SEBO LITERÁRIO
Poesias
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Em
Versos
Marcos
Milhazes***
Raras
libélulas
faceiras.
Trejeitos
e
truques
de
ocultar-se
em
casulos
Das
suas
aladas
asas
prometidas
em
fases
espargidas.
De
secretas
cores
tingidas.
Tange
e
pinta
aquele
véu
de
seda,
Registrada
em
certidão
de
hieróglifos
Renascidas
de
outra
Como
a
pérola
e a
ostra
Da
pálida
luz
prateada
A
lua
vadia
no
céu
jazia
Oculta
atrás
das
nuvens,
deveras
só
por
instantes
Como
a
estante
lotadas
de
livros,
jamais
lidos
Como
músicas
clássicas,
quase
nunca
apreciadas.
Porém
todos
falam
em
forma
de
letras
versadas
Saudades
reclusas
e
dons
esquecidos
Chamados
de
versos,
estrofes,
citação
ou
poemas
Por
Deus,
me
entendas!
E eu
prestes
ao
vazio
da
mente
Vou
ser
jubilado
da
hierarquia
lírica,
Por
favor,
me
lavras.
Antes
que
me
faltem
em
versos
minhas
palavras...
Marcos
Milhazes*** |
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A
Noite,
Sendo...
Marcos
Milhazes***
Sendo
a
vida
que
destila
nas
noites
de
mim
e me
embriaga
em
doses
de
amor
O
amor
sendo
de
mais
derrama
do
cálice
o
excesso
e
anestesia
meu
coração
Sendo
o
baile
perfumado
da
vida
que
me
faz
oferenda
do
meu
lenço
à
dama
Engraçado,
ainda
nem
sei
seu
nome
A
interrogação,
o
desafio
da
esfinge
de
extirpar
segredos
daquela
noite
clara
Sendo
o
não
e
não
o
fim,
também
escurece
os
olhos
dos
isentos
que
nunca
percebem
Assim
sendo,
minha
vida
continua
célere
aos
quatro
cantos
dos
ventos
Sendo
assim
então,
nada
muda
no
semeio
da
muda
que
germinou
do
bico
de
uma
cambaxirra
Sendo
assim,
fez-se
a
grande
sombra
da
goiabeira
cheirosa
e
acolhe-me
em
tempos
quentes
E
quando
o
branco
do
dia
encarde
nas
cordilheiras
e
pousa
suave
nas
árvores
Assim
sendo,
a
brisa
mole,
fresca
e
macia
me
abana
com
seus
galhos
Sendo
o
aviso
a
todos,
que
é
hora
do
descanso
do
corpo
e
alma
Sendo
assim,
hora
do
cochilo
do
neném
e
sua
amada
mulher
Assim
sendo,
a
vida
se
confirma
através
dos
tempos,
através
dos
pequenos
E
continua,
assim
sendo:
O
dia
nasce
para
a
vida
A
tarde
anuncia
a
morte
do
dia
O
dia
ratifica
a
vida
da
noite
E
faz-se
os
segredos
dos
mortais
sempre
a
meia
luz
Onde
o
escuro
disfarça
seu
rosto,
pois
o
dito
da
rua
diz:
Todos
os
gatos
a
noite
são
pardos
E
replico:
Nem
todos,
pois
pessoas
cegas
enxergam
mas
no
escuro
de
suas
vidas
E os
tantos
com
a
visão
dos
olhos
nada
conseguem
ver,
além
de
seus
propósitos
E
para
toda
a
magia
da
existência
será
mais
um
dia
que
se
vai
E
que
mais
um
dia
escurecendo.
Sendo!
Mais
um
dia
anoitecendo!!!
Marcos
Milhazes*** |
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|
Esse
tal
Sentimento
Marcos
Milhazes***
O
amor
tem
seu
cantinho.
