Nome:
Maria João Brito de Sousa
- Profissão: Não me será fácil responder…
sou beneficiária do Rendimento Social de
Inserção e sobrevivo – muito mal… - da ínfima
quantia que ele estabelece como plafond…
considero-me, contudo, escritora. Escritora de
poesia, mas escritora.
- Quer falar um pouco da terra onde mora?
Moro em Oeiras, Concelho do qual sou natural e
onde sempre vivi. Tenho raízes nesta terra que
amo profundamente e sinto que há qualquer coisa
de mim no mais fundo do leito do estuário do
Tejo. É uma terra lindíssima, rica em paisagem
natural, jardins e monumentos históricos… jamais
me separaria dela.
- Quando começou a escrever? Comecei a
escrever através dos registos feitos pelo meu
avô da poesia que eu constantemente criava na
oralidade. Extrapolando um pouco, quase diria
que comecei a escrever aos três anos de idade,
rsrsrs… De forma continuada e já literariamente
madura, foi em 1993/94. O soneto em decassílabo
heróico surgiu apenas na Primavera de 2007.
- Teve a influência de alguém para começar a
escrever? É bem possível que o ambiente
em que nasci e cresci, constantemente rodeada
por escritores, tenha contribuído para o rápido
desenvolvimento de uma vocação que acredito
natural e congénita.
O meu avô paterno, o poeta António de Sousa, um
dos nomes do Modernismo Português, foi, por
convivência diária, um dos meus primeiros émulos,
ao nível da poesia. Também a Natália Correia, o
Miguel Torga e o Vitorino Nemésio, faziam parte
das visitas assíduas de nossa casa. Suponho que
todos eles tenham tido alguma influência nas
minhas produções precoces…
- Lembra-se do seu 1º trabalho literário?
O primeiro trabalho “a sério”, já com formato de
livro, chamou-se “Promessas Traídas”; trinta
poemas com os quais concorri ao Prémio Cesário
Verde, patrocinado pela Câmara Municipal de
Oeiras. Concorri, ainda ao mesmo Prémio, com uma
outra colecção de trinta poemas; “Da Casualidade
dos Acasos e Desencontros”.
- Projectos Literários para 2012 / 2013?
Está um a nascer! Estou mesmo em cima da
“deadline”… lançarei, no dia 4 do próximo mês de
Maio, um pequeno livro de sonetos em decassílabo
heróico, o Pequenas Utopias, que a Corpos
Editora deu ao prelo.
- Tem livro(s) impressos, editados ou por
editar, e que não estão em e.book? Tenho
apenas um livro editado sob a chancela da
Autores Editora, o “Poeta Porque Deus Quer”, que
data de 2009. São cerca de duzentos sonetos,
também em decassílabo heróico.
- Conhece o novo projeto
do Portal CEN, "SEBO LITERÁRIO"
http://www.caestamosnos.org/sebo/sebo_autores.htm
com divulgação direta Internacional, sem
paralelo na Língua Portuguesa? E totalmente
gratuito? Conheci este portal através do
escritor Carlos Leite Ribeiro e da poetisa Carmo
Vasconcelos. Infelizmente tenho estado a
atravessar uma longa fase de agudização da minha
doença crónica que tornou muito mais breves os
períodos que posso passar sentada frente ao
computador. Isso e o facto de um lançamento tão
próximo no tempo me exigir bastante esforço na
divulgação e nos convites, tem-me impedido de
conhecer o Portal CEN em toda a sua vastidão.
Melhores tempos virão, acredito, e o lançamento,
bem como a simultânea exposição da minha
pintura, em breve deixarão de me ocupar tanto.
Conto estar mais livre a partir de meados de
Maio, altura em que poderei explorar este Portal
que antevejo imenso e riquíssimo do ponto de
vista literário.
Se está interessado (a)
neste projeto contate Carmo Vasconcelos pelo
e.mail ninita.casa@netcabo.pt
Ou indique-nos a alguém (escritor (a) que,
manifestamente, não tem possibilidades de mandar
fazer um livro impresso ou mesmo e.book.
Pedir-vos-ei algum tempo antes de me pronunciar
sobre este assunto. De momento não estou muito
segura de conhecer alguém que tenha essa
absoluta necessidade… pelo menos não me recordo
de ninguém que mo tenha confessado…
- Fale-nos um pouco de si, como pessoa humana?
Responderei com um poema que me nasceu muito
espontaneamente – como tantos outros… - e que me
vi “obrigada” a escrever a lápis num
paralelepípedo solto da calçada, rsrsrs. Estava
numa paragem de autocarro e não tinha o meu
caderninho comigo…
“AUTO-RETRATO
Sou um animal
como outro qualquer
pois coube-me em sorte
ser bicho-mulher…
Mamífero-alado
posto em vertical,
mais perto de um anjo
que de um ser carnal…
Às vezes sou planta
do sonho à raiz
- só sei entender o que a terra me diz…-
Serei sempre o fruto
Daquilo que eu quis!”
MJBS – 2006 |
- Como Escritor (a)? Sou essencialmente
uma sonetista. Também escrevo outros tipos de
poesia e gosto imenso do sonetilho e da
redondilha maior, não esquecendo a poesia
não-rimada, em verso branco mas, em apenas cinco
anos, produzi cerca de mil e duzentos sonetos e
apenas algumas dezenas de outros tipos de
poemas…
- Tem prémios literários? Tenho três
prémios literários, todos ganhos online, rsrs…
dois primeiros prémios através do Poesia em
Rede, do Sapo, e um terceiro lugar através da
Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores –
AVSPE.
Tenho ainda duas menções honrosas; uma na página
do Clube dos Poetas Vivos, no Facebook e outra,
na mesma plataforma, na página dos Alentejanos
no Facebook.
- Tem Home Page própria (não são consideradas
outras que simplesmente tenham trabalhos seus)?
Tenho várias. O meu primeiro blogue foi dedicado
ao soneto clássico e nasceu em Janeiro de 2008,
o http://poetaporkedeusker.blogs.sapo.pt/.
Depois, para outros tipos de poesia, foram
nascendo o http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt/,
o http://liberdadespoeticas.blogs.sapo.pt/, o
http://pekenasutopias.blogspot.com/ , uma página
no http://horizontesdapoesia.ning.com/, a
convite do poeta Joaquim Sustelo, outra, menos
actualizada, no http://portugalmaresias.ning.com/
. Tenho ainda duas páginas no Facebook, uma no
Portugal Social e uma, ainda muito recente, no
World Art Friends.
Um outro blogue, que dedico à crónica, é o http://contra-sensual.blogs.sapo.pt/.
- Conhece bem o conteúdo (enorme) do Portal CEN
- "Cá Estamos Nós"? Bem, bem… ainda não.
“Adivinho-lhe” a dimensão, mas ainda não tive
tempo para o explorar devidamente, como já
expliquei.
- Que conselho daria a uma pessoa que começasse
agora a escrever? Não gosto de dar
conselhos… quem sou eu para os dar? Talvez me
atrevesse a dizer-lhe que escrever é uma
actividade de tremenda responsabilidade e que
exige um trabalho árduo e quase sobre-humano, se
for levado a sério. Eu levo!
- Para terminar este trabalho, queira fazer o
favor de mandar 4 trabalhos seus (em prosa ou em
verso) sem formatação
Envio dois sonetos que fazem parte dos cinquenta
que compõem o Pequenas Utopias, um poema em
redondilha maior e um outro em verso branco; (em
anexo)
2012