Sobre qualquer sorte ou...
 
quando do amor só resta a morte.
 

Lígia Antunes Leivas

 
 
 
Ao som do violão, o poema foi-se chegando.

Dizia de amores passados.

De paixões vividas.

Falava da mulher divinal que tudo fazia, nada exigia.

Contava das noites de amor... densas, intensas, puro ardor!

Da entrega... sombras desenhadas diluídas no chão.

Das horas apetecidas no leito de lençóis de plumas.

Trazia o poema algumas lembranças

dos que em silêncio se inflamam

pelo prazer brotado da carne e do coração!

Contava o poema da festa da ansiedade...

a próxima estrela a beber gestos e jeitos

em mãos já descontroladas.

Braços, bocas, sussurros perpetuando as madrugadas.

...cães ladrantes da noite... mudos para os amantes

...formas em movimento... feminino/masculino

sensações, suspiros, trejeitos... luta das imagens acesas.

    
O poema dizia... sobre qualquer sorte

da solidão da alma

da insalubridade da vida

quando do amor ... só resta a morte.

 

 

 

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* Antônio Carlos  Jobim

 

 

 

 

 

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