente e adquirido o fato de viverem.
Porém, todas as vidas têm um começo e um
fim.
Não é só no último dia de vida que devemos
ter consciência do seu valor, mas aqui e
agora.
Ter consciência do valor da sua vida é o
primeiro passo para encontramos a
felicidade.
Os problemas são verdadeiros fluxos
passageiros em nossas vidas, não nos
impedindo de encontrarmos a complexidade da
felicidade.
Portanto, viva a vida antes que ela passe...
Dhiogo José Caetano
Uruana, Go - Brasil |

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14 - EDVALDO
ROSA |
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Edvaldo Rosa, poeta escritor, resenhista de livros em poesia.
Promotor cultural, com larga presença em
sites de literatura na net, e
participante e organizador de Sarais em
São Paulo - Brasil. Com um livro solo
publicado, "Caminhando com as
borboletas" e o "Marcas do coração..."
ainda no prelo a ser lançado na Bienal
do Livro de São Paulo de 2012, e
participante de várias antologias.
Links de meus trabalhos, entre outros:
www.sacpaixao.net
http://edvaldorosa.blogspot.com.br/
www.academiavirtualbrasileiraalmaartepoesia.com |
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A MINHA SIMPLICIDADE...
Venho das plagas periféricas da grande e
cinzenta São Paulo! Nascido num tempo em que
a vida era levada a ferro e fogo... A
ditadura corria solta pelas ruas, armada até
os dentes com porretes e rifles...
Inquieto, um dia, perguntei á minha mãe onde
ela estava naquele tempo, onde chovia chumbo
quente, sobre as gentes nas passeatas...
Disse-me entre dentes, ( não sei se
sorrindo, ou entristecida), estava
procurando por mais um prato de comida á
mesa!
Sei que muito cedo ganhei o mundo... Um
mundo circunscrito pela força em minhas
pernas...
E pelo comprimento das estradas!
Anos passados, entre o limbo do ostracismo,
e a plena vivência de uma identidade,
trouxeram-me quase incólume até aqui...
(Feridas no peito, por não estarem á mostra,
não entram no computo desta doida conta, um
tanto quanto doída!)
Mas, de todo modo, vim seguindo com o tempo,
munido com o que trazia dentro de mim...
Conscientemente e inconsciente também... Com
simplicidade!
Uns dizem-me hoje, sem uma ponta de medo na
língua, que sou um sobrevivente, não por
mérito próprio, apenas, mas por ter tido
sorte na vida! Então sorte é isso? E ela
finalmente dá as caras, e grita-me: Eu
existo!
Insisto, veementemente, nada saber sobre
caatingas, sobre carnaúbas, sobre juremas...
Declaro ficar em êxtase com as histórias
ouvidas de meu irmão Carlos Silva e seus
patrícios... Histórias com aga, pois tomo-as
por verdades absolutas!
Sei falar dos lixões nos arrabaldes da
grande cidade... Onde procurava extrair uns
trocados com as sucatas deixadas ao vento...
Sei falar das tardes, dos dias em que na
represa, e em suas margens, perseguia
pardais, com meu bodoque sem pontaria!
Sei falar da gurizada que descalça corria
atrás de uma bola, ou das outras eximias no
pião, e daquelas que jogavam queimada,
pulavam cabra cega, andavam de bicicleta...
(Sei falar de todas elas, mas pouco, pois
era sempre apenas um expectador, paralisado,
atrás dos vidros embaçados de minhas
janelas...)
Fico pensando nas festas nas terras de
Aporá, e cercanias, terra natal de Carlos
Silva, e sonho... As daqui eram festas dos
outros, para os outros... Estava sempre a
parte do que ocorria...
Daí, talvez, quem sabe, o meu gosto pelas
palavras e pelas poesias... Elas partem de
dentro de mim... E enquanto pássaros
engaiolados seriam somente minhas... (Mas
não há grades fortes o suficiente para
prendê-las...)
E assim, parte de mim eu gerava em
silêncio... E a outra parte andava á solta
por ai...
Carlos veio falar-me outro dia sobre o tal
silêncio, coisa linda, abunitada, na fala do
cabra da peste, que dizia assim:
“O Silencio, fala comigo, bem intimamente, e
somente eu o escuto.Reflito, relembro amigos
amizades,lugares e situações tão próximas na
distância do meu ouvir.
Calo meu grito na mudez do meu juizo, e
escuto a voz do vento a embalar as
lembranças tantas já vividas em lugares
tantos,já passado, repaginado hoje num
presente silencioso.
