Glosando Augusto dos Anjos
Gislaine Canales
ALMA DO COSMOS
MOTE: (Quarteto do soneto: AO LUAR)
Quando
à noite, o infinito se levanta
à luz do luar, pelos caminhos quedos
minha tátil intensidade é tanta
que eu sinto a alma do cosmos nos meus
dedos!
Quando à noite, o infinito se levanta
e surge em seus abraços com as
estrelas,
eu sinto, dentro em mim, algo que canta,
que canta, então, feliz por poder
vê-las!
Segue minha alma, assim, pura alegria,
à luz do luar, pelos caminhos quedos.
Vai respirando a Lua, que é poesia
e realizando os seus desejos ledos!
Essa beleza fascinante, encanta
e nesse doce sonho-encantamento,
minha tátil intensidade é tanta
que eu aspiro, a verdade do momento!
Faço da Lua, então, a minha amante,
repartindo com ela, meus segredos,
e, tão contente, fico neste instante,
que eu sinto a alma do cosmos nos meus
dedos!