Dia dos Avós
 
26 de Julho
 
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro


Comemora-se o Dia dos Avós em 26 de Julho, e esse dia foi escolhido para a comemoração porque é o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.
Século I a.C. - Conta a história que Ana e seu marido, Joaquim, viviam em Nazaré e não tinham filhos, mas sempre rezavam pedindo que o Senhor lhes enviasse uma criança. Apesar da idade avançada do casal, um anjo do Senhor apareceu e comunicou que Ana estava grávida, e eles tiveram a graça de ter uma menina abençoada a quem baptizaram de Maria. Santa Ana morreu quando a menina tinha apenas 3 anos. Devido a sua história, Santa Ana é considerada a padroeira das mulheres grávidas e dos que desejam ter filhos. Maria cresceu conhecendo e amando a Deus e foi por Ele a escolhida para ser Mãe de Seu Filho. São Joaquim e Santa Ana são os padroeiros dos avós.
 
Avós
http://www.portaldafamilia.org
O papel dos avós na família vai muito além dos mimos dados aos netos, e muitas vezes eles são o suporte afetivo e financeiro de pais e filhos. Por isso, se diz que os avós são pais duas vezes.
As avós são também chamadas de "segunda mãe", e os avós, de "segundo pai", e muitas vezes estão ao lado e mesmo à frente da educação de seus netos, com sua sabedoria, experiência e com certeza um sentimento maravilhoso de estar vivenciando os frutos de seu fruto, ou seja, a continuidade das gerações.
Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a experiência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas e com a própria natureza.
Aproveite esta data para mandar uma mensagem de carinho aos queridos vovô e vovó e dizer o quanto você lembra deles.
O Portal da Família expressa seu profundo carinho por todos os vovôs e vovós que nos visitam.
 