As vezes somente eu escuto a minha voz, e
por mais que eu grite, a sonoridade não
propaga, pois, carregados de saudades estão
os meus pensares, e tal qual o poeta Edvaldo
Rosa, sozinho busco na companhia do meu
silencio, o aconchego para entender-me. “
E ai fiquei extasiado!
O amigo do nordeste, das terras áridas, dum
mundo tão cheio de penas, mostra-se tão meu
igual, quase um reflexo... Somos tão irmãos,
tão irmanados, não obstante termos sidos
paridos em hemisférios tão distintos...
Fico pensando, com meus botões entre dedos
trémulos; não sou tão simples assim... Ou
pelo menos assim não me acho...
Sou o que sou... Somos o que somos... O que
a vida fez da gente, o que fizeram com a
gente!
E nestes dias entre sorrisos e abraços, uma
voz se levanta vindo das terras de Sorrocaba;
Paulo Rodrigues, tão gracioso, amoroso, me
acolhe como pai... É certamente caminhos que
se cruzam, rotas que convergem entre si!
E assim, pensando no Carlos Silva, penso
carinhosamente no Paulo Rodrigues, penso na
vida, penso em tudo, penso em mim... A
minha, a nossa, simplicidade, é motivo de
honra, de certa vaidade, pois nos fez assim
como somos, e esta forma de ser, fez com que
nós nos amassemos da forma como nos
amamos...
E os caminhos, são apenas caminhos para
aqueles que não sabem viver... ( Eu insisto
que estou ainda aprendendo)
Seja como for, aproprio-me das palavras do
Carlos Silva, pensando também no Paulo
Rodrigues, para pensar sobre como pode ser
simples viver, e no constante movimento que
é:
“Ainda nem fui, mas o meu pensamento ja me
indaga:Quando voltarás?
Mergulho em vontades tantas,que nem ouço o
pisar dos meus assustados pés, no solo do
meu seguir.” (Nas palavras de Carlos Silva)
Eu já não sou tão quieto e nem tão mudo...
Tenho no Norte o Carlos Silva, e aqui no
Sudeste Paulo Rodrigues... E muitos
outros... A simplicidade assumiu outra
dimensão...
Não estou preso atrás de nenhuma janela, e
escrevo o que penso e o que sinto, embora lá
no fundo existam perguntas sem respostas...
Mas, “Continuarei gritando, quem sabe o
vento um dia ainda possa me ouvir... ” - E
dar-me respostas!
Edvaldo Rosa |

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15 - ELIZAETE
RIBEIRO |
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Elizaete Ribeiro. Poetisa e Contista.
Nasceu na cidade de Açailândia -
Maranhão, em 14 de abril de 1979.
Residente em São Paulo, Capital.
Acadêmica do Curso de Letras e Estudante
de Música. Organizou a Antologia “Do
Princípio ao Fim”.
Publicou em várias Antologias de Poemas
e Contos: Ecos da Alma e O Segredo da
Crisálida (Editora Andross); na 5ª
Antologia de Poemas Lembranças ao Vento
e I Seletiva - Amor à Poesia, Alma Vol.
I, Quadrilogia-Elemento Terra, Cenas
Cotidianas, Palavras que falam e
palavras que calam, Meninas Super
Poéticas, Dueto com as poetisas (Editora
Beco dos Poetas & Escritores); e na
Antologia WAF 2011 (Editora Corpos,
Porto - Portugal).
Publicações solo: A Sombra do Coração
(Editora Corpos, Porto - Portugal),
Pensamentos Poéticos (Beco dos Poetas &
Escritores).
Contato com a autora:
Twitter: @Elizinhab612
Blog: http://elizaete.wordpress.com
Blog: http://elizaete.blogspot.com.br/
Facebook: http://facebook.com/obrasliterarias
Blog: http://www.becodospoetas.com.br/profile/ElizaeteRibeiro |
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TE ADMIREI
Foi numa surpreendente quinta feira
Fim de tarde
Antes do pôr-do-sol, que te olhei
Distraído e sem perceber o meu olhar
Admirei a desenvoltura do teu caminhar
A serenidade de tua face
Te admirei, como admira uma obra de arte
O céu, é a tua conquista, pois amas as
alturas
O mar, o teu descanso, contemplando o belo
entardecer
Um caminho cheio de flores
Levitei, me encontrei nas alturas
O teu perfume encontrei no ar
Ah, flores da vida!
Ah, sonhos floridos!
