O Titanic era um paquete (navio
transatlântico) britânico que,
durante a sua primeira viagem se
afundou na noite de 14 para 15 de
Abril de 1912, depois de ter chocado
com um icebergue a Sul da Terra
Nova. Mais de 1500 pessoas pereceram
nesse naufrágio. Em 1985, seus
destroços foram localizados a 4000
metros de profundidade.
Ao anoitecer de 14 de Abril, o
Comandante Smith mandou reforçar a
vigia no mastro de proa (frente do
navio), e fornecer binóculos. Esses
equipamentos não foram encontrados e
os vigias tiveram que fazer o seu
trabalho apenas com a sua visão. O
Comandante Smith retirou-se para os
seus aposentos e deixou no comando
na ponte o Segundo Oficial Charles
Lightoller, que mais tarde foi
substituído pelo Primeiro-oficial
William Murdoch. A noite estava fria
e calma, sem ondulação e sem vento.
Somente a luz das estrelas e do
Titanic iluminavam a escuridão. Às
22h30, a temperatura da água do mar
era gélida, cerca de 0,5º abaixo de
zero, o suficiente para matar por
hipotermia uma pessoa em apenas
vinte minutos. Às 23h40, os vigias
do mastro, Frederick Fleet e
Reginald Lee, avistaram uma sombra
mais escura que o mar à frente. A
imensa sombra cresceu rapidamente e
revelou ser um imenso iceberg na
direcção do navio. Imediatamente o
pânico deu lugar aos reflexos e
Fleet tocou o sino de alerta do
mastro três vezes e ergueu o
comunicador para falar com a Ponte
de Comando. Preciosos segundos se
perderam até que o comunicador foi
atendido pelo Sexto Oficial Paul
Moody onde Fleet gritou "Iceberg
logo à frente". O Primeiro-oficial
que ouvira e vira a imensa massa de
gelo na direcção do navio, entrou na
ponte de comando. Gritou, ordenando
ao timoneiro Robert Hitchens "tudo a
estibordo", e à casa de máquinas,
"máquinas a ré toda a força". Na
ponte de comando e no mastro de
proa, os tripulantes observaram
inertes o imenso iceberg vindo em
rumo de colisão. Na casa das
máquinas, a correria foi grande. O
vapor que estava a ser enviado para
os motores tinha de ser fechado, a
fim de parar os pistões. Nas salas
de caldeiras, os carvoeiros tiveram
que parar de alimentar as fornalhas
e abrir os abafadores das caldeiras.
Quando os enormes pistões estavam
quase parados, uma alavanca na base
dos motores fora acionada para
reverter os giros das hélices
centrais, e então as válvulas
tiveram que ser novamente acionadas
para libertar o vapor para entrar
nos motores que começaram a girar no
sentido inverso. A hélice central
assim que fora acionado o reverso
dos motores parou de funcionar, pois
este não era acionado pelos motores
do navio, mas por uma turbina que
era alimentada pela sobra do vapor
dos motores. A proa do navio começa
a deslocar-se do Iceberg, e 47
segundos após se ter visto o
Iceberg, não se consegue evitar a
colisão. Esta ocorre às 23h40, na
Latitude 41º 46´N e Longitude 50º
14´W. Arestas do Iceberg colidem com
o casco do navio, fazendo com que se
soltem os rebites entre as placas de
aço, resultando em pequenas
aberturas no casco, tendo sido
afetados mais de noventa metros de
casco deixando abertos os 5
compartimentos estanques. Apenas 20
minutos depois, o convés já tinha
começado a inclinar-se. O vigia
Fleet baixa-se no ninho da gávea do
mastro de proa e sente o navio
tremer e pedaços de gelo são
arremessados ao convés da proa. O
navio todo treme e na ponte de
comando o oficial Murdoch aciona
imediatamente o encerramento das
portas estanques. Nos porões de
carga do navio, a água jorra com
imensa força. Seguiu-se então um
estrondo e a água do mar rompeu por
toda a lateral da sala de caldeiras
número seis. As primeiras vítimas
foram cinco operários que lutavam
para manter seguras as
correspondências na sala de correios
inundada logo após a colisão.
Morreram todos afogados tentando
salvar as cartas que rumavam para a
América a bordo do navio. Com o
abanão provocado pela colisão,
muitos passageiros acordaram. O
Comandante Smith dirigiu-se
imediatamente para a ponte de
comando e foi informado do ocorrido.
Ordenou imediatamente a paragem
total das máquinas. Com a paragem
das máquinas, um barulho
ensurdecedor é ouvido na área
externa do navio, devido à grande
quantidade de vapor expelido. O
Comandante Smith chamou o
Engenheiro-chefe, Thomas Andrews, e
solicitou um exame das avarias. Após
alguns minutos, Andrews selou o
destino do Titanic dizendo: "O navio
vai afundar, temos menos de duas
horas para evacua-lo". Bruce Ismay,
Presidente da White Star Line e o
Comandante Smith mostraram-se
incrédulos com o relato. "O Titanic
não pode afundar" - menciona Ismay -
"é impossível ele afundar". Haviam
sido atingidos 5 compartimentos
estanques. Com quatro
compartimentos, o Titanic ainda
conseguiria flutuar, mas o peso de
cinco compartimentos cheios de água
a proa inundaria, fazendo com que a
água atravessasse para os outros
compartimentos, por cima das portas
estanques. A água do sexto
compartimento passaria para o sétimo
compartimento, depois para o oitavo
compartimento, e assim por diante.