Celebrando o «dia dos avós»
http://www.agencia.ecclesia.pt
‘Temos de estar disponíveis para ajudarmos os filhos, quando eles mais precisam, ajudando a criar os netos’ – foi desta forma simples, incisiva e paradigmática, que, há dias, um avô se referia ao quarto neto, prestes a nascer.
Ora, ocorrendo, na próxima quinta-feira (dia 26 de Julho), o designado ‘dia nacional dos avós’, surgiu-nos a ideia de escrever uma carta aberta a todos esses e essas que fazem hoje uma função imprescindível na nossa sociedade. Terminamos propondo uma breve oração para avós e netos, dada a necessária consonância entre uns e outros à luz da fé cristã.
- Vós que vistes os filhos dos vossos filhos, cumprindo a bênção nupcial do dia do vosso matrimónio, sois hoje uma referência viva, tanto pela idade como pela segurança e até pelo tempo de que dispondes.
- Quando se diz, popularmente, que ser avó/avô é ser mãe ou pai duas vezes, certamente, o sentis com mais verdade ao olhardes com ternura os vossos netos ou netas. Neles se decanta o rigor da vossa vida e o sentimento da vossa maternidade e paternidade.
- Agora já podeis aliviar o jugo da exigência, pois tendes outra compreensão da vida, relativizando as alegrias e valorizando as agruras. Agora já tendes estatuto de maior cumplicidade com as travessuras de vossos netos e netas...
- Ou será que tendes de assumir, agora as responsabilidades da exigência porque os vossos filhos é que se tornaram os ‘avozinhos’ em idade serem pais?
- Não estará a ser subvertido o processo educativo, quando os avós assumem aquilo que os filhos deviam – em razão da idade, da força física e psicológica e, mesmo, das energias da vida – responsavelmente tomar nas mãos e na condução dos seus filhos?
- Com tanto proteccionismo, por parte de tantos avós, não estaremos a criar uma sociedade de menores, mesmo que até já tenham filhos?
- Ou será que a profissão, a vida social e as questões do imediato se estão a sobrepor à condição de filhos e de avós?
- Na proximidade ao dia que vos é dedicado como que sentimos a salutar alegria de vermos tantos avós (homens) com os netos pela mão ou conversando as avós atentamente sobre questões do dia a dia com netos e netas.
- Também podemos perceber a graça da transmissão da fé – agora mais personalizada e amadurecida – aos vindouros.
- Vós sois os baluartes do amanhã. Vós sois as colunas do futuro. Vós sois a salvaguarda dos valores. Vós sois, hoje e cada vez mais, o suporte da família e da sociedade...
- Aos avós que se possam sentir mais isolados, tristes e desprezados, queremos dizer-lhes: o vosso património espiritual nunca se apagará, mesmo que já não consigais ter a velocidade do raciocínio ou a despreza de outros tempos.
- Sabei com toda a serenidade: vós sois o rosto de Deus. Assim todos nos possamos engrandecer, no futuro, sendo avós de verticalidade, de palavra e de compreensão...
Sugerimos, agora, uma breve oração de compromisso para avós e com os netos, a podemos rezar no dia de São Joaquim e Santa Ana:
Como avós vimos, hoje, agradecer-vos, Senhor, o dom da vida que nos destes,
pois vimos cumpriu-se o desejo de vermos os filhos de nossos filhos,
na prossecução da vida, do amor e da concórdia connosco mesmos e uns para os outros.
Como avós vimos, hoje, agradecer-vos, Senhor, todos os benefícios,
que na nossa vida recebemos,
e todos os sinais do Vosso amor para connosco.
Houve momentos em que Vos compreendemos,
mas muitas vezes Vos deixamos escapar da nossa vida... tão ocupada!
Neste dia, por intercessão de Santa Ana e São Joaquim,
entregamos todas as nossas preocupações
tanto pessoais como familiares;
os nossos medos e angústias, as nossas alegrias e consolações;
os nossos projectos e intenções.
Nós nos aceitamos, Senhor, tal como somos,
com a nossa história de vida e de sentimentos;
com as desilusões, anseios e até os nossos pecados,
tanto do passado como no presente.
Senhor, como avós neste tempo:
queremos colocar a nossa vida à vossa disposição;
queremos ser construtores da paz e do perdão;
queremos ser sinais de amor nesta sociedade,
dando o nosso contributo e colaboração activa e actuante,
tanto com a nossa família como na sociedade e na Igreja.
Ajudai-nos, Senhor, a viver a nossa missão de avós,
tornando-nos disponíveis para os nossos netos
pela presença, pela ternura e pela compreensão.
Com São Joaquim e Santa Ana
assim o queremos, o desejamos e nos comprometemos a fazê-lo
neste tempo e nesta terra... onde vivemos!
Mais do que festas e flores, aplausos e discursos, desculpas ou acusações, por ocasião do ‘dia nacional dos avós’, queremos agradecer o testemunho de tantos homens e mulheres, que se dedicam aos seus netos, se esforçam por manifestar o amor traduzido em gestos e sinais, suplicando a Deus, por intercessão de São Joaquim e de Santa Ana, que tenhamos muitos e santos avós no seio das famílias, nas nossas paróquias e na sociedade em geral, pois deles depende o equilíbrio humano, espiritual e cultural do nosso país.
Obrigado, avós!
A. Sílvio Couto
 
Dia dos Avós - O Papel dos Avós na Sociedade Contemporânea
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Segundo Moura (2006), o século XXI é o século do envelhecimento. Os números oficiais confirmam esta realidade. Vivemos cada vez mais anos.
No Japão, em meados dos anos oitenta do século XX, eram cerca de mil os centenários. Neste momento são 28 mil os que ultrapassaram os cem anos de vida. Na Europa em geral, e nos países membros da União Europeia, em particular, a tendência é a mesma. Aumenta progressivamente a esperança média de vida, superior nas mulheres em relação aos homens, e variável apenas em função do nível de desenvolvimento dos países. Em Portugal, os resultados dos últimos registos censitários (Censos da População, 2001), apontam para 16,4% de indivíduos com 65 e mais anos no total da população portuguesa, e apenas 16% de jovens. Pela primeira vez, na história do nosso país, o número de avós ultrapassa o dos netos.
Somos mais e mais velhos. Esta realidade coloca-nos novos desafios e impõe-nos algumas reflexões: que nova relação entre as gerações? O que esperamos uns dos outros? Como perspectivamos o (novo) papel social da pessoa em idade avançada? Que papel atribuímos aos avós no seio da família? E no seio da sociedade? E a relação com os netos: que vantagens para os avós e para os netos?
A criação do Dia dos Avós é, sem dúvida, um convite a estas reflexões, à promoção de iniciativas diversas, a uma oferta, a uma visita especial ou, apenas ao recordar com carinho os avós que já partiram.
Comemorado no dia 26 de Julho, o Dia dos Avós coincide com a celebração, no calendário litúrgico católico, da festa de Santa Ana e de São Joaquim, pais de Maria, proclamados padroeiros dos avós.
O estatuto dos avós na família e na sociedade, e a relação destes com os netos, sofreu alterações ao longo do tempo, pelo que nos propomos reflectir um pouco, neste espaço, sobre o papel dos avós na sociedade actual. Quem são os avós do nosso tempo? Os avós, no século XXI, são-no cada vez mais jovens, tendo em atenção a crescente longevidade humana, pelo que fazem, mais cedo, a experiência de serem avós, quando ainda são bastante activos, possuem mais tempo livre, grande experiência e uma boa capacidade de dar e de aprender.
O papel dos avós varia bastante consoante olhemos o meio rural ou o meio urbano, a família tradicional ou as modalidades resultantes dos novos arranjos familiares. É ainda influenciado pela configuração demográfica da população e pelos valores sociais de cada país ou comunidade.
Tradicionalmente, associamos o avô à figura brincalhona, disponível e permissiva. A avó, a mulher que respeita e cuida com sentimento maternal.
Os últimos trinta anos ficam marcados por profundas alterações demográficas, sociais e familiares, as quais, inevitavelmente, se reflectem numa alteração dos papeis sociais e familiares dos avós. Com efeito, actualmente, os avós são frequentemente os substitutos dos pais, a tempo inteiro ou não; os pais, em situação de desestruturação familiar, na sequência de divórcio, acidente ou perda de um dos progenitores, doença, uso de drogas ou problemas emocionais das mães e, não raro, em situação de maternidade na adolescência.
Muito frequentemente, os avós constituem ainda um apoio importante ao orçamento familiar, contribuindo para suportar despesas diversas.
A realidade actual permite então constatar a existência dos avós a tempo inteiro e dos avós a tempo parcial. Estes últimos são os que se encontram geograficamente mais distantes do local de residência dos netos; os que, por motivos de doença ou outros, se encontram impossibilitados de contacto regular com os netos ou aqueles cujos netos frequentam, desde muito cedo, equipamentos de apoio à infância (creches, jardins de infância).
No plano relacional, e das vantagens do contacto intergeracional envolvendo avós e netos, importa constatar que o bem-estar psicológico, a qualidade de vida, o nível de satisfação com a vida e a saúde percebida pelos avós, são positivamente afectados pela relação com os netos. As duas gerações influenciam-se e educam-se mutuamente. No contacto com os netos, os avós encontram um sentimento de continuidade e de esperança; um sentido para a própria existência; uma felicidade indescritível; uma troca de afectos, de saberes e de experiências.
No que se refere aos netos, estes beneficiam da disponibilidade dos avós, a qual se traduz no tempo de qualidade para estar, para acompanhar, para ensinar, para brincar; no contexto favorável à socialização para o envelhecimento, através do contacto directo com a pessoa idosa e com as diferenças entre as duas fases da vida; na relação como principal factor eficaz no combate aos mitos e aos estereótipos sobre a velhice, os idosos e o envelhecimento; na aprendizagem de valores como a amizade, a tolerância, o respeito pelo outro; no contributo inestimável para a formação e para a estruturação da personalidade da criança. Para os avós jovens e idosos, e para os netos, uma oportunidade única de aproximação e cumplicidade entre gerações e de aprendizagens de novos saberes e de novas competências num encontro de tempos e de experiências diferentes unidos pelo mais verdadeiro dos sentimentos – o AMOR dos AVÓS, duas vezes PAIS, pelos seus NETOS!
BEM HAJAM todos os AVÓS DO MUNDO!
Manuela Sousa
Responsável pelo Departamento de Formação da Santa Casa da Misericórdia de Angra.
 

Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro – Marinha Grande – Portugal

 

 

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