Ah, meu doce Romeu!
Sonhei com aquele...
Aquele que tem nas mãos a arte de fazer voar
O desejo de ser real me fez acordar
Elizaete Ribeiro
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| 16
- FATIMA MELLO [FOFINHA] |
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Me chamo Fatima sou professora mãe e avó
a poesia chegou no momento de solidão,
quando de minha aposentadoria, não me
tenho como poetisa e sim apenas como
escrivinhadora de sentimentos que alguns
chamam de poesia...
Escrevia desde menina, mas como
tartaruga escondia. Já tenho 10
antologias lançadas e vários e-books
solo ou com amigos em cirandas, os
e-books estão no recanto dos poetas.
http://fofinha56.blogspot.com.br/?zx=612e02d835986827
http://www.mariamartacardoso.com.br/poetas_amigos_fatima_fofinha.htm
http://silviamota.ning.com/profile/FatimadeRoyesMello
http://www.recantodasletras.com.br/escrivaninha/publicacoes/index.php |
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CRISTAIS
sua translucência
nos chama a sorver em ti
como o amor chama
a deliciarmos em sua taça
Da brancura perfeita
se riscar como as nossas
ações não tem como recompor
tricado sem valor
Som perfeito
seu brilho deslumbranos
faz com que estrelas
estejamos a mirar
como lagrima ou gota de orvalho
seduz
chama
inebria
Ah cristais...
Fatima Mello [fofinha]
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17 -
FERNANDES OLIVEIRA |
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Sou Fernandes de Oliveira tenho 31 anos
e faço parte da Casa do Poeta Brasileiro
de Praia Grande-SP desde 1997.
Hoje ocupo a função de vice-presidente e
além das atividades pertinentes, ajudo
dando suporte e administrando o site da
entidade.
Escrevo desde os quatorze anos e durante
este período tive algumas poesias
publicadas em sites/blogs, jornais, e
revista locais e participei de algumas
antologias, recentemente, publiquei o
meu primeiro livro de poesias, fruto de
muita insistência dos amigos, Minhas
Pegadas na Areia que reúne 53 poesias
sobre temáticas diversas, sobretudo,
encontram-se lá poemas sobre o amor, a
solidão e algumas críticas sobre o
estilo literário em geral. Dentre as
demais atividades artísticas participo
do Coletivo Pra Somar Hip-Hop e do Sarau
das Ostras, grupo de declamadores na
linha periférica e marginal.
Meus Blogs:
www.poetafernandes.com.br
www.estantedofernandes.blogspot.com
http://www.casadopoetapg.com.br/profile/Fernandes
http://saraudasostras.blogspot.com.br/ |
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LAMENTAÇÕES
Tu, que choras
Por dias e noites,
Lembra-te das horas
Que amigo fostes,
Que ao lado sorrias
De quando em quando
De quando se iam os dias
E certeza tinhas
Que estavas amando?
Por que o pranto
Apenas por gosto?
Então haja para tanto
Lágrimas para cobrir-te o rosto
Sofrer o teu defeito,
Como por ti dito,
Mas manténs no peito
Os antigos espinhos,
Cometes os mesmos erros
E perde-se nos caminhos
Procuras um fim
Mas foges com medo
E todos sabem de teu segredo
Esperas um sim
Mas é difícil
Se mantiveres diante de um espelho.
Fernandes de Oliveira
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18 - GERCI
OLIVEIRA GODOY |
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Gerci nasceu em 1938, costura panos e
tece palavras sempre inspirada em muita
leitura. Faz oficinas de literatura
sempre que pode e com esforço tem
conseguido classificações e prêmios
literários, mas o maior prêmio são os
amigos que durante esta trajetória tem
conseguido. Pessoas encantadas que fazem
vibrar minha alma de poeta. Durante toda
a vida tem afastado as pedras e colhido
muitas alegrias.
Prêmios: Concursos, Lila Ripoll 3 vezes,
poemas no ônibus 3 vezes, poemas no
ônibus, cidade de Viamão 1 vez,
Histórias de trabalho 3 vezes, Mario
Quintana, Expresso das letras,Amigos do
livro/ Flipoços, Azabeça com poesia e
crônica, Band RS conto de natal,
concurso virtual Poesia de natal e mais
classificações em antologias tais
como:da Litteris, Um poema para Machado,
De pessoa pra Pessoa, Palavras da alma
para o coração, Prêmio Literário Porto
Seguro Cronicas Selecionadas, várias
edições da Habitasul Revelação
Literária, Revista Água Viva do Grupo
Cero entre outras. |
QUEM SOU?