E
nunca
se
transfere
mais
sempre
se
insere
Se
espreme
e
equilibra
Nos
braços
de
um
violão
Quando
canta
um
coração
Só o
tempo
lhe
concede
as
prosas
Romântico
a
toda
prova
Só
descarta
as
agruras
da
desatenção
Sempre
imensurável
por
determinação
Só
escolhe
e
acolhe
os
seguidores
dessa
emoção
E se
por
vezes
o
amor
é
ameno
Ame
assim
mesmo,
miúdo
ou
pequeno
Grande,
profano
ou
imensurável
Amar
dessas
formas
nunca
foi
pecado
É
como
o
dia
que
não
para
de
nascer
E
como
a
noite
que
não
para
de
morrer
Como
a
tardinha
que
não
para
de
cair
E
desse
tal
amor
que
não
paramos
de
sentir
Marcos
Milhazes*** |
|
|
A
Luz
Marcos
Milhazes***
Sei
que
é
raro
Mas!!!
Se
eu
encontrar
uma
mulher
iluminada
Saberei
em
seu
silêncio
o
que
ela
diz.
Seu
sorriso
cande
ará
meu
caminho
E
seu
gesto
do
acaso
de
amor
fácil
será
compreender.
Dar
continuidade
é
sabedoria.
Dar
manutenção
será
concebê-lo.
E
que
assim
seja
Será
como
o
beijo
Um
toque
terno
de
carinho
Que
dispensa
qualquer
palavra
Só
então
poderei
confessar
ao
mundo.
Que
a
luz
que
pretendo
alcançar
com
ela
Será
tão
divina
e
pura
Que
somente
seu
coração
poderá
acendê-la.
Iluminando
assim
minha
vida
Meus
erros
e
valores
Minha
existência
e
meu
espirito
Meu
olhar
eternamente
de
você
Tornando-me
apenas
uma
claridade
Que
deveras!
Virá
do
seu
intenso
brilho...
Marcos
Milhazes*** |
|
|
O
Escultor
da
Vida
Marcos
Milhazes***
Hoje
um
dia
qualquer
levantei
cedo.
Será
a
mesmíssima
rotina
de
minha
vida.
O
relógio
corre
atrás
do
tempo
e eu
atrás
da
vida.
Sempre
com
o
meu
relógio
sem
ponteiros.
Apenas,
consciente
do
dia
e da
noite.
Vi-me
caminhando
por
ruas
estreitas
ou
largas,
nuas
da
noção
extravasadas
e
enganadoras.
Existindo
à
toa
e a
mercê
dos
morcegos
cegos
dos
olhos
Tais
políticos
antigos
Às
vezes
o
vento
falava
comigo
Pássaros
tentavam
indicar-me
segurança
Minha
mão
trêmula
e
dedos
inertes,
e
meu
relógio
que
não
sabe
marcar
a
hora.
O
dia
se
esvai,
hora
de
dormir.
O
céu
veste
seu
roupão
negro,
Apenas
sobrevivi
nesse
canto
da
vida,
a
sensação
ávida
de
saber-se
vivida
E se
meu
amanhã
for
hoje?
Aos
meus
ponteiros
cabe-me
fazer
uma
proposta.
Serei
o
escultor
do
meu
tempo.
Sim,
esculpir
com
demência
minha
permanência
Só
depende
de
mim,
aplicar
com
arte
viver,
amar,
trabalhar.
Sim,
a
despeito
de
atos
e
fatos
Exerço
com
jeito
a
mania
de
insistir
Sim,
só
depende
de
mim,
existir...
Marcos
Milhazes*** |
|
|
E a
Fonte
Secou
Marcos
Milhazes***
Tornei-me
um
incrédulo.
Tornei-me
um
areal.
Tornei-me
um
agreste.
Meu
gibão
de
couro,
já
não
tem
mais
cor.
O ar
que
me
cerca
morreu.
A
vida
aqui
se
tornou
Sol.
Faz-se
sal
o
meu
rosto.
Faz-se
agonia
a
minha
vida.
Como
poder
amar
minha
terra,
se
ela
não
me
ama.
De
nortista
calado,
cabra
macho
falado,
hoje
fiquei
irado.
Joguei
para
o
alto
todos
os
meus
sentimentos
alados.
Quem
sabe
em
minha
ira,
iria
contrariar
quem
diria,
a
mãe
natureza.
Quem
sabe
que
por
dureza
e
safadeza,
fizesse
até
por
raiva
de
mim,
cair
um
tiquinho
de
água,
Lá
no
meu
sertão...
Marcos
Milhazes*** |
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Para
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