SEBO LITERÁRIO
Poesias
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A
Torre
de
Babel
Marcos
Milhazes***
Como
eles,
queria
chegar
ao
céu
Mas
para
achar-te
Me
vesti
com
som
de
guerreiro
Para
conquistar-te
Somente
para
dizer-te
I
love
you!!!
Como
eles,
fiquei
falando
poesia.
Me
sentia
um
artista
Não
entendia,
mas
insistia
Delicadamente
declamava
Jet´aime!!!
Como
eles,
me
senti
religioso
Com
jeito
de
prece,
orei
você
E
sem
saber,
proferi
reza
Ao
pé
da
igreja
Io
te
voglio
bene!!!
Como
eles,
senti-me
um
toureiro
Arena
plena,
em
meio
as
minhas
poeiras
Capa
e
espada
Você
feroz,
eu
atros
Valente,
tomei
coragem
e te
disse
Te
quiero!!!
A
verdade
da
flecha,
deles
É
minha
mecha
de
fogo,
minha
realização,
dignação
Em
nome
de
minha
língua
mãe
És
deverás
adorada,
Falo
de
rastros,
no
caminho
dos
astros
Conseguir
te
atingir
de
fato,
com
palavras,
minhas
palavras
Eu
te
amo!!!
Marcos
Milhazes*** |
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Photografia
Marcos
Milhazes***
Das
imagens
que
o
tempo
não
apaga
um
tesouro
que
se
guarda
Do
foco
da
lente
que
caça
tenaz
e
segura
sua
figura
Das
cores
que
nasce
dela
à
realidade
do
original
Da
mania
das
poses
frias
que
como
os
olhos
de
lince
que
caça
As
que
procuram
e
registram
o
motivo
conquistado
e as
dúvidas
são
deixadas
para
traz
Da
inata
existência
que
lavra
as
dores
e
sabores
da
vida
Das
lógicas
verdades
ditas
em
cores
ou
em
preto
e
branco
Do
casal
em
forma
de
fatos
e
photos
Do
nascimento
de
rebentos
e
adeptos
Do
jeito
da
ocasião
No
rolo
do
filme,
nossa
união
A
prosa
que
photografa
a
poesia
das
pessoas
Mostrar-me
distinto,
amante
e
amigo
E
meu
amor
de
forma
pura
e
distinta,
usar
minha
emulsão
pura,
cristalina
e
correta
Enfim,
Revelar
minha
photografia
a
moda
antiga
somente
para
você
e na
hora
certa...
Marcos
Milhazes*** |
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Códigos
Marcos
Milhazes***
Na
cabeça
um
ensejo
que
chamei
até
de
desejo
Naquele
dia
ameno,
naquela
mesma
esquina
repetiu-se
mesma
silhueta
feminina
para
minha
agonia.
Do
carro
entre
o
vão
do
teto
e o
meu
braço
A
vista
suada
de
mormaço,
registrava
um
passado
O
coração
balançava
em
sinfonia.
Dos
berços
dos
pêlos
quentes
vertiam
gotas
de
sal
e
ânsia
Altos
acordes
brotaram
de
uma
música
Até
a
Lua
em
pelo
tentou
ouvir
meus
apelos
Em
devaneios
clamavam
meus
desejos
E
cadê
a
tal
coragem
de
se
declarar!
Deveras,
ensaiava
meu
intento.
E
quando
a
força
chegou
como
o
vento
também
meu
tempo
e a
morena
se
foram
mesmo
que
por
breve
momento.
Se
me
falta
experiência
nessa
demanda
Na
próxima,
deslizes
não
haverá.
Confesso,
esquecendo
a
minha
mocidade
busco
os
códigos
da
sabedoria
dos
antigos
de
idade
E
nunca
mais
a
permitirei
que
se
vá...
Marcos
Milhazes*** |
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O
Teatro
da
Vida
Marcos
Milhazes***
E a
cortina
abriu-se.
Artistas
na
plenitude
para
as
suas
apresentações.
A
platéia
a
postos.
As
mãos
postas
para
aplausos
ou
protestos.
E a
vida
segue
seu
caminho
enigmático,
com
jeito
de
teatro
Atos
de
nascer
e de
crescer.
Atos
de
viver
paixões
e
decepções.
Atos
de
vitórias
e de
derrotas.
Atos
de
desamor
e um
mágico
amor
Atos
de
germinar
novas
vidas.
Atos
de
vergar,
velho
como
os
galhos
de
uma
árvore,
que
já
não
mais
resiste
a
ventania.
Enfim,
fim
da
peça.
E
nós
como
bons
artistas
que
somos
agradeceremos.
E a
platéia
atenta
às
vezes
confundindo-se
entre
choros
e
risos
e em
meio
aos
delírios.
Apresentaremos
o
nosso
ato
final...
Marcos
Milhazes*** |
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Sinais
Marcos
Milhazes***
A
beira-mar
fomos
tão
felizes
e
imaturos
Na
alegria,
imaginávamos
sentimentos
eternos
e
puros
Nosso
amor
era
tão
certo
que
nos
motivou
E
quando
a
maré
encheu,
de
tão
forte
transbordou.
Mas
coração
também
tem
vazante
E em
noite
de
Lua
alta
de
águas
calmas
Por
vezes
ele
mingua
calmo
e
sereno
Como
a
areia
molhada
que
escorre
entre
as
mãos
Sem
aviso
prévio,
aceno
ou
medo
de
ficar
E de
volta
procura
o
mar
A
madrugada
desperta
para
um
novo
dia.
Mas
areia
que
se
foi,
nunca
volta
E
tenta
buscar
força
na
marola,
Que
frágil
e
fraca
nunca
chega
Porém
o
Sol
que
tudo
bronzeia
Também
aquece
coração
Faz
brilhar
aro
dourado
dando
forma
a
união
Mas
lembra,
que
nunca
o
presente
perdoa
o
passado.
E de
suas
águas
turbulentas
atesta
aquele
amor,
que
um
dia
aqueceu
sem
medo.
Escrevendo
nas
areias
da
praia
os
sinais
de
um
belo
enredo
E
que
hoje
apenas
preserva
por
curto
tempo,
a
sombra
clara
de
um
sinal
tatuado
no
dedo...
Marcos
Milhazes*** |
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