Sinto-me orgulhoso da importância e
dignidade de meu trabalho. Sei que contribuo
para que meu patrão-amigo seja mais livre e
feliz. Ele trabalha, circula pela cidade
toda, passeia, namora...
Compreendo que muitas pessoas não me
aceitem, afinal, meu trabalho, acho eu, é
novo no mercado. Por isso, já fui barrado em
restaurantes, trens, aviões, e também em
bibliotecas. Ele até já foi reclamar na
justiça por causa disto. E graças a sua
insistência conseguimos andar sempre juntos.
Eu não consigo ler, mas ele gosta muito de
livros, e sei ser silencioso nestas horas.
Sou bem educado, limpo e procuro ser
discreto e simpático com todos.
Recebo de meu patrão-amigo coisas básicas
para viver, mais a amizade e o carinho, é
claro. -E precisa mais?
Tenho minhas horas de folga, durmo perto
dele, mas às vezes nem durmo, preocupado com
os ruídos que ouço e com os cheiros
estranhos que entram por minhas narinas.
Narinas? Ah! Deixa pra lá.
Pela manhã sou sempre o primeiro a acordar e
por isto meu patrão-amigo nem precisa de
despertador. Quando chega o jornal corro a
pega-lo para entregar-lhe. O jornal é
áspero, tem umas bolinhas e ele lê com os
dedos.
Quando o patrão-amigo tira férias, eu sigo
trabalhando, mas então o meu trabalho se
torna mais agradável. Vamos ao parque, ou à
praia e lá ele me solta para que eu corra e
brinque um pouco, enquanto toma sol, mas
basta ele falar meu nome e logo estou ao seu
lado. Outro dia acho que ele percebeu que me
sentia um pouco só, e não era para menos, no
meio de toda aquela multidão, ninguém da
minha espécie, meu Deus! Meu patrão-amigo
então afagou minha cabeça e me explicou que
naquele local é proibida a circulação de
criaturas da minha espécie e que eu estava
ali porque somos especiais. Lambi suas mãos
para demonstrar que estava entendendo, e
pensei: -Meu patrão-amigo é mais do que
especial. Ele é o máximo. Sei que um dia vou
me aposentar, e sei também que vou ser
substituído, mas somente no trabalho, porque
ele já falou que não vamos nos separar,
ficarei morando na sua casa numa boa, e um
dia vou descansar embaixo da minha árvore
preferida.
Acho que também sou o máximo porque sempre
ouço ele falar que sou sua luz, que retiro
as pedras de seu caminho, que afasto os
inimigos e isto e aquilo... E mais isto e
mais aquilo...
Pode haver maior ganho ou recompensa para um
trabalhador?
Se um dia eu nascer de novo, quero ser
novamente quem sou.
Gerci Oliveira Godoy |

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19 - GRACIELA
DA CUNHA |
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Graciela Leães Alvares da Cunha (Graciela
da Cunha) - Nasceu em Alegrete (RS), em
12 de maio de 1962. Filha de Anibal
Fernandes Alvares da Cunha e Nara Leães
da Cunha. Concluiu o curso de Direito na
Faculdade Luterana do Brasil – ULBRA, em
Canoas (RS). Advogada Trabalhista e
Especialista em Direito do Trabalho
Empresarial. Reside em Santa Maria (RS).
Tem uma filha, Carolina e dois netos,
João Victor e Anna Victória, que são
seus amores na vida.
Começou a escrever ainda adolescente,
porém foi tolhida de escrever, pois
falavam que não valia à pena e não tinha
futuro. Há mais de três anos, no
entanto, com grave síndrome de pânico e
depressão em alto grau, a escrita voltou
de onde nunca deveria ter saído. O
retorno em escrever teve influência de
vários poetas do Orkut, que muito
ajudaram, tendo como paixão Mário
Quintana, além de grande poeta seu
conterrâneo. É Membro Efetivo da
Academia Virtual Brasileira de Letras (ADVL),
Cadeira 764 e Membro n. 019 - Blog
Oficial da Academia Poética Do Orkut:
Meu Blog... Meus riscos
http://poesiasgraci.blogspot.com/
LIVROS:
Os Efeitos Jurídicos da União
Homossexual, ed. Datacerta, Porto
Alegre/RS, 1999. Antologia dos Poetas
Virtuais, 1º Livro de Contos, organizado
por Magali de Oliveira. “Reflexões para
bem viver” (coletânea), Delicatta IV em
2009, organização Luiza Moreira. E-Book:
"Graciela em Poesias" http://www.ebooks.avbl.com.br/biblioteca1/gracieladacunha.htm.
E-Book: Renascer - http://www.ebooks.avbl.com.br/biblioteca1/gracieladacunha.htm
Antologia Alimento da Alma, Jane Rossi.
“As cartas que nunca mandei”, lançamento
para 2009, projeto Marcelo Puglia.
“Latinidade Poética”, lançamento para
2009, projeto Marcelo Puglia “Antologia
Alma Brasileira”, lançamento para 2009,
projeto Sandra Stabile. Antologia
Delicatta - para 2009, projeto
organização Luiza Moreira. Antologia
“Sonetos de amor e de oração”, Editora
Litteris. Antologia Alimento da Alma II
– Jane Rossi. Antologia Alimento da Alma
III – Jane Rossi. |
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VELHA CASA
Ternuras deixaram de expressar
palavras que deixaram de ser ditas.
Não tendo mais sorrisos nos lábios,
laços de amor são destruídos.
Sementes não mais germinaram.
Amores não mais cultivados.
Abraços sonegados,
relíquias destruídas.
Os pássaros deixam de cantar.
Não existe mais melodia
para ser ouvida nos jardins
daquela velha casa de campo.
As flores não existem mais.
Histórias foram apagadas
em detrimento da ganância
da família daquela velha casa.
A disputa feneceu a paz.
Graciela da Cunha
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20 - HILDA
PERSIANI DE OLIVEIRA |
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Nasci em Ribeirão Claro, cidade do Norte
pioneiro do Paraná, em 20 de janeiro de
1929. Filha de Afonso Persiani e Esther
Marques Persiani, sendo a caçula de mais
dois irmãos, Adalberto Pedro Persiani e
Afonso Persiani Filho. Todos já são
falecidos. Morei na cidade de
Jacarézinho de onde vim para Curitiba
com 17 anos de idade. Sou professora,
formada em 1948 pelo Instituto de
Educação do Paraná e Assistente Social
formada em 1952, pela Escola de Serviço
Social da Universidade Católica do
Paraná, tendo sido uma das pioneiras a
exercer a profissão de Assistente Social
no Paraná. Trabalhei no Palácio do
Govêrno, onde conheci meu marido, Clênio
Cesar de Oliveira, em 1954, professor,
jornalista e Assessor do então
Governador Bento Munhoz da Rocha Neto.
Da nossa união temos uma única filha,
Hilda Maria, Advogada, casada com
Filippo Lucciani, italiano e residentes
na Itália. No ano de 2005, comecei a
escrever minhas poesias, com76 anos de
idade. Fiquei viúva em 2007. Ocupo a
Cadeira de º 58 da AVPB - Academia
Virtual Poética do Brasil; Sou Membro
Efetivo da Academia Virtual Sala de
Poetas e Escritores: Faço parte do Grupo
de Poetas Del Mundo. Participei da
Antologia “Sonetos Eternos" volume I e
II (2009/10) - Celeiro de Escritores.
Participei da Antologia “Ultrapassando
Fronteiras", da Editora Café Cultural
Limão Doce, da cidade de Piracicaba, E.São
Paulo. Tenho poesias publicadas no
Jornal “A PALAVRA” Alegre -Espírito
Santo.Tenho poesias publicadas em vários
Sites da Internet, além ter uma página
no Site www.Sardenbergpoesias.com.br,
Onde colaboro na parte de Poetas
Consagrados. Recentemente foi publicado
o meu livro “SÓ POESIAS", pelo Grupo
Editorial, Celeiro de Escritores, Santos
SP.
Hilda Persiani de Oliveira
NICK : Hilda Persiani
Curitiba, 15/10/2010 |
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RECEITA
O tempo passou depressa, envelheci,
Os sonhos foram ficando para trás,
Sinto-me feliz porque ainda estou aqui,
Vou prosseguindo com meu sorriso audaz...
Minha receita é prática:- - Muita alegria,
Uma chávena bem cheia de esperança,
Não coloque na receita, nostalgia;
Não esqueça de colocar desconfiança;
Pra compensar, coloque sonho e doçura,
Um pouco de saudade, não em demasia.
Essa receita não leva amargura...
Cozinhe tudo com fé e confiança.
A maneira de servir essa iguaria
É sorrindo... Que vida longa, alcança...
Hilda Persiani
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