João Bosco Soares dos Santos 

 

-Nome: João Bosco Soares dos Santos

- Profissão:
 Advogado, Professor e Auditor.

- Quer falar um pouco da terra onde mora? 

Moro em Salvador, Bahia, terra da magia e da alegria; da liberdade e da fraternidade; do feitiço e da fé.
Para cantar e exaltar a minha Bahia, registro alguns dos meus textos já publicados em livros:


BAIANISMO - MOMENTO I

DO LIVRO POR UMA HUMANIZAÇÃO DA POLÍTICA BRASILEIRA.


“Um povo mestiço, cordial, civilizado, pobre e sensível habita essa paisagem de sonho.”
Jorge Amado.

A Bahia, essencialmente os seus recôncavos físico e populacional, tem sido, a um só tempo, um riquíssimo berçário de criatividade e um enigma que sempre está a desvendar-se e a ser desvendado. Dela e nela, sempre estão a evolar mágicos ares e envolventes sabores de líricas e ternais lembranças adocicadas; magistrais recordações inapagáveis; e inebriantes e inesquecíveis saudades, todas agitadas por fantásticos momentos, por explosivas emoções e por encantadores feitiços trigueiros e intrigantes. Na Bahia pululam carícias por todas as bordas e frestas reais e imaginárias; fervilham alegrias por todos os tempos e espaços; assomam belezas esplêndidas por todas as linhas, ângulos, prismas, projeções e reflexos. A Bahia foi, é e será sempre, nas verdades, nas idéias e nos sonhos um inesgotável rincão e nascedouro de deslumbrantes fascinações a tocarem corpos, almas, reflexos e sombras dos seus filhos, moradores e visitantes, deixando-os, gratuita e fortemente impregnados de suas suaves e temperadas delícias energizantes. Só a Bahia, por suas especiais e gentis qualidades inatas pode ter, ser e oferecer essa tão completa, inteira, precisa e sincronizada fonte de prazer vivencial a todos os pontos da emoção e da sensibilidade humanas. Só a Bahia, por suas próprias e bem assomadas e assumidas especificações e qualificações, pode ser assim tão abundante em opções reais ou imaginárias de delícias. E isso é Baianeirismo? Baianidade? Baianismo? Ou tudo isso e mais alguma coisa? E como surgiu, de onde veio e quem primeiro sentiu e externou esse formidável e caprichoso encanto que a Bahia é e tão bem sabe ser e oferecer, a todo segundo, como se fora um sol, uma lua ou uma brisa sempre a gargalharem em milimétrica e convergente coletividade sensual, a falarem e a agirem com magistrais gesticulações, a gingarem em brejeiros trejeitos e a expelirem, por todos os seus poros sensuais, saborosas musicalidades, estonteando todos os sentidos, almas e corpos humanos? Como foi esculturado e padronizado esse leve, solto e feliz modo de caminhar a vida que a Bahia instituiu e jamais foi contestado?
Quem pincelou em traços, curvas e horizontes reais, ideais e imaginários a esfuziante personalidade da Bahia? Gregório de Matos Guerra, ou um outro? Ou outros? Quem fincou suas linhas e pontos extremos? Quem vincou suas sinuosas saliências? Que ingredientes e parcelas caldearam esse caráter terno e irremovível que tem a Bahia? Em que medidas e proporções? Que graus de convergência e de sincronidade? Em que espaço e momento? Identificamos elementos índios, afros e europeus, mas não sabemos, com precisão, as respectivas dosagens deles, da empatia, da duração ou da técnica utilizadas; não sabemos, com certeza, as tonalidades das cores, dos sons, dos sabores ou dos odores que o compuseram. A personalidade do baianismo, por seu espírito afetivo, vivaz e vivificante, fascina o mundo. A Bahia persiste a provocar suspiros, desejos e inspirações e, sábia, bonachona e esplendidamente cativante tem sabido ser amada e ser amantemente carinhosa. Eis o retrato escrito do nosso baianismo.



BAIANISMO - MOMENTO II

DO LIVRO POR UMA HUMANIZAÇÃO DA POLITICA BRASILEIRA.

“O mistério escorre sobre a cidade (da Bahia) como óleo”. Jorge Amado. 


