Trabalho e pesquisa de
Carlos Leite Ribeiro
Formatação: Iara Melo
Por iniciativa do padre Manuel
da Nóbrega, superior dos jesuítas no Brasil, um grupo de jesuítas entre os quais
estava José de Anchieta, ergueu, no início de 1554, um barracão perto da aldeia
de Tibiriçá, entre os rios Anhangabaú e Tamanduarei. O barracão recebeu o nome
de Colégio de São Paulo e prestava-se à catequese indígena. Ao redor do barracão
formou-se uma povoação de índios convertidos. Em 1560, a população da vila de
Santo André da Borda do Campo, situada perto do Colégio de São Paulo, teve ordem
de mudar-se para a povoação do colégio. A vila de Santo André foi extinta e São
Paulo elevada a vila. Durante os séculos XVI e XVII, São Paulo permaneceu como
uma vila pobre, com uma pequena população dedicada à lavoura de substância,
praticamente isolada de Portugal e do resto da Colónia. Durante esse período
muitas expedições partiram de São Paulo para o interior à caça de índios. São
Paulo tornou-se o principal centro do movimento bandeirante. No final do século
XVII, a descoberta de metais preciosos na região de Minas Gerais, obra dos
bandeirantes paulistas, atraíram para São Paulo a atenção do Reino. Em 1711, a
vila de São Paulo, foi elevada a cidade. Todavia, a corrida para o ouro mineiro
enriqueceu o paulista desbravador, mas esvaziou e empobreceu a cidade. Com o
esgotamento das minas, no final do século XVIII, desenvolveu-se o plantio da
cana-de-açúcar e fundaram-se as primeiras fábricas. Na década de 1870, o
desenvolvimento da lavoura do café na província de São Paulo levou muitos
fazendeiros ao enriquecimento. Seus investimentos estenderam-se à construção de
ferrovias ligando os cafezais à cidade de São Paulo e ao porto de Santos, à
criação de casas exportadoras e de bancos de financiamento. A fisionomia da
cidade a mudar. A partir de 1870, iniciou-se a sua urbanização. Diversas quintas
foram desmembradas e deram lugar a novos bairros. Em 1889, iniciou-se a
construção do viaduto do chá. A primeira central eléctrica em 1890, permitiu a
circulação dos carros eléctricos a partir de 1900. No início do século XX,
acelerou-se o processo de industrialização da cidade que na década de 1920
alcançou os municípios vizinhos. Todavia, o grande surto industrial ocorreu na
década de 1930, quando uma grande crise na produção do café desviou o
investimento de capitais para a indústria. A partir da década de 1950, o
desenvolvimento da indústria automobilista nos municípios da Grande São Paulo
começou a trair para a região um grande número de emigrantes de outros Estados.
A capital cresceu em várias direcções, surgindo a grande metrópole que já
caminha em direcção a Campinas e Jundiaí. Cada vez mais, a industrialização
consolida-se e a agricultura amolda-se aos novos tempos.