Glosando Augusto dos Anjos

Gislaine Canales

 

ALMA DO COSMOS

 MOTE: (Quarteto do soneto: AO LUAR)

 

 

 Quando à noite, o infinito se levanta

à luz do luar, pelos caminhos quedos

minha tátil intensidade é tanta

que eu sinto a alma do cosmos nos meus dedos!

 

Quando à noite, o infinito se levanta

 e surge em seus abraços com as estrelas,

eu sinto, dentro em mim, algo que canta,

que canta, então, feliz por poder vê-las!

 

Segue minha alma, assim, pura alegria,

à luz do luar, pelos caminhos quedos.

Vai respirando a Lua, que é poesia

e realizando os seus desejos ledos!

 

Essa beleza fascinante, encanta

e nesse doce sonho-encantamento,

minha tátil intensidade é tanta

que eu aspiro, a verdade do momento!

 

Faço da Lua, então, a minha amante,

repartindo com ela, meus segredos,

e, tão contente, fico neste instante,

que eu sinto a alma do cosmos nos meus dedos!

 

 

 

 

 ***

 

 

Poema Classificado em 5º Lugar no Concurso da FESERP
Festival Sertanejo de Poesia /Aparecida /PB
Prêmio AUGUSTO DOS ANJOS