Origem do nome Titanic: na
mitologia grega, os Titãs eram uma
raça de gigantes semelhantes a
deuses que eram considerados
personificações das forças da
natureza. Eles eram os doze filhos
(seis irmãos e seis irmãs) de Gaia e
Uranus. Cada filho casou-se ou teve
filhos de uma de suas irmãs. Eles
são: Cronus e Rhea, Iapetus e Themis,
Oceanus e Tethys, Hyperion e Theia,
Crius e Mnemosyne, e Coeus e Phoebe.
Um dos Titãs chamava-se exactamente
Oceanus.
O RMS Titanic foi um navio
transatlântico da Classe Olympic
operado pela White Star Line e
construído nos estaleiros da Harland
and Wolff em Belfast, Irlanda. Na
noite de 14 de Abril de 1912,
durante sua viagem inaugural,
chocou-se com um iceberg, e afundou
duas horas e quarenta minutos
depois, na madrugada do dia 15 de
Abril de 1912. Até o seu lançamento
em 1912, ele foi o maior navio de
passageiros do mundo.
O naufrágio resultou na morte de
mais de 1.500 pessoas,
hierarquizando-a como uma das piores
catástrofes marítimas de todos os
tempos. O Titanic provinha de
algumas das mais avançadas
tecnologias disponíveis da época e
foi popularmente referenciado como "inafundável"
- na verdade, um folheto
publicitário de 1910, da White Star
Line, sobre o Titanic, alegava que
ele fora "concebido para ser
inafundável". Foi um grande choque
para muitos que, apesar da
tecnologia avançada e experiente
tripulação, o Titanic ainda afundou
com uma grande perda de vidas
humanas. Os meios de comunicação
social sobre o frenesi de vítimas
famosas do Titanic, as lendas sobre
o que aconteceu a bordo do navio, as
mudanças resultantes do direito
marítimo, bem como a descoberta do
local do naufrágio em 1985 por uma
equipe liderada pelo Dr. Robert
Ballard fizeram a história do
Titanic persistir famosa desde
então.
O Titanic foi um transatlântico
da White Star Line, construído nos
estaleiros da Harland e Wolff, em
Belfast, Irlanda destinado a
competir com os navios Lusitania e
Mauretania da empresa rival Cunard
Line. O Titanic, juntamente com os
seus irmãos da classe Olympic, o
Olympic e o ainda em construção
Britannic (originalmente chamado de
Gigantic), se destinavam a ser os
maiores e mais luxuosos navios a
operar. Os projectistas foram
William Pirrie, director de ambas as
empresas Harland and Wolff e White
Star, o arquitecto naval Thomas
Andrews, gerente de construção e
chefe do departamento de design da
Harland and Wolff e Alexander
Carlisle, o projectista chefe e
gerente geral do estaleiro do
Titanic. Carlise sugeriu que se
usasse no Titanic turcos maiores que
poderiam dar ao navio um potencial
de transporte de 48 botes salva
vidas; isso seria o bastante para
acomodar todos os passageiros a
bordo. No entanto, a White Star Line,
concordando com a maioria das
sugestões, decidiu que apenas 16
botes salva vidas de madeira (16
sendo o mínimo permitido pelas leis
da época, baseada na tonelagem
projectada do Titanic) seriam
transportados (também havia quatro
botes salva vidas desmontáveis) que
no total poderiam acomodar apenas
52% das pessoas a bordo.
A construção do RMS Titanic,
financiada pelo americano J.P.
Morgan e sua companhia International
Mercantile Marine Co., começou em 31
de Março de 1909. O casco do Titanic
foi lançado no dia 31 de Maio de
1911, e sua equipagem foi concluída
em 31 de Março do ano seguinte.
O Titanic tinha 269,10 metros de
comprimento e 28 m de largura, uma
tonelagem bruta de 46,328 toneladas,
e uma altura da linha d'água até o
deck de botes de 18 metros. O
Titanic continha dois motores de
quatro cilindros de expansão tripla,
invertido com motores a vapor e uma
turbina de baixa pressão Parsons de
três hélices. Havia 29 caldeiras
alimentadas por 159 fornos de carvão
à combustão que tornaram possível a
velocidade máxima de 23 nós (43
km/h). Apenas três das quatro
chaminés de 19 metros de altura eram
funcionais; a quarta chaminé servia
apenas para ventilação; foi
adicionada para dar ao navio um
olhar mais impressionante. O navio
podia transportar um total de 3,547
pessoas, entre passageiros e
tripulação e, por transportar
correio, usava o prefixo RMS (de
Royal Mail Steamer), bem como SS (Steam
Ship).
Na sua época, o Titanic
ultrapassou alguns mais seriam na
verdade todos porque nada seria
igual se fosse diferente os rivais
em luxo e opulência. Ele ofereceu
uma piscina a bordo, um ginásio,
banho turco, bibliotecas, tanto em
relação à primeira e a segunda
classe, squash e um tribunal. As
salas da Primeira classe eram
enfeitadas com detalhes em madeira,
móveis e outras decorações caras.
Além disso, o Café Parisiense
oferecia cozinha de primeira classe
para os passageiros, com uma varanda
de pôr-do-sol equipada com
decorações trellis.
O navio incorporou recursos
avançados tecnologicamente, para sua
época. Tinha um extenso subsistema
eléctrico alimentado com geradores
de vapor para iluminação total do
navio. Ele também ostentou dois
telégrafos Marconi sem fio,
incluindo um rádio de 1500 watts de
potência tripulado por operadores de
rádio que trabalharam em turnos,
permitindo o contacto e à
transmissão de mensagens de muitos
passageiros.
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite
Ribeiro – Marinha Grande - Portugal