Nos primórdios, logo nos instantes iniciais da chegada dos europeus, a Bahia proporcionou um viver de puras, extraordinárias e até estrambóticas alegrias, numa quase libertária sensualidade, imaginariamente isenta de todos os pecados, constituindo-se, avançadamente, em parcelas e modos de viver, bem precisados, nas resumidas e corretas palavras do excepcional Otávio Mangabeira: 
“Quando quisermos um precedente, sempre vamos encontrá-lo na Bahia”.
A Bahia, em seus momentos iniciais era o próprio prazer, “shangrilarizado” nos trópicos da América do Sul. E esse seu saboroso jeito de caminhar a vida fermentou o início de um Brasil “europeizado”, somador das delícias de lá e de cá. 
A Bahia deslumbrava-se a pensar, sonhar, idealizar e a viver alegrias em perenes alegrias, embaladas pelas alegrias, sempre bem dosadas de prazeres deliciosamente míticos e inebriantes. 
A Bahia andava em prazer e navegava em delícias. Multiplicava-se em sensuais e incitantes colóquios. Dormia em alegrias e acordava em prazer. Andava dançando e dançava andando. Transpirava sons e sonorizava transpirações. Musicalizava sabores em saborosas musicalidades. Caminhava por jardins onde floriam felicidades. Vivia a construir felicidades em campos, caminhos e jardins, e em tons e cores reais, alegóricas e imagináveis, inteiramente alheia e desprovida de ambições econômicas, financeiras, políticas e sociais. Vivia o hoje, no hoje e só para o hoje, como se esse seu céu apenas durasse um dia. Depois e aos poucos, o civilizado foi trazendo e adicionando camadas de ambições financeiras e econômicas, confundindo a mentalidade de cada vivente baiano.
Essa crescente atrelação, no repente de apenas 100 anos civilizatórios, não somente atormentou o baianismo, como foi desonerando e desfigurando a sua pureza e a sua inocência, salpicando-lhe elevadas doses doentias de viciosos modos e destorcidas maneiras de viver. Mas, ainda assim, o baianismo prevaleceu, já não tão livre, alegre e feliz. E seu baianismo passou a ser aquele tão magistralmente traçado por Gregório Matos Guerra, em suas inteligentes, ritmadas, mordazes e tão bem contingenciadas palavras, frases e definições. Esse já não tão gostoso, mas ricamente sapeca e saltitante baianismo, configurado, plantado, enraizado e sedimentado por Gregório de Matos, foi intelectualizando-se e adquirindo outros coloridos artísticos e harmônicos temperos ,s brejeiros e sagazes, já em recentes tempos. Ruy Barbosa, J.J. Seabra, Juracy Magalhães, Otávio Mangabeira, Simões Filho, ACM e outros menos famosos, inculcaram toques e matizes especiais na arte de fazer política. Adonias Filho, em Corpo Vivo, contribui com a ousada e sobejante saga vivencial do sulista baiano, na luta diária pelas entranhas frondosas e ricas das terras do sul baiano; Jorge Amado, em suas primeiras obras, agregou doçuras à sensualidade morena de corpo, mentalidade, sabedoria e sadia astucidade; Mário Cravo apurou nas durezas do ferro, aço e madeira, os moldes essenciais do mais aguerrido, retilíneo e arguto tipo baiano; Caymmi surgiu a purificar e a esparzir candura, lirismo e mel nos retratos paisagísticos; melodias nas cores e brisas baianas e deliciosos tempero, cor e sabor no dulcíssimo e gostoso viver-amar baiano e ainda o colocou na encruzilhada da utopia, do mistério, da magia e da quase divinização; e, finalmente, Caribé, o mais baiano dos argentinos, riscou com arte, elegância, graciosidade e afeto, os tipos mais apurados do baianismo, fixando-lhe em leves, graciosas e ligeiras pinceladas, seus horizontes, suavemente cativantes, amantes e amados, com a mais deliciosa carícia, este nosso tão sapeca e tão fantástico baianismo.


- Quando começou a escrever (ou iniciou sua arte)?
 
Ainda como estudante, na oitava série do fundamental.
Nas aulas e provas de Português, minhas Redações começaram a ser concretizadas em versos.
Escrevi os poemas: O Mar, O Vento e o Soneto o Canto de Minh´Alma

- Teve a influência de alguém para começar ? 

