Dia de Todos os
Santos
01 de Novembro
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro
Formatação: Iara Melo
Originalmente, os
cristãos dedicavam o 13 de Maio ao
Dia de Todos os Santos. Porém, no
século VIII, o Papa Gregório III o
mudou para dia 1º de Novembro.
Oficialmente, a igreja escolheu este
dia para marcar a dedicação papal de
uma igreja para homenagear os
santos. Porém, muitos historiadores
acreditam que a igreja realmente
mudou a celebração para que
correspondesse ao Samhain e outros
festivais pagãos
No dia 1 de Novembro comemora-se o
dia de "Todos os Santos" - in
Planeta Educação
Neste dia as pessoas vão ao
cemitério arranjar as sepulturas dos
seus entes queridos que já
faleceram, com flores, que por
tradição nesta altura do ano são
crisântemos.
É também neste dia que logo pela
manhã se juntam grupos de crianças
que vão batendo de porta em porta
pedindo às pessoas que lhes dêem os
"santinhos" pela alma das pessoas
que já morreram. As crianças levam
nas mãos uma bolsa de pano e quando
fazem o pedido às pessoas, elas dão
o que querem ou podem, como por
exemplo: dinheiro, maçãs, castanhas,
rebuçados, nozes, bolos, chocolates
etc.
Antigamente todas as pessoas iam
pedir os "santinhos" porque havia
muita miséria e estas pediam por
necessidade. Normalmente as pessoas
punham as mesas com o que tinham em
casa (comida e bebida) e quando
chegavam os pedintes (pobres), eles
entravam e comiam à vontade e à
saída ainda lhes davam alguma coisa.
Hoje já só se pedem os "santinhos"
para não se perder a tradição.
É costume neste dia as pessoas
confeccionarem broas de milho para
comerem e darem.
No dia 1 de Novembro as pessoas
arranjam as sepulturas e no dia
seguinte vão à missa de Finados, que
é uma missa em memória de todos os
que já morreram.
Esta celebração teve origem em
Antioquia no Oriente no século IV, e
foi introduzida no Ocidente em Roma
no século VI.
Várias foram as razões para realizar
essa festa: resgatar a lembrança
daqueles cujo nomes foram omitidos
por falta de documentos e que
somente são conhecidos por Deus,
alcançar, por sua intercessão, as
graças de que necessitamos e ter
sempre presente esses modelos de
conduta, a fim de imitá-los.
Deus prometeu de fato dar a eterna
bem-aventurança aos pobres no
espírito, aos mansos, aos que sofrem
e aos que têm fome e sede de
justiça, aos misericordiosos, aos
puros de coração, aos pacíficos, aos
perseguidos por causa da justiça e a
todos os que recebem o ultraje da
calúnia, da maledicência, da ofensa
pública e da humilhação. Hoje todos
esses Santos que tiveram fé na
promessa de Cristo, a despeito das
fáceis seduções do mal e das
aparentes derrotas do bem,
alegram-se e exultam pela grande
recompensa dada por um Rei
incompreensivelmente misericordioso
e género, DEUS. Os Santos são amigos
eficazes, pois a vontade deles e
totalmente semelhante à de Deus,
manifestada em Cristo, único Senhor
deles e nosso.
Essa celebração presta homenagem
também a todos os Santos
desconhecidos, sem nome, que
pareceram presença inútil no mundo,
mas que carregaram em silêncio a
marca do Filho do homem, ou seja a
cruz. Para Deus, os Santos são
amados todos do mesmo modo, pois o
que conta não é a irradiação do
testemunho dado na terra pelo mais
lembrado ou pelo mais escondido
deles, mas a fidelidade e o amor que
somente Deus conhece.
Esta festa quer homenagear a
multidão dos Santos que estão na
glória de Deus e são para todos nós
motivo de imensa alegria, pois são
irmãos e irmãs nossos que souberam
viver em Cristo e, pela graça de
Deus, alcançaram a plenitude da vida
eterna.
No dia de Todos os Santos é
tradicional comer castanhas
assadas e beber bom vinho
O homem das castanhas Música:
Paulo de Carvalho ; Letra: Ary
dos Santos
Na Praça da Figueira,
ou no Jardim da Estrela,
num fogareiro aceso é que ele
arde.
Ao canto do Outono, à esquina do
Inverno,
o homem das castanhas é eterno.
Não tem eira nem beira, nem
guarida,
e apregoa como um desafio.
É um cartucho pardo a sua vida,
e, se não mata a fome, mata o
frio.
Um carro que se empurra,
um chapéu esburacado,
no peito uma castanha que não
arde.
Tem a chuva nos olhos e tem o ar
cansado
o homem que apregoa ao fim da
tarde.
Ao pé dum candeeiro acaba o dia,
voz rouca com o travo da
pobreza.
Apregoa pedaços de alegria,
e à noite vai dormir com a
tristeza.
Quem quer quentes e boas,
quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas,
quentinhas?
Quem compra leva mais calor p'ra
casa.
A mágoa que transporta a miséria
ambulante,
passeia na cidade o dia inteiro.
É como se empurrasse o Outono
diante;
é como se empurrasse o nevoeiro.
Quem sabe a desventura do seu
fado?
Quem olha para o homem das
castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao
lado
ardem no fogareiro dores
tamanhas.
Quem quer quentes e boas,
quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas,
quentinhas?
Quem compra leva mais amor p'ra
casa.
Presume-se que a castanha seja
oriunda da Ásia Menor, Balcãs e
Cáucaso, acompanhando a história
da civilização ocidental desde
há mais de 100 mil anos. A par
com o pistácio, a castanha
constituiu um importante
contributo calórico ao homem
pré-histórico que também a
utilizou na alimentação dos
animais.
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro
– Marinha Grande – Portugal |
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