SEBO LITERÁRIO
VERSO E PROSA
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Pág.
A
Teia
Ariovaldo
Cavarzan
O
coração
tateia
tentando
tecer
da
paixão
a
teia,
enredando
fios
em
cadeia,
como
se
fossem
laços,
abraços,
e
não
indesatáveis
nós.
Nesse
afã
de
artesão,
a
compulsão
incendeia;
primeiro,
a
fumaça
o
amor
entonteia,
depois,
ateia
a
chama,
tornando
irrecicláveis
pós
a
teia.
29/11/2008
Ariovaldo
Cavarzan |
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|
Amar
Ariovaldo
Cavarzan
Amar
é
fazer
transbordar
cascatas
de
ternura,
luz
e
cor,
deixando
inundar
de
amor
e
doçura
corações
que
se
buscam
na
infinitude
do
tempo,
e na
eternidade
da
alma.
Amar
é
voar
nas
asas
do
sonho
e da
paixão,
singrando
o
espaço
e o
tempo,
vivenciando
instantes
únicos,
que
não
mais
voltarão.
Amar
é
ignorar
a
razão,
é
desvario,
é
acender
luz
no
coração,
é
vibrar
em
sintonia,
equilibrando
no
fino
fio
que
se
interpõe
entre
a
felicidade
e a
emoção.
30/04/2008
Ariovaldo
Cavarzan |
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Aparas
da
Vida
Ariovaldo
Cavarzan
Restos
de
papeis
rasgados,
em
duros
embates
da
lida,
fragmentos
de
tempo
amassados,
pequenas
notas,
retalhos,
simples
aparas
de
vida.
Almas
hoje
distantes,
corações
aflitos,
ex-amantes,
buscando
no
caos
a
razão,
como
num
jogo
jogado,
em
perseverança
e
doação.
Mãos
que
se
tocam
nervosas,
perdidas
na
confusão,
corações
ansiando
por
aquietar-se
o
vento,
para
entender
a
equação.
Antes
que
o
vendaval
tudo
espalhe,
encontrar
o
pedaço,
o
detalhe,
o
beijo,
o
abraço,
o
cerne,
o
princípio
do
fim,
o
momento
da
escolha,
o
sim.
Tentar
recompor
o
todo
rasgado,
incompleto,
como
o
bom
jogador,
que
remonta
um
jogo,
e
faz
renascer
um
afeto.
Mas,
como
acolher
carências,
juntar
coerências,
como
sonhos
e
esperanças,
sem
apartar
paradoxos,
como
Amor
e
dor?
Ariovaldo
Cavarzan |
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Contadores
de
Tempo
Ariovaldo
Cavarzan
Contadores
de
tempo,
em
batalhão,
Contam
tempo
em
batalhas
da
vida,
Ferindo
firmes
calcanhares
no
chão,
Em
sinuosos
campos
de
subida
e
descida.
Um,
dois,
três,
quatro,
Cinco,
seis,
sete,
oito!...
Anotam
tempos
já
vividos,
Contando
idades
pelo
que
ainda
vem.
Solidão,
saudades,
dores,
Relembranças
do
que
passou,
Em
corações
varridos
de
vento
E em
suspiros
de
quem
muito
amou.
Em
argamassa
d'água,
terra,
fogo
e
ar,
Espargem
sementes
por
munições
de
obuses,
Fazendo
vicejar
flores
e
não
cruzes,
Em
eterna
espera
de
sempre
e
sempre
andar.
Contam
tempo
os
contadores,
Legando
à
retaguarda
miríades
de
cores,
Em
faina
de
enfeitar
nostalgias
de
amores,
Vicejados
em
campos
de
ilusões.
(derradeiro
dia
de
fevereiro,
do
bissexto
2012)
Ariovaldo
Cavarzan |
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Contrição
Ariovaldo
Cavarzan
No
silêncio
da
oração,
venho
agradecer-Te,
Jesus,
por
Teu
nascimento,
vida
e
morte,
em
martírio,
na
cruz.
Obrigado,
Jesus,
por
Te
fazeres
fanal
e
conforto
aos
caminhantes
das
escarpadas
sendas
da
vida,
órfãos
de
um
ombro
em
que
repousar
medos
e
chorar
desilusões,
de
ouvir
palavra
amiga,
de
soluçar
tristezas,
e
espantar
solidões.
Obrigado,
pelo
cotidiano
tormento
de
tenebrosas
semanas
santas,
em
que
vagueiam
almas
contritas,
por
calvários
e
gólgotas,
reféns
de
violência
e
desvario,
em
infindáveis
noites
de
frio
e em
dias
desajeitados
e
vazios,
sem
ter
em
que
se
abrigar
e
sem
poder
a
dor
que
sentem
no
peito
acalmar.
Obrigado
por
Teus
exemplos
de
amor
e
perseverança,
de
humildade
e
perdão,
de
devoção
a um
Ideal,
porque
eles
nos
fortalecem
ante
os
apelos
do
mal.
- 1
-
Obrigado,
Jesus,
por
Teu
sacrifício
na
cruz,
eis
que
dele
se
fez
acender
da
imortalidade
a
luz,
aclarando
vidas,
hoje
feitas
em
dor,
até
que
amanhã
se
renovem
iluminadas
de
Amor...
Obrigado
pela
inolvidável
lição
de
Tua
ressurreição...
Obrigado,
Jesus!
Campinas,
23/03/2012
Ariovaldo
Cavarzan |
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Para
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