- Nome:
Renã Leite Pontes
- Profissão:
Professor e Escritor
- Quer falar um pouco da terra onde mora?
É a Amazônia Brasileira, lugar de muita riqueza
natural. Os olhos do Planeta inteiro estão voltados
para cá. As pessoas são simples e pacíficas até
demais, chega a passar do ponto. Parece que têm água
nas veias e não sangue. Uma comunidade assim é presa
fácil dos aproveitadores de plantão. Para se ter uma
ideia: na Amazônia há mais de mil Organizações Não
Governamentais – ONGs. Por que no Nordeste
Brasileiro, um lugar cem vezes mais pobre, não há
este tipo de instituição “benfazeja”? O maior
problema da Amazônia é o desmatamento e a
biopirataria internacional. De fato, um dano a
Amazônia afeta a toda a Humanidade.
- Quando começou a escrever?
Na década de 1990, em São Paulo – SP, quando era
acadêmico de Educação Física em Escola Superior
Católica - Claretiana.
- Teve a influência de alguém para começar a
escrever? Acho
que Augusto dos Anjos, Penso também, que comecei a
escrever na media que me comovia com os problemas
pessoais das pessoas comuns da minha terra, para
poder dar-lhes alguma voz. Eu queria ajudar e
escolhi a literatura para isto. Ao menos, esta era
minha intenção inicial. Eu pensava infantilmente que
o mundo inteiro iria ler meus trabalhos e os
mandatários refletiriam sobre suas más ações.
- Lembra-se do seu 1º trabalho literário?
Lembro, foi A IGNORÂNCIA VENCEU A RAZÃO, já na forma
de um soneto. Eu – à época, não tinha noção de
métrica, rima, nada. Apenas escrevi os 14 versos e
organizei-o no molde petrarquiano: duas quadras e
dois tercetos. O poema jamais foi publicado porque
eu o condenei por carente de arte.
A IGNORÂNCIA VENCEU A RAZÃO
Neste
oásis cativo da ambição,
Homem e planeta se digladiando,
Hoje vivem as penas recontando,
Impotentes, castigados e sem ação.
Quero gritar com um grito lancinante,
Pelo ar, pelo fogo, água e terra,
Que uma grande verdade aqui se encerra,
Indecifravelmente diferente...
Bem, se tudo podia ser bom, e
simplesmente,
A mentira de um mundo bom pra gente,
Poluiu o ambiente a cento e vinte,
A ignorância venceu! Esta arrogante,
Quando o progresso científico, este
gigante,
Vandalizou um átomo onipotente.
Renã
Leite Pontes |
- Projectos Literários para 2012 / 2013?
Sim, mais um livro, que já está escrito, intitulado
“Vozes da Amazônia”, em poesia e prosa poética.
Neste livro, os sujeitos enunciadores são árvores
que falam e contam seus dramas. É um livro muito
político, talvez o mais importante da minha carreira
literária. Também estou produzindo uns trabalhos
para participar do Prêmio Garibaldi Brasil de
Literatura Acreana.
- Tem livro(s) impressos editados ou por editar que
não estão em e.book?Sim,
dois livro:
“O (in) Consciente Coletivo de Cada Dia”, sonetos ,
(2007).
“Diálogos (An) Versos”, em prosa poética (2009).
- Conhece o novo projeto do Portal CEN, "SEBO
LITERÁRIO"
http://www.caestamosnos.org/sebo/sebo_autores.htm
com divulgação direta Internacional, sem paralelo na
Língua Portuguesa? E totalmente gratuito?
Conheço a página e sei da importância e envergadura
do portal.
Se está interessado (a) neste projeto contate Carmo
Vasconcelos pelo e.mail ninita.casa@netcabo.pt
Ou indique-nos a alguém (escritor (a) que,
manifestamente, não tem possibilidades de mandar
fazer um livro impresso ou mesmo e.book.
- Fale-nos um pouco de si, como pessoa humana?
Sou uma pessoa
muito sensível aos problemas dos outros e
determinada. Os problemas sociais e planetários são
minha fonte inspiração literária, porém escrevo nas
horas de folga e em tudo que encontro.
- Como Escritor (a)?
Na minha casa, é papel espalhado por todo lado. Minha mulher não gosta.
Ela diz que eu deveria aproveitar meu talento para
algo rentável.
- Tem prémios literários?
Tive trabalhos premiados nas duas versões do Premio
Garibaldi Brasil (o mais importante deste lado da
Amazônia), também da Litteris Editora – RJ. Tenho
uns dez livros (Antologias) aqui com trabalhos meus
publicados pelo Brasil afora. Agora estou sendo
jurado do “IX CONCURSO LITERÁRIO VIRARTE DE POESIA
GAUCHA”. Enviei o trabalho ontem e a publicação
sairá em uns vinte dias.
Já faz um tempo que não participo mais de concurso
literário, por falta de motivação.
- Tem Home Page própria (não são consideradas outras
que simplesmente tenham trabalhos seus)?
http://canticosdoacre.blogspot.com/
http://comexcelenciaemeducacao.blogspot.com/
Conhece bem o conteúdo (enorme) do Portal CEN - "Cá
Estamos Nós"?
Conheço razoavelmente, mas sei que é um trabalho
digno de nota.
- Que conselho daria a uma pessoa que começasse
agora a escrever ?
Eu diria que se desse ao trabalho de conhecer os
diversos gêneros literários e continuasse a leitura
de bons livros, os mais vendidos, mas não esquecesse
os clássicos da humanidade. É paradoxal um escritor
que não lê e não tem formação política livresca. As
pessoas que escrevem sem ler, caem no problema da
literatura confusa e depois se sentem defraudadas.
Aliás, escrever é igual a deflagrar um tiro no
escuro, ninguém sabe que repercussão terá um
determinado trabalho.
Diria ainda ao iniciante que se aventurasse a
escrever sonetos e no treino da métrica. O soneto é
a aula mais difícil de um escritor e eu reconheço a
capacidade de um escritor por um soneto
decassilábico que ele escreva. O soneto – em minha
opinião – abre as portas para o mundo da escrita
competente em todos os gêneros e estilos.
Para terminar este trabalho, queira fazer o favor de
mandar quatro pequenos trabalhos seus (em prosa ou
em verso) - em
Anexo
2012