Nome:
Maria de Lourdes S. Maciel (Malude Maciel)
Profissão: Bel. Em Direito; Ex.Funcionária Pública Aposentada (INPS).
Quer falar da terra onde mora?
Sou natural de Caruaru e, como todo caruaruense, sou bairrista. Viver nesta
cidade, que é a “Capital do Agreste”, “Terra do Mestre Vitalino” e que é
também conhecida como o “País de Caruaru”, segundo o historiador Nelson
Barbalho, e "Capital do Forró", é um privilégio.
Caruaru é o celeiro da arte e cultura nordestinas.
Quando começou a escrever?
Bom; desde a mais tenra idade sempre gostei de estudar e assim, ler e
escrever faziam parte da minha rotina. Na Escola havia um álbum (Livro de
Ouro), onde as melhores composições da classe eram ali registradas, com
louvor e honra ao mérito e eu escrevia costumeiramente os meus textos, por
fazer isso naturalmente, com o maior gosto e tranqüilidade enquanto via
minhas colegas angustiadas com tal exercício. Mas, escrever algo que mereceu
destaque local, lembro de um concurso literário que ocorreu na época da
minha adolescência entre todos os educandários da minha cidade e eu concorri
pelo Colégio Sagrado Coração, recebendo o prêmio pelo 1º lugar, numa
cerimônia presidida pelo Cônego Sebastião Rodrigues, no palco do Colégio
Diocesano de Caruaru. Fui muito elogiada e parabenizada pelo feito.
Teve influência de alguém para começar a escrever?
Acho que foi uma tendência nata. Meu pai tinha letra bonita, escrevia bem e
dava o maior valor ao estudo, prestando muita atenção às nossas notas e
rendimento escolar. Ele mesmo cursou Direito junto comigo, formando-se na
mesma turma o que foi um caso inédito na faculdade: Sociedade Caruaruense de
Ensino Superior. O exemplo e as exigências dele, de alguma forma me levaram
à dedicação, porém, quando escrevo, sinto muito prazer no que faço. É uma
realização.
Lembra-se do seu primeiro trabalho literário?
Sim, até já me reportei acima ao assunto. Foi em 1966, quando participei de
um Concurso Literário em Caruaru, onde todos os colégios enviaram os
melhores trabalhos sobre o tema: “A Família E Seu Desenvolvimento”. Ainda
tenho guardado esse artigo e, acho-o tremendamente atualizado, podendo ser
publicado hoje, sem problemas. Recebi um prêmio e muitos parabéns. Depois
passei a escrever para todos os jornais da cidade, revistas, etc. Faço
poesias nos momentos de muita inspiração, mas, a prosa em mim é mais
desenvolvida.Tenho um grande acervo com temas do cotidiano.
Tem livro impresso?
Sim; o primeiro, intitulado de: “No Meu Caminho” foi publicado em 1987,
nesta cidade e em Maceió (durante uma Convenção do Lions Clube do qual
participamos). E agora, estou tentando editar outro: “Reminiscências” que
está no prelo.
Projetos Literários para 2010/2011 –
Sim; é justamente o lançamento de meu segundo livro que estou planejando
para esse ano, aliás, já deveria ter saído, no meu aniversário, em fevereiro
próximo passado, no entanto, essas coisas demoram demais. É revisão pra cá,
revisão pra lá, sabe como é, uma trabalheira enorme e, cada vez que a gente
relê, sempre quer acrescentar algo mais. Parece não acabar nunca.
Fale-nos um pouco de si como pessoa humana.
Fica difícil falar sobre nós mesmos. O reconhecimento de nossos predicados
devem vir de fora, das pessoas que nos admiram, senão é pura pabulagem e eu
considero a modéstia uma grande virtude. Direi apenas que serei uma eterna
aprendiz nesse mundo. Procuro melhorar tanto a mim mesma como aos que me
rodeiam com fé em Deus e em Sua graça. Profissionalmente entrei na "boa
idade" e agora posso cuidar de mim e do que gosto. Escrevo e faço poemas
quando sinto inspiração. Dedico também meu tempo livre como voluntária em
duas instituições que ajudam crianças carentes: a Creche Tia Malude - Lions
Clube de Caruaru, e o Projeto Viver - da Igreja Presbiteriana de Caruaru.
Pertenço ao Lioness Clube de Caruaru e à Academia Caruaruense de Cultura,
Ciências e Letras, porém não quero ser vaidosa com esses títulos (rótulos),
tento fazer a vontade de Deus em minha vida, vivendo um dia de cada vez,
desenvolvendo meus talentos e sendo útil, sem muitas pretensões.
Como escritora, sou preguiçosa e deveria me empenhar mais, porém faço meus
trabalhos sobre temas em voga, principalmente de cunho social e envio para
os jornais locais: Extra, Vanguarda e a Revista Caruaru Hoje, além do Diário
de Pernambuco. Aqui em casa o pessoal reclama por eu não ser remunerada e
dizem que se dependesse de dinheiro eu não teria nem o exemplar do jornal,
mas faço isso com satisfação.
Conhece as vantagens que os autores do CEN têm em ter seus textos publicados
em nossos sites?
Não; mas gostaria de saber.
Qual a mensagem que deixaria para quem está começando a escrever agora?
Digo que tenha perseverança, assiduidade e aperfeiçoamento, se possível
fazendo cursos de especialização, pois hoje a concorrência é cruel,
sobretudo seja um profissional na sua área. Sinta-se útil e feliz fazendo o
que gosta e sabe fazer porque isso será sempre gratificante.
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