Falar em Público

 

Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro

 

Arte Final: Iara Melo


 

 

 


 
Se alguém lhe pedir que faça uma palestra em público, qual será a sua reacção?
Se você for como a maioria das pessoas (comigo incluído), entrará simplesmente em pânico!
E será que possamos melhorar os nossos dotes oratórios? Claro que sim! Bastando aprender alguns pormenores:
 
Tal como um locutor ou repórter de rádio o mesmo da televisão, o saber falar em público terá de ter o seu treinamento baseado essencialmente em:
 
Saber falar com o nariz levemente empinado;
 
Saber colocar a voz, ou seja, aprender o ritmo adequado à sua expressão de maneira a soletrar bem as sílabas e nunca comendo as ultimas sílabas;
 
Saber aplicar bem os "ênfases", ou seja, travar levemente o ritmo de expressão, puxando a voz um pouco para os ouvidos, para poder acentuar bem alguns pontos dos seus argumentos. Em Rádio chamamos tecnicamente "fraseio" ou "frases de ouro", as quais se aplicam muito, por exemplo, na feitura de jingles ou spots;
 
Também deverá ter em conta dois pontos fundamentais: a preparação e a apresentação, pois ambas são muito importantes, senão vejamos:
 
Deve escolher bem o assunto, o qual deve ser um tópico sobre o qual você tenha opiniões bem firmes. A única maneira de nos sentirmos à vontade diante de uma plateia, é entender da matéria que vamos apresentar, e, sobretudo acreditar naquilo que tentamos transmitir. Escolha bem um assunto que interesse directamente aos seus ouvintes, e adapte a eles a sua mensagem;
 
Organize com lógica os seus argumentos. Mas você precisa de engendrar um ponto de partida (geralmente uma descrição sumária do assunto que vai falar), depois um corpo de texto que enumere os pontos principais, e, por fim, precisa de um final que resuma toda a sua expressão;
 
Depois de tudo bem planeado, você vai precisar de ensaiar a melhor maneira de transmitir o assunto aos seus ouvintes. Se for possível, será melhor ensaiar sozinho em frente a um espelho. Procure então visualizar a plateia; "veja" e "ouça" as reacções positivas que irá encontrar. Se tiver a ajuda de microfone, "atire" só a voz para o microfone, se não tiver, "atire" a voz para o fundo da sala, como se faz, por exemplo em teatro;
 
Se o discurso for muito longo, é quase impossível conseguir que a leitura pareça espontânea. Nos seus apontamentos, reduza ao mínimo as suas anotações, e mesmo assim, com poucas palavras. Tome atenção: quanto menos você recorrer às anotações, tanto melhor comunicará com o seu auditório;
 
Seja natural e faça amizade com o seu público. Dê preferência a termos simples e a frases curtas. Além disso, não deixe de olhar para o público e de manter com ele um contacto visual.
Procure fisionomias simpáticas e não ligue a qualquer expressão do tipo "enjoado";
 
Haja sempre com naturalidade e segurança. Se por acaso você se aperceber que cometeu algum deslize, não tente emendar. Se por acaso se esquecer do que ia a dizer a seguir, guarde consigo esse segredo, pois, os outros não o vão saber, a menos que você o diga. Em vez disso, repita o seu último argumento para permitir a si mesmo uma pausa, ou então, siga para outro tópico. A sua intervenção deve ter um objectivo forte. Durante todo o tempo concentre-se e não disperse a sua atenção;
 
Não espere demasiado tempo para terminar. Acabe antes que o auditório se sature.
 
REGRA DE OURO:
 
Não existe nenhuma lei que diga que se deva usar palavras compridas quando se fala. Existem palavras pequenas que se podem aplicar para exprimir o que se quer dizer. Pode ser que a gente leve um pouco mais de tempo para as encontrar, mas às vezes vale a pena.
As palavras curtas são concisas, eficazes e vão directas ao assunto como uma seta, e, têm um encanto muito próprio: dançam, ondulam e cantam.
Palavras curtas, podem encerrar grandes pensamentos e, exibi-los para que todos os entendam.
Essas palavrinhas movem-se facilmente, enquanto as grandonas ficam atoladas, ou pior ainda, atrapalham aquilo que queremos dizer.
Não existe muita coisa que as palavras curtas não consigam exprimir - e bem.

 

 

Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro – Marinha Grande – Portugal

 

 

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