Foi na Palestina, no princípio de
era a que ele deu o nome, que nasceu o
cristianismo. O seu Fundador, Jesus de
Nazaré, que, ao contrário de Buda, de
Mani ou de Maomé, só pregou durante um
período muito curto, era judeu e, com os
seus discípulos, em especial os 12
“apóstolos”, formou uma seita judia.
Esta seita tomou como referência
essencial as Escrituras e de início os
ritos moisaicos. Mas Jesus caracterizou
logo a novidade da sua mensagem em
relação à Aliança do Sinai. Na
realidade, procurou colher a intenção
profunda do judaísmo, muitas vezes
mascarada pelo formalismo e boa
consciência dos rabis, os mestres
religiosos da altura. Insistiu no amor a
Deus e ao próximo, no perdão das
injúrias, no primado do espírito sobre a
letra e na preparação para a salvação.
Mas, sobretudo, a nova revelação, trazia
a toda a humanidade, apresentou-se como
divina, pois Jesus quis ser recebido
como sendo o Cristo, o Filho de Deus, o
Salvador do Mundo. O seu suplício na
cruz durante a Páscoa judaica, por volta
do ano 30, foi considerado pelos seus
discípulos como algo necessário para a
vitória do seu Senhor sobre o mal,
vitória que eles proclamarão anunciando
que “Deus ressuscitou de entre os
mortos”.
A Via Sacra começa na cidade velha de
Jerusalém, na Porta de Santo Estevão e
percorre a parte ocidental da cidade
velha de Jerusalém, terminando na Igreja
do Santo Sepulcro.
As Estações da Via Sacra:
1ª Estação A primeira estação
encontra-se junto ao Mosteiro da
Flagelação.
Jesus é condenado à morte. Pilatos
mandou vir água e lavou as mãos diante
da multidão: "Estou inocente do sangue
deste homem". “A responsabilidade agora
é do povo”. Depois de mandar açoitar
Jesus, entregou-o para ser crucificado.
Pilatos mandou vir água e lavou as mãos
diante da multidão: "Estou inocente do
sangue deste homem". “A responsabilidade
agora é do povo”. Depois de mandar
açoitar Jesus, entregou-o para ser
crucificado.
2ª Estação: A segunda estação
encontra-se próxima dos restos de uma
construção romana, conhecida hoje em dia
por Arco do Ecce Homo, em memória das
palavras de Pôncio Pilatos quando mostra
Jesus Cristo à multidão. Jesus carrega a
sua cruz.
Jesus recebe sobre seus ombros a cruz e
se dirige ao Calvário ou Gólgotha (lugar
do crânio, em hebraico). A Cruz é um
antigo instrumento de suplício, usado
para executar os condenados à morte.
3ª Estação: Hoje em dia, o local
tradicional está marcado por uma pequena
capela pertencente ao Patriarcado
Arménio de Jerusalém. Jesus caminha
cansado e abatido sob o peso da cruz.
Seu corpo está coberto de sangue, suas
forças esmorecem e ele cai. Com
chicotes, os soldados que o escoltavam o
forçam a se levantar.
4ª Estação Hoje em dia, no local existe
um pequeno oratório. Jesus encontra
Maria, sua mãe. Mãe e filho se abraçam
em meio à dor. Eles tudo partilharam até
a cruz. Sua união era tão intimamente
perfeita, que não tinham necessidade de
falar, porque a única expressão residia
nos seus corações.
5ª Estação: Sobre a arquitrave de uma
porta existe um inscrição que comemora o
encontro entre Jesus Cristo e Simão
Cireneu, a quem os romanos ordenam que
carregue a cruz de Cristo até o Gólgota.
Jesus recebe ajuda de Simão para
carregar a cruz.
Na verdade, Simão de Cireneu foi
obrigado a carregar a cruz. Ele vinha
passando, quando recebeu dos soldados a
ordem de ajudar, Jesus tinha que
permanecer vivo até a crucifixão.
6ª Estação: Que comemora o encontro
entre Jesus e Verónica, quando esta
limpa a sua face com um tecido que fica
com as suas feições, é hoje em dia
assinalado por uma igreja pertencente ao
rito greco-católico.Uma mulher que
assistia à passagem de Jesus decide
limpar a sua face tingida de sangue. O
pano usado por Verônica teria ficado
gravado com a imagem do rosto de Cristo.
7ª Estação: Hoje em dia este local está
assinalado por uma coluna na esquina da
Via Dolorosa com a Rua do Mercado. Jesus
cai pela segunda vez. Jesus sabia que
iria enfrentar um cruel sofrimento. Seu
espírito estava preparado, mas seu corpo
estava cansado e abatido. Ele caminhava
com dificuldade e mais uma vez tropeçou
e caiu.
8ª Estação: Hoje em dia o local é
assinalado por uma cruz enegrecida pelo
tempo, esculpida na parede de um
mosteiro ortodoxo. Jesus fala às
mulheres de Jerusalém.
Já próximo do Monte Calvário, Jesus
esquece sua dor para abrir o coração e
consolar as mulheres que, chorando,
lamentavam o seu sofrimento.
9ª Estação: Hoje em dia o local está
assinalado por uma coluna da era romana,
à entrada de um mosteiro copta. Jesus
cai pela terceira vez. Aproxima-se o fim
da Via Crucis, com a última queda de
Jesus, a terceira de três quedas. Jesus
chega ao Calvário. Quiseram dar-lhe
vinho misturado com fel, mas ele não
quis beber.
10ª Estação: Jesus é despojado de suas
vestes. Os soldados tomaram as roupas e
as sortearam entre eles, cumprindo
assim, as profecias antigas que
descreviam esse episódio.
11ª Estação: Jesus é pregado na cruz.
Cravos de ferro rasgam sua carne,
dilacerando suas mãos e pés. A cruz é
erguida, e o Cristo fica suspenso entre
o céu e a terra. Agora, ele está
definitivamente pregado à cruz.
12ª Estação: Jesus morre na Cruz. Com o
Sol eclipsado, Jesus gritou do alto da
cruz: “Pai, nas Tuas mãos entrego o meu
espírito. Agora, estou contigo”. Baixou
a cabeça e morreu.
13ª Estação: Jesus é retirado da Cruz.
Depois de pedir autorização a Pilatos,
José de Arimatéia e Nicodemos compraram
um lençol de linho branco e tiras de
pano, e retiraram o corpo de Jesus da
cruz. Maria, sua mãe, o recebeu em seus
braços.
14ª Estação: Jesus é sepultado. José de
Arimatéia, Nicodemos e alguns apóstolos
tomaram o corpo de Jesus, envolveram-no
com um lençol de linho e o deitaram numa
saliência na rocha em forma de cama.
Então fecharam a entrada com uma grande
pedra.
15ª Estação: A Ressurreição. No
domingo, as mulheres que foram ao túmulo
o encontraram vazio. Viram dois homens
com vestes claras e brilhantes que lhes
perguntaram: "Por que procuram entre os
mortos, quem está vivo? Ele não está
aqui, mas ressuscitou".
Carlos Leite Ribeiro – Marinha Grande
– Portugal