Nome: Mônica Serra Silveira
Cidade: Fortaleza - Ceará
DIFERENÇAS
O que pode ser melhor do que encontrar no mundo
Alguém diferente de você?
De pensamentos contratantes
De novas ideias?
Que lhe desafie a refletir
A polemizar, a discutir?
O que pode ser melhor do que encontrarem em você
Outra forma de ver a vida?
O que pode ser melhor
Do que a troca?
Do que dar e receber?
O equilíbrio não está nas igualdades
Está nas diferenças!
Mônica Serra Silveira

Nome: Muriel Elisa Távora Niess Pokk
Cidade: São Paulo
AMIGOS E AMIGOS
Tenho amigos maravilhosos. Alguns ligam, outros mantêm contato comigo pelos meios que a internet proporciona. Diariamente trocamos, dessa forma, as nossas novidades. Com o passar do tempo conheci a todos e aprendi a respeitar a maneira de ser de cada um. Há aqueles que são frágeis. Extremamente sensíveis se magoam com facilidade. Ao desabafarem desejam ser ouvidos em silêncio, sem nenhuma interrupção, e qualquer conselho dado será por eles recusado. Nada do que lhes seja dito os ajudará. Em sua visão seu problemas não têm solução. Há aqueles que são fortes. Sua força interior é tão grande que eles conseguem deixar seus problemas de lado para ajudar aos que deles precisam. Oferecem aos necessitados seu ombro amigo, abraçam com carinho e deixam sair de seus lábios palavras reconfortantes. Estes amigos, por maior que seja sua dor, jamais se queixam, nem se lastimam. Eles trazem dentro de si muita fé, e em seus corações uma confiança inabalável em Deus. Há aqueles que ficam ao nosso lado enquanto o clima está ameno, enquanto estamos rindo e brincando, enfim enquanto estamos bem. Mas ao menor sinal de ventos fortes, de céu escuro ou tempestade, ao saberem das tristezas e das dificuldades pela qual estamos passando, eles simplesmente se escondem. Estes desaparecem de nossas vidas como num passe de mágica. Não nos visitam, não nos telefonam mais, nem retornam as nossas ligações; param de nos mandar e-mails, não respondem mais aos nossos; no messenger ficam indefinidamente off-line, talvez por terem criado outro msn ou simplesmente por nos terem bloqueado. Se insistirmos em ligar para suas residências, eles não atenderão ao telefone, pois sem dúvida adquiriram um identificador de chamada. Se por acaso alguém em sua casa atender ao telefone, logo perguntará o nosso nome, repeti-lo-á em voz alta e, depois de uma breve pausa, ouviremos: não esta, acabou de sair. Com o passar do tempo, a alegria e a felicidade voltam a bater em nossa porta, e por incrível que pareça nossos amigos desaparecidos também. A esses amigos, eu costumo chamar andorinhas... Eles vão e voltam conforme o tempo. Na época em que não os compreendia, eu ficava profundamente magoada com essa atitude deles. Mas amigos espiritualistas deram-me uma explicação que me satisfez. Explicaram-me que existem vários níveis espirituais, que podemos comparar os espíritos aos degraus de uma escada interminável. Agora que compreendo meus amigos andorinhas, suas atitudes já não me magoam mais; sei que o fazem, não o fazem por maldade. Não posso pretender que alguém que esteja ao pé de uma montanha tenha a mesma visão daquele que se encontra em seu cume.
(Texto registrado em cartório).

O que fizeste com o amor que te dei
O que fizeste com o amor que te dei
Tanto te ofereci
Tanto te amei
Pensaste certamente que esse amor
Para sempre dentro de mim moraria
Sem remorso dia a dia me causaste dor
Não percebeste que em agonia eu morria.
Ah meu amor que pena
Ao seu lado estou tristemente
Infeliz meu coração sai de cena
Caminha solitário novamente.
Registrado em Cartório
Elisa Távora Niess Pokk

Nome: Odenir Ferro
Cidade: Rio Claro, Estado de São Paulo, Brasil
OS NOSSOS SONHOS
Assim como o céu noturno, quando vem chegando, abstrai-se das belezas e das claridades diurnas, acobertando-se com as novas belezas trazidas por ele, ao se aconchegar conosco, desnudando o seu manto negro cintilando-se por uma miríade de estrelas, assim são os nossos momentos de vida. Muito instantâneo e passageiro!
E o que é esta sensível percepção interior que é sonhar? Senão, - almejarmos a evolução das nossas realizações pessoais, acrescidas de talentos, esforços, e muita força de vontade, perseverança e metas - para traçarmos numa linha imaginária, a realização empreendedora dos nossos objetivos?!
Muito embora, nunca deixarmos um momento sequer, de sonhar - os nossos sonhos são os tônicos vibrantes da mística que atua por toda a extensão do nosso ser. Os sonhos dão plenitude à nossa alma, fazendo com que ela toque até na profundidade da metafísica que atua no intocável! Naquilo tudo do que for Sagrado, almejando uma exata compreensão do que há nas dimensões inteligentes que atuam dentro e fora de cada um de nós.
Buscamos espaços dentro da nossa individualidade, desejando introduzi-la para o nosso meio de vida, mediante à realização dos nossos sonhos.
Portanto, vamos traçando as metas - conscientes ou inconscientes. - após criarmos os nossos diversos objetivos.
Dentro deles, então, vamos elaborando ou buscando as acessibilidades possíveis para nos encontrarmos com as nossas ferramentas de trabalho.
Com elas em punho, vamos nos envolvendo com tudo o que estiver disponível: seja do nosso alcance ou não, - traçando mais metas, dentro dos nossos objetivos, - até conseguirmos os primeiros resultados: ou seja, até confrontarmo-nos com a exatidão de estarmos convivendo, interagindo com a realidade conquistada com os nossos desejos concretizados após termos dado instintivo incentivo aos nossos sonhos.
E o lado antagônico dos sonhos, penso que deve ser o marasmo, a apatia, numa ausência de estímulos para que possamos continuar avante, rumo às conquistas dos nossos propósitos idealizados pelo afã dos nossos sonhos. Sejam eles, quais forem.
O ímpeto da nossa força de vontade é uma chama ardente e revigorante. Pois através desta chama, nós também podemos percorrer a trilha imaginária que nos conduzirá ao alcance dos nossos ideais.
O desanimo não é uma regra de boa conduta para àqueles que sonham. E, creio que todos nós sonhamos. A grandeza da realidade dos nossos sonhos concentra-se dentro do persistente ato das nossas batalhas em ótimo desempenho por querer alcançar e conquistar aquilo que havíamos almejado. Desde o dia em que acreditáramos que poderíamos alcançar este objetivo - pois intimamente sabíamos que tínhamos - os dons, os objetivos e os talentos para alcançá-los.
DENTRO DAS VIBRAÇÕES PERCEPTIVAS
Neste meu tempo aonde o nosso Tempo se torna
Obtuso, não agudo, agressivo, gritante, e nossos
Instantâneos momentos vão sendo perturbados
Ou alterados dentro do que ou daquilo tudo que
Almejávamos vivenciarmos dentro das trivialidades
Do nosso prosseguimento nas vibrações preceptivas
Envoltas na dinâmica espiritual da rotina existencial,
Somos os inquisitivos, somos os inquisidores,
Somos os alternativos, os absolutos, dissolutos,
Envolventes, ausentes, pois viajamos dentro deste
Espectro luminoso que é a composição da nossa alma!
Sempre conduzidos pelo brilho de outras Luzes maiores
Cujos espectros transcendentais equiparam-se à Eternidade!
E à elas, são a quem mais somos, na nossa grande maioria,
Prestativos, atentos, submissos e, acima de tudo, somos os
Muito esperançosos, tanto quanto somos os espectadores
De nós; enquanto nos somamos observadores do Mundo!
E o Tempo, sempre é o nosso maior eterno aliado.
Nesta trajetória existencial tão sobrecarregada por
Uma Fé obstinada de inumeráveis crenças salientes
Ou sobrepostas nas alianças de profundas dúvidas.
Alavancamos a nossa jornada sublime existencial,
Querendo desvendar estes mistérios atemporais...
Atravessando o Portal da beleza condutora destas
Derradeiras dúvidas e questionamentos despertos
Pelo motivacional das nossas procuras, encontros,
Encantos, desencantos, desencontros, acertos,
Erros, somando-nos à compreensão que possa
Vir de qualquer valioso conhecimento; e que se
Acaba tornando-se o Portal da nossa Sabedoria:
- Vivemos dentro da nossa história pessoal,
Sempre sequiosos de reescrevê-la ao nosso
Modo; ao nosso pessoal jeito de ser, partindo
Desta impessoalidade que é a rotina dinâmica
Da existência... Dentro destes envolvimentos,
Aonde terminar-se-á ou se sequenciará com
Um novo paradigma, esta nossa história?!...
- Ninguém aceita a realidade fatal da Morte!
Pois que no fundo, intimamente, nós somos
Conscientes de que é algo cruel e horrível;
Dentro desta nossa realidade tão comum...
- Em que vamos constantemente espelhando-nos
Dentro das vibrações preceptivas entre nós, a morte,
A vida, avançando-nos a um possível novo paradigma
Criando ou recriando-nos ininterruptos, dentro de um
Elo harmonioso ou não, compondo o imortal, o eterno!
Odenir Ferro