Não! Foi um despertar livre, leve e soltíssimo, principalmente porque gostava muito de ler. Curiava e lia tudo que encontrava ou surgia em minha frente e caminho, a qualquer hora ou momento.
É possível que tenha havido um primeiro impulso de alguns livros que li de um Bispo Húngaro – Dom THIAMER TOTH – se é assim que se escreve o seu nome. Foram dois: O Moço de Caráter (que de tanto emprestar eu o perdi) e o Bom Moço, que ainda tenho comigo – o segundo que encontrei (o primeiro também o perdi).
Por depois, (e por primeiro dos livros poéticos), o meu Professor de Português, do Colégio Dom Bosco, em Petrolina, Estado de Pernambuco, Brasil, Padre Bernardino Padilha da Luz – que formidável e magnífico ser humano, a quem presto minhas preces, continuadas homenagens e minha eterna gratidão por tê-lo como Professor e por com ele ter convivido – oferecia a nós, seus alunos, para análise sintática, os fantásticos e saborosos cânticos e sonetos do formidável Camões. Percorri, pois depois, Machado de Assis – Helena, Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Braz Cubas; José de Alencar – Iracema e Senhora. E prossegui viajando pelos universos poéticos de Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela... Penetrei no mundo de Castro Alves...
Em Salvador, já cursando Direito e Filosofia, comunguei dos deslumbres de Fernando Pessoa, Murilo Mendes, João Cabral de Melo Neto, Carlos Drumond de Andrade.
No Rio d Janeiro, onde Cursei Direito e Jornalismo e onde permaneci por quase 3 (três) anos, tive a felicidade de ter e conviver com professores magistrais, autores e jornalistas renomados, tais como:, Zuenir Ventura, Geir Campos, Antonio Olinto e muitos outros, redescobrir, com outros olhos e sentimentos, Fernando Pessoa, Carlos Drumond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Joaquim Cardoso e outros e outros.

- Lembra-se do seu 1º trabalho literário (ou artístico)? 

O soneto O Canto de Minh´Alma.
- Projectos Literários (ou artísticos) para 2012 / 2013? 
Lançar os meus 5 (cinco) livros já finalizados e em Editoração ate o mês de junho de 2013, os dois primeiros livros meus, em segunda edição, finalizar Minha Aldeia, o meu primeiro e grande projeto, ainda por terminar, e concluir as minhas teses históricas.

- Tem livro(s) impressos, editados ou por editar, e que não estão em e.book? 

Sim. Quase 20 (vinte).

- Tem obras de arte que gostaria de ver expostas? 

Ainda não.
 

- Conhece o novo projeto do Portal CEN, "SEBO LITERÁRIO"? 
http://www.caestamosnos.org/sebo/sebo_autores.htm
com divulgação direta Internacional, sem paralelo na Língua Portuguesa? E totalmente gratuitos?

Somente conheci agora, recentemente, por informação da Escritora e amiga Varenka. Logo depois, encontrei vários escritores e poetas registrados nele.
Se está interessado (a) neste projeto contate Carmo Vasconcelos pelo e.mail carminhov@hotmail.com
Ou indique-nos a alguém (escritor (a) que, manifestamente, não tem possibilidades de mandar fazer um livro impresso ou mesmo e.book. 


- Fale-nos um pouco de si, como pessoa humana? 

Sou Católico. Eu e algumas das minhas irmãs fomos alunos de colégios da Ordem Salesiana, fundada por Dom Bosco. Meu único irmão, já falecido, estudou no Colégio Jesuíta Antonio Vieira.
Fundei e implantei Colégios, cursos e bibliotecas.
Fundei sindicatos e participei da direção de sindicatos.
Fundei, presido e faço parte de diretorias de entidades culturais e assistenciais.
Sou apaixonado por música, desde a clássica, passando pela regional e pela popular, por filmes, pela arte e pelo esporte.
Sou colecionador de CDs, DVDs e de livros. Invisto muito nas artes.

- Como Escritor (a)?

Quando me inclinei para a vertente literária, iniciei a formar a minha Biblioteca.
Comecei a escrever um livro – Minha Aldeia – pretendendo imitar O ISTAMBUL de PAMUK. Desse projeto, brotaram mais de 20 (vinte) livros, e ainda não conclui Minha Aldeia, a esta altura, já com quase mil páginas.
Faço parte de vários grupos literários, e, inclusive, da União Brasileira de Trovadores, Seção Baiana.

- Tem prémios literários?

Fui premiado 8 (oito) vezes.
 
- Tem Home Page própria (não são consideradas outras que simplesmente tenham trabalhos seus)?

Tive. Estou voltando a ter.

- Conhece bem o conteúdo (enorme) do Portal CEN - "Cá Estamos Nós"?

Ainda não completamente. Estou começando a conhecê-lo agora.
 
- Que conselho daria a uma pessoa que começasse agora a escrever ?

Que leia e estude muito e continuadamente: História, Filosofia, Biografias...e literatura, essencialmente, os grandes autores, os autores de antes de Cristo. E seja amigo fiel de Dicionários.
 

As obras expostas foram autorizadas e são de inteira responsabilidade do/a autor/a

2012

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