TEXTO 1
São Mateus-ES
São Mateus, minha cidade
É cheia de muitas histórias
Cidade de causos e contos
E também de muitas memórias
Cidade de índios
De confrontos e mortes
Às margens do Cricaré
Originando na história brasileira
O Massacre dos Aimorés aqui no norte.
De escravos e senhores
Cidade de muitos encantos
Localiza-se no Norte
Do Estado do Espírito Santo
Cidade de cachoeiras
Inferno, Cravo e Jararaca
De praias atrativas de águas mornas
Da Ilha de Guriri e Barra Nova
De vilas e ruelas com paralelepípedos
De lendas e histórias de escravos
fugitivos
De muitos talentos artísticos
De historiadores e grandes conquistas.
Do sítio Histórico Porto de São Mateus
Da igreja velha e deu museus
De um povo temente a Deus
Do Rio Cricaré e Mariricu
Do Projeto Tamar que protege as
tartarugas
Das memórias e de grandes nomes
De pessoas de boa conduta.
Dos braços acolhedores à espera do
visitante,
Da moqueca de judeu feita na panela de
barro
Do caranguejo no mangue, ao festival de
camarão
Dos mineiros mateenses de coração.
Cidade do belo luar,
do Luar de SÃO MATEUS!
Eliane Auer
(SÃO MATEUS-
fica situado no Norte do Estado do
Espírito Santo.)
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TEXTO 2
A lua que você pintou para mim
Continua brilhando intensamente
Como se fosse o primeiro momento
Ao ver a beleza da lua
crescente.
Oh, lua linda que brilhou no céu
sorridente
Ao sentir a contemplação dos
apaixonados
Esperando o momento de amor
E as promessas de amor
eternizado.
A lua que chega ao céu e clareia
Como se fosse dia de sol
É a lua linda e cheia
Refletindo como arrebol.
Eliane Auer |

TEXTO 3
CASARÃO
CASARÃO estuque só
Só estuque e todos sós
Madeira fina e barro
Barro, madeira sol a sol
CASARÃO telha colonial
Engenho, tortura, grito, facão
Capim, quarador
Lenha e lenhador
CASARÃO cerca de ripinhas
Casqueiro um dia foi muralha
Na rua tinha liberdade
Vizinho era irmandade
CASARÃO, oh, CASARÃO!
Que também foi maternidade
O obstetra era a parteira
O piso era assoalho
CASARÃO que tocava vinil
Roedor já corre solto
Um dia teve alegria e
Também muito desgosto.
Eliane Auer |

TEXTO 4
CASA VELHA
Quem habita a herança e o
destempero
Daqueles que só querem se dar
bem ma infelicidade alheia
A alegria e o desespero
Foi amor e ilusão
Até aonde vai a paixão
Por aqueles que não lhe deixam
nada de herança?
Até mesmo na bonança
Tem mesquinharia e deselegância.
Casa velha de hospedeiro
Meliantes e mendigos
Virou homem bem honesto
Viram monstros e protestos
Casa velha virou abrigo
De delinqüentes e oprimidos
Vivem nela desabrigados
E também muitos drogados.
Casa velha já não agrada
Àquele que não conseguiu achar o
que procurava
Restos de vidas mortas
Sobras de parafernálias.
Eliane Auer |

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