Nome: Olympio da Cruz Simões Coutinho
Cidade: Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil
A afirmação me dá medo,
pois revela uma verdade:
"A quem contas teu segredo
dás a tua liberdade".
A bondade, luz do sol,
luz que a todos ilumina;
na escuridão, o farol
que os bons caminhos ensina.
A cultura da amizade
deve ser ampla na Terra;
quem planta fraternidade
não colhe os frutos da guerra.
A mulher que me persegue,
que comigo sempre vive,
é - embora eu mesmo negue
aquela que eu nunca tive.
A paz está baseada
num conceito natural:
só pode ser alcançada
com a justiça social.
A receita é uma flauta,
violão e um cavaquinho;
notas soltas numa pauta
e fica pronto o chorinho.
A roça... e minha alma acata
a busca de outros caminhos...
Nunca mais a verde mata,
nunca mais os passarinhos.
A superfície do mar
belo cenário formata
quando o clarão do luar
lhe veste um manto de prata.
A tormenta encrespa o mar
e fere a moça no cais
que jura que o verbo amar
ela não conjuga mais...
A trova, para entendê-la
com perfeito sentimento,
mire no céu uma estrela,
viva da vida um momento.
A velhinha no jardim
filosofava sorrindo:
- Não julgo o mundo ruim,
ainda há rosas se abrindo.
A viagem no trem da vida
nos mostra contradições:
sobem sonhos na partida,
descem na volta ilusões.
A vida sorri pra quem
tem a fé no coração
e busca fazer o bem
sem esperar gratidão.
Olympio da Cruz Simões Coutinho

Nome: Paulo Marcelo Paulek
Cidade: União da Vitória - PR
Pesquisa-se há séculos
Não há uma explicação científica
O canto dos pássaros
O sol que queima
As plantas florescem
Dias de fortes chuvas
Noites frias
As estrelas que brilham
Os ventos que embalam
A sinfonia da natureza
Os gritos do nascimento
A felicidade do encontro
O choro da despedida
O fim da vida
A existência das almas
Os adoradores manifestam-se
Os filhos rezam
Ele atende
Obrigado DEUS
Paulo Marcelo Paulek

Nome: Raquel Gastaldi
Cidade: Curitiba
CADE VÔCE
Como não te amar,
Se me afogo na solidão,
Tentando em vão
Isolar-me?
Como não te amar
Se a tua presença
Imensa corre solta
Em meus sentidos,
Como o mar?
Como não te amar,
Se me perco entre
Versos com você a
Encantar-me?
Como não te amar,
Se minhas explicações
Findam-se entre
A ilusão e a razão,
Procurando
Teu olhar?
Como não te amar,
Se quando a noite
Chega nos unindo
Entre sonhos
Num só amar?
Por favor, me faça
Te encontrar.

Nome: Renato de Alvarenga
Cidade: Rio de Janeiro
Segredo
Logo abaixo
Do longo e reto nariz,
Sustentáculo de teus olhos tristes,
Mostras o muito que ris.
Logo depois
De ralas horas de melancolia
Regadas por breve depressão,
Reencontras, na vida, a alegria.
Logo após
Algumas estrofes desesperançosas,
Arrematas teu poema
Com um ramalhete de rosas.
Que escondes por trás desse otimismo?

Renã Leite Pontes
(Amazônia Brasileira, Rio Branco - AC - Brazil)
Ab ímo pectóre
Passar um ponto além das reticências,
chegar ao infinito imaginário,
fazer poema feito um relicário,
beber na fonte das leis e ciências,
Alçar-se ao precursor das sapiências,
mandar foguete tripulado à Marte,
ser sucessor de Niemeyer na arte
de fazer forma longe de aparências.
Deixar escritos ao longo de mil anos,
muitos projetos, ilações... legado
para salvar os jovens do egoísmo,
Tudo seria mera transgenia,
levar de aeronave um ser alado:
sem ter amor - de nada serviria!
Renã Leite Pontes

Rita Rocha
Pádua - Brasil
Pranto
Quando o rosto não foge
D´ uma aparente calma.
Ninguém pode ver o pranto
Que deságua dentro d´alma
As lágrimas servem de manto
Que a nossa dor ensalma.
Caindo dentro do peito
Pode até deixar um trauma.
O choro é uma bênção e tanto
Pra deixar a gente calma
Eu choro de qualquer jeito
Chego até salgar minh´alma.
Rita Rocha