Aniversário de Recife - PE - Brasil
12 de Março
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro
Arte Final: Iara Melo

Recife – Capital do Estado de Pernambuco
" A VENEZA BRASILEIRA"
A cidade Recife é conhecida como "Veneza
Brasileira", graças à semelhança fluvial com a
cidade italiana. Cercada por rios e cortado por
pontes, é cheia de ilhas e mangues que magnificam
sua geografia. Situa-se no litoral, na confluência
dos rios Capibaribe e Beberibe. O município é
cortado por vários rios, que formam alagados e
mangues. A região costeira é formada de penínsulas e
ilhas, como a do Recife, a de António Vaz e a da Boa
Vista, uma linha de recifes segue paralela à costa.
Na ilha de Santo António localizam-se o Palácio do
Governo, repartições públicas e o comércio de luxo.
Enquanto esta se desenvolveu com arquitectura
moderna, a ilha de São José conserva construções do
período colonial. Na parte continental, zona
principalmente residencial, destacam-se os bairros
da Boa Vista e Santo Amaro. Os principais pontos de
atracção turística da cidade, são o Palácio do
Governo, na Praça da República; o teatro Santa
Isabel; o Palácio Episcopal; os fortes do Brum e das
Cinco Pontas; as igrejas de Nossa Senhora do Carmo,
de Santo António; de Nossa Senhora dos Militares; de
Nossa Senhora da Boa Vista; as capelas dos Noviços,
de São Francisco e de Nossa Senhora da Conceição; as
praias de Pina e Boa Viagem. O Recife é o maior
centro comercial, industrial e cultural do Nordeste
Brasileiro e a sua influência estende-se a Alagoas,
Paraíba e Rio Grande do Norte.
A cidade do Recife surgiu como um pequeno núcleo de
pescadores que se estabeleceram na zona peninsular,
na foz dos rios Capibaribe e Beberibe, por volta de
1548. A chamada Povoação dos Arrecifes logo se
transformou no Porto de Olinda, que era a sede do
governo da capitania de Pernambuco. A invasão
holandesa, em 1630, foi um facto marcante para a
história do Recife, pois a povoação, em função do
seu porto, foi escolhida sede do governo holandês no
Brasil. Data dessa época o início do desenvolvimento
da cidade, sede do governo de Maurício de Nassau,
assistiu à construção de pontes, canais, edifícios
públicos e palácios. Nassau instalou ainda um jardim
botânico, um zoológico e um observatório
astronómico, que foi o primeiro da América. Com a
expulsão dos holandeses, prosseguiu a expansão da
cidade, já então com grande movimento portuário e
núcleo de comércio açucareiro. Em 1710, emancipou-se
de Olinda, após a guerra dos Mascates. Foi elevada à
categoria de cidade em 1823 e de capital de então
província em 1827. De 1837 e 1840, durante o governo
de Francisco de Rego Barros, foram construídas novas
pontes, estradas, extensos cais, o Palácio do
Governo, o teatro Santa Isabel e foi instalado o
serviço de abastecimento de água. No século XIX e XX,
Recife foi palco de importantes movimentos
intelectuais (*) e políticos. Em 1930, ocorreu no
Recife a assassínio de João Pessoa, que acelerou o
desencadeamento da Revolução de 1930.
Recife permaneceu portuguesa até a Independência do
Brasil, com a excepção de um período de ocupação
holandesa no Século XVII, entre 1630 e 1654, a maior
parte do tempo sob o governo de Maurício de Nassau.
A aldeia foi elevada a vila e conselho com o nome
de Santo António das Cacimbas do Recife do Porto em
1709, e tornou-se cidade em 1823. Durante os anos
anteriores à invasão da Companhia das Índias
Ocidentais, o povoado do Recife existiu apenas em
função do porto e à sombra da sede Olinda, local que
a aristocracia escolheu para residir devido à sua
localização previamente fortificada, segundo a
concepção portuguesa. Por isso mesmo, ergueram-se
fortificações e paliçadas em defesa do povoado e do
porto do Recife, todas elas voltadas para o mar.
Conclui-se, dessa forma, que os nativos não
representavam ameaça maior aos colonos. Os temores
voltavam-se para o oceano por conta dos constantes
ataques ao litoral do Brasil pela navegação de corso
e pirataria. Ainda no final do século XVI o "povo
dos arrecifes" foi atacado e saqueado pelo pirata
inglês James Lancaster, que, com três navios,
derrota a pequena guarnição responsável pela defesa
do porto, a qual contava com apenas sete peças de
artilharia forjadas em bronze. Entre os anos de 1620
e 1626 o então governador Matias de Albuquerque
procura estabelecer posições fortificadas no porto
do Recife a fim de que se pudesse evitar outro
ataque como aquele, bem como dissuadir a Companhia
das Índias Ocidentais movimento empreendido na Bahia,
em 1624.
Nota: A soberania portuguesa sobre a “vila” do
Recife é reconhecida pela Holanda, pelo Tratado de
Paz de Haia, em 1661. Para que os holandeses
desistam das terras coloniais, Portugal paga a estes
uma grande indemnização.
O Estado de Pernambuco foi palco de várias revoltas,
revoluções e conspirações, em geral inspiradas pela
Revolução Francesa, pela maçonaria e pelo
Iluminismo. Ideias europeias de liberdade, igualdade
e fraternidade se espalhavam entre os pernambucanos
mais afortunados, geralmente os aristocratas
literatos dos engenhos de cana-de-açúcar. Chegou até
mesmo a existir por alguns meses a República
Pernambucana, resultado da Revolução de 1817. Apesar
da última revolução datar do meio do século XIX,
todas elas influenciaram profundamente o Estado de
Pernambuco.
Factos e acções pernambucanas:
Guerra dos Mascates, 1710 a 1711 ; Conspiração dos
Suassunas em 1801 ; Revolução em 1817 ;
Confederação do Equador em 1824 ; Novembrada
em 1831 ; Abrilada em 1832 ; Cabanada, 1832 a 1835 ;
Revolução Praieira, 1848 a 1850.
(*) A Escola do Recife, foi um movimento cultural
desenvolvido em Pernambuco, na segunda metade do
século XIX, abrangendo vários sectores da actividade
artística e intelectual: poesia, filosofia, direito,
folclore, crítica literária e musical, etc..O
Movimento expandiu-se a partir da personalidade e do
pensamento de Tobias Barreto, cujas obras e cujo
trabalho docente na Faculdade de Direito do Recife
exerceram enorme influência.

Fundo Musical: Pelas Ruas Que
Andei
Compositor e
Intérprete:
Alceu Valença
Arte Final: Iara